quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O que mais Moro precisa fazer para causar a revolta dos movimentos progressistas? Por Carlos Fernandes



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-mais-moro-precisa-fazer-para-causar-a-revolta-dos-movimentos-progressistas-por-carlos-fernandes/



por : 


Até quando seremos obrigados a engolir esse homem?
Até quando seremos obrigados a engolir esse homem?



O líder indiano Mahatma Gandhi possui uma frase no mínimo emblemática, sobretudo para os obscuros dias que estamos atravessando. Diz ele:”Se ages contra a justiça e eu te deixo agir, a injustiça é minha”.
É uma reflexão desconcertante uma vez que imputa a responsabilidade pelas injustiças não só a quem a pratica, mas principalmente a quem permite passivamente que ela seja livremente praticada.
Numa das pontas da máxima de Gandhi encontra-se o juiz Sérgio Moro e a força tarefa da operação Lava Jato. Paradoxalmente, chegamos a um estado de exceção tal que ninguém mais no Brasil age mais escandalosamente contra a justiça do que os próprios membros do sistema judiciário.
A parcialidade inconteste de Moro – tanto quanto suas motivações pessoais na condução de seus trabalhos – transformaram os ritos do processo penal brasileiro previstos em lei numa verdadeira inquisição onde os direitos civis e o amplo direito de defesa foram sumariamente abolidos.
A prisão de Guido Mantega enquanto acompanhava sua esposa no hospital para uma cirurgia contra um câncer superou, até agora, todas os espetáculos midiáticos já presenciados. Se antes a desproporcionalidade e a autopromoção de suas decisões eram fatores constantes, agora a desumanidade e a crueldade perante um ser humano se fizeram presentes.
Segundo o procurador Carlos Fernando Lima, foi uma “triste coincidência”. Não, não foi. Foi algo meticulosamente preparado. Se não em relação à esposa de Mantega, mas com certeza em relação às eleições municipais.
Ainda segundo o próprio Lima, a decisão de Moro em prender Mantega foi tomada em Agosto e só ainda não havia sido cumprida por “circunstâncias operacionais” como os “jogos do Rio”. O que as olimpíadas tem a ver com um mandado de prisão temporária é algo que jamais iremos saber.
De qualquer forma, diante à terrível repercussão e sem qualquer argumento que pudesse sustentar o encarceramento do ex-ministro, não restou outra alternativa a Moro senão revogar a prisão que ele próprio havia deferido.
Tudo isso nos traz à outra ponta da máxima de Gandhi, a que comporta àqueles que permitem que tamanha injustiça seja praticada diuturnamente.
Em tese, uma injustiça praticada a um, é uma injustiça praticada a todos. Mas dado o fascismo com que mentes reacionárias estão festejando os abusos cometidos por uma tríada encabeçada por Moro e que se estende pelo MPF e pela Polícia Federal, resta aos movimentos progressistas combaterem essa nova forma de tirania.
O fato é que não é isso que está acontecendo. A despeito das crescentes manifestações contra o governo ilegítimo de Temer, os movimentos progressistas vem assistindo, apáticos, a retirada violenta de uma presidenta legitimamente eleita, o esfacelamento do programa de governo vencedor nas urnas e a tenebrosa caça às bruxas promovida pela república de Curitiba que só cessará com a prisão do ex-presidente Lula.
Ou unimos todas as nossas forças e lutamos incansavelmente até a ordem jurídica ser novamente reestabelecida, ou mais do que vítimas, seremos cúmplices de toda a injustiça que está, dia-após-dia, destruindo a soberania de uma nação.
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Carlos Fernandes
Sobre o Autor
Economista com MBA na PUC-Rio, Carlos Fernandes trabalha na direção geral de uma das maiores instituições financeiras da América Latina

DEPOIS DE BUSCAR MANTEGA NO HOSPITAL, QUE FALTA A LAVA JATO FAZER NO ROL DAS MONSTRUOSIDADES?



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/depois-de-buscar-mantega-no-hospital-que-falta-a-lava-jato-fazer-no-rol-das-monstruosidades-por-paulo-nogueira/



Moro nos jogou na Idade das Trevas


Vítima de uma atrocidade
Vítima de uma atrocidade


Que a Lava Jato é fundamentalmente injusta sabemos.
Que ele é um arma da plutocracia para destruir o PT e Lula sabemos.
Que ela faz uma parceria indecente com a mídia, sobretudo, a Globo, sabemos.
Que ela ajuda o Brasil a ser uma República das Bananas, sabemos.
Mas que ela é canalha, miseravelmente canalha, desumanamente canalha tivemos a prova nesta manhã de quinta no curso da Operação Arquivo X.
O nome, aliás, não poderia ser mais apropriado. Depois do power point que parecia feito por alienígenas sob o comando de Dallagnol, tinha mesmo que vir a Operação Arquivo X.
Prender Mantega no hospital, quando ele velava a mulher submetida a uma cirurgia, ultrapassa todos os limites da decência.
É coisa que a gente não consegue imaginar nem em ação policial nazista. Ou, para ficarmos no tema presente, nem nos tribunais alienígenas.
Descemos novos degraus no índice da civilização. Pense como a opinião pública britânica reagiria se tamanha brutalidade ocorresse lá. Todo o comando policial ligado a ela seria expelido devido à pressão da sociedade. Orwell cunhou a expressão “decência básica” para evitar tais monstruosidade.
Nem na Revolução dos Animais Orwell concebeu uma baixeza de tal magnitude.
Mantega é um homem lhano, acusado de coisas que só no Planeta Lava Jato são cabíveis. Um dia, espero que não tão longe, saberemos quantas mentiras estavam e estão associadas às acusações da Lava Jato.
Tão repulsiva quanto a ação em si para prendê-lo foi ver a reação de débeis mentais manipulados pela mídia plutocrata.
Aplausos dementes, palmas ensandecidas: nem um miserável sinal de humanidade.
Eis no que a plutocracia nos transformou: num país selvagem, desprezível, oprimido por um grupo de poderosos que trata os brasileiros como gado.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Eike quis entregar repasses ao PSDB e a reação da Lava Jato foi devolver a lista



FONTE:
http://jornalggn.com.br/luisnassif


Um empresário decide colaborar espontaneamente com a Lava Jato entregando uma lista de doações de cunho "oficial e privado" a vários partidos e políticos, incluindo o PSDB. Qual a reação dos procuradores? Descartar a informação porque extrapola o campo de combate contra as gestões petistas e devolver a lista? Pois foi o que aconteceu no caso Eike Batista e Guido Man
Jornal GGN - Imagine a seguinte cena: um grande empresário brasileiro lê nos jornais que a Lava Jato chegou ao casal de marqueteiros que fez as campanhas de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e decide, espontaneamente, procurar a força-tarefa para explicar por que fez um repasse à dupla, em conta no exterior, no valor de R$ 5 milhões.
Para mostrar boa-fé, o magnata aproveita a oportunidade para entregar à Lava Jato uma lista de doações que ele fez de maneira "oficial" ou "privada" - sugerindo uso de caixa dois com direito a formulação de contratos de prestação de serviços.
Essas doações, segundo ele, foram feitas "republicanamente", com valores iguais a vários partidos e candidatos que o empresário sequer chegou a conhecer, como é o caso do senador Cristovam Buarque (PPS). E diz a frase mágica: se teve repasse de R$ 1 milhão ao PT, teve também ao PSDB. 
Qual a reação dos procuradores? Descartar a informação porque extrapola o campo de combate contra as gestões petistas e devolver a lista? Pois foi o que aconteceu no caso Eike Batista e Guido Mantega.
Em operação casada, a Lava Jato prendeu e soltou o ex-ministro da Fazenda nesta quinta (22), enquanto o Estadão, simultaneamente, publicou os vídeos da delação de Eike gravados pela própria força-tarefa.
A cena narrada acima acontece por volta dos 5’30’’ do vídeo abaixo, quando os procuradores perguntam se Eike tem alguma observação a fazer logo no começo do depoimento.
Jornal GGN - Imagine a seguinte cena: um grande empresário brasileiro lê nos jornais que a Lava Jato chegou ao casal de marqueteiros que fez as campanhas de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e decide, espontaneamente, procurar a força-tarefa para explicar por que fez um repasse à dupla, em conta no exterior, no valor de R$ 5 milhões.
Para mostrar boa-fé, o magnata aproveita a oportunidade para entregar à Lava Jato uma lista de doações que ele fez de maneira "oficial" ou "privada" - sugerindo uso de caixa dois com direito a formulação de contratos de prestação de serviços.
Essas doações, segundo ele, foram feitas "republicanamente", com valores iguais a vários partidos e candidatos que o empresário sequer chegou a conhecer, como é o caso do senador Cristovam Buarque (PPS). E diz a frase mágica: se teve repasse de R$ 1 milhão ao PT, teve também ao PSDB. 
Qual a reação dos procuradores? Descartar a informação porque extrapola o campo de combate contra as gestões petistas e devolver a lista? Pois foi o que aconteceu no caso Eike Batista e Guido Mantega.
Em operação casada, a Lava Jato prendeu e soltou o ex-ministro da Fazenda nesta quinta (22), enquanto o Estadão, simultaneamente, publicou os vídeos da delação de Eike gravados pela própria força-tarefa.
A cena narrada acima acontece por volta dos 5’30’’ do vídeo abaixo, quando os procuradores perguntam se Eike tem alguma observação a fazer logo no começo do depoimento.

O depoimento completo pode ser lido aqui. Nele, Eike diz que Mantega pediu, "se possível", a colaboração de R$ 5 milhões, mas não fez nenhuma ameaça nem cobrou resultados após a reunião. A iniciativa de cobrar o serviço de João Santana foi do empresário.
A Lava Jato quis saber se Eike detinha contratos com o poder público à época, na tentativa de descobrir se ele se sentiu chantageado. Eike negou chantagens, mas sinalizou negócios com o BNDES.

Leia mais:

VEJA OS VÍDEOS CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA

TRAÍRA DÁ GOLPE NO ENSINO MÉDIO



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/traira-da-golpe-no-ensino-medio


E em dois anos vão fechar as Universidades Federais - PHA

Frota.jpg
O ministro é o da esquerda


Conversa Afiada reproduz artigo do Blog do Sakamoto:
Temer aplica um golpe no ensino médio brasileiro
Um dos efeitos mais nefastos do atual momento político do país é que uma ruptura institucional capaz de derrubar alguém da Presidência da República gera incentivos para mais rupturas institucionais. Isso ajuda a explicar a gigantesca cara de pau do Ministério da Educação (MEC) em instituir uma reforma do Ensino Médio por meio de uma Medida Provisória e não por uma longa discussão que deveria congregar Congresso Nacional e a sociedade.
É um desrespeito e uma violência aos milhões de profissionais que atuam em educação, aos militantes que participam dos inúmeros fóruns e instâncias de educação no país, aos alunos que ocupam escolas em busca de uma voz. Em resumo: a todos que não têm medo do debate – ao contrário do governo.
Ninguém nega que debater essa etapa de ensino é urgente. O desempenho é sofrível, o currículo é desinteressante e a evasão, monstruosa – 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Faz todo o sentido intensificar discussões e buscar costurar acordos e consensos entre atores para avançar. E isso é algo difícil de fazer no campo da educação. Há muita gente e muitos interesses envolvidos: de alunos a pais, de professores a diretores, de administradores públicos a políticos, passando por gestores públicos e proprietários de instituições privadas.
Mas:
1) É possível (os quatro anos de conferências e de tramitação no Congresso que desembocaram no Plano Nacional de Educação são o melhor e mais recente exemplo) e
2) É necessário (quando se deseja viver numa democracia, claro).
Não parece ser a opção de um governo que pretende silenciar o debate vomitando seus “cumpra-se” baixando uma medida. O recado do novo MEC é claro: deixe o assunto para os “especialistas”. Para saber se você se encaixa nessa categoria, um teste rápido: seu nome é Mendonça Filho, Maria Helena Guimarães de Castro ou Rossieli Soares da Silva? Você é amiguinho deles? Em caso de duplo “não”, sinto muito: você não tem nada a dizer sobre Educação. A parte que te cabe, portanto, é usufruir das iluminadas estratégias concebidas pelos educadores de gabinete.
O que se apresentou deixa margem a muitas dúvidas. Combinaram com os russos como gastar mais no Ensino Médio se a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 vai limitar o crescimento nos gastos correntes, ceifando novos investimentos em educação por 20 anos?
Ou como atrair professores para uma carreira que paga R$ 2.135 por 40 horas – sendo que uma minoria consegue ter a carga completa?
Quanto ao ensino noturno, fazer o que com quem precisa estudar e trabalhar?
No campeonato de acochambrações, tem espaço para tudo. Há coisas explícitas, como a dispensa de formação pedagógica para pessoas de “notório saber”. Ah, pra que licenciatura, né? Além de desmoralizar a formação docente, a proposta joga no lixo um punhado de leis cuja confecção consumiu energia e milhares de horas de discussão de muita gente, da LDB de 1996 às recém-aprovadas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação do magistério.
Essa última proposta já ressuscitava a complementação pedagógica, exigindo ao menos 1.000 horas de licenciatura para diplomados que quisessem lecionar. Agora, nem isso.
Entre as bizarrices implícitas está a implantação do tempo integral a fórceps. Temer disse, genericamente, que não vai reduzir o investimento em educação, o que é uma platitude. Ensino em tempo integral é algo que, para ser feito direito, exige mais profissionais e muuuito mais dinheiro. Eles dizem que a introdução será progressiva e que o governo federal vai dar uma ajuda financeira para que isso seja possível, mas apenas nos primeiros anos. E depois? Os Estados vendem um rim para pagar a conta?
Ah, tem um outro jeito também: entuchar mais alunos. Apesar de isso ter dado muito errado no passado, hoje se defende que mais estudantes por turma não diminui as notas nas avaliações externas – preocupação única dos tecnocratas. Pergunte aos professores os efeitos de longo prazo de dar aula para 35, 40, 45 alunos. Vai ser mais fácil encontrar boa parte deles em consultórios psiquiátricos ou em casa, de licença-saúde por burnout – ou, em português claro, após fritar.
Mas o que realmente gostei na solenidade de lançamento foram as interessantíssimas propostas da MP para algumas questões essenciais:
– Recuperação do status da carreira docente e melhoria da atratividade via elevação salarial: cri cri cri cri… [som de grilos no escuro].
– Capacitação de professores com base nas necessidades reais de sala de aula: fiiiiuuuuuuu [som de bolas de feno rolando em ruas vazias, como nos filmes sobre o Velho Oeste].
– Definição de modelo de ensino que se pretende: ERRO 404 – Página não encontrada.
– Finalidade da educação no Ensino Médio: tu tu tu tu [linha ocupada, desculpe tente mais tarde].
– Concepção do aluno que se quer formar: O que o lápis escreveu a borracha apagou.
– E do país que se pretende com os futuros cidadãos: ……… [desculpe, o som não se propaga no vácuo].
Se numa democracia o jogo é jogado, num regime de exceção quem manda muda as regras até ganhar a partida. Vale lembrar que a Medida Provisória é um ato do presidente da República, que passa a valer imediatamente como lei. O Congresso Nacional só é chamado a aprová-la ou reprová-la depois. A justificativa é a urgência e a relevância do tema.
Ninguém nega a relevância do tema. Mas a urgência parece mais uma saída impositiva, que teme o diálogo, do que democrática, que é nele baseado.
A verdade é que, a cada dia, o Brasil se transforma mais e mais num país de pequenos e grandes donos da bola.

BOFF: 10 LIÇÕES PARA ENFRENTAR O GOLPE




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/boff-10-licoes-para-enfrentar-o-golpe



“Se quiser dar mil passos, comece já pelo primeiro”
Boff.jpg

Conversa Afiada reproduz artigo de Leonardo Boff, publicado pela Carta Maior:
Leonardo Boff: Dez possíveis lições após o impeachment
Seguramente é cedo ainda para tirar lições do questionável impeachment que inaugurou um nova tipologia de golpe de classe via parlamento. Estas primeiras lições poderão servir ao PT e aliados e aos que amam a democracia e respeitam a soberania popular, expressa por eleições livres. Os que detém o ter, o poder e o saber que se ocultam atrás dos golpistas se caracterizam por não mostrar apreço à democracia e por se lixar pela situação de gritante desigualdade do povo brasileiro.

A primeira lição é alimentar resiliência, vale dizer, resistir, aprender dos erros e derrotas e dar a volta por cima. Isso implica severa autocrítica, nunca feita com rigor pelo PT. Precisa-se ter claro sobre que projeto de país se quer implementar.

Segunda lição: reafirmar a democracia, aquela que ganha as ruas e praças, contrariamente da democracia de baixa intensidade, cujos representantes, com exceções, são comprados pelos poderosos para defender seus interesses

Terceira lição: convencer-se de que um presidencialismo de coalizão é um logro, pois desfigura o projeto e induz à corrupção. A alternativa é uma coalização dos governantes com a rede dos movimentos sociais e a partir deles pressionar os parlamentares
Quarta lição: convencer-se de que o capitalismo neoliberal, na atual fase de altíssima concentração de riquez, está dilacerando as sociedades centrais e destruindo as nossas. O neoliberalismo atenuado, praticado nos últimos 13 anos pelo PT e aliados permitiu o aumento dos salários, facilidade de crédito, ascensão social e desonerações fiscais, mostrou-se insustentável. Grande erro do PT: nunca ter explicado que aquelas ações sociais eram fruto de uma política de Estado. Por isso criou antes consumidores que cidadãos conscientes. Permitiu adquirirem bens pessoais mas melhorou pouco o capital social: educação, saúde, transporte e segurança. Bem disse frei Betto: gerou-se “um paternalismo populista que teve início quando se trocou o Fome Zero, um programa emancipatório, pelo Bolsa Família compensatório; passou-se a dar o peixe sem ensinar a pescar”. No novo governo pós golpe, a política econômica neoliberal radicalizada de ajustes severos, recessiva e lesiva aos direitos sociais seguramente vai devolver à fome os que dela foram tirados.

Quinta lição: colocar-se corajosamente ao lado das vítimas da voracidade neoliberal, denunciando sua perversidade, desmontando sua lógica excludente, indo para as ruas, apoiando demonstrações e greves dos movimentos sociais e de outros segmentos.

Sexta lição: suspeitar de tudo o que vem de cima, geralmente fruto de políticas de conciliação de classes, feitas de costas e à custa do povo. Estas políticas vem sob o signo do mais do mesmo. Preferem manter o povo na ignorância para facilitar a dominação e a acumulação e debilitam qualquer espírito critico.

Oitava lição: é urgente a projeção de uma utopia de um outro Brasil, sobre outras bases, a principal delas, a originalidade e a força de nossa cultura, dando centralidade à vida da natureza, à vida humana e à vida da Mãe Terra, base de uma biocivilização. O desenvolvimento/crescimento é necessário para atender, não os desejos, mas as necessidades humanas; deve estar a serviço da vida e da salvaguarda de nossa riqueza ecológica. Concomitante a isso urge reformas básicas, da política, da tributação, da burocracia, da reforma do campo e da cidade etc.

Nona lição: para implementar essa utopia faz-se indispensável uma coligação de forças políticas e sociais (movimentos populares, segmentos de partidos, empresários nacionalistas, intelectuais, artistas e igrejas) interessadas em inaugurar o novo viável, que dê corpo à utopia de outro tipo de Brasil.

Décima lição: esse novo viável tem um nome: a radicalização da democracia que é o socialismo de cunho ecológico, portanto, ecososialismo. Não aquele totalitário da Rússia e o desfigurado da China que, na verdade, negam a natureza do projeto socialista. Mas o ecosocialismo que visa realizar potencialmente o nobre sonho de cada um dar o que pode e de receber o que precisa, inserindo a todos, a natureza incluida.

Esse projeto deve ser implementado já agora. Como expressou a ancestral sabedoria chinesa, repetida por Mao: “se quiser dar mil passos, comece já agora pelo primeiro”. Sem o que jamais se fará uma caminhada rumo ao destino certo. A atual crise nos oferece esta especial oportunidade que não deverá ser desperdiçada. Ela é dada poucas vezes na história.

Leonardo Boff é teólogo, filósofo e articulista do JB on line e escreveu: Que Brasil queremos? Vozes 2000.

NÃO DEIXAM EIKE DELATAR O PSDB



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/nao-deixam-eike-delatar-o-psdb


Inacreditável: não vem ao caso!
PSDB.jpeg
Conversa Afiada reproduz reportagem de Cíntia Alves, publicada pelo GGN:
Eike quis entregar repasses ao PSDB e a reação da Lava Jato foi devolver a lista
Um empresário decide colaborar espontaneamente com a Lava Jato entregando uma lista de doações de cunho "oficial e privado" a vários partidos e políticos, incluindo o PSDB. Qual a reação dos procuradores? Descartar a informação porque extrapola o campo de combate contra as gestões petistas e devolver a lista? Pois foi o que aconteceu no caso Eike Batista e Guido Mantega
Imagine a seguinte cena: um grande empresário brasileiro lê nos jornais que a Lava Jato chegou ao casal de marqueteiros que fez as campanhas de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e decide, espontaneamente, procurar a força-tarefa para explicar por que fez um repasse à dupla, em conta no exterior, no valor de R$ 5 milhões.
Para mostrar boa-fé, o magnata aproveita a oportunidade para entregar à Lava Jato uma lista de doações que ele fez de maneira "oficial" ou "privada" - sugerindo uso de caixa dois com direito a formulação de contratos de prestação de serviços.
Essas doações, segundo ele, foram feitas "republicanamente", com valores iguais a vários partidos e candidatos que o empresário sequer chegou a conhecer, como é o caso do senador Cristovam Buarque (PPS). E diz a frase mágica: se teve repasse de R$ 1 milhão ao PT, teve também ao PSDB.
Qual a reação dos procuradores? Descartar a informação porque extrapola o campo de combate contra as gestões petistas e devolver a lista? Pois foi o que aconteceu no caso Eike Batista e Guido Mantega.
Em operação casada, a Lava Jato prendeu e soltou o ex-ministro da Fazenda nesta quinta (22), enquanto o Estadão, simultaneamente, publicou os vídeos da delação de Eike gravados pela própria força-tarefa.
A cena narrada acima acontece por volta dos 5’30’’ do vídeo abaixo, quando os procuradores perguntam se Eike tem alguma observação a fazer logo no começo do depoimento.
"Talvez seja importante relatar aqui… Nós temos a lista de contribuições de campanha?", pergunta o empresário ao advogado. O documento de cerca de duas páginas é entregue a Eike, que repassa a um membro da Lava Jato.
"Como eu fazia? Eu fazia, muito no espírito democrático - como meus projetos eram grandes, eu estava em todos os estados - (...) eu participei praticamente desde 2006 com o mesmo volume de recursos - um milhão de reais - para PT, PSDB… Isso daqui a gente deixa aqui", diz Eike, entregando a lista de beneficiados aos procuradores.
Nesse segundo, um procurador diz: "Perfeito, se o senhor quiser a gente pode anexar no seu termo [de delação] depois…", e segura o documento por alguns minutos, enquanto faz a conversa voltar ao dia em que Eike conversou com Mantega no gabinete do ex-ministro sobre uma doação de R$ 5 milhões para pagar dívidas da campanha de 2010.
Por volta dos 9 minutos e meio de gravação, o procurador devolve a lista com os políticos e partidos que receberam recursos de Eike Batista ao advogado do empresário.
Percebendo o pouco valor dado à lista de Eike, o advogado volta a colocar o assunto em pauta. "Desculpe interromper, mas só para deixar claro: várias dessas pessoas que receberam doações do Eike, ele nunca viu. Ele nunca procurou políticos. Eu posso falar do senador Cristovam Buarque, que o Eike nunca esteve com ele. Ele pode confirmar. Eike fez doações em caráter republicano", diz o defensor.
O procurador, mais uma vez, corta o assunto e pediu que Eike contasse novamente como Mônica, a esposa de João Santana, buscou sua empresa para fazer o pagamento de R$ 5 milhões numa conta na Suíça.
O depoimento de Eike foi feito em 20 de maio deste ano. O empresário diz que antigamente, quando seu grupo não estava em crise, R$ 5 milhões em doações eram um trocado, mas um trocado que ele não gostava de dar como "simples remessa". Ele gostava de ter uma contrapartida.
Para quitar a dívida do PT com João Santana, Eike exigiu um serviço do casal. Fez seu corpo jurídico bater um contrato de prestação de serviço. A dupla de marqueteiros entregou uma consultoria valiosa sobre investimentos que poderiam interessar a Eike na Venezuela, onde Santana tem bom trânsito por conta das campanhas que fez na América Latina.
No final do depoimento, por volta dos 25 minutos do segundo vídeo, quando a Lava Jato abre novamente espaço para Eike dizer o que quiser, um advogado volta a destacar a lista das doações eleitorais. "(...) acho que podia esclarecer justamente, para que os senhores tenham uma noção do que que ele fez, das doações que ele fez, não só doações eleitorais. (...) Não são só doações eleitorais, mas doações de cunho privado, entendeu?"
Mais uma vez, o grupo de Eike foi ignorado. A força-tarefa não teve curiosidade em saber se essas doações ocorreram, de fato, por fora e com quais contrapartidas.
O depoimento completo pode ser lido aqui. Nele, Eike diz que Mantega pediu, "se possível", a colaboração de R$ 5 milhões, mas não fez nenhuma ameaça nem cobrou resultados após a reunião. A iniciativa de cobrar o serviço de João Santana foi do empresário.
A Lava Jato quis saber se Eike detinha contratos com o poder público à época, na tentativa de descobrir se ele se sentiu chantageado. Eike negou chantagens, mas sinalizou negócios com o BNDES.
VEJA OS VÍDEOS CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA

BRITO: PF ESCOLHEU PRENDER MANTEGA NO DIA DA OPERAÇÃO DE SUA MULHER



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/brito-pf-escolheu-o-dia-da-operacao-de-cancer-da-mulher-de-mantega-para-prende-lo



"A ordem de Moro foi assinada em 16 de agosto"


Moro_BEssinha.jpg


Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, no Tijolaço:
No post anterior, disse que monstros era pouco para definir aqueles que decidiram fazer a prisão de Guido Mantega no Hospital Sírio-Libanês, quando acompanhava sua mulher numa cirurgia para tentar livra-la de um câncer.
Disse e posso provar.
A ordem de Moro foi assinada – olhem acima – na manhã de 16 de agosto passado e para a expedição dos mandados faltava apenas a indicação dos endereços, o que, claro, é coisa mais do que sabida depois do imenso vasculhamento da vida do ex-ministro e dos outros acusados.
Portanto, um mês e uma semana para darem o endereço de algo tão urgente que merece prisão imediata?
Por acaso, só por acaso, no dia da cirurgia de câncer da sua mulher?
Tão vergonhoso, tão monstruoso que até Sérgio Moro teve de voltar atrás e revogar a prisão de Mantega
” Procedo de ofício, pela urgência, mas ciente de essa provavelmente seria também a posição do MPF e da autoridade policial. Assim, revogo a prisão temporária decretada contra Guido Mantega, sem prejuízo das demais medidas e a avaliação de medidas futuras”
Uai, Dr. Moro, se todos pensam assim, quem é que decidiu invadir o hospital para fazer a prisão?
O Japonês da tornozeleira?
Ainda existe vergonha e humanidade neste país em quantidade suficiente para permitir reconhecer monstros.
Nunca, como agora, a “República de Curitiba” vai se revelando como o que é: um antro de tiranetes, ávidos por espalhafatos.
Em tempo: esse Bessinha está impossível. O Dallagnol vai atrás dele!

MORO MANDA SOLTAR MANTEGA!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/moro-manda-soltar-mantega



Teve uma recaída de generosidade

Guido2.jpg
Créditos: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil


Do G1:
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, revogou a prisão do ex-ministro Guido Mantega. Ele tinha sido preso temporariamente na 34ª fase da operação, deflagrada hoje.

Moro afirmou de que autoridade policial, MPF e ele mesmo não tinham conhecimento do estado de saúde da esposa do Mantega. Além disso, argumentou que as buscas já começaram e que com Mantega, uma vez solto, deve continuar reputo, sem riscos de interferência da colheita das provas

O NOME DE MONSTROS É POUCO PARA A LAVA JATO


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/o-nome-de-monstros-e-pouco-para-a-lava-jato



Brito: Moro é um hipócrita!

Guido_1.jpg
Reprodução: Tijolaço


Por Fernando Brito, no Tijolaço:
Prender o ex-ministro Guido Mantega num hospital, durante a cirurgia de sua mulher, sob qualquer ponto de vista, só merece o nome de monstruosidade.

Não era uma pessoa foragida.

Não era uma pessoa que, intimada, tivesse se recusado a depor.

Para que exigir formação superior de policiais, promotores e juízes se estes agem como selvagens pré-históricos?

Moro, num rasgo de hipocrisia diz que “no período da [prisão] temporária”, Mantega terá a ” oportunidade para esclarecer as transações descritas pelo MPF. Apesar das fundadas suspeitas de que se trate de dinheiro de origem ilícita e de pagamentos subreptícios, se as transações tiverem causa lícita, terão condições no breve período de esclarecer e justificá­-las.”

A prisão é quase “um favor”.

E agrega, “bonzinho” que é: “A medida, por evidente, não tem por objetivo forçar confissões. Querendo, poderão os investigados permanecer em silêncio durante o período da prisão, sem qualquer prejuízo a sua defesa.”

Os delegados da PF que agem sob as ordens de Moro também não têm desculpas. Mantega tem endereço certo e sabido. Nada explica que tenham preferido invadir um hospital para cumprir o mandado.

Há um fábrica de monstruosidade em curso, que repugnaria qualquer tribunal onde houvesse um mínimo de humanidade.

Mas não os há.

Também eles têm medo dos monstros.

MORO FAZ BOCA DE URNA CONTRA O PT


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/moro-faz-boca-de-urna-contra-o-pt


Gleisi: para que prender o Mantega no hospital?

Doria.jpg
O da direita é candidato do PSDB à Prefeitura de SP - precisa desenhar?


Gleisi denuncia Moro por fazer “boca de urna” contra o PT nas vésperas das eleições

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) denuncia nesta quinta (22) que a prisão do ex-ministro Guido Mantega, pela Lava Jato, é uma verdadeira “boca de urna” do juiz federal Sérgio Moro contra o PT.

As bancadas petistas na Câmara e no Senado estudam, inclusive, ingressar na Justiça Eleitoral contra o magistrado.

Boca de urna é crime eleitoral no Brasil. Talvez não o seja nos Estados Unidos.

Moro tem o amigo pessoal João Dória (PSDB) disputando a prefeitura de São Paulo, dentre outros amigos tucanos. As eleições municipais ocorrerão no próximo dia 2 de outubro, portanto, daqui a 10 dias.

Abaixo, veja as tuitadas da senadora: