Vice-presidente do clube gaúcho Nestor Hein fez fortes críticas ao STJD após julgamento do caso Petros. Departamento jurídico também lamentou a decisão.
Corinthians foi absolvido no STJD (Foto: Vicente Seda)
O departamento jurídico do Grêmio tratou a decisão como “equivocada”. Em
uma avaliação interna, acreditam que o Corinthians tentou “atropelar” o BID ao
inscrever um atleta sem documentação completa. Os advogados têm três dias para
definir se recorrerão da decisão.
- Rigorosamente, quem deve recorrer é a procuradoria. Grêmio e Inter vão
avaliar a postura que irão tomar – conta do diretor jurídico do Grêmio, Thiago
Brunetto.
Em entrevista para a Rádio Bandeirantes, o vice-presidente do clube Nestor Hein
usou tom mais pesado ao discorrer sobre a absolvição do Corinthians. Acha
que as decisões do STJD são “conforme a simpatia” nutrida pelosclubes.
- É
um resultado já esperado, um julgamento conforme a simpatia. Veja os precedentes
que o resultado irá abrir. É esse teatro de ópera que o STJD, que tem no
comando a figura draconiana e lamentável do Paulo Schmitt, que confunde
carranca com competência. A única coisa boa é que a dupla Gre-Nal se uniu no
interesse comum. Isso já aconteceu em 2005, quando deram uma garfada histórica
no maior rival – frisa Hein.
Hein ainda ressaltou que pesou as declarações pelo fato de estar
deixando o clube – estará fora do Conselho de Administração para o biênio 2015/16.
- Provavelmente vão julgar antes do Natal isso. Estou dando essa
entrevista porque estou saindo do Grêmio. Se eu fosse um dirigente que iria
continuar, provavelmente o Grêmio perderia pontos pelas minhas declarações –
afirma.
– Estou acostumado com regras, mas nunca vi coisa mais nojenta do que o STJD.
Você entra e sabe os resultados que vão ocorrer.
O STJD, em decisão de primeira instância, entendeu que o clube não foi
responsável pelo conflito entre a data de início do contrato do jogador e o seu
registro na CBF. Ainda cabe recurso da entidade. O clube estava sujeito a
perder quatro pontos na tabela do campeonato e ser penalizado com multa de até
R$ 100 mil. Os auditores, por outro lado, condenaram tanto a CBF como a
Federação Paulista de Futebol a pagamento de R$ 10 mil cada.