Botafogo Samba Clube chegou ao final e o intérprete Quinho, do Salgueiro, foi um dos vencedores
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LANCEPRESS! Publicada em 07/02/2012 às 15:38 Rio de Janeiro (RJ)
O Botafogo divulgou em seu site oficial, na última segunda-feira, o vídeo do samba campeão do concurso Botafogo Samba Clube. O resultado saiu no último sábado em evento realizado no Carioca da Gema, casa de shows localizada na Lapa, no Rio de Janeiro.
Os vencedores foram os compositores Renan Brandão, Samir Trindade e Quinho, intérprete da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, e serão premiados com R$ 5 mil.
Os segundos colocados do concurso foram Gustavo Henrique, Serginho Machado e Marquinho Marino, que ganharão R$ 2 mil. Na terceira colocação ficaram Nilo Motta, Narciso, Otavio e Aloisio, que irão receber R$ 1 mil.
Volante do Botafogo conta que
comandante, apesar de ponderado na maior parte do tempo, costuma
esbravejar e gesticular em jogos e treinos
Por André Casado e Thales SoaresRio de Janeiro
Nos momentos de dificuldade, o elenco costuma se apoiar nos jogadores
experientes e no seu treinador. Sem vencer há três partidas, o Botafogo
ainda passa por turbulência, apesar da evolução demonstrada no empate
com o Flamengo. Para o volante Renato, o papo no vestiário e a liberdade
dada por Oswaldo de Oliveira já começaram a fazer diferença na
confiança do time.
- Oswaldo é um treinador que, nos jogos, não é calmo. Ele está sempre
esbravejando, gesticulando. Além disso, fala muito nas conversas
internas, durante o jogo e dá total liberdade aos jogadores. Isso é bom.
Ele diz que devemos fazer nos jogos o que fazemos nos treinos - contou.
Depois do duelo de domingo, a comissão técnica agiu rápido e otimizou o
tempo: passou os lances do duelo com o Rubro-Negro que precisam
corrigidos e também demonstrou à equipe os perigos do Olaria, adversário
desta quarta-feira.
- Vimos o vídeo do jogo deles contra o Flamengo. O Olaria está sempre
com todo mundo atrás da linha da bola e sai no contra-ataque. Vai ser a
tônica do jogo. No Engenhão, vai ter espaço para jogar, mas devemos
aproveitar as oportunidades. Faltou o detalhe do gol no último jogo,
precisamos aperfeiçoar isso - ressaltou Renato, mais um a citar os
incentivos internos que levaram a um desepenho mais vibrante no
clássico.
- Todo mundo se ajudou e incentivou antes da partida. Ainda não estamos
com o entrosamento do ano passado, mas o momento é de chegar a uma
final.
Elkeson
ainda nem sequer completou um ano de Botafogo, mas já sentiu o sabor de
estar nos extremos. Maior investimento feito em 2011, o meia logo
conquistou o torcedor com sua explosão física e potência nos chutes de
longe distância. Caiu de rendimento junto com o time, ao mesmo tempo que
foi para a Seleção, e ainda não retomou sua fase. Para muitos, sua vaga
entre os titulares já está em xeque, mas o técnico Oswaldo de Oliveira
lhe ofereceu apoio. Com a cabeça no lugar, admite que não está bem, mas
não vai ficar satisfeito enquanto não acertar.
- Não posso ficar me abatendo com críticas, da mesma forma que não me
deixei levar pelos elogios quando cheguei aqui. É normal isso acontecer,
faz parte da profissão. Se perder uma bola, vou tentar de novo. Se não
fizer isso, serei um jogador comum. Converso muito com meus pais e vou
continuar trabalhando muito para tudo dar certo - avisou Elkeson, que
também baseia sua tranquilidade no ambiente que convive no Botafogo
diariamente.
- Sei que tenho o aval do treinador e o apoio dos meus companheiros.
Mas preciso melhor a cada jogo, com tranquilidade, para corresponder.
Sou um jogador jovem e ter um pouco de insegurança é normal. O próximo
jogo deve ser melhor que o passado - diz o lema do jogador, de apenas 22
anos e só o Vitória no currículo anterior ao Alvinegro.
Elkeson espera melhorar para não encarar mais críticas e perder espaço (Foto: Satiro Sodré/Agência Estado)
Ouvindo cada palavra, na entrevista coletiva, o experiente Renato
tratou de concordar com o discurso do companheiro. Segundo o volante,
saber que a entrega é total é o primeiro passo.
- Já passei por isso. O importante é ir para casa com a consciência
limpa e a autocrítica de que você fez o melhor. As coisas podem não dar
certo ou não saírem como você quer, mas não pode ficar lamentando,
pensando que deixou de fazer isso ou aquilo. Acaba criando uma
ansiedade. Isso é parte da fase, mas ele vai recuperar o futebol que
apresentou e deu vitórias ao Botafogo - crê.
Nas quatro partidas disputadas pela Taça Guanabara, Elkeson foi
substituído em todas. Diante do Flamengo, no empate em 0 a 0, no último
domingo, mostrou empenho, especialmente no primeiro tempo, o que já foi
valorizado por Oswaldo. A próxima tentativa é contra o Olaria, nesta
quarta-feira, no Engenhão. Enquanto isso, Herrera e Felipe Menezes lutam
para desbancá-lo.
Agrônomo responsável, Artur Neto teme
sequência de nove atividades em 13 dias e pede uso mais racional no
principal palco dos clubes cariocas
Por Thales SoaresRio de Janeiro
Não são apenas os jogadores que sofrem com a maratona de jogos do
calendário do futebol brasileiro. Os gramados também vivem no limite com
o seu uso excessivo. O Engenhão é o maior desses exemplos por ter se
transformado na casa de três clubes: Botafogo, Flamengo e Fluminense,
que joga nesta terça-feira, às 22h (de Brasília), contra o Arsenal-ARG,
no estádio.
Em 13 dias, o campo principal do Engenhão será usado nove vezes, desde o
treino do Real Potosí, no dia 31, na véspera do confronto com o
Flamengo pela Taça Libertadores, até o clássico entre Vasco e
Fluminense, domingo, pelo Campeonato Carioca. Algo incompatível com a
capacidade de qualquer gramado.
Jogadores do Real Potosi tiram fotos no Engenhão antes do treino (Foto: Thales Soares/Globoesporte.com)
- Não adianta ficar uma semana sem usar o gramado se na outra ele será
utilizado cinco vezes. Se os atletas acham jogar quarta-feira e domingo
demais, imagina para quem administra o estádio que vai mais do que o
dobro disso em uma semana? É muito pesado. Desse jeito, nem em Marte ou
Júpiter, o gramado continuaria em boa qualidade - disse Artur Melo,
agrônomo responsável pelo gramado do Engenhão.
Durante a pré-temporada, o diretor executivo do Botafogo, Sérgio Landau, havia informado uma troca de ofícios
com a Federação de Futebol do Rio (Ferj) e a Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) pedindo a redução de jogos no estádio. A ideia era de, no
máximo, dois por semana, ou seja, 80 em um ano.
- O gramado vem sendo muito elogiado. Fizemos aquele trabalho de
revitalização e, apesar da ajuda da Ferj, que tirou alguns jogos do
Engenhão, teremos uma sequência grande de atividades. Por mais que o
Botafogo invista, nessa toada, não há como manter o nível de excelência e
qualidade. Se o uso fosse mais racional, continuaria assim o ano todo -
comentou Artur.
O início da revitalização do gramado em dezembro
do ano passado (Foto: Divulgação/BFR)
Medidas preventivas estão sendo tomadas para evitar um desgaste ainda
maior do gramado nos próximos dias. As máquinas de luz artificial
compradas na Holanda estão prestes a chegar ao Brasil.
Uma reunião será
realizada em breve para definir a data correta, mas a previsão é de que
estejam no Engenhão em março.
- Estamos fazendo uma fertilização específica muito intensa para
aguentar esse pisoteio exarcebado e uma descompactação para que continue
macio. Mas há uma limitação e pode haver um decréscimo - afirmou Artur.
A maratona do Engenhão
31/1 - Treinamento do Real Potosí-BOL
1/2 - Flamengo x Real Potosí-BOL, pela Taça Libertadores
3/2 - Flamengo x Olaria, pelo Campeonato Carioca
5/2 - Botafogo x Flamengo, pelo Campeonato Carioca
7/2 - Fluminense x Arsenal-ARG, pela Taça Libertadores
8/2 - Botafogo x Olaria, pelo Campeonato Carioca
9/2 - Flamengo x Madureira, pelo Campeonato Carioca
11/2 - Botafogo x Bonsucesso, pelo Campeonato Carioca
12/2 - Vasco x Fluminense, pelo Campeonato Carioca
Treinador volta nesta quarta-feira ao Rio Grande do Sul e só assume a equipe na sexta
Por Raphael CarneiroSalvador
Terno alinhado, roupa bem passada, sapato brilhando e fala tranquila. A
elegância não deixa mentir que Paulo Roberto Falcão chegou ao Bahia
para implantar um novo estilo. Com contrato até o final de 2012, o
treinador tem como missão a conquista do título baiano, e uma boa
campanha na Série A do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e na Copa
Sul-Americana. Isso sem esquecer do futebol espetáculo.
Tido como um lorde, Falcão vai desfilar sua elegância nos campos
baianos. A estreia no Bahia, clube conhecido pela força da torcida, será
no Ba-Vi de domingo, no estádio de Pituaçu. Nesta quarta-feira, quando o
Tricolor enfrenta o Vitória da Conquista, o comando ainda será do
interino Eduardo Souza.
Treinador foi apresentado oficialmente na tarde desta terça-feira (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Com 50 minutos de atraso, o treinador foi apresentado pelo presidente
do clube, Marcelo Guimarães Filho, ao lado do auxiliar técnico Julinho
Camargo.
- É treinador vencedor por onde passou e eu acho que encarna muito bem o
momento que estamos vivendo. Um treinador altamente profissional,
atualizado e antenado com o momento do futebol brasileiro. Sempre foi
vencedor e nunca teve medo de desafios, como é esse desafio agora de
comandar o Bahia. – afirmou o dirigente.
Antes da entrevista coletiva, Falcão conversou com membros da diretoria
do Bahia para conhecer o funcionamento da equipe. O treinador volta ao
Rio Grande do Sul na noite desta terça. Júlio Camargo continua em
Salvador para começar os trabalhos. Falcão só assume a equipe
efetivamente na sexta-feira.
- Tenho algumas coisas para resolver e só eu que posso fazer. Foi uma
condição que conversamos, mas na sexta aí sim pegamos a valer o Bahia –
disse o treinador.
Confira abaixo alguns momentos dos pouco mais de 20 minutos de entrevista do novo treinador do Bahia:
Decisão de voltar ao futebol
Depois de 16, 17 anos trabalhando no rádio, TV e jornal, senti que
tinha que voltar a trabalhar no futebol. Comecei a pensar em voltar
antes da Copa da África e foi uma decisão pensada, que tem muito a ver
com minha formação e com a maneira com que eu levo as coisas. Estava em
uma situação muito confortável, mas eu queria voltar a viver de novo no
campo. É um momento de grande satisfação e me sinto motivado de
participar desse novo momento do Bahia.
Assumir o time com o Baiano em andamento
É sempre bom pegar na pré-temporada, escolher a montagem do time, mas
isso é muito difícil de acontecer. Vamos ter jogos a cada três dias e
até começar o Campeonato Brasileiro vai ser assim. Vou tentar conhecer a
equipe o mais rápido possível.
Reencontro com Toninho Cerezo, técnico do Vitória
Cerezo é um parceiraço. Jogamos juntos na Copa de 82 e depois eu estava
no Roma e ele foi jogar conosco. Grande amigo, grande figura. A gente
nunca vai ser inimigo. Sim adversário. Toninho Cerezo é irmão, muito
amigo.
Jejum de títulos do Bahia
A preocupação de quem assume um time como o Bahia é da obrigação de
ganhar o Campeonato Baiano. Mas pela história, pela tradição do Bahia, a
gente pensa em alguma coisa além do Baiano. Mas vamos priorizar. É um
campeonato que não é fácil e a gente tem noção disso. Temos que nos
preocupar em vencer cada jogo. Nosso pensamento é quarta-feira, depois
domingo. Assim vamos encarando
. Estreia no Ba-Vi
Na verdade nós temos dois Vitórias. Quarta o Vitória da Conquista e
domingo o Vitória. O Ba-Vi é um clássico importante como é o Gre-Nal.
Sempre é um jogo importante de ganhar. Eu acho que no nosso caso, o
nosso objetivo é o campeonato. Não é só o próximo jogo. O campeonato faz
com que a gente tenha que passar por nossos adversários. Mas o Vitória é
sempre um jogo diferente.
Negociação com o Bahia
Começamos a falar com Angioni (Paulo Angioni, gestor de futebol do
Bahia) na quinta, sexta-feira. Falei com o presidente no domingo e ficou
decidido que vinha pra cá na noite de segunda. Estou indo embora hoje e
volto na sexta de manhã para, aí sim, assumir. Mas o Júlio Camargo vai
ficar.
Motivação para aceitar proposta
O Bahia tem uma história, uma tradição. A seriedade e a conversa muito
objetiva do Paulo e com o presidente, que me entusiasmou. A certeza que
existe preocupação com planejamento, de priorizar algumas coisas e que o
Bahia está numa nova fase. Isso fez com que eu me motivasse.
Time compacto dentro de campo
O time de futebol não é só a defesa quando defende e o ataque quando
ataca. É o grupo. Essa mentalidade já começou a mudar. Os jogadores hoje
têm essa preocupação. Não dá para exigir tudo isso de repente. É um
trabalho de base para que se comece a ocupar os espaços em campo. Eu
gosto que o atacante ajude. Gosto de um time mais fechado em termo de
compactação, que possa chegar na frente com valentia e segurança de que
não vai ser um time vulnerável.
Contratações
Primeiro eu tenho que conhecer o grupo. Pode haver, mas não estou
pensando nisso. Primeiro porque estou chegando agora, segundo por
repseito aos profissionais que estão aí. Quero dar uma olhadinha, ver
direito e isso requer um pouquinho de tempo.
Trabalho com a divisão de base
Eu gosto de fazer isso, desde que a categoria de base tenha condições
de ter alguns jogadores, pelo menos, prontos para começar a trabalhar
com os profissionais. Se eu sentir nesse jogadores a personalidade
adequada, eu não tenho nenhum tipo de problema para colocar.
Apesar do susto, casal não teve ferimentos graves e passa bem
Por Lydia GismondiRio de Janeiro
Bernardinho e Venturini sofreram um acidente no
caminho do treino (Foto: Bruno de Lima / Vipcomm)
O técnico da seleção masculina de vôlei, Bernardinho, e sua esposa,
Fernanda Venturini, sofreram um acidente de carro na manhã desta
terça-feira, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O
treinador, que também comanda a equipe feminina do Rio de Janeiro na
Superliga, e a levantadora do mesmo time não tiveram ferimentos graves e
passam bem.
O casal estava indo para o treino do Rio de Janeiro quando, depois de
uma parada inesperada no trânsito na Lagoa Rodrigo de Freitas, precisou
frear bruscamente e acabou sendo atingido pelo carro que estava atrás. O
impacto da batida foi forte, danificando bastante o carro de
Bernardinho, que é blindado. Apesar do susto, os dois não sofreram
ferimentos graves.
- A pancada foi forte. Mas, graças a Deus, não aconteceu nada. Eu só
fiquei com um pouco de dor no pescoço, que é um lugar que já tive
problema. Então, vim para casa. O Bernardinho foi para o fim do treino.
Ele disse que só está com um pouco de dor no ombro - explicou a
levantadora.
O levantador Bruninho, filho de Bernardinho, também comentou sobre o
acidente em sua página no Twitter. Após ser perguntado na rede social
se o treinador estava bem, o jogador do Florianópolis afirmou que sim.
- Tá sim! Só o susto!
Com as lembranças da eliminação quádrupla em 4 de maio do ano passado, brasileiros encaram poder descentralizado no continente
Por Alexandre Alliatti*Rio de Janeiro
Parecia ser um 4 de maio qualquer – um destes tantos na competição que
une expectativas continente afora no primeiro semestre. Os brasileiros
iam a campo, com maior ou menor conforto, esperançosos de avançar na
Libertadores. E o Inter caiu. E o Grêmio caiu. E o Fluminense caiu. E o
Cruzeiro caiu. Do nada, o todo-poderoso futebol brasileiro levou quase
um strike em castelhano. Foi derrubado, respectivamente, por um
uruguaio, um chileno, um paraguaio e um colombiano. Por nenhum
argentino. Por nenhum conterrâneo tupiniquim.
Clique sobre os grupos dos brasileiros para ter mais detalhes:
Sobreviveu o Santos, campeão, exceção para comprovar a regra. Os demais
80% da representação verde-amarela despencaram diante do perigo
espalhado por times que não parecem tão ameaçadores quanto um Boca
Juniors da vida, saídos de países que não soam tão assustadores, mas que
fizeram seu estrago em 2011. Nesta terça-feira, quando o Fluminense dá largada à trajetória brasileira na fase de grupos da Libertadores,
não custa dedicar alguns segundos para lembrar o que Peñarol,
Universidad Católica, Libertad e Once Caldas ensinaram naquele 4 de
maio.
É bem verdade que o Santos foi campeão. É bem verdade que o Inter, um
ano antes, também foi campeão. É bem verdade que na pré-Libertadores
deste ano tanto Flamengo quanto Inter superaram seus oponentes – Real
Potosí, da Bolívia, e Once Caldas. É bem verdade que aí estão repetidas
provas de que o Brasil continua sendo uma potência na competição. Mas o
perigo está espalhado.
Que o diga o Fluminense. Em 2008, para chegar à final, passou por dois
argentinos, Arsenal e Boca Juniors, e por um brasileiro especialista na
disputa, o São Paulo. Na final, caiu para a LDU, equatoriana. Que o diga
o Inter. Em 2010, no caminho para o título, superou dois argentinos,
Banfield e Estudiantes, e também derrubou o São Paulo. Um ano depois,
parou em um uruguaio.
Desde 1992, sempre há ou um brasileiro, ou um argentino na final. Em
oito anos, ambos: ou um de cada país, ou dois do Brasil. Mas há novas
forças. É o caso da LDU, campeã da Libertadores em 2008, bicampeã da
Recopa em 2009 e 2010, campeã da Sul-Americana em 2009 - mas que não se
classificou para a disputa deste ano. É o caso do Universidad de Chile,
ganhador invicto da Sul-Americana de 2011. E pode ser o caso do futebol
uruguaio, campeão da Copa América, semifinalista da Copa do Mundo,
presente com o Peñarol na última decisão da Libertadores.
A impressão é de que ser campeão da Libertadores ficou mais difícil. É o que pensa Felipe, vencedor com o Vasco.
- Em 1998, quando enfrentamos o River Plate na semifinal, todos
disseram que aquela era a decisão antecipada da Libertadores. A final
foi contra o Barcelona de Guaiaquil, numa época em que os times do
Equador não eram tão fortes. Hoje, a Libertadores está muito mais
difícil, pois não são apenas os times da Argentina que fazem frente aos
brasileiros. Atualmente vemos equipes do próprio Equador, do Chile e do
Uruguai, por exemplo, na briga pelo título – comentou o jogador.
Neymar,
D'Alessandro, Fred, Ronaldinho Gaúcho, Juninho, Alex: brasileiros
entram com elencos fortes na edição de 2012 da Libertadores (Foto:
Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Se os brasileiros tiveram um recado no ano passado, os vizinhos de
continente são obrigados a manter o cuidado que costumam ter. A
competição teve 51 edições, e o Brasil ganhou 15 títulos. Deles, dez
foram nas duas últimas décadas. O São Paulo, zerado até 1992, ganhou
três. O Inter, zerado até 2006, venceu dois. A presença constante dos
brasileiros nas fases finais leva o treinador da Seleção nacional, Mano
Menezes, a demonstrar otimismo.
- Pela primeira mostragem, que foi passar pela pré-Libertadores, os
clubes brasileiros cumpriram o seu papel. Flamengo e Internacional
tiverem um bom desempenho, o Inter com um adversário um pouco mais
difícil. O Flamengo fez a lição de casa. Jogar a 4 mil metros de
altitude é duro, e eles conseguiram se classificar. É um torneio, e
torneio é o retrato do momento. Os times começam com dificuldades,
passam pela fase de grupos, se afirmam e daí sai o campeão. E nos
últimos anos o futebol brasileiro está sabendo disputar esse torneio –
afirmou o treinador.
O Corinthians não parece ter um grupo dos mais assustadores. Ali estão o
Cruz Azul, vice-campeão em 2001, mas que vai apenas para sua terceira
participação, mais Deportivo Táchira e Nacional-PAR, habituados a não ir
longe. Mesmo assim, bate uma preocupação – não custa lembrar a queda do
Timão para o Tolima na pré-Libertadores do ano passado.
- Mesmo que a estrutura não seja das melhores, há times que estão
conseguindo acertar a mão com talentos. Esse é o grande diferencial. As
equipes estão buscando estrutura. Hoje o futebol está mais nivelado,
mais organizado. Há algum tempo, as coisas eram mais bagunçadas. Mas
hoje, por mais que não tenham muito dinheiro, existem clubes que têm boa
estrutura e profissionais que conseguem montar bons elencos. É fácil
achar jogadores bons por aqui na América e, assim, formar equipes
competitivas, mesmo que de países “menores” – analisou o meia-atacante
Alex.
Nem só de Boca Juniors, do craque Riquelme, é
feita a Libertadores (Foto: Reuters)
Os únicos países que brasileiros não enfrentarão na primeira fase da
Libertadores são Chile e Colômbia. Há três oponentes argentinos, três
paraguaios, dois peruanos, dois venezuelanos mais um boliviano, um
equatoriano, um uruguaio e um mexicano. É daí que sairão os 16
integrantes das oitavas de final, depois os componentes das quartas. No
ano passado, entre os oito finalistas, havia sete países diferentes:
Paraguai (Cerro Porteño e Libertad), Colômbia (Once Caldas), México
(Jaguares), Argentina (Vélez Sarsfield), Uruguai (Peñarol), Chile
(Universidad Católica) e, claro, o Santos. Descentralização.
O Flu é o carro abre-alas dos brasileiros na fase de grupos ao receber o
Arsenal às 22h desta terça-feira. Um dia depois, o Vasco recebe os
uruguaios do Nacional. Na quinta, é vez de o Inter pegar o Juan Aurich
no Beira-Rio. Na semana seguinte, todos na quarta-feira, fazem sua
estreia o Santos (contra o The Strongest na Bolívia), o Flamengo (diante
do Lanús na Argentina) e o Corinthians (frente ao Deportivo Táchira na
Venezuela).
E um adendo: em 2012, ano bissexto, o 4 de maio cai numa sexta-feira.
Os jogos da Libertadores, felizmente, vão de terça a quinta...
Com boa presença na área, zagueiro já
marcou 15 gols em sua passagem pelo clube, mas, em 2012, nada de
balançar adversária a rede ainda
Por André Casado e Thales SoaresRio de Janeiro
A pressão de ser zagueiro de um clube grande já costuma ser puxada.
Ostentar, paralelamente, o rótulo de artilheiro, então, é uma dose
difícil de suportar. Por isso, apesar dos 15 gols em sua passagem pelo
Botafogo - e mais de 50 na carreira -, Antônio Carlos está até
"aliviado" com o fato de ter deixado um pouco de lado a inusitada função
- ainda não marcou na temporada 2012. Para o camisa 3, o trabalho é
responsabilidade de Loco Abreu e companhia lá na frente.
Antônio Carlos festeja gol sobre o Atlético-MG, um de seus quatro no BR-2011 (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)
- Não está fazendo falta, não (risos). Eu não sou disso, estou lá,
primeiro, para defender. Fico feliz e torço para Elkeson, Maicosuel,
Loco Abreu marcarem sempre, porque é assim que tem de ser, eles são
cobrados e vivem disso. Tomara que saia o meu, quero ajudar, mas... Quem
sabe não está guardado para a final? Aí está tranquilo, terminando bem
já resolve tudo (risos) - sonha o jogador, que também não é grande fã do
apelido interno de xerife, explorado até mesmo pela charge do clube
criada para a exibição das escalações nos telões do Engenhão.
Hoje, a felicidade de Antônio Carlos já fica completa com um bom desempenho defensivo.
- Nossa defesa está bem postada, estamos evoluindo. Tirando o segundo
gol do Madureira, que não dá para explicar, no mais erramos pouco.
Espero que possamos seguir assim e chegar nas finais com mais confiança
ainda - afirmou.
Em quatro compromissos no Carioca, o Alvinegro sofreu somente três
gols, e em dois deles Jefferson não foi vazado, inclusive no clássico
contra o Flamengo. O quarto lugar no Grupo A é que não está agradando. A
dois pontos do líder Nova Iguaçu, a equipe precisa reencontrar o
caminho das vitórias diante do Olaria, nesta quarta, no Engenhão.
Mesmo com o dinheiro disponível para
pagar a multa, clube ainda depende mais do jogador, que não pretende
deixar o Japão pela porta dos fundos
Por Thales SoaresRio de Janeiro
Tanaka está no Nagoya desde 2010 (Getty Images)
A busca pela contratação do zagueiro brasileiro naturalizado japonês
Marcus Túlio Tanaka encontrou em um sentimento o obstáculo principal
para o Botafogo: a gratidão. Com contrato até o fim de 2013 com o Nagoya
Grampus, o jogador não quer mesmo sair em litígio com o clube oriental e
aguarda por uma decisão dos dirigentes para liberá-lo sem atrito.
Neste caso, nem a questão do valor da multa rescisória incomoda. Com o
descarte do chileno Rojas, da Universidad de Chile, vetado por problemas
cardíacos detectados nos exames médicos pedidos pelo Botafogo, o clube
tem caixa para fazer a contratação e estava disposto a usá-lo. Tanaka
custaria 700 mil euros (R$ 1,7 milhão), menos do que o antigo alvo.
Pai do jogador, Paulo Tanaka já aconselhou o zagueiro a ser mais
incisivo na conversa com os japoneses e deixar claro o seu desejo de
disputar pela primeira vez o Campeonato Brasileiro. O Nagoya Grampus, no
entanto, não quer se desfazer do ídolo depois de contratá-lo em 2010,
quando pertencia ao Urawa Reds, algo incomum na J-League, e por isso a
gratidão do jogador pela forma como foi recebido. Ele, que disputou a
Copa do Mundo 2010, não vai forçar a barra.
Tanaka está no Japão desde a última quarta-feira, quando se
reapresentou para os treinamentos de pré-temporada. O calendário prevê o
início das competições no país para o fim de fevereiro e o término para
dezembro, parecido com o futebol brasileiro. Por isso, a contratação do
jogador já começa a ser deixada para agosto, quando será reaberta a
janela internacional, que fecha, no Brasil, em abril, após o início do
Campeonato Brasileiro.
Com o crescimento de Márcio Azevedo na lateral esquerda e a aposta em
Brinner, contratado junto ao Paraná, para ser um reserva à altura de
Antônio Carlos e Fábio Ferreira, o Botafogo não deve fazer mais
contratações de impacto para o setor nos próximos dois meses. Mesmo
assim, jogadores de clubes da Série B ainda podem compor o elenco.
Até o momento, além de Brinner, o Botafogo contratou o meia Andrezinho,
ex-Internacional, e o meia Fellype Gabriel, que defendia o Kashima
Antlers, ex-clube de Oswaldo de Oliveira. A negociação com Fellype só
foi facilitada justamente pela boa relação do técnico com os japoneses.
Após tropeçar nos pequenos em Moça
Bonita e Conselheiro Galvão, equipe fecha 1ª fase da Taça GB no Engenhão
e em Macaé, elogiado pelo técnico
Por André CasadoRio de Janeiro
Em quarto lugar no Grupo A, o Botafogo terá um aliado para recuperar
sua posição na zona de classificação para as semifinais da Taça
Guanabara. Nos três jogos derradeiros, o Engenhão - duas vezes - e o
estádio do Macaé serão os palcos. Isso agrada muito ao técnico Oswaldo
de Oliveira, que ligou as más atuações em Moça Bonita e em Conselheiro
Galvão, contra Nova Iguaçu e Madureira, ao tamanho e estado ruins dos
campos em questão.
- Toda vez que se desfoca para uma situação paralela, a gente acaba
sofrendo crítica. Pode sair nas manchetes que Oswaldo culpa o campo. Não
é bem assim, mas está claro que neste domingo foi diferente. As
condições e o rival (Flamengo, empate em 0 a 0) são melhores, e jogamos
bem contra o Resende também (estreia do Carioca, no Engenhão). Sabemos
que em Bangu é admissível que haja queda no ponto de vista técnico -
afirmou.
Estádio Moacyrzão tem gramado e estrutura em bom estado (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
Oswaldo segue chateado, no entanto, com o fato de não ter tido a
oportunidade de atuar mais vezes em seu estádio. Ele voltou a reclamar
das escolhas das datas e de seus respectivos palcos e avisou que a
diretoria já foi acionada para ver se é possível rever junto à
federação.
- Já falei que precisamos ver isso. porque o Botafogo tem o Engenhão,
seu próprio estádio Se os outros não têm condição, é complicado. Contra o
Nova Iguaçu, jogamos em campo neutro. Poderia ter sido aqui, não há
maior neutralidade. Tanto que o Flamengo e outros mandam partidas aqui.
Temos de prestar atenção nesse aspecto - alertou, reiterando a
reclamação feita na última sexta.
- Pelo que soube e vi, o "Moacyrzão" (apelido do estádio) tem um campo
bom, a bola corre bem. Embora seja uma situação que não gostei. Ter sido
escolhido para jogar lá nessa data é estranho. Vai ser complicado, e já
falei com algumas pessoas do clube. Gostei do estádio, mas não da data.
Vamos ver como fazer - comentou.
Oficialmente, porém, o Botafogo não demonstrou interesse em tentar
remanejar partidas de data ou local, já que as definições da tabela
ocorreram por meio de sorteio, no arbitral, no fim de 2011, e a cúpula
alvinegra assinou embaixo as resoluções.
Contratado nesta temporada pelo
Alvinegro carioca, jogador acredita que a responsabilidade de comandar o
time em busca de títulos é muito grande
Por SporTV.comSão Paulo
No Internacional, o meia Andrezinho
nunca conseguiu se firmar como titular, sempre foi considerado o 12º
jogador da equipe, mesmo tendo participação importante em partidas
decisivas. Agora no Botafogo, o jogador assumiu a camisa 10 do clube e disse que vive o "maior desafio" da carreira.
- Eu posso dizer que é o maior desafio da minha vida. Sei da minha
responsabilidade, de tudo o que a diretoria fez para me contratar, a
esperança que o torcedor deposita. E isto me dá confiança (...) Estou
bem à vontade - disse o jogador no "Arena SporTV" desta segunda-feira.
Andrezinho, considerado pela imprensa um dos melhores jogadores do
Botafogo no clássico contra o Flamengo, disse que sua adaptação ao clube
foi rápida, mas acredita que ainda tem muito a evoluir.
Já treinado por Oswaldo Oliveira (no Flamengo), Andrezinho não poupou elogios ao novo comandante do Botafogo.]
- Todos nós sabemos da qualidade dele, foi vitorioso por onde passou. E
ele chegou com o pensamento de resgatar o nome do Botafogo. Ele sempre
vem batendo nesta tecla de que o grupo é bom (...) Acredito que temos
muito que evoluir. O Oswaldo é um excelente treinador, e este é um
primeiro passo para conquistas.
Jogador do Grêmio teve seu carro atingido quando estava parado para realizar conversão na Avenida Carlos Barbosa
Por GLOBOESPORTE.COMPorto Alegre
Carro de Marcelo Moreno sofreu danos na traseira (Foto: Luciane Kohlmann/RBS TV)
Marcelo Moreno se envolveu num acidente de trânsito no fim da tarde
desta segunda-feira em Porto Alegre. O atacante estava saindo do treino
do Grêmio em seu veículo, uma Cayenne, que acabou atingido na traseira
por um Chevette vermelho na Avenida Carlos Barbosa, próximo ao Estádio
Olímpico.
De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o
carro do atleta estaria parado no momento do choque, para realizar uma
conversão à esquerda.
Somente os ocupantes do Chevette ficaram feridos. Um casal e uma
criança foram encaminhados ao HPS. Marcelo Moreno não sofreu ferimentos e
foi prestar depoimento na delegacia de trânsito
.
Estado do Chevette após acidente na Avenida Carlos Barbosa (Foto: Luciane Kohlmann/RBS TV)
Praia Clube se impõe contra Pinheiros e embala com terceira vitória seguida
Equipe mineira derrota paulistas fora de casa por 3 sets a 1 na Superliga
Por GLOBOESPORTE.COMSão Paulo
O objetivo era o mesmo dos dois lados: a terceira vitória seguida, na
tentativa de embalar de vez na Superliga feminina. Mas, perdido em
erros, o Pinheiros viu o Praia Clube se impor dentro de seu ginásio e
sair de São Paulo com a vitória. As visitantes, com boas atuações de
Monique, Arlene e Suelle, venceram por 3 sets a 1, parciais 25/21,
24/26, 25/21 e 26/24.
- Estou me superando a cada ano e está valendo muito a pena. Em alguns
momentos, nossa equipe sai do jogo, o que é natural quando abre uma
certa vantagem, mas para um time que pretende se classificar entre os
oito primeiros, isso não pode acontecer - disse a experiente Arlene, de
42 anos, eleita a melhor em quadra nesta segunda.
Com o resultado, o Praia Clube pulou para a sexta colocação, com 18
pontos, mas pode ser ultrapassado no complemento da rodada, nesta
quarta-feira. O Pinheiros segue em nono lugar.
Na próxima rodada, o Praia Clube encara o Vôlei Futuro, em casa,
sexta-feira, às 20h. Já o Pinheiros vai buscar a recuperação contra o
Macaé, fora de casa, no mesmo horário.
O jogo
O Praia Clube foi superior no primeiro set. Com boas atuações de
Monique e Suelle, a equipe mineira se aproveitou do grande número de
falhas do time da casa (foram dez pontos em erros das paulistas, contra
cinco das visitantes), e logo abriu vantagem. O Pinheiros ainda tentou
reagir, mas não deu: 25/21.
O Pinheiros voltou melhor para o segundo set e logo abriu quatro pontos
de vantagem: 8/4. O Praia Clube conseguiu equilibrar e tirou a
diferença. Em belo ataque, Giovanna conseguiu virar: 16/15. As
paulistas, no entanto, se mantiveram na briga até o fim. As mineiras
ainda tiveram um set point, mas não aproveitaram. No fim, Bruna, em
bloqueio, fechou em 26/24 e manteve as donas da casa na disputa.
Só que o Praia Clube retomou o controle do jogo no terceiro set. As
mineiras voltaram mais ligadas na partida e não tiveram problemas para
manter a ponta na parcial. À base do esforço e de muitas jogadas pelas
pontas, o Pinheiros ainda conseguiu diminuir a diferença no fim, mas as
visitantes fecharam com facilidade: 25/21.
No quarto set, Monique tomou o controle do jogo. Com autoridade, a
oposto ajudou o Praia Clube a abrir uma boa vantagem no placar. Aos
poucos, no entanto, o time mineiro passou a cometer muitos erros, e o
Pinheiros empatou, em saque de Andreia: 19 a 19. A partida continuou
equilibrada até o fim. A equipe da casa ainda salvou um match point, mas
Suelle, em ataque pela ponta, fechou: 26/24.