quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pessimismo dá o tom em análise de especialistas sobre os preparativos

Maioria das obras de mobilidade urbana só ficará pronta após a Copa das Confederações. Algumas sedes podem chegar a 2014 ainda atrasadas


Por Marcelo Parreira Brasília, DF

A próxima sexta (16) marca os 1.000 dias para o início da Copa do Mundo de 2014 no Brasil
A quase mil dias do início da Copa do Mundo de 2014, especialistas que acompanham de perto os preparativos para o torneio estão pessimistas em relação ao evento Brasil. A análise geral é de que o Mundial será realizado, mas houve falta de planejamento e o chamado legado - ou seja, as estruturas que ficarão após o Mundial e beneficiarão a população - será menor do que poderia. Além disso, alguns acreditam que as cidades-sede não estarão em condições completas para receber os jogos.
É a avaliação que faz, por exemplo, o presidente do Conselho Federal de Arquitetura, Engenharia e Agronomia (Confea), Marcos Túlio de Melo. Para ele, existia uma herança no Brasil de falta de planejamento, que afetou a organização do Mundial e vai refletir na hora do evento, em 2014.
- Nem todas as nossas doze cidades-sede terão as condições para a Copa das Confederações. Teremos a realização com sucesso da Copa em 2014, mas não estarão conclusos todos os empreendimentos previstos. Obras de mobilidade não ficarão prontas, aeroportos não ficarão prontos. Eu não apostaria que todas as cidades-sede terão plenas condições, mas nós vamos realizar, e já há uma margem de articulação para evitar que problemas eventuais em alguma delas não inviabilizem a realização do evento.
Coordenador para assuntos da Copa 2014 do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), Roberto Bernasconi faz análise semelhante. Segundo ele, a urgência em realizar alguns dos preparativos vai reduzir os benefícios da Copa do Mundo para os moradores das cidades-sede.
- O legado vai ser menor do que poderia ser, porque não planejamos antecipadamente, não fizemos projetos, não fizemos o dever de casa no tempo certo e estamos saindo na correria. Estamos a 21 meses da Copa das Confederações e a 36 da Copa do Mundo, e o legado é pequeno. Temos os estádios e algumas melhorias, mas não vai se resolver todos os problemas que poderia.
Obras no terreno de Itaquera (Foto: Carlos Augusto Ferrari / GLOBOESPORTE.COM)Obras no estádio do Corinthians, em Itaquera, ainda estão no início (Foto: Carlos Augusto Ferrari)

Aeroportos
Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com)Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre: Infraero
preocupada com obras (Foto: Eduardo Cecconi)

Os dois especialistas avaliam com a mesma preocupação a situação dos aeroportos, que seriam o principal gargalo para a realização do Mundial. Ao todo, a Infraero planeja investir R$ 5,1 bilhões no setor mas, segundo o Ministério do Esporte, as obras ainda não haviam começado em 7 dos 13 aeroportos para a Copa até o início de setembro. A situação mais crítica, segundo Melo, estaria em Manaus e Belo Horizonte, mas o quadro nacional inteiro gera insegurança.
- Talvez pudéssemos separar Recife, que tem aeroporto em muito boas condições, mas em todo o restante é muito preocupante o estado atual. Porque já temos uma situação estrangulada, apesar do anúncio de investimentos, e há ainda processos em contratação, há alguns em fase de projeto e anunciados como já em obras. Aeroportos não são obras que sejam possíveis de serem executadas como estão sendo anunciadas aí, os prazos estão muito apertados, vários estão sendo anunciados com a conclusão no final de 2013 e não serão concluídos - diz Melo.
Para Bernasconi, a crise no modelo aéreo é geral e anunciada, e a avaliação é simples.
- Aeroportos são bola cantada. É um quadro complicado, em má situação hoje, e não vai dar tempo de ficarem prontos até 2014.

Mobilidade urbana
Também inspiram cuidados as obras de mobilidade urbana, elencadas como principal legado para a população. São obras como veículos leves sobre trilhos e corredores exclusivos de ônibus, que em muitos casos, ainda estão na fase de projetos. De acordo com o Ministério do Esporte, apenas cinco cidades, das doze sedes, já começaram a realizar as obras, e apenas três delas devem ficar prontas até a Copa das Confederações. O monotrilho de São Paulo, por exemplo, que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao metrô ainda está na fase de projeto, segundo o Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União, e só deve ficar pronto em janeiro de 2014. A obra, a mais cara para a Copa, vai custar R$ 2,86 bilhões. Ao todo, o governo federal, estados e municípios planejam investir R$ 11,7 bi na área.
Segundo Bernasconi, a falta de conclusão nas obras pode obrigar o governo a tomar algumas medidas emergenciais.
- Se não conseguir que estes equipamentos fiquem disponíveis, a solução vai ser decretar férias escolares e feriado em dia de jogo, para diminuir a demanda no sistema viário.
Para Marcos Túlio, Belo Horizonte e Cuiabá têm mostrado alguma dificuldade na área. A capital matogrossense, por exemplo, passa por uma indecisão entre o modelo de transporte que será utilizado. A matriz de responsabilidades, que define as obras para a Copa e as responsabilidades de cada ente, previa a construção de um corredor exclusivo para ônibus, mas o governo estadual quer agora mudar para um veículo leve sobre trilhos, o chamado VLT. Salvador também quer alterar a obra prevista na matriz: de corredores exclusivos para ônibus para um metrô de superfície.
Situações como essa serão discutidas e resolvidas em uma revisão da matriz de responsabilidades pelo Ministério do Esporte, que coordena as ações para o Mundial. A revisão é prometida desde o início de agosto, mas não tem data definida ainda para ocorrer - a previsão mais otimista é de que seja oficializada ainda em setembro. Mas, em entrevista à Rede Globo na última semana, o ministro Orlando Silva antecipou que vai aceitar as mudanças propostas pelos estados, com a ressalva de que os governadores terão de se comprometer formalmente com a entrega das obras no prazo.
- Nós queremos apoiar as cidades, queremos apoiar os governos estaduais, mas eles terão que se comprometer conosco que entregarão os investimentos antes da Copa do Mundo de 2014.
O ministro também não descartou a exclusão de algumas obras, mas manteve o otimismo.
- Eu percebo o envolvimento, uma motivação muito grande dos prefeitos e governadores. Essa motivação, esse envolvimento, deve se transformar em trabalho mais eficiente para que as entregas sejam feitas no prazo definido.

Estádios
O menor dos problemas, avaliam os especialistas, são os estádios. Hoje, segundo o Ministério do Esporte, dez dos doze estádios estão em obras, e apenas as arenas em Curitiba e Porto Alegre estão com obras paradas. Juntos, os doze estádios vão custar R$ 5,7 bilhões. As últimas a se iniciarem foram as obras dos estádios em Natal, que ainda está na fase de demolição do estádio antigo, e São Paulo, que faz as fundações para o Itaquerão. Ambos devem ficar prontos até dezembro de 2013, e o estádio de Manaus, até junho de 2013. O governo acredita que os demais estádios ficarão prontos até o fim do ano que vem.

Planejamento
dilma rousseff pelé ricardo teixeira sérgio cabral sorteio da copa do mundo 2014 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Presidente Dilma com Pelé e Ricardo Teixeira:
correria na reta final? (Foto: André Durão)

Bernasconi diz que o governo está readquirindo a postura de planejar os investimentos com maior antecedência, mas de forma tardia. Segundo ele, esse comportamento já deveria existir, e a falta dele pode prejudicar o Brasil.
- A Copa do Mundo era um bom elemento provocador, mas estamos investindo muito pouco. O Brasil é um jovem adulto que está saindo da adolescência. Somos o 'cara' que fez 20 anos, com físico forte, e uma roupa de quando tinha 15 anos, é este o Brasil. Um adulto ainda com cabeça de adolescente, culpando os outros, que não se planeja, mas que tem que fazer as coisas como adulto agora. Nós estamos sendo chamados para a Champions League, mas tem que ter time, tem que ter banco, tem que ter treinador, ou vamos ser rebaixados.
O diretor do Sinaenco acredita que a realização da Copa ocorrerá, mas não sem percalços.
- Pode ser que seja no tapa, 'nas coxas', na correria no final, mas vai ter. Alguma louça vai quebrar. E o que não ficar pronto vai continuar em obra.
Já Melo admite que o Brasil não estava preparado para o desafio de sediar um Mundial quando foi escolhido, mas está se adaptando rapidamente e vai ser bem sucedido na realização do evento.

- Na verdade nós não tínhamos uma maturação de uma estrutura de planejamento com a dimensão necessária como já acontece em outros países, e que é fundamental não só para a realização de um evento como esse como para o país como um todo. Mas vamos realizar com sucesso. É preciso aprendermos a tratar as questões como problemas reais, resolvê-los, mas não colocar uma incapacidade de sediar a Copa.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2011/09/pessimismo-da-o-tom-em-analise-de-especialistas-sobre-os-preparativos.html

Jaqueline: ‘Se não der para ficar, vou estar batendo palma do mesmo jeito’

Ponteira encara dores para se juntar à equipe que vai ao Sul-Americano no

Peru e recebe elogios de Zé Roberto: ‘Completa em todos os fundamentos’

Por Helena Rebello Saquarema, RJ

Jaqueline sabe que não está no mesmo nível das companheiras, mas nem por isso se entrega. Pelo contrário. Por uma chance de disputar o Campeonato Sul-Americano, de 27 de setembro a 3 de outubro, no Peru, a ponteira enfrenta as dores e corre contra o tempo para recuperar a melhor forma. Com “a cabeça ótima”, a atleta do Osasco se diz tranquila até caso seu retorno com a camisa do país em uma competição oficial fique para uma próxima vez.

- Estou buscando diariamente me igualar. Sei que estou um pouco atrás, mas também não estou muito. É um trabalho diferente do que estava fazendo no clube, então as dores musculares estão enormes. O trabalho que eles propuserem eu vou fazer, tanto em quadra quanto na musculação. Se Deus quiser vou conseguir essa forma física. Se tiver que ficar, amém. Se não der para ficar, vou estar batendo palma do mesmo jeito e torcendo para todo mundo. Neste momento é só cabeça, e minha cabeça está ótima – disse a jogadora, que pediu dispensa da seleção no início do ano porque ficou grávida, mas acabou perdendo o bebê.

Jaqueline no treino de vôlei (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)Jaqueline se mostra pensativa durante o treino em Saquarema (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)

Mesmo ainda em busca de ritmo, Jaqueline segue em alta com o treinador José Roberto Guimarães. Com muitas opções para a ponta (Mari, Paula Pequeno, Fernanda Garay, Natália e Sassá também estão à disposição), o técnico ressaltou a importância da esposa de Murilo para o grupo, além de destacar sua versatilidade.

- Nós sentimos a falta dela nas primeiras competições do ano. É uma jogadora de muito volume de jogo que traz novas opções para a equipe. Ela é completa em todos os fundamentos. A briga por uma posição também está sendo muito boa. É uma dor de cabeça que todo técnico gostaria de ter.

Zé Roberto ainda tem tempo para pensar, já que definirá o grupo apenas às vésperas da viagem. A seleção feminina embarca para o Peru no dia 25, mas ainda não sabe quem irá enfrentar no torneio. A Confederação Sul-Americana de Vôlei não divulgou a tabela de jogos até o momento.

O vencedor do Sul-Americano feminino se classifica automaticamente para a Copa do Mundo, em novembro, no Japão. O segundo colocado também disputará a competição na Ásia se estiver entre os quatro melhores segundos lugares nas disputas continentais, tendo como base o ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Os três medalhistas da Copa do Mundo garantem vaga em Londres-2012.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/09/jaqueline-se-nao-der-para-ficar-vou-estar-batendo-palma-do-mesmo-jeito.html

Fábio responde declaração de Gilberto: 'Ele foi um pouco infeliz'


Goleiro cruzeirense não gostou de ser cobrado pelo colega de clube
e disse que não foge das responsabilidades

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte

Fábio no treino do Cruzeiro (Foto: Lucas Catta Prêta / GLOBOESPORTE.COM)Fábio treinou com capacete de proteção especial
(Foto: Lucas Catta Prêta / GLOBOESPORTE.COM)

Se o meia Roger evitou polemizar sobre as declarações de Gilberto, o goleiro Fábio não se esquivou do assunto. O camisa 1 celeste, que voltou aos trabalhos com bola nesta quarta-feira, ao ser questionado do assunto, não gostou nem um pouco ao saber que o colega o cobrou publicamente. Segundo Fábio, em sete anos de clube ele nunca fugiu às responsabilidades e que, por isso mesmo, Gilberto foi infeliz ao citar o nome dele.

- Se o Gilberto citou (o nome dele), ele foi um pouco infeliz. Estou aqui há sete anos e sempre assumi minhas responsabilidades, e nem por isso vou ficar citando os jogadores. Eu nunca fugi de chamar a responsabilidade.

Fábio, indiretamente, deu outra cutucada no companheiro. Para ele, só aqueles com personalidade não fogem das obrigações.

Um único grupo

Apesar do clima um pouco tenso, Fábio buscou negar a existência de grupinhos dentro do elenco celeste.

- O grupo do Fábio é o Cruzeiro, e faço o melhor pelo Cruzeiro, independentemente de quem possa não gostar. O pensamento é sempre do grupo unido e visando o melhor para o Cruzeiro. Não tem grupo nenhum.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/2011/09/fabio-responde-declaracao-de-gilberto-ele-foi-um-pouco-infeliz.htm

Site de Neymar responde a Rogério Ceni: ‘Chato pra c***’

Com aval do atacante santista, texto com críticas a goleiro são-paulino é publicado em sua página oficial na internet


Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

Neymar foto twitter (Foto: Reprodução / Twitter)Neymar "tuitou" o texto que está em seu site oficial
com críticas a Ceni (Foto: Reprodução / Twitter)

Neymar ainda não deu entrevistas sobre o recente ataque que recebeu de Rogério Ceni, mas, nesta quarta-feira, o atacante santista publicou em seu Twitter, que tem mais de dois milhões de seguidores, o link para um texto em seu site oficial com uma resposta ao goleiro são-paulino. E não foi uma resposta qualquer.
- Rogério Ceni é chato pra c*** - diz o texto, assinado por Alex Bernardo, membro do estafe de Neymar e responsável pelas publicações no site oficial do santista.
A frase, diz Alex Bernardo, é a reprodução de um comentário feito pelo narrador Milton Leite, da Rede Globo, que vazou na internet em 2009, sem nunca ter ido ao ar. O autor do texto disse ter lembrado da frase diante da acusação feita por Ceni, de que 50% das faltas sofridas por Neymar são simulações do santista.
- É o tipo de declaração que não condiz com a sua condição de ídolo. É inimaginável escutar a mesma coisa de outras pessoas idolatradas pelo torcedor brasileiro como Zico, Marcos, Romário, Ronaldo, Rivaldo, enfim... Todas as declarações destes atletas sempre serão de defesa do talento. Nunca o contrário! – diz o autor do texto.
Alex Bernardo entende que Rogério “vem se mostrando um tanto quanto vingativo sempre que a conversa gira em torno do Neymar” desde que tomou um gol de pênalti com paradinha, no Campeonato Paulista do ano passado.
- Lembro que naquele dia (Ceni) abordou a “joia” ainda dentro de campo, como quem quisesse lhe dar uma bronca. Depois saiu falando sandices. Disse que “só no Brasil” era permitida a “paradinha”, que seria covardia contra o goleiro etc. Semanas depois tentou imitar o Neymar. Foi se meter a bater com "paradinha" e... perdeu. Errou! Que coisa, né ? Quer dizer então que ele podia bater com paradinha, mas não poderiam executar a cobrança da mesma forma quando ele fosse o goleiro? – ironiza Alex Bernardo.

A declaração de Rogério sobre Neymar foi feita na segunda-feira, no programa “Bem, Amigos”, do SporTV. O caso vem tendo imensa repercussão desde então. Até um jogador do Corinthians – Emerson Sheik – resolveu sair em defesa de Neymar.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/09/site-de-neymar-responde-rogerio-ceni-chato-pra-c.html

Reunião, sorrisos e repetição: Botafogo se aquece para pegar o Fla


Grupo tem conversa de 45 minutos antes de atividade técnica, e Caio Júnior trabalha cruzamentos e finalizações

Por Richard Souza Rio de Janeiro

Uma reunião que durou cerca de 45 minutos retardou o início do treino do Botafogo na tarde desta quarta-feira, no campo auxiliar do Engenhão. Os jogadores e o técnico Caio Júnior começaram a atividade por volta das 16h. Em campo, o grupo exibiu muitos sorrisos durante o aquecimento. Sinal de que a goleada sofrida para o Coritiba, por 5 a 0, domingo passado, está superada. A concentração está totalmente voltada para o clássico contra o Flamengo, neste domingo, às 16h (de Brasília), pela 24ª rodada do Brasileirão.
- O Caio (Júnior) sempre passa vídeos e tem uma conversa com o grupo sobre o jogo que aconteceu e sobre o próximo - contou o lateral-direito Lucas.
loco abreu herrera botafogo (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)Loco Abreu, Herrera, Alessandro e Márcio Azevedo à frente dos companheiros no treino do Botafogo desta quarta-feira, no campo anexo do Engenhão (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)

Sem o goleiro Jefferson e o lateral-esquerdo Cortês, que estão com a Seleção Brasileira, Caio Júnior orientou um trabalho específico de cruzamentos e finalizações. Os atletas foram divididos em quatro equipes. O treinador cobrou empenho e vibrou com os acertos dos jogadores. Pouco depois, ele separou duas equipes em cada parte do campo para um exercício técnico em espaço reduzido.
O meia Elkeson, liberado do treino da véspera para resolver questões particulares, trabalhou normalmente com os companheiros. A assessoria de imprensa explicou que a ausência do jogador na verdade foi para acertar os últimos detalhes da rescisão com o Vitória, ex-clube dele. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o camisa 9 não enfrenta o Rubro-Negro. Everton deve entrar no time, e Maicosuel jogará mais avançado. Poupado contra o Coxa por causa de uma rinite, o Mago volta à equipe.
O Botafogo tem 40 pontos e está na quarta posição, com 22 jogos. O Flamengo é o sexto, com 36 pontos em 23 partidas, e não vence há oito rodadas. O clássico será no Engenhão.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2011/09/reuniao-sorrisos-e-repeticao-botafogo-se-aquece-para-pegar-o-fla.html

Bolas na trave não resolvem: Brasil e Argentina ficam no zero em Córdoba

Ronaldinho é exaltado por torcida local durante aquecimento e Leandro Damião acerta duas no poste. Mas emoção do Superclássico fica só nisso


Por Leandro Canônico e Márcio Iannacca Direto de Córdoba, Argentina

Ronaldinho Gaúcho deu um show em Córdoba... Mas somente antes de a bola rolar. Sem Riquelme e Verón, os argentinos o “adotaram” como estrela da primeira partida do Superclássico das Américas, nesta quarta-feira, e o aplaudiram na escalação e no aquecimento, quando ele ficou acertando bolas no travessão. Após o apito inicial, no entanto, o pentacampeão e os demais jogadores de Brasil e Argentina fizeram um jogo aquém da história do encontro: um 0 a 0 insosso. Emoção só com Leandro Damião, que acertou duas vezes a trave do goleiro Orion.
Maior artilheiro do Brasil na temporada, o atacante do Internacional fez uma jogada linda no segundo tempo, com direito a "lambreta" em Canteras, no lance mais bonito do jogo e mandou na trave (na etapa inicial, também tinha acertado o poste). Boselli e Martinez tiveram chances para a Argentina. E só. A partida foi fraca tecnicamente. O desentrosamento do Brasil foi nítido e nem mesmo a base do Vélez Sarsfield salvou a Argentina. Até por isso, o torcedor aplaudiu todas as chances de gols, fosse de argentinos ou de brasileiros. Era preciso aproveitar para se levantar da cadeira nesses raros momentos.
Até mesmo aquela calorosa rivalidade entre argentinos e brasileiros não entrou em campo. O jogo foi morno, sem muitas faltas duras e com apenas uma discussão entre Sebá Dominguez e Leandro Damião. O Brasil, na verdade, só foi Brasil em raras tentativas de Neymar, que concentrou as poucas e improdutivas tentativas da Seleção Brasileira. Fica a esperança de que o jogo de volta, em Belém, no próximo dia 28 de setembro, seja melhor e mais emocionante.
Pelo regulamento do Superclássico das Américas, se o duelo no Pará terminar empatado, a decisão de quem leva a taça vai para as penalidades. O técnico Mano Menezes fará uma nova convocação no próximo dia 22. A tendência é que a base seja mantida.

VEJA GALERIA DE FOTOS DO SUPERCLÁSSICO ENTRE BRASIL E ARGENTINA


Nada demais...
boselli ralf brasil x argentina (Foto: AFP)Boselli recebe forte marcação de Ralf (Foto: AFP)

A torcida argentina fez seu papel e encheu o estádio Mário Alberto Kempes, em Córdoba. Mas dentro de campo, as duas seleções não empolgaram, muito embora a Argentina tenha sido mais efetiva no ataque. Boselli, que deixou o gramado com lesão na coxa direita aos 23 minutos, foi o principal finalizador da etapa inicial.
Nenhuma das quatro bolas chutadas pelo atacante do Estudiantes, no entanto, levou tanto perigo ao gol de Jefferson quanto o arremate de Leandro Damião na trave, aos 12 minutos de jogo. Após boa jogada individual de Neymar, pela esquerda, o jogador do Inter recebeu cruzamento na pequena área e arriscou.
Neymar, aliás, foi o único jogador da Seleção Brasileira que fez algo de diferente neste primeiro tempo. Dos pés do santista saíram as principais jogadas do time canarinho. Quando ele tinha esses lampejos, a equipe de Mano Menezes ia bem. Do contrário, a falta de entrosamento era evidente, em especial na defesa.
Ronaldinho Gaúcho, aplaudido pelos argentinos, ficou apagado, assim como Renato Abreu e a dupla de volantes Ralf e Paulinho. É verdade que a Argentina foi melhor no primeiro tempo, mas os rivais estiveram longe de empolgar. Além dos chutes de Boselli, uma pancada de fora da área de Martinez levantou a torcida.
Assim, o Superclássico das Américas deixou a desejar em seus primeiros 45 minutos. Tanto no futebol quanto na garra. Diferentemente da maioria dos duelos entre Brasil e Argentina, a etapa inicial foi morna, sem muita entrega.

Damião salva ingresso
Apesar do fraco futebol apresentado no primeiro tempo, nem Alejandro Sabella muito menos Mano Menezes optaram por mudanças em suas equipes. Voltaram para a etapa final com as mesmas formações da primeira parte. E novamente foi a Argentina quem tomou a iniciativa da partida.
Mesmo sem o oportunismo de Boselli, como no começo do jogo, a Argentina tinha o controle, mas não criava chances. Quando conseguiu encontrar um espaço, somente aos dez minutos, Gigliotti se atrapalhou com a bola e perdeu uma ótima oportunidade de levar perigo ao goleiro Jefferson.
Aos 13 minutos, a história se repetiu na seleção argentina. Seu melhor jogador em campo saiu machucado. Dessa vez foi Martinez. O atacante deu lugar a Pablo Mouche. Logo na sequência, Mano resolveu mudar pela primeira vez no Brasil: sacou o veterano Renato Abreu e pôs o jovem Oscar, que tropeçou duas vezes na bola.
ronaldinho gaúcho brasil x argentina (Foto: AP)Ronaldinho foi perseguido pela marcação argentina em Córdoba (Foto: AP)

Se na etapa inicial o Brasil ainda conseguiu criar um pouco, na segunda o desempenho foi pífio. Muito toque de lado, erros de passe e desorganização. Do lado argentino, ao menos, houve alguns ímpetos ofensivos e algumas tentativas de contra-ataque. Mas nada também que fizesse brilhar os olhos do torcedor.
Aos 27 minutos, enfim uma cena típica de Brasil x Argentina. Leandro Damião e Sebá Dominguez, ex-Corinthians, se estranharam e trocaram empurrões. Damião, por sinal, fez valer o ingresso pago pelos argentinos aos 31 minutos. Ele deu uma lambreta na entrada do lado direito da grande área e depois acertou a trave do goleiro Orion. Uma pena!
Ronaldinho Gaúcho ainda teve uma aparição de destaque antes do apito final, ao bater falta colocada e obrigar Orion a grande defesa. Mas o insosso 0 a 0 prevaleceu no placar.
argentina 0 x 0 brasil
Orion; Sebá Dominguez, Desábato e Cristian Cellay; Pillud, Canteros, Augusto Fernandez (Cristian Chávez), Zapata e Papa; Boselli (Gigliotti) e Burrito Martinez (Pablo Mouche). Jefferson, Danilo, Dedé, Réver e Kléber; Ralf, Paulinho (Casemiro), Renato Abreu (Oscar) e Ronaldinho Gaúcho; Neymar e Leandro Damião.
Técnico: Alejandro Sabella. Técnico: Mano Menezes.
Cartão amarelo: Zapata (ARG)
Local: estádio Mário Kempes, em Córdoba, Argentina. Árbitro: Enrique Osseas Zencovich (CHI)
Auxiliares: Patricio Basualto Vargas (CHI) e Carlos Astroza Cárdenas (CHI)

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2011/09/show-de-ronaldinho-no-aquecimento-agita-insosso-0-0-de-brasil-e-argentina.html

Bota descarta reintegração imediata de Jobson, mas tem plano de apoio


Clube terá reunião com o atacante nos próximos dias. Ele terá de cumprir normas rigorosas se quiser voltar a defender o Alvinegro no futuro

Por Richard Souza Rio de Janeiro

  jobson chorando bahia x fluminense (Foto: Agência Estado) Bota não descarta dar outra chance a Jobson a
partir de março de 2012 (Foto: Agência Estado)

Após a decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS) sobre o destino de Jobson, que respondia por um processo de doping no Campeonato Brasileiro de 2009, a diretoria do Botafogo se manifestou sobre o caso. A entidade determinou uma pena de dois anos de suspensão para o atacante. O período, porém, não passa a contar a partir desta quarta-feira, mas sim de setembro de 2010. Como o jogador já cumpriu seis meses de suspensão no ano passado, tempo que é contado como parte da punição, ele poderá voltar a jogar em 6 de março de 2012.
Com os direitos presos ao Botafogo até 2015, Jobson terá um encontro com a diretoria nos próximos dias, possivelmente ainda esta semana. Na reunião, vai ouvir dos dirigentes alvinegros que terá de seguir um programa elaborado pelo clube se quiser ter a chance de voltar a defender o Glorioso após o cumprimento da pena. A reintegração imediata ao grupo profissional está completamente descartada, como informou o gerente de futebol Anderson Barros.
- A chance de ser reintegrado é nenhuma, nem cogitamos isso. Isso não vou autorizar, respaldado pela vice-presidência de futebol e pela presidência, claro. Desde o primeiro momento, quando houve a saída dele, considerando o ano de 2011, e a saída do Atlético-MG, fomos cobrados e dissemos que tínhamos o planejamento definido para que o Jobson pudesse voltar ao Botafogo. Teremos uma reunião em breve, nos próximos dias, e estamos autorizando a rescisão contratual dele junto ao Bahia. Automaticamente, retorna o seu vínculo ao Botafogo. Vamos apresentar uma série de situações para ele, para que possa ter um processo de reintegração ou recuperação. Somente depois desses seis meses o Botafogo tomará sua decisão.
O Botafogo não dá detalhes sobre esta programação, mas entende que o histórico de Jobson não permite ao clube apenas reincorporá-lo. A ideia é, passo a passo, auxiliá-lo num amplo processo de recuperação.

- O Jobson esteve no Botafogo, cometeu um erro, foi apenado por esse erro, pagou. Errou no Atlético-MG e tentamos corrigir. Esteve no Bahia, errou novamente. Todos que cometem erros precisam pagar e mostrar que merecem uma nova oportunidade. Algumas condições vão ser impostas. Passa por um processo de recuperação para que ele tenha a chance de ter apoio e uma relação com o Botafogo. Ele pode vir a fazer parte. Nem vou dizer a ele se vai ter ou não chance. Primeiro ele tem que provar. Faça isso primeiro e depois o Botafogo decide. Essa é a situação muito clara em relação ao Jobson.
Anderson Barros diz que o Botafogo considera viável dar um suporte financeiro ao atleta, algo que também será planejado a partir do comprometimento do jogador.

- Entendo que sim. Até porque eu não acredito que ele tenha economizado o suficiente para ficar seis meses sem nenhum tipo de auxílio. Como não vai poder exercer a função, cabe ao Botafogo dar todo suporte. Para que isso aconteça, ele vai superando as etapas. Temos profissionais específicos que vão cuidar do caso. Nesta situação (suspensão), o Botafogo teria direito a suspensão contratual, por exemplo. Temos um programa, se for todo ele cumprido, vamos poder dar um suporte a ele. É um investimento que o Botafogo fez, um patrimônio do clube. Se estiver em recuperação, não há razão para não auxiliá-lo.

Ex-companheiro torce pela recuperação
O zagueiro Antônio Carlos jogou com Jobson no Botafogo e comentou a decisão da Corte Arbitral do Esporte. Segundo ele, é hora de o atacante refletir sobre os erros que tem cometido. Ele, no entanto, lembra que é preciso apoiá-lo.

- O Jobson teve alguns deslizes, teve a carreira um pouco manchada pelas coisas que fez fora de campo. Espero que quando ele voltar da punição possa refletir um pouco mais do que a vida pode aferecer a ele, ele tem uma família por trás. Esses seis meses vão ser bons e ele vai poder ver o que pode acertar. Fora de campo tem de ser ajudado. Não adianta falar mal, do que ele faz, é momento de ajudar. Aqui, tentamos ajudar da melhor forma, foi uma decisão da diretoria e respeitamos. Torço para que ele volte da melhor maneira possível e com a cabeça bem melhor. Todo mundo aqui gosta dele. Ele não fazia mal para o grupo. Se estiver com a gente, vamos tentar ajudar. Conversei bastante com ele enquanto esteve aqui, disse que ele perdeu oportunidades, até de servir à Seleção Brasileira. É um cara novo e está deixando a chance passar. Nossa carreira é tão curta. Depois, quando ele perceber vai estar mais velho, numa divisão que não queria jogar, num time que não queria jogar – disse.

Entenda o caso
Jobson foi flagrado no exame antidoping na reta final do Campeonato Brasileiro de 2009, em partidas contra o Coritiba e o Palmeiras, quando defendia o Botafogo. O laudo apontou uso de cocaína; diante do juiz, o atacante admitiu ter usado crack. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou o caso e condenou o jogador a cumprir dois anos de suspensão. No entanto, após recurso, a pena foi reduzida a seis meses e cumprida no primeiro semestre de 2010.

O processo terminaria aí, se a Wada (Agência Mundial Antidoping) não tivesse entrado com um recurso: a instituição considerou a punição muito leve e pediu a pena base para casos de doping, que é de dois anos de suspensão. O atacante foi julgado pela CAS, na Suíça, no dia 21 de junho, e a decisão foi anunciada nesta quarta-feira.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2011/09/bota-descarta-reintegracao-imediata-de-jobson-mas-tem-plano-de-apoio.html