sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Jogando em BH, Brasília bate Minas e vence a terceira seguida na Superliga




SUPER LIGA FEMININA DE VÔLEI


Apesar do placar de 3 sets a zero para equipe do Distrito Federal, torcedor pode assistir à partida muito disputada na capital mineira




Por
Belo Horizonte



Quem vê o placar de 3 sets a zero para o Brasília pode imaginar que a equipe do Distrito Federal atropelou o Minas, dentro da arena do clube de Belo Horizonte. Com parciais de 23/25, 20/25 e 26 a 28, os dois times fizeram um jogo equilibrado, nesta sexta-feira, na capital mineira. O resultado representou a quinta vitória do Brasília em seis jogos pela Superliga, enquanto o Minas soma três triunfos e três derrotas na competição.

Jogando em BH, a equipe do Brasília superou o Minas e venceu por três sets a zero (Foto: Divulgação/MTC)
Jogando em BH, a equipe do Brasília superou 
o Minas e venceu por três sets a zero (
Foto: Divulgação/MTC)


Quando a partida desta sexta começou, o torcedor que compareceu à Arena do Minas pode acompanhar uma disputa bastante equilibrada. Brigando ponto a ponto, nenhum dos lados deixava o adversário deslanchar. Somente nos pontos finais, o Brasília conseguiu abrir vantagem para fechar o primeiro set em 25 a 23. A segunda parcial, as donas da casa se perderam em quadra e permitiram que a equipe visitante colocasse seis pontos de vantagem no placar. O Minas ainda tentou reagir, mas acabou derrotado por 25 a 20.

O terceiro set foi o mais disputado do jogo, com o time de BH liderando o marcador durante grande parte da parcial. O Brasília foi buscar e empatou o placar em 24 a 24 e depois em 26 a 26. Foi quando as visitantes conseguiram pontuar duas vezes seguidas para fechar em 28 a 26 e o jogo em 3 sets a 0.
Depois de vencer Fluminense, Osasco e Minas, a equipe do Distrito Federal tem um duelo difícil na próxima semana. Na quarta-feira, o Brasília, terceiro colocado na tabela, enfrenta o Praia Clube, vice-líder da Superliga, em Uberlândia, pela sétima rodada da competição. O Minas só volta a jogar no sábado, dia 3 de dezembro, contra o Osasco, em São Paulo.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/mg/volei/noticia/2016/11/jogando-em-bh-brasilia-bate-minas-e-vence-terceira-seguida-na-superliga.html

A infinita a hipocrisia da mídia no caso Temer-Geddel-Calero. Por Paulo Nogueira



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-infinita-a-hipocrisia-da-midia-no-caso-temer-geddel-calero-por-paulo-nogueira/


por : 

A dupla
A dupla


É infinita a hipocrisia da mídia no caso Temer-Geddel-Calero. Ela finge surpresa e indignação com a conhecida máquina de corrupção do PMDB.
Ora, ora, ora.
É como se a imprensa estivesse falando: não temos nada a ver com essa roubalheira.
Mas tem. Temer na presidência é filho das grandes empresas jornalísticas. Sem elas, ele seria ainda o vice decorativo que sempre foi, o antiquado homem das mesóclises ancestrais.
Nenhuma manobra pró-golpe teria sido bem sucedida sem o apoio vital, e aberto, da imprensa.

Fica claro que a mídia jamais se preocupou verdadeiramente com a corrupção.
O que esperar de um governo do PMDB senão corrupção, corrupção e ainda corrupção? Ninguém conhecia Temer e sua folha corrida, um veterano de 75 anos? E Eduardo Cunha, era desconhecido? E Jucá, e tantos outros?
Se fossem bons os propósitos das empresas jornalísticas, e genuíno seu desejo de combater a corrupção, elas jamais teriam colocado Temer onde ele — precariamente, a esta altura — está.
Mas não. Era falácia, era manipulação, era uma pregação ininterrupta destinada a sabotar Dilma e, derrubada ela, avançar sobre as conquistas sociais da Era PT.
Quanto menores os direitos trabalhistas, maiores os lucros da Globo, Abril, Folha etc. Esta a real razão da campanha contra Dilma.

Jamais teve nada a ver com corrupção, e é patético observar agora a simulação de espanto de jornais e revistas com as revelações que hora a hora aparecem.
De novo: se o objetivo da mídia fosse estancar a corrupção, Temer estaria reduzido ao que sempre foi.
Devemos Temer — e Geddel,  e todo este caos político — à imprensa, por mais que ela finja nada ter a ver com isso.
Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui.
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Por que Temer pode (e deve) sofrer impeachment. Por Raymundo Gomes



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-temer-pode-e-deve-sofrer-impeachment-por-raymundo-gomes/



por : 


Prevaricou
Prevaricou


Para que fique claro do que Geddel Vieira Lima e o presidente golpista estão sendo acusados:
O crime cometido pelo agora ex-ministro Geddel foi o de “advocacia administrativa”, artigo 321 do Código Penal: “Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. Pena: detenção, de um a três meses, ou multa. Se o interesse é ilegítimo: pena – detenção, de três meses a um ano, além da multa.”
O crime cometido por Michel Temer, ao tomar conhecimento da advocacia administrativa ilegal de Geddel – e, pior que isso, sugerir o uso da Advocacia-Geral da União para encontrar uma solução que atendesse ao interesse ilegítimo do amigo e ministro -, foi o de prevaricação, artigo 319 do Código Penal: “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.”
Esses dois artigos pertencem ao Capítulo I do Título XI do Código Penal, que trata “dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral”. Poderia Temer alegar que, como presidente da República, ele não é funcionário público? Não, porque o artigo 327 do mesmo Código Penal estabelece expressamente: “Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.” Ou seja, diante da lei, Temer é funcionário público. Não dos melhores, aliás.
Note-se ainda que, mesmo que não exista a suposta gravação de conversa entre Temer e Marcelo Calero, tanto o presidente quanto seu mais novo ex-ministro admitiram os fatos levantados pelo ex-ministro da Cultura. Poderia ser a palavra de um contra a palavra de outro, mas não é. Vejamos por quê:
1 – Em nota oficial, a Presidência da República afirmou textualmente que “o presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia Geral da União”. Ora, Temer estava diante de um ilícito cometido por seu ministro Geddel, que estava tentando se valer do cargo para benefício pessoal. Não havia “impasse” ou “conflito”. Havia uma denúncia de crime, e, ao não agir, Temer “deixou de praticar ato de ofício para satisfazer interesse pessoal” (no caso, o de salvar a própria pele). Está lá no artigo 319 do Código Penal.
2 – Em entrevista à Folha de S. Paulo, em 19 de novembro, o próprio Geddel reconheceu que tratou do tema com Calero. Ele jamais poderia fazê-lo, em razão do evidente conflito de interesse. Textualmente: “Eu fiz a ele uma ponderação, trazendo uma informação que esse era um empreendimento que já havia sido licenciado em 2014 por órgãos municipais e estadual e pelo próprio Iphan, órgão federal. E que era um assunto que, em função de disputas empresariais e locais, estava na Justiça. Então, que ele acompanhasse, talvez não coubesse uma nova manifestação do Iphan até a Justiça se manifestar para que isso não significasse insegurança jurídica e o embargo do empreendimento, e, portanto, desemprego. E que não prejudicasse aqueles que investiram seus recursos no imóvel.” Ora, o próprio Geddel é um dos que “investiram seus recursos no imóvel”. Logo, ao interceder numa questão em que tinha interesse pessoal, Geddel “patrocinou interesse privado, valendo-se da qualidade de funcionário”. Está lá no artigo 321 do Código Penal.
Temer pode ainda ser acusado de crime de responsabilidade, pelo artigo 85 da Constituição Federal:
“Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
(…) V – a probidade na administração.”
Por essa razão, o presidente golpista é passível de impeachment. Mas, antes de falarmos em crime de responsabilidade, é preciso falar sobre crimes comuns. Código Penal, mesmo.
* Raymundo Gomes é jornalista.
Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui.
Sobre o Autor

AÉCIO, GILMAR E O PSDB ACHARAM O CULPADO NO CASO GEDDEL-TEMER: MARCELO CALERO



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/aecio-gilmar-e-o-psdb-descobriram-o-culpado-no-caso-geddel-marcelo-calero-por-kiko-nogueira/



Mate o mensageiro




Infalíveis
Infalíveis


Se existe algo mais previsível do que o nascimento do sol em toda manhã é a capacidade da dupla Gilmar Mendes e Aécio Neves para enxovalhar uma democracia.
Não falham jamais.
Sempre em absoluta sintonia, os dois já descobriram o culpado pela crise deflagrada pela descoberta do crime de tráfico de influência cometido pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima.
É Marcelo Calero.
A estratégia de matar o mensageiro e tentar abafar o caso resultou, como soi acontecer em se tratando de GM e AN, em declarações tão cínicas que, no final das contas, têm o efeito contrário.
Um governo já incompetente e ladrão, com defensores como eles, não precisa de inimigos.
Depois de uma reunião do PSDB, Aécio conseguiu falar que “nem de longe” Temer foi atingido.
Para ele, “se confirmado isso, há algo aí extremamente grave que também tem que ser investigado, o fato de um servidor público, até aquele instante de confiança do presidente da República, com cargo de ministro de Estado, entrar com um gravador para gravar o presidente da República.”
Emendou na frase do ano: “Na minha avaliação, do PSDB, nem de longe esse episódio atinge o senhor presidente Michel Temer.” Os tucanos mantêm, portanto, a estratégia de tentar deixar o bando de Temer sangrando até 2018.
O amigo Gilmar preferiu cravar que as denúncias “estão sendo magnificadas” e que a gravação de Calero — desmentida pelo próprio — “é um fato que vai para o Guinness”.
“Um profissional, do ministério, do Itamaraty, tenha este tipo de conduta suscita realmente bastante preocupação”, afirmou.
“Mas eu acredito que este episódio será tratado pelos meios adequados e terá o devido encaminhamento. Nós temos crises maiores e temos desafios maiores do que um episódio relativo a um flat longínquo numa praia aí da Bahia”.
Essa é a lógica da lei do silêncio da máfia. Calero, segundo essa leitura, deveria ter engolido o choro, aceitado a pressão do presidente e de seus auxiliares mais barra pesada e feito o que se esperava dele: ser cúmplice.
Nem o próprio Geddel concorda com o juiz em minimizar seu ato, ou não teria pedido demissão.
Calero deixou um recado em sua conta no Facebook: “No episódio que agora se torna público, cumpri minha obrigação como cidadão brasileiro que não compactua com o ilícito”.
A ver quais suas intenções. Golpe tucano dentro do golpe? Se for, faltou combinar com o chefe. De todo modo, não merece o Guiness. Apenas fez a coisa certa, o que não é pouco na pocilga de Temer.

Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui.
Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Moro tem medo de exceder limites sobre Temer, mas não sobre Lula



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/moro-tem-medo-de-exceder-limites-sobre-temer-mas-nao-sobre-lula






Jornal GGN - O juiz Sergio Moro demonstrou receio de ver o caso de Eduardo Cunha ser levado a outra instância e impediu que o advogado do deputado federal cassado fizesse perguntas sobre a participação de Michel Temer, que tem foro privilegiado, em esquemas de corrupção na Petrobras.
Segundo reportagem do Estadão, Moro indeferiu a pergunta da defesa de Cunha a Nestor Cerveró, sobre pagamento de propina à cúpula do PMDB, mas que ele pudesse manter seu cargo na Petrobras. Há informações na Lava Jato dando conta de que Michel Temer, em pessoa, teria discutido a manutenção do posto de Cerveró com emissários de Delcídio do Amaral.
“Isso não é objeto da acusação e não tem competência desse juízo para esse tipo de questão”, disse Moro.
Moro não demonstrou o mesmo receio ao questionar Delcídio sobre um caso investigado pela Justiça Federal de Brasília. Na audiência de segunda (21), com o senador cassado, o magistrado fez e permitiu que o Ministério Público Federal fizesse questões que fogem ao escopo da denúncia do caso triplex.
O MPF tentou implicar Lula em relação ao sítio de Atibaia e Moro quis saber qual o papel do presidente no esquema em que Delcídio tentou evitar que Cerveró fizesse delação premiada com a Lava Jato.
No momento, a defesa de Lula avisou que esse assunto não só nada tem a ver com o caso triplex como está fora da alçada de Moro. Cristiano Zanin Martins disse que o juiz de Curitiba estava afrontando decisões do Supremo Tribunal Federal.
Moro continuou mesmo assim, em busca de um "contexto probatório" contra Lula.
Do Estadão
O juiz Sérgio Moro não autorizou que um advogado completasse pergunta ao ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró (Internacional) sobre o presidente Michel Temer. O episódio ocorreu nesta quinta-feira, 24.
“Essa proposta financeira que o sr. recebeu para se manter no cargo de pagar 700 mil dólares por mês também foi levada ao presidente do PMDB à época?”, indagou o advogado, defensor do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), em audiência na Justiça Federal em Curitiba.
“Não dr, aí estou indeferindo essa questão”, interrompeu Moro, imediatamente. “Isso não é objeto da acusação e não tem competência desse juízo para esse tipo de questão”, completou o juiz da Lava Jato.
A preocupação de Moro é com a citação a autoridades detentoras de foro privilegiado perante tribunais superiores – caso do presidente da República.
A menção a pessoas nessas condições em processo de primeiro grau judicial pode levar até à anulação do caso ou provocar o deslocamento dos autos.
Cerveró foi arrolado pela defesa de Eduardo Cunha, réu da Lava Jato e preso em Curitiba por ordem de Moro.
Na audiência, Cerveró disse que foi nomeado para o cargo na Petrobrás em janeiro de 2003 ‘no novo governo Lula’.
O advogado do ex-presidente da Câmara indagou do ex-diretor da estatal petrolífera se
‘houve participação’ do então senador Delcídio Amaral (ex-PT/MS) em sua indicação.
“Sim, minha indicação (foi feita) pelo (ex) governador Zeca do PT (MS), por indicação do senador Delcídio.”
Indagado se houve ‘pagamento de vantagem indevida a Delcídio’, Cerveró respondeu. “Não na ocasião, mas posteriormente.”
O advogado de Eduardo Cunha perguntou a Cerveró quando ele ‘se aproximou do PMDB’. Na época, em 2006, Cerveró estava sendo pressionado para deixar o cargo.
“Foi o PMDB que se aproximou de mim, em 2006, logo depois do Mensalão, através do ministro Silas Rondeau que fazia parte do grupo do PMDB”, respondeu. “Fui procurado pelo Silas que me apresentou ao senador Renan (Calheiros) e, na época, ao deputado Jáder Barbalho (PMDB/PA). Me informaram que eu passaria a ser apoiado por esse grupo.”
Em sua delação premiada, Cerveró afirmou que em 2006 pagou US$ 6 milhões a Renan ‘a título de participação nos negócios da Petrobrás’. Renan nega.
“Realmente foi um acerto que houve com esse comando do PMDB. Delcídio não fazia parte desess seis milhões, mas houve uma destinação dessses seis milhões de dólares para esse grupo (do PMDB) de propinas (no âmbito) da primeira sonda que a Petrobrás contratou. Delcídio não fez parte. Dois anos depois fui substituído.”
“Minha substituição não foi de uma hora para outra, se iniciou com uma pressão do PMDB da Câmara. Fui cobrar o apoio do grupo do PMDB do Senado, mas esse grupo estava muito enfraquecido  na ocasião porque o senador Renan teve que renunciar (à presidência da Casa) por conta da história da filha dele. Esse grupo tinha perdido (força)”, relatou Cerveró, que acabou caindo em 2008.
O advogado de Eduardo Cunha questionou Cerveró se ele foi pressionado a fazer pagamento mensal de US$ 700 mil ‘ao grupo do PMDB’ para se manter no cargo. Ele confirmou.
Cerveró contou que esteve com Michel Temer. Na ocasião, Temer era deputado e presidia o PMDB. “Estive com Michel Temer, (fui) levado pelo dr. Bumlai (pecuarista José Carlos Bumlai, réu da Lava Jato). Ligou, marcou uma audiência com o deputado Michel Temer, no escritório dele em São Paulo. Fui lá, ele (Temer) me recebeu muito bem, mas disse que não podia contrariar os interesses da bancada que ele comandava, ele era o presidente do PMDB.”

Investigador admite uso político de delação da Odebrecht para "arranhar a imagem" de alguns



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/investigador-admite-uso-politico-de-delacao-da-odebrecht-para-arranhar-a-imagem-de-alguns






Jornal GGN - A assinatura da delação da Odebrecht com mais de 70 executivos que decidiram ajudar a Lava Jato foi adiada para a próxima semana. Segundo os grandes jornais, isso ocorreu porque teve feriado, nesta quinta (24), nos Estados Unidos, que ainda querem rediscutir a multa que a empreiteira destinará àquele País.
Apelidada de "delação do fim do mundo", o acordo precisa de assinaturas finais para então ser enviado à análise do Supremo Tribunal Federal. A Odebrecht, contudo, não quer separar a parte que diz respeito ao acordo de leniência - com pagamentos a Brasil, EUA e Suíça - da parte criminal que caberá a cada colaborador.
O Estadão desta sexta (25) diz que "com investigadores com acesso à negociação que as delações dos executivos, bem como o acordo de leniência da empresa, não devem atingir de maneira uniforme as principais lideranças políticas brasileiras. Embora os principais partidos sejam alvo das delações – PMDB, PT e PSDB -, alguns políticos serão atingidos de 'forma fatal' e outros terão suas imagens apenas 'arranhadas' pelas revelações. A diferença se dará pelo fato dos valores recebidos da empresa estarem ou não atrelados em desvios praticados em obras e licitações públicas." Ou seja, o uso político do que foi dito é certo.
Até agora, essa delação ainda não homologada já atingiu o ex-presidente Lula e Dilma. Veículos da velha mídia publicaram reportagem dizendo que Marcelo Odebrecht teria admitido pagamento de propina à campanha de 2014 e acertos durante o mandato de Lula. Há ainda envolvimento de tucanos graúdos como José Serra.
Agora, as negociações podem ficar para o começo de dezembro. Isso porque o procurador-geral da República tem uma viagem programada para a China, com retorno em 4 de dezembro. A validação do acordo no Supremo pode, neste calendário, se estender até 20 de dezembro, apontou o Estadão.
Coluna da Sonia Racy desta sexta (25) indica, porém, que não foi apenas o feriado nos EUA que adiou a delação.
"Depois do entrave com as autoridades americanas em torno do valor da multa (US$ 2,5 bilhões) que lhes cabe, a delação gigante da Odebrecht deu uma recuada ontem, segundo fonte próxima às negociações. Marcelo Odebrecht se recusa a atender à exigência dos procuradores para que seja responsável por eventuais omissões dos demais diretores. O executivo tampouco quis assumir questões relacionadas a seu pai. O filho de Emílio não assinou ainda a delação – e os outros presos do Grupo também não."
Coincidentemente, com a delação adiada, o Congresso também ainda não conseguiu consenso para aprovar medidas que afrontam a Lava Jato, como a anistia ao caixa 2 eleitora

Após saída de Geddel, Renan mostra apoio a Temer e diz que, se preciso, Senado não terá férias



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/apos-saida-de-geddel-renan-mostra-apoio-a-temer-e-diz-que-se-preciso-senado-nao-tera-ferias






Jornal GGN - O senador Renan Calheiros enviou à imprensa uma nota tentando jogar panos quentes sobre a crise que culminou com a demissão de Geddel Vieira Lima, nesta sexta (25).
 
Diante das informações prestadas por pelo ex-ministro Calero à Polícia Federal, a oposição começou a falar sobre o impeachment de Michel Temer e Renan, agora, usa seu posto de presidente do Congresso para dizer que vai dar apoio ao correligionário e, se preciso for, suspenderá as férias dos parlamentares para aprovar todas as medidas necessárias ao ajuste fiscal.
 
Em nota, Renan disse que as "alegações" de Calero "não afetam" Temer", que "reúne todas as condições para levar adiante o processo de transição. As mexidas ministeriais tampouco afetarão o calendário de votações do Senado, que inclui a PEC do limite de gastos e o projeto de abuso de autoridades."
 
"O ajuste que está sendo implementado é uma obrigação para fazer frente ao momento econômico, mas precisa ser complementado com medidas de retomada da atividade econômica, geração de empregos, recuperação dos investimentos e, o principal, a redução dos juros. Não é somente o limite de gastos e a reforma da previdência", defendeu.
 
Renan "entende que o momento é de ultrapassar falsas polêmicas e assegurar a união em torno de uma agenda, sob o risco de esgarçamento da crise econômica com imprevisíveis desdobramentos sociais."
 
 
Abaixo, a nota de Renan Calheiros na íntegra.
Em face das crises recorrentes, o presidente do Senado Federal reitera a imperiosidade de uma agenda a fim de superar o agravamento da situação econômica que penaliza toda a sociedade brasileira. A mesma manifestação já foi externada pelo Presidente Renan Calheiros no Senado Federal, em reuniões com o Presidente da República, inclusive no recente encontro ocorrido com os governadores estaduais.
         Segundo o presidente, o ajuste que está sendo implementado é uma obrigação para fazer frente ao momento econômico, mas precisa ser complementado com medidas de retomada da atividade econômica, geração de empregos, recuperação dos investimentos e, o principal, a redução dos juros. Não é somente o limite de gastos e a reforma da previdência.
As alegações do ex-ministro da Cultura não afetam o Presidente Michel Temer, que reúne todas as condições para levar adiante o processo de transição. As  mexidas ministeriais tampouco afetarão o calendário de votações do Senado, que inclui a PEC do limite de gastos e o projeto de abuso de autoridades.
         O Senado Federal tem uma agenda posta até o final do ano com várias propostas no intuito de recuperar a credibilidade do País e atrair novos investimentos. Já foi aprovada a nova rodada de repatriação de ativos e na lista de votações estão  a proibição de se alterar contratos por Medidas Provisórias, a modernização do Código Tributário, a Lei de Licitações e a terceirização da mão de obra, além da regulamentação dos jogos.
         Estão na pauta também o novo marco das Telecomunicações, a desvinculação dos vencimentos dos tribunais superiores, o combate à burocracia, o fim da reeleição, dos supersalários, a securitização e o alongamento das dívidas estaduais. Com o mesmo intuito, propor e prospectar projetos para retomar o crescimento, o Senado tem a Comissão de Desenvolvimento Nacional.
         Se necessário, o recesso parlamentar de fim de ano será cancelado para viabilizar essa agenda de desenvolvimento no País que integre os três poderes da República. A Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Rodrigo Maia, consciente da gravidade do momento, tem diante de si essa mesma oportunidade e pode adotar votações expressas.
         O Presidente Renan Calheiros entende que o momento é de ultrapassar falsas polêmicas e assegurar a união em torno de uma agenda, sob o risco de esgarçamento da crise econômica com imprevisíveis desdobramentos sociais. O Senado Federal tem feito sua parte e permanece à disposição para colaborar, como foi feito em passado recente.
         A exemplo das crises anteriores, como o impedimento da Presidente da República, o Senado continuará se pautando pelo equilíbrio, responsabilidade e atento à soberania e independência entre os poderes. O Presidente lembra que acima de todos, das questões políticas, está o futuro da Nação.