sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Investigador admite uso político de delação da Odebrecht para "arranhar a imagem" de alguns



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/investigador-admite-uso-politico-de-delacao-da-odebrecht-para-arranhar-a-imagem-de-alguns






Jornal GGN - A assinatura da delação da Odebrecht com mais de 70 executivos que decidiram ajudar a Lava Jato foi adiada para a próxima semana. Segundo os grandes jornais, isso ocorreu porque teve feriado, nesta quinta (24), nos Estados Unidos, que ainda querem rediscutir a multa que a empreiteira destinará àquele País.
Apelidada de "delação do fim do mundo", o acordo precisa de assinaturas finais para então ser enviado à análise do Supremo Tribunal Federal. A Odebrecht, contudo, não quer separar a parte que diz respeito ao acordo de leniência - com pagamentos a Brasil, EUA e Suíça - da parte criminal que caberá a cada colaborador.
O Estadão desta sexta (25) diz que "com investigadores com acesso à negociação que as delações dos executivos, bem como o acordo de leniência da empresa, não devem atingir de maneira uniforme as principais lideranças políticas brasileiras. Embora os principais partidos sejam alvo das delações – PMDB, PT e PSDB -, alguns políticos serão atingidos de 'forma fatal' e outros terão suas imagens apenas 'arranhadas' pelas revelações. A diferença se dará pelo fato dos valores recebidos da empresa estarem ou não atrelados em desvios praticados em obras e licitações públicas." Ou seja, o uso político do que foi dito é certo.
Até agora, essa delação ainda não homologada já atingiu o ex-presidente Lula e Dilma. Veículos da velha mídia publicaram reportagem dizendo que Marcelo Odebrecht teria admitido pagamento de propina à campanha de 2014 e acertos durante o mandato de Lula. Há ainda envolvimento de tucanos graúdos como José Serra.
Agora, as negociações podem ficar para o começo de dezembro. Isso porque o procurador-geral da República tem uma viagem programada para a China, com retorno em 4 de dezembro. A validação do acordo no Supremo pode, neste calendário, se estender até 20 de dezembro, apontou o Estadão.
Coluna da Sonia Racy desta sexta (25) indica, porém, que não foi apenas o feriado nos EUA que adiou a delação.
"Depois do entrave com as autoridades americanas em torno do valor da multa (US$ 2,5 bilhões) que lhes cabe, a delação gigante da Odebrecht deu uma recuada ontem, segundo fonte próxima às negociações. Marcelo Odebrecht se recusa a atender à exigência dos procuradores para que seja responsável por eventuais omissões dos demais diretores. O executivo tampouco quis assumir questões relacionadas a seu pai. O filho de Emílio não assinou ainda a delação – e os outros presos do Grupo também não."
Coincidentemente, com a delação adiada, o Congresso também ainda não conseguiu consenso para aprovar medidas que afrontam a Lava Jato, como a anistia ao caixa 2 eleitora

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