terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Brasília vence em Belo Horizonte, e Minas segue sem vitórias na Superliga

Contando com a experiência de Paula Pequeno e Elisângela, Brasília vence em Belo Horizonte. Minas não venceu um set sequer na edição 2013/2014 da Superliga

Por Belo Horizonte

Na noite desta terça-feira, Minas Tênis Clube e Brasília duelaram em Belo Horizonte, na Arena JK,  buscando melhorar a situação na tabela de classificação da Superliga Feminina. O Minas, último colocado, contava com o apoio do torcedor para conseguir a primeira vitória e começar a mudar os rumos da campanha. O Brasília, em oitavo, vinha de vitória sobre o Rio do Sul e queria a segunda vitória seguida na competição.

vôlei feminino Elisângela Brasília x São Caetano (Foto: Alexandre Arruda / CBV)A experiente Elisângela foi um dos destaques da vitória de Brasília (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
 
A vitória era mais que necessária para os dois lados, mas quem esperava o triunfo das donas da casa se enganou. Por 3 sets a 0 (21/18, 21/16 e 21/19), o Brasília venceu mais uma vez nesta edição da Superliga Feminina. As donas da casa chegaram à sétima derrota em sete jogos e ainda seguem sem vencer nenhum set na competição.

O técnico do Minas, Marco Antônio Queiroga, começou a partida com Carla, Giovana, Alaina, Fernanda, Raquel, Lynda e a líbero Arlene. Por sua vez, Sergio Ricardo Negrão mandou o Brasília para a quadra com Elisangela, Érika, Paula Pequeno, Viviane, Camilla, Danielle Scottarruda e a líbero Veridiana. As mineiras começaram melhor e dominaram o confronto até o 12º ponto, mantendo média de três pontos de vantagem. Porém, com 15 minutos de jogo, o Brasília empatou o jogo em 14 a 14. A partir daí, o equilíbrio foi visto até o final do primeiro set. A experiência de Paulo Pequeno e Elisângela fez a diferença, sempre procuradas nos momentos decisivos. Nem mesmo a grande atuação de Carla, pelo Minas, foi suficiente. O Brasília fechou o set por 21 a 18.

Carla, jogadora do Minas Tênis Clube (Foto: Reprodução / Site Oficial do Minas)Carla foi a melhor do Minas. Time segue sem vencer no torneio (Foto: Reprodução / Site Oficial do Minas)
 
O segundo set também começou marcado pelo equilíbrio. O Minas saiu em desvantagem, mas assumiu a ponta logo nos primeiros minutos. Porém, enquanto o Minas estacionou nos sete pontos, o Brasília aproveitou e passou no placar, chegando aos 12 pontos. Depois disso, as brasilienses souberam administrar a vantagem e levaram o jogo sem problemas. O Minas até esboçava reação em alguns momentos, mas parava na irregularidade das jogadoras. Com 24 minutos, o Brasília fez 2 sets a 0, com placar registrando 21 a 16. 

As mineiras sentiram o golpe, e o Brasília aproveitou para disparar no terceiro set. Com cinco minutos de jogo, o time visitante já vencia por 7 a 3. Porém, os torcedores que estavam na Arena JK mostraram todo o apoio às mineiras, o que contagiou as jogadoras. O Minas foi atrás e empatou o duelo em 15 a 15, quando o relógio marcava 18 minutos de jogo. As equipes se alternavam no placar, mas o empate tornou a aparecer no 19º ponto. Foi quando a experiência de Paulo Pequeno e Elisângela, mais uma vez, fez a diferença. As duas foram as responsáveis pelos dois últimos pontos do jogo. Final de set, com vitória do Brasília, por 21 a 19.

Na próxima rodada, o Minas, longe dos seus domínios, encara o Araraquara. Já o Brasília, em casa, pega o forte time do Pinheiros.  

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/mg/noticia/2013/12/brasilia-vence-em-belo-horizonte-e-minas-segue-sem-vitorias-na-superliga.html

Invencível na Superliga, Osasco arrasa Praia Clube diante da calorosa torcida

Times começam jogo de forma equilibrada. Mineiras ensaiam reação no terceiro set, mas são superadas por paulistas que fecham placar em 3 a 0

Por Uberlândia, MG

Sheilla, oposto de Osasco (Foto: João Pires/FotoJump/Divulgação) 
Sheilla, oposto de Osasco
(Foto: João Pires/FotoJump/Divulgação)
 
A invencibilidade foi quebrada. A oposto Sheilla e a central Adenízia, do Osasco, não tomaram conhecimento da Praia Clube na noite desta terça-feira. Na Arena Praia, o time paulista venceu por 3 sets a 0, com parciais de 21/16, 21/15 e 21/18 e quebrou a série de três jogos de vitórias da equipe de Uberlândia jogando em casa. Sheilla garantiu 17 pontos e foi a maior pontuadora. Caterina levou o troféu Viva Vôlei. Pelo lado do Praia, Monique e Mayhara anotaram 9 pontos cada.

Na sexta-feira, o Praia Clube volta à quadra para enfrentar o Rio de Janeiro, fora de casa, a partir das 21h30, com transmissão do SporTV. No mesmo dia, o Osasco faz o clássico paulista com Sesi-SP, as 19h.

No início da partida, o Osasco trabalhou com passe na mão o que facilitou a manutenção de um ponto à frente no primeiro tempo técnico. O Praia não tinha uma boa recepção, mas se aproveitou dos bons saques de de Mayhara e de alguns erros iniciais de Sheilla e Thaísa. Um início equilibrado, porém as donas da casa tinham dificuldades para colocar a bola no chão e as visitantes sofriam menos para pontuar. Na fase decisiva do set, a levantadora do Osasco forçou os ataques com Sheilla, e a oposto não decepcionou. Ainda no primeiro set, o Praia Clube conseguiu seis pontos de saque, porém, não foi suficiente para impedir as paulistas de saírem na frente: 21 a 16.

Praia Clube x Osasco (Foto: Gullit Pacielle) 
Praia Clube x Osasco, em Uberlândia
(Foto: Gullit Pacielle)
 
No time paulista, o segundo set iniciou da forma que terminou o primeiro. A levantadora Fabíola usou Adenínizia no meio de rede e a Sheila na saída. Os ataques eram eficazes, porém, o técnico Luizomar não contava com o crescimento da central Mayhara, do Praia Clube. Até a primeira parada técnica do segundo set, ela havia anotado oito pontos. No retorno, o técnico Spencer Lee não conseguiu fazer com que as praianas mantivessem o ritmo. As paulistas cresceram e a torcida praiana não aguentou a má atuação da equipe e gritou o nome da ponteira Herrera. Spencer não atendeu os torcedores, as atletas dentro de quadra também não conseguiam jogar com eficiência e o Osasco venceu o segundo set com tranquilidade: 21 a 15.

No terceiro set, o técnico Spencer Lee fez duas alterações no time. Colocou a central Natália e a ponteira Herrera, para as saídas de Aline e Kim Glass. Com o apoio da torcida, a cubana foi para cima do Osasco. Potência, força e muita vibração marcaram o retorno da atleta depois de quase um ano fora de uma partida da Superliga. Com Herrera em quadra, o Praia abriu quatro pontos no início do set, entretanto, Sheilla e Thaísa colocaram o Osasco novamente na partida. A porção de opções do técnico Luizomar com Caterina, Adenízia, Thaísa, Sheilla, Sanja e a qualidade do passe da líbero Camila Brait, fizeram a diferença, e o Osasco passou fácil por cima do Praia por 3 sets a 0: 21/18.

Osasco na Arena Praia (Foto: Gullit Pacielle) 
Osasco na Arena Praia, na vitória por 3 a 0 diante da 
equipe de Uberlândia (Foto: Gullit Pacielle)
 
FONTE:

Surda às vaias, Tandara mostra força e guia Campinas à vitória contra Sesi

Ex-jogadora do time da casa, ponteira enche o braço para levar equipe do interior a mais um triunfo na Superliga. Natália torce o tornozelo no fim do jogo e preocupa

Por São Paulo

Durante todo o jogo, os gritos não pararam. Chamada de traidora, Tandara olhava com o canto dos olhos, esboçava um sorriso e tentava se fazer de surda. Mais do que isso. Alvo da torcida que trocou aplausos por vaias e xingamentos, a ponteira se apresentava como maior arma do outro lado. Saiu do primeiro set com incríveis dez pontos. Caiu de rendimento como todo o time na sequência, mas voltou a brilhar para levar o Campinas a mais uma vitória na Superliga feminina.

Ex-jogadora do Sesi-SP, ajudou o time do técnico José Roberto Guimarães a bater as rivais em 3 sets a 2, parciais 25/23, 12/21, 21/19, 17/21 e 15/12.

Tandara deixou a quadra com 27 pontos e o prêmio de melhor jogadora. Depois da partida,a ponteira festejou a vitória e disse não se incomodar com a pressão da torcida rival.


- Se eu desse trela para isso, não iria jogar. Mas eu entendo. Foi bom, é gostoso. Eu gosto de jogar assim. Foi difícil, suado, mas a vitória veio. Foram dois pontos suados, mas muito importantes.

vôlei Amil  (Foto: Lucas Dantas / Sesi-SP) 
Tandara salta para vencer o bloqueio do Sesi-SP 
(Foto: Lucas Dantas / Sesi-SP)

Já no fim do jogo, Natália foi a protagonista do susto da noite. Depois de um bloqueio, pisou em falso na descida e torceu o tornozelo esquerdo. Em uma primeira avaliação, o médico do Campinas, Júlio Nardelli, afirmou que a torção foi de leve para moderada. Mas, ainda assim, a perda de uma de suas principais jogadoras preocupa o técnico José Roberto Guimarães.

- Temos de ver a gravidade, mas eu estou preocupado. A sorte é que ela estava de tornozeleira. isso deve ter amenizado. Pode ter sido também mais pelo susto, mas ela vai precisar passar por uma radiografia para analisar a gravidade. 

Com a vitória, o Campinas se manteve perto dos líderes, com 17 pontos. Os outros resultados, porém, não ajudaram. Osasco bateu o Praia Clube por 3 sets a 0 (21/16, 21/15 e 21/18) e segue invicto na ponta, com 20 pontos. De virada, o Rio de Janeiro passou pelo Pinheiros por 3 sets a 1 (18/21, 21/16, 24/22 e 26/24) e vem logo atrás, com 18.

O jogo
O problema era recorrente. Como nas rodadas anteriores, a bola vinha do outro lado, e a recepção falhava. Dani Lins, sobrecarregada, tinha dificuldades para levantar a bola. Assim, Campinas começou na frente, com ponto de Tandara. O Sesi-SP, porém, queria mostrar que podia fazer frente às outras equipes favoritas. As donas da casa, então, foram em vantagem para o primeiro tempo técnico: 7/6.

Vôlei Sesi e Campinas (Foto: Lucas Dantas / Sesi-SP)Pri Daroit tenta vencer bloqueio do Campinas durante a a partida desta terça (Foto: Lucas Dantas / Sesi-SP)
 
Era um jogo equilibrado, mas o Sesi-SP mostrava mais disposição diante dos próprios erros. Bia, àquela altura, era a principal válvula de escape do time da capital. Do outro lado, José Roberto Guimarães tentava levar suas meninas ao jogo. Ainda assim, as donas da casa abriram três pontos em ataque de Bia (13/10), mas o Campinas conseguiu a virada em ataque de Tandara.
 
O Sesi-SP tentou reagir. Depois de um ace, Mari Cassemiro olhou para a torcida e pediu apoio. Suelle, em dois pontos seguidos, e Dayse, em bloqueio, renovaram a esperança do time da casa ao evitarem três set points. A torcida chegou a comemorar a vitória em ataque para fora de Tandara, mas o juiz flagrou desvio nas pontas dos dedos de Mari. Com mais uma chance de fechar a parcial, foi a vez de Campinas errar a recepção. Mas a recuperação veio na sequência. Em mais um ataque potente, Tandara fechou em 25/23.

Foi com um bloqueio triplo que o Sesi-SP saiu na frente no segundo set. Mas era, mais uma vez, um jogo equilibrado. Com Natália, Tandara e Carol Gattaz, o Campinas passou à frente. Não demorou, porém, para que as donas da casa conseguissem retomar a dianteira. Com 7/6, o time da capital foi para o primeiro tempo técnico em vantagem.

A liderança no placar animou as jogadoras da casa. Em bela jogada de Dani Lins, que atacou de segunda ao perceber o fundo de quadra rival vazio, o Sesi-SP abriu 11/06. E não parou mais. O Campinas ainda tentou a reação, mas os erros pareciam ter passado para o lado das meninas do interior. E, em ataque de Ivna, as donas da casa empataram o jogo em 21/12.

vôlei Amil  (Foto: Lucas Dantas / Sesi-SP) 
Jogadoras do Campinas comemoram ponto durante 
vitória (Foto: Lucas Dantas / Sesi-SP)

O equilíbrio voltou com o início do terceiro set. Na base da força de suas jogadoras, o Campinas conseguiu frear a empolgação do Sesi-SP por um momento. Mas, ainda assim, o Sesi-SP chegou ao primeiro tempo técnico em vantagem (7/5). Os erros já não eram tão frequentes, e o Sesi-SP conseguia se manter em vantagem no placar, em ataques de Bia, Pri Daroit e Suelle.

O Campinas conseguiu buscar. Depois de ataque para fora de Pri Daroit, o time do interior tomou a frente: 17/16. Na sequência, Suelle encheu a mão em ataque, mas o juiz acusou uma invasão da jogadora, o que gerou uma série de reclamações do time da casa. Após a discussão, a líbero Suelen levou cartão vermelho, e as visitantes abriram 19 a 16. O Sesi ainda tentou reagir, mas o Campinas fechou em 21 a 19.

Vôlei Natalia Amil (Foto: Lucas Dantas / Sesi-SP)Natália é amparada após queda (Lucas Dantas / Sesi-SP)
 
O Campinas voltou melhor para o quarto set. Com tranquilidade, abriu 3 a 0 diante de um Sesi-SP inerte. O time da capital, porém, acordou e reagiu. Foi para o primeiro tempo técnico mais uma vez em vantagem (7/5), dando esperança para a torcida. Os times lutavam em quadra, e o Sesi-SP parecia disposto a evitar o fim do jogo. Com segurança, as donas da casa conseguiram evitar que o Campinas retomasse a dianteira até o fim da parcial. 

Foi com um ponto de Suelle que o Sesi-SP largou na frente no set final. Mas o jogo ganhou em tensão. Se as donas da casa abriam dois pontos, as rivais logo buscavam no placar. Quando as visitantes venciam por 11 a 10, um susto: ao descer de um bloqueio, Natália pisou em falso e ficou caída, reclamando de uma torção no tornozelo esquerdo. Quem sentiu, porém, foi o Sesi-SP. Sem poder de reação, viu as rivais abrirem vantagem. No fim, em erro de bloqueio, Campinas fechou: 15 a 12.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/12/surda-vaias-tandara-mostra-forca-e-guia-campinas-vitoria-contra.html

Murilo comemora o retorno às quadras: 'Todos os dias foram difíceis'

Recuperado de uma cirurgia no ombro feita em maio, ponteiro do Sesi-SP e da seleção brasileira voltou a jogar no sábado e espera estar bem de novo em janeiro

Por Rio de Janeiro

Os dias demoraram a passar. A rotina de treinos e jogos foi alterada, trocada pelo trabalho intensivo de fisioterapia. O ombro direito precisava de cuidados depois da cirurgia. Murilo foi obrigado a desacelerar. Desde aquele mês de maio, o olho comprido na quadra e a saudade  aumentaram, o aperto no coração a cada jogo da seleção brasileira se fez presente. Com tanto tempo para pensar, uma dúvida também pontuou toda a fase de recuperação: "Em que nível vou voltar a jogar?" A pergunta ainda continua sem resposta, mas a disposição para provar a si mesmo que pode ser o mesmo jogador de antes, norteia o ponteiro. No sábado, no confronto contra o Maringá, ainda que os minutos tenham sido poucos, que não tenha contribuído com pontos como de costume, Murilo comemorou. Estava finalmente de volta. 

Murilo  (Foto: Sesi-SP/Divulgação) 
Murilo no jogo de volta contra o Maringá 
(Foto: Sesi-SP/Divulgação)

O sentimento de estar outra vez ali, diante de um adversário, foi difícil de ser explicado. Veio acompanhado de uma pausa, seguida de um sorriso. Nesta terça-feira, espera ser escalado outra vez pelo técnico Marcos Pacheco no clássico contra o Cruzeiro.

- Sei lá... Foi um recomeço para falar a verdade. Para quem está de fora parece que o período passou rápido. Para mim, demorou bastante. Me falaram que foram 245 dias, desde a semifinal da Superliga passada. Hoje completam sete meses da cirurgia. No primeiro jogo, eu entrei para fazer fundo de quadra, sacar aos poucos e me dar mais oportunidade para ir ganhando confiança. Não é fácil decidir bola importante, ainda não tenho condição. E não tenho como fazer uma previsão de quando estarei 100% fisicamente de novo. Depende da reação do ombro. Vou entrar gradativamente durante as partidas e, dependendo da necessidade, vou jogando mais.Tem que ser tudo controlado. Acho que em janeiro já vou estar muito bem, mas não posso dar um passo para trás. Não adianta exagerar agora - disse. 
 
Murilo mantém a cautela. Aprendeu que paciência também é remédio. As conversas com Nalbert, antes e durante o processo, ajudaram. Em 2004, poucos meses antes das Olimpíadas de Atenas, o ex-jogador teve de operar o ombro. A participação nos Jogos esteve ameaçada. No entanto, a recuperação foi mais rápida do que o esperado, surpreendeu os médicos e possibilitou sua participação na competição na qual o Brasil conquistou a medalha de ouro. 
   
Murilo treino vôlei seleção em Saquarema (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Murilo treino com a seleção em novembro (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
 
- Todos os dias foram difíceis. No primeiro mês, usava tipoia e foi bastante chato porque dependia da Jaqueline. Ela grávida, tendo enjoos e os dois se ajudando. Era muito chato fazer fisioterapia.

Atleta gosta de malhar e treinar... Nalbert me disse que eu precisaria ter paciência porque depois tudo dá certo. Não adianta querer correr contra o tempo. Não estou 100%, sei disso, mas vou ganhar isso. A dúvida ainda existe. Que vou jogar eu sei, mas em que nível? Será que vai ser igual a 2010, quando estava no auge da forma? O medo vai ficar até eu provar para mim mesmo que consigo voltar a jogar em alto nível. Quero poder ajudar a seleção. Tenho que buscar isso dia a dia no treino. Por isso não estou tão preocupado de jogar, jogar. Vai ter tempo e hora. O que preciso agora é treinar e estou fazendo isso bem. 

No início do mês passado, Murilo atendeu ao chamado de Bernardinho e aceitou treinar com o grupo que se preparava para a disputa da Copa dos Campeões. O capitão estava de volta, mesmo que ainda não pudesse viajar até o Japão. E fez questão de, a sua maneira, dar sua contribuição para os companheiros. 

- Essa coisa de capitão, não é que eu não queira ou não goste, mas para mim sempre foi o Giba. Na ausência dele em quadra eu acabava ficando com essa função (risos). Eu acompanhei o ano todo da seleção, troquei mensagens, fui ao Rio antes da Liga Mundial vê-los e antes da Copa do Mundo para matar saudade. Foi bem difícil para mim ficar de fora. Sofri bastante vendo as partidas. Eu pensava que as Olimpíadas do Rio provavelmente serão as últimas para mim e deixei um ano escapar. Só tenho mais três pela frente... Eu sinto saudade daquele convívio, de jogar pela seleção. Fui muito bem recebido naquela semana em Saquarema. Todos estavam preocupados comigo e pude passar um pouco dessa coisa de valorizar a seleção. Conversei muito com o Bruninho sobre a equipe e adversários. Foi bom rever o Bernardo, que sempre me mandou mensagens para saber como eu estava.
   
O técnico espera poder contar com o pupilo no segundo ano do ciclo olímpico. Diz que respeitará o tempo de Murilo. 

Jaqueline e Murilo casal vôlei ensaio (Foto: Divulgação) 
Jaqueline e Murilo fizeram ensaios para marcar a 
gravidez de Arthur (Foto: Divulgação)


- Não vamos pular degraus. E ele tem consciência disso. Espero que volte bem. A perspectiva é bem positiva e ele é muito importante para o grupo - afirmou.
 
Murilo não vê a hora de voltar a vestir a camisa do Brasil. Conta os dias também para ter nos braços o primeiro filho. Arthur nascerá este mês. Durante a gravidez, Jaqueline não teve nenhum desejo que fizesse o marido acordar no meio da madrugada. Só fez um pedido que foi prontamente atendido.

- Eu a ensinei a comer pinhão, característico lá do Sul. E tinha passado da época. Fomos ao mercado e achamos. Pegamos tudo o que ainda restava e levamos para casa. Não sei ainda que tipo de pai vou ser. Acho que eu vou ser o bravo da história para educar e ela vai estragar (risos).

Se conseguir ser como meu pai foi para mim, vou estar muito feliz. 

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/12/murilo-comemora-o-retorno-quadras-todos-os-dias-foram-dificeis.html

Goleiro chega a 11 jogos sem sofrer gol, Lille vence e encosta no líder PSG

Enyeama, da seleção nigeriana, tem boa atuação novamente, equipe bate o Olympique de Marselha por 1 a 0, em casa, e fica na vice-liderança do Francês

Por Lille, França

O Lille vem fazendo uma surpreendente temporada. Nesta terça-feira, o time derrotou o Olympique de Marselha, em casa, por 1 a 0. O único gol da partida foi marcado já nos acréscimos, aos 47 do segundo tempo, pelo atacante Roux.

Os gastos do clube com o elenco nem se comparam ao poderoso Paris Saint-Germain, líder isolado do Campeonato Francês, com 37 pontos. No entanto, a equipe é a segunda colocada, com um ponto a menos, e conta com um fato curioso: o time não leva gols desde a quinta rodada da competição, quando foi derrotado para o Nice por 2 a 0.

Enyeama, Lille x Olympique (Foto: Reuters) 
Enyeama em ação: 11 jogos sem sofrer gols no 
Campeonato Francês (Foto: Reuters)

Méritos para o goleiro Enyeama. O titular na seleção da Nigéria mostra boas atuações na equipe francesa, enquanto os outros 10 jogadores também cumprem seus papéis em campo. Agora o arqueiro, que está há 1035 minutos ileso nas balizas do Lille, há 11 jogos, tem a chance de bater o recorde de tempo sem sofrer gols no Campeonato Francês. Enyeama chegou a passar Sirugu, do PSG, que havia ficado 949 minutos sem deixar a bola passar. O recordista é Gaëtan Huard, com 1176 minutos  pelo Bordeaux na temporada 1992/1993. Na ocasião, foram pouco mais de 13 jogos.

Para bater o recorde, Enyeama teria que ficar sem sofrer gols no próximo compromisso, contra o Bordeaux, fora de casa, e torcer para que Ibrahimovic e Cavani não estejam inspirados nos primeiros 52 minutos do duelo contra o Paris Saint-Germain, daqui a duas rodadas. A equipe do sueco e do uruguaio entra em campo nesta quarta-feira, contra o Évian, às 18 horas.

Roux marca, Lille x Olympique (Foto: AP) 
Roux marca aos 47 do segundo tempo e dá a vitória 
ao Lille, vice-líder (Foto: AP)

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-frances/noticia/2013/12/goleiro-chega-11-jogos-sem-sofrer-gol-lille-vence-e-encosta-no-lider-psg.html

Valcke: premiação para seleções será 33% maior do que na Copa de 2010

Secretário-geral da Fifa informa ainda que atletas terão seguro por participar do Mundial e que clubes dividirão US$ 70 milhões por jogadores convocados

Por Costa do Sauípe, Bahia

 O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, informou durante coletiva de imprensa, na Costa do Sauípe, na Bahia, que a premiação para as seleções que vão participar da Copa do Mundo de 20
14 será 33% maior do que a de 2010, quando o torneio foi disputado na África do Sul. Os valores serão definidos durante reunião do Comitê de Finanças da entidade ainda nesta terça-feira.

- O prêmio precisa ser aprovado. Mas posso dizer que sofrerá um aumento grande. Serão premiados do primeiro ao último colocado no Mundial. 


Jerome Valcke coletiva Fifa reunião (Foto: André Durão / Globoesporte.com) 
Jerome Valcke coletiva Fifa reunião (Foto: 
André Durão / Globoesporte.com)


Valcke revelou ainda que a Fifa fará um seguro para os jogadores que vão participar da Copa de 2014. Além disso, os clubes que cederem jogadores para as seleções que estarão no Brasil no ano que vem vão dividir US$ 70 milhões (R$ 165 milhões). No Mundial da África do Sul, por exemplo, clubes que cederam três atletas receberam cerca de US$ 1,5 milhão (R$ 3,5 milhões).

- Esse valor será dividido pelos clubes. É uma grande quantia.

Na próxima sexta-feira, às 14h (de Brasília), na Costa do Sauípe, a Fifa vai realizar o Sorteio Final da Copa do Mundo da Fifa. O evento será transmitido ao vivo pela TV Globo. O GloboEsporte.com vai acompanhar em Tempo Real.

- É fato que o estádio está enfrentando alguns problemas. A mão de obra lá vai aumentar para que todas as instalações temporárias sejam concluídas e tenhamos um plano para a venda dos ingressos. Hoje não é possível fazer um mapa ainda, como os senhores devem ter percebido – finalizou Valcke.

Na próxima sexta-feira, na Costa do Sauípe, na Bahia, a entidade comanda do Sorteio Final para a Copa do Mundo Fifa. A partir desse dia, as 32 seleções classificadas para o Mundial saberão onde vão jogar.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2013/12/valcke-premiacao-para-selecoes-sera-33-maior-do-que-na-copa-de-2010.html

Orçamento do Bota para 2014 prevê R$ 16,5 mi de receita da Libertadores

Clube prevê premiações de R$ 7,8 milhões no mês da final da competição e presidente do Conselho Fiscal diz: 'É uma situação irreal, mas é uma situação possível'

Por Rio de Janeiro

O Botafogo segue disputando uma vaga na Libertadores da América de 2014. No domingo, o clube faz uma partida decisiva contra o Criciúma, no Maracanã, e precisará vencer e torcer contra Goiás e Atlético-PR para garantir sua vaga. Mas, até a semana passada, a diretoria trabalhava com otimismo. O orçamento de 2014 enviado para aprovação do Conselho Deliberativo conta com R$ 16,5 milhões da Libertadores. O orçamento consolidado aponta um superávit de R$ 3,7 milhões no exercício - considerando que, aplicados os valores das dívidas do clube, o Conselho Fiscal calcula déficit de R$ 69 milhões. Sem os R$ 16,5 milhões, até mesmo a previsão orçamentária, sem a inclusão das dívidas, já estará no vermelho.

O orçamento ainda pode ser reduzido – dado que foi entregue para atender a datas fixadas pelo estatuto do clube.  A previsão orçamentária para 2014 foi enviada pelo Conselho Diretor ao Conselho Fiscal há duas semanas. No dia 18, o CF a aprovou (com ressalvas de alguns conselheiros) e a enviou para a análise do Conselho Deliberativo. Esse exame vai ocorrer numa reunião marcada para 10 de dezembro.


Botafogo orçamento clube (Foto: Vicente Seda) 
Botafogo prevê altas receitas com a Libertadores, especialmente 
no mês da final da competição em 2014 (Reprodução)
 
Chamam atenção, nos números aprovados pelo CF, vários sinais de otimismo. A vice-presidência de futebol separou as receitas para 2014 por campeonato. Na Libertadores, por exemplo, a previsão é contar não apenas com a vaga – mas, a julgar pelas previsões de entrada em caixa – também com a longevidade na competição.  A previsão de faturamento para a Libertadores é de R$ 16,5 milhões – sendo que mais da metade desse valor (R$ 8.217.500) está previsto para agosto. Em julho e agosto serão disputadas as fases finais da Libertadores em 2014 (depois da Copa do Mundo). E quase toda essa receita no mês de agosto está na rubrica premiações (R$ 7.850.000).

- A explicação que deram e convenceu aos membros do Conselho Fiscal é que, para poder fechar o orçamento e montar um time competitivo, eles (a vice-presidência de futebol) tinham essa perspectiva de arrecadação, que segundo eles é real, e se você observar, lá em receitas com vendas de ativos de atletas, estão R$ 10 milhões. É um valor que hoje a gente sabe que pode ser muito maior, mas foi feita uma previsão pessimista. No caso da Libertadores, fizeram a mais otimista possível para montar um time competitivo. A gente teve uma reunião com o Aníbal (Rouxinol, diretor jurídico) e o Sidnei Loureiro (gerente de futebol) , eles colocaram isso, o presidente Maurício (Assumpção) endossou, e a gente concordou - disse André Silva, presidente do Conselho Fiscal.

Para cumprir o estatuto do clube, o Conselho Diretor teve que fazer o orçamento antes de saber se o clube irá disputar a competição continental. Sem a Libertadores, os números certamente serão revistos  - e provavelmente o valor previsto para salários do futebol (algo em torno de R$ 6 milhões mensais) deve ser reduzido. Caso contrário – mantidos os salários – o clube não terá como fechar o ano no azul. O orçamento prevê R$ 3,7 milhões de resultado – contando com os valores da Libertadores.

- É um caso hipotético, é uma situação irreal, mas é uma situação possível. Então preferiram orçar dessa forma para montar um time que tenha capacidade de ser campeão da Libertadores. Caso não ocorra classificação, vou até bater na madeira, será feito um ajuste em janeiro. O Conselho Fiscal tem até meados de novembro para entregar o seu parecer para o Deliberativo. Nessa data você não sabe se está na Libertadores. Em orçamento, você pode ousar em determinados pontos, e ser mais conservador em outros. Eles foram conservadores na venda de direito de atletas, porque já existem negociações em andamento que dariam um valor superior ao que foi colocado, e foram bastante otimistas em relação à Libertadores. Tanto que nos chamou atenção, questionamos e nos colocaram dessa forma - completou André Silva.

O otimismo não aparece apenas nessa rubrica. Na previsão de arrecadação para o Campeonato Brasileiro, por exemplo – estimada em R$ 84.828.644, o clube prevê nada menos que R$ 9 milhões em premiações.  A receita prevista para o Campeonato Estadual é de R$ 21.852.974.  A arrecadação da Copa do Brasil só entra em setembro – pois parte do pressuposto, justamente, que o clube jogará a Libertadores. Com isso, o Botafogo prevê arrecadar R$ 9.801.144 na competição.

A previsão total de receita da vice-presidência de futebol é de R$ 149.910.874. Mas, para atingir esse resultado, o clube prevê – além das premiações – a venda de direitos de jogadores. No orçamento, há a previsão de arrecadar  R$ 10 milhões com direitos econômicos em agosto. A previsão de despesas do departamento chega a R$ 122,6 milhões para o futebol profissional e R$ 4,6 milhões no futebol de base.

O orçamento será discutido pelo Conselho Deliberativo na reunião de 10 de dezembro – quando o clube poderá ter sua vaga na Libertadores já assegurada (caso fique terceiro no Brasileiro). Caso fique na quarta posição – o clube terá que esperar o resultado do jogo entre Ponte Preta e Lanús pela final da Copa Sul-Americana. O segundo jogo da decisão está previsto para o dia 11 de dezembro. Caso fique na quinta posição do Brasileirão, o clube não conseguirá a vaga na competição continental. Nesse caso, de acordo com André Silva, será feito um ajuste no orçamento.


FONTE:
ttp://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/12/orcamento-do-bota-para-2014-preve-r-165-mi-de-receita-da-libertadores.html

Bandeirinha se aposenta no domingo e vira um 'inimigo' dos impedimentos

Altemir Hausmann vai fazer seus últimos jogos no fim de semana e depois passará a se dedicar a projeto que ensina jovens a se posicionarem diante da 'linha burra'

Por Rio de Janeiro

Altemir Haussman auxiliar técnico (Foto: getty image)Altemir Haussman encerra a carreira no próximo domingo (Foto: getty image)
 
Responsáveis por anulações de gols que mudariam a história do futebol, os árbitros auxiliares, popularmente conhecidos como bandeirinhas, levam a fama de vilões por provocarem dissabores inesquecíveis às torcidas. Altemir Hausmann completa 45 anos nesta quinta-feira, atingindo a idade limite para atuar em jogos profissionais, e seus dois últimos compromissos estão marcados para os próximos dias 7 e 8, pela última rodada do Brasileirão 2013. Vai trabalhar nos jogos Flamengo x Cruzeiro (sábado) e Botafogo x Criciúma (domingo). Depois disso, Hausmann vai se dedicar a um projeto de formação de jogadores. A curiosidade é que sua principal meta é ensinar às crianças como fugir do impedimento, talvez a infração que mais assinalou em seus 26 anos de carreira.

- Vou lançar um projeto de formação de atletas com crianças e minha ideia é fazer um serviço ao futebol mundial. Pretendo colocar em algum clube um treino para impedir que os jogadores fiquem em impedimento. Quero conversar com alguns clubes. O projeto se chama "Impedimento 0, gol 10: transformando a linha burra em inteligente" - afirmou o auxiliar, que trabalhou na Copa do Mundo de 2010.


teatro de artistas mudos
Hausmann pretende com a "luta contra o impedimento" diminuir o excesso de empates que se observa no futebol brasileiro. Batizado de Altemir numa homenagem do pai a um ex-lateral-esquerdo do Grêmio, o bandeirinha não se empolga com a possibilidade voltar a torcer pelo Tricolor depois de anos "licenciado", já que garante ter colocado a paixão de lado enquanto trabalhou. Sua falta de interesse pela volta à vida de torcedor, segundo o próprio, está ligada ao nível técnico das partidas.

- Perdi meu pai aos 7 anos de idade. Ele me batia todo dia, porque eu era muito maroto. Fiquei colorado, mas depois que ele morreu voltei a ser Grêmio. Hoje em dia é mais difícil ver os jogos com emoção, principalmente depois que meu filho nasceu e me ensinou a torcer pela Seleção. Não consigo mais ver com tanta emoção diante de um campeonato com tantos empates, com menor índice de gols. Os times não estão mais jogando para ganhar, estão jogando para não perder. Você põe um teatro como o Maracanã, que está um teatro pela beleza, cobra R$ 100 e ninguém faz gols? É como você colocar num teatro dois artistas para fazerem um diálogo e os dois serem mudos. Isso acaba com o torcedor, temos que evoluir isso - reclamou.

Apesar dos 45 anos, Altemir trabalhará duas vezes no fim de semana, algo que o pegou de surpresa. Perguntado se o jogo entre Flamengo e Cruzeiro será mais fácil do que Botafogo x Criciúma, negou veementemente.

- Imaginava que minha despedida fosse no jogo entre os dois campeões, o da Copa do Brasil e o do Brasileiro. É uma rara exceção trabalhar em dois jogos num fim de semana. Mentalmente é cansativo, mas temos que superar isso. Sempre pautei minha carreira da seguinte maneira: não existe jogo fácil até no amistoso. Aí vai que cometo um erro no sábado, que seria um jogo menos difícil? Se eu errar como vou para o jogo de domingo? A gente sobrevive em cima do acerto. Sábado não vai ser fácil, não.


parabéns a você ou a oswaldo?
O jogo da despedida já está definido, mas qual seria o mais inesquecível dentre todos nos quais trabalhou? Altemir diz que há várias anulações - corretas - de gols marcantes, porém evitou torná-las públicas para não causar antipatia em nenhuma das torcidas. Resolveu então eleger um Fluminense x Ponte Preta disputado no dia em que completou 33 anos e ouviu o grito de "parabéns a você" entoado por mais de 50 mil pessoas. O coro, porém, era endereçado ao então técnico tricolor Oswaldo de Oliveira, aniversariante da mesma noite. 

- Tem um jogo que carrego com certa emoção foi num 5 de dezembro, dia do aniversário do Oswaldo e também do meu aniversário. Eram 55 mil pessoas cantando parabéns para você. E tive uma boa atitude ao não marcar impedimento do Romário em lance em que o zagueiro recuou para o Romário. Se você não vê ou não presta atenção, marca o impedimento. Então foi especial em função do meu aniversário.

(Nota da redação: Altemir se confundiu entre dois jogos entre Fluminense e Ponte Preta, ambos vencidos por 3 a 2 pelo Flu. Realmente houve o tal coro de 55 mil pessoas no dia 5 de dezembro de 2001, mas Romário ainda nem jogava pelo Tricolor. O jogo em que o zagueiro (Marinho) recuou para o Baixinho ocorreu em 17 de novembro de 2002, porém foi realizado em Campinas).

spray histórico

Talvez o lance em que chamou mais atenção em sua carreira aconteceu em 20 de junho de 2012, quando o Corinthians se classificou para a final da Libertadores após empate por 1 a 1 com o Santos. Nos acréscimos do jogo, ele levou a torcida corintiana, àquela altura já comemorando a classificação, à loucura ao desenhar uma meia-lua com seu spray de forma espalhafatosa. A intenção era demarcar a distância que os jogadores tinham de ficar.

Altemir Hausmann espirra o spray no gramado (Foto: Reprodução/TV Globo)Altemir Hausmann espirra o spray no gramado em velocidade assutadora (Foto: Reprodução/Globo)
 
- Carrego comigo por mais de uma dúzia de anos uma protusão discal. Sempre me esforcei muito para não virar hérnia de disco e nesse jogo deixei alguém de sobreaviso, pois acordei incapacitado de caminhar. Tomei uma injeção logo quando acordei e fui para o aquecimento ainda bastante incapaz. Aí veio o jogo e na pura adrenalina, querendo evitar que acabasse em pancadaria como tinha acontecido em uns oito ou dez jogos anteriores entre Santos e Corinthians, fiz aquilo. Fiz aquilo com o intuito de colocar respeito. Havia quatro jogadores no lance e também fiz aquilo para não fazer quatro risquinhos e me abaixar quatro vezes com aquelas dores.

dorival, o chato
E quem foi o técnico mais chato à beira do campo, que ficou perturbando Altemir na linha lateral? Ele, pautando-se no excesso de desentendimentos, elegeu Dorival Júnior, atualmente à frente do Fluminense.

- Tive vários atritos com o Dorival Júnior, mas por imposição dele e não minha. Toda vez que expulsei alguém eu avisei antes. Nunca expulso o cara de primeira, até porque entendo que o cara está na pressão. Acredito que tenha sido o Dorival (com quem menos se entendeu em campo), mas já me desculpei com ele e ele comigo. 


FOMTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/12/bandeirinha-se-aposenta-no-domingo-e-vira-um-inimigo-dos-impedimentos.html

Apitei! Árbitro conta que 'atendeu' Eurico, deu pênalti e 'pagou' dívida

Luiz Carlos Gonçalves, o Cabelada, relata histórias do futebol e lembra o pedido do dirigente antes de uma partida. Teve também confusão e briga em jogos do Flamengo

Por Rio de Janeiro

Árbitro Luis Carlos Gonçalves, o Cabelada (Foto: Reprodução/Facebook)Ex-árbitro gosta de chope e conta histórias do tempo em que apitava (Foto: Reprodução/Facebook)
 
A fala mansa não chega a remeter ao lado mais extrovertido. Um longo bate-papo, porém, mostra que Luiz Carlos Gonçalves, o Cabelada, tem muita história para contar. O ex-árbitro de futebol, hoje com 66 anos, ainda guarda gás para levar a vida repleta de brincadeiras. Há 14 anos morando em Búzios, no Rio de Janeiro, costuma percorrer cerca de 170 quilômetros para escapar para Vila Isabel quando dá. Lá, encontra amigos, frequenta botequins e não dispensa a cerveja bem gelada. É assim, e tem sido desde a época em que ainda apitava jogos. Passados 20 anos da aposentadoria, ele recorda histórias que ficaram guardadas na memória no período em que chegou a participar de mais de 400 partidas, a maioria no Campeonato Carioca. Como bom boêmio, também mostra sua maneira de conduzir situações no mundo do futebol antes mesmo de a bola rolar. 

Foi o caso de um Vasco x Cruzeiro em 1994 (relembre no vídeo acima). Em 22 de maio, a partida terminou empatada por 0 a 0, e a história é no mínimo inusitada.

- Fui apitar o jogo, entrega das faixas, e cruzei com o Eurico (Miranda, ex-presidente do Vasco). Era um jogo de festa. Ele falou: “Vai marcar um pênalti?” Eu respondi: “Fica tranquilo.” Começou a partida, e logo marquei pênalti. Derrubaram o William. O Yan bateu para um lado, e o goleiro (Dida) caiu e defendeu. O Eurico estava no banco de reservas, fui lá e falei assim: “Meu diretor, não lhe devo mais nada.” Finalizei, e o jogo acabou 0 a 0. Temos um relacionamento muito bom - disse o ex-árbitro.

Com a mesma convicção com que bate no peito para dizer que é vascaíno, Cabelada garante que houve o pênalti de fato no lance. A versão do “Jornal do Brasil” sobre o amistoso foi um pouco diferente. Na matéria do dia 23 de maio de 1994, o texto diz: “O juiz Luiz Carlos Gonçalves, o barrigudo Cabelada, fez questão de marcar uma falta inexistente de Zelão em William, logo aos 2 minutos”. 

árbitro Luiz Carlos Gonçalves, o Cabelada (Foto: Arquivo Pessoal) 
Cabelada nos tempos de árbitro: estilo boêmio, polêmicas 
em campo e histórias para contar (Foto: Arquivo Pessoal)

Eurico paga a conta

Jornal do Brasil Árbitro Luis Carlos Gonçalves, o Cabelada (Foto: Reprodução)Trecho do Jornal do Brasil que fala sobre o pênalti marcado no amistoso de 1994 (Foto: Reprodução)
 
Em alguns papéis amarelados e desgastados com o tempo, Cabelada guarda a anotação dos jogos que apitou. Vai lendo cada linha e lembra das mais variadas histórias. Não acha o registro desta partida em que o resultado de 0 a 0 não valeu ponto para nenhuma competição: era o amistoso da entrega das faixas após o título do Campeonato Carioca de 1994 conquistado pelo seu time de coração. Mas a relação com o Vasco e com o ex-presidente do clube nem sempre foi tão amistosa.

- Teve um Vasco x Olaria numa quarta-feira à noite. Tinha show do Roberto Carlos no Canecão. Falei para a minha esposa que ia para o jogo e, quando voltasse, ia parar para tomar um chope e depois ligaria para ela. O jogo foi 1 a 1. O Vasco perdeu muito gol, com o Mauricinho e o próprio Roberto Dinamite. Ele (Eurico Miranda) correu para o vestiário, invadiu e falou: “Você não apita mais jogo do Vasco. Que vascaíno é você que só f... a gente, só prejudica a gente?” Aí acabou o jogo, acabou o show, e falei com a minha mulher: “Vamos jantar”. Eu ia no Leblon, no Plataforma, mas disse: “Não vamos, que ali é reduto do Vasco. Quando o time joga, a diretoria vai lá jantar”.

Aí tinha inaugurado um restaurante novo, e eu fui. Quando entrei, na primeira mesa estava o Eurico e todo mundo do Vasco. Entrei e cumprimentei. Ele me olhou com aquela cara, aí fui sentar. Fiquei lá com meu chope, e, quando fui pagar a conta, ele já tinha pago. Ele era estourado, mas uma pessoa boa - defende.
confusão e briga

Por incrível que pareça, Cabelada - apelido que ganhou na infância pelos longos cabelos - já chegou até a ser chamado de flamenguista. Ele defende-se dizendo que jamais beneficiou o Rubro-Negro, mas algumas marcações foram questionadas. É o caso de uma em agosto de 1982, durante o Estadual daquele ano. O árbitro deu acréscimo, e a partida entre Flamengo e Bonsucesso, que se encaminhava para o empate por 2 a 2, teve um lance polêmico que acabou mudando o rumo do resultado para 3 a 2 a favor do Fla (recorde no vídeo acima).

O ex-árbitro diz que a bola entrou, apesar de ela ter terminado fora do gol. Na época, não foi o que considerou o representante do Bonsucesso Nilton Bitar. O dirigente chegou a pedir a anulação do jogo no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ) por erro de direito, sem que o árbitro tivesse registrado na súmula algum erro. Cabelada, assim como fez na época, nega qualquer equívoco. 

 Sou um cervejeiro conhecido internacionalmente
Luiz Carlos Gonçalves
 
 - O Bonsucesso tinha o mando de campo, mas não podia jogar em Teixeira de Castro e levou para o campo do Bangu. O Flamengo tinha o escrete com Andrade, Leandro, Zico... E virou o primeiro tempo 2 a 1 para o Bonsucesso. Aí voltaram para o segundo tempo, o jogo duro, e o Flamengo empatou. Naquela época, quando o time de menor investimento retardava a partida, eu ia até 49, 50 minutos. E saiu aos 49 o gol do Adílio. A bola bateu na rede e saiu. Na posição que eu estava, deu para me certificar de que a bola entrou. Foi um jogo difícil, me cercaram... - conta.

Não foi só essa vez que ele foi cercado em campo. E de novo por um lance em uma partida com o Flamengo. Aconteceu na vitória rubro-negra por 1 a 0 sobre o Volta Redonda, gol de Bebeto, em 1985, no Raulino de Oliveira. Por não ter marcado um pênalti para os donos da casa, o que o “Jornal do Brasil” da época tratou como “escandaloso”, um funcionário da Siderúrgica o agrediu na saída do campo. Em defesa, houve revide, e eles pararam na delegacia. Na saída do posto policial, escoltado, viu a violência seguir. Uma pedra foi arremessada e quase atingiu o auxiliar Édson Costa (relembre a confusão no vídeo abaixo).


- É isso que dá. A gente fica tenso num jogo como esse, é agredido e ainda entra em cana - falou Cabelada na época.

Hoje em dia, volta a se defender ao dizer que a infração não aconteceu.

- Um jogador botou na frente e caiu. Eu mandei seguir, e o clima ficou tenso. Aí entrou um torcedor (Maurício Diogo, do Volta Redonda) que eu conhecia e me agrediu. Eu revidei, e fomos para a delegacia. Mas depois disso ficou tudo bem, sentamos juntos e tomamos uma cerveja. 

Jornal do Brasil Árbitro Luis Carlos Gonçalves, o Cabelada (Foto: Reprodução) 
Jornal do Brasil relata confusão envolvendo Cabelada 
após jogo do Flamengo (Foto: Reprodução)

cerveja e carne de sol
É quase impossível não pronunciar o nome do ex-árbitro sem falar ao mesmo tempo a palavra cerveja ao contar suas histórias. Até quando o Central, de Pernambuco, conquistou uma importante vitória no torneio equivalente à Série B de 1986 ao vencer o Catuense por 1 a 0, em Caruaru, ele tirou uma casquinha. Deu até conselhos.

- Naquele jogo, aos 43 minutos (do segundo tempo), marquei um pênalti contra o Central. Um jogador veio falar comigo e disse que eu era maluco, que se ele marcasse o gol não iriam conseguir sair do estádio. Eu respondi: “Está com medo? Bate para fora.” Ele bateu bem, para marcar, mas a bola foi para fora. E eu fiquei na cidade até o fim de semana, estava aquele clima de festa, carne de sol, cerveja... 

A conversa com os atletas era normal. Gaba-se de ter feito muitas amizades, ser procurado pelos jogadores em campo para marcar um chope. E tinha até “bronca”. 

- Eu brincava com os jogadores: “Vê lá, hein! Faltam dez minutos e eu quero ir tomar meu chope, vamos jogar bola.” Aí acabava o jogo, e vinha todo mundo me cumprimentar. Tinham algumas reclamações, mas acabava tudo em festa.
 
Árbitro Luis Carlos Gonçalves, o Cabelada (Foto: Reprodução/Facebook)Árbitro chegou a ser suspenso por conta do lado boêmio, diz o próprio (Foto: Reprodução/Facebook)
 
Mas a sua maneira de agir acabou em suspensão certa vez. 
- Esse lado de boêmio, de samba, botequim, me prejudicou com alguns diretores. O Coronel Áulio Nazareno (ex-presidente da extinta Comissão Brasileira de Arbitragem - Cobraf), quando foi diretor de arbitragem, me suspendeu uma vez. Foi porque um amigo dele, sem maldade, comentou que eu dançava, tomava chope. Aí ele me afastou e disse que minha vida fora do campo não condizia (com a carreira de um árbitro). Eu também disse umas verdades para ele, bati a porta e saí. 

Mas ele gosta mesmo é do bom convívio. Tem trânsito livre na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Assim que pisa lá, lembra que há mais de 30 anos frequenta o local. Atualmente, além de apitar jogos amadores em campos society, representa dois clubes: o Serra Macaense, da Segunda Divisão do Carioca, e o Sociedade Esportiva de Búzios, da Terceira Divisão. É cumprimentado por todos na federação, pede um tempo para falar com todos e "fazer o oba-oba" rápido.

E, em meio aos compromissos, já com a entrevista perto do fim, toca o telefone de Cabelada. Ele convida a pessoa do outro lado da linha para um encontro. No dia 9 de dezembro, comemorará seu aniversário no Renascença. É uma segunda-feira, dia do Samba do Trabalhador, uma das mais importantes rodas de samba do Rio de Janeiro. Faz o convite com a premissa de “tomar uma”. Frequenta sambas. Diz ser muito bem relacionado. Explica com calma que, apesar da fama, nunca bebeu antes de entrar para apitar um jogo. E quando é divulgada em uma rede social uma foto sua com o copa de água, precisa ouvir brincadeiras.

- Eu sou um cervejeiro conhecido internacionalmente. Assim que postaram a minha foto bebendo água, um amigo comentou: “Cabelada bebendo água...” Criei um estilo de ser lembrado e comentado.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/bau-do-esporte/noticia/2013/12/apitei-arbitro-conta-que-atendeu-eurico-deu-penalti-e-pagou-divida.html

Nos embalos de Kaká, Lucas Piazon engrena com surpresa do Holandês

Comparado ao craque do Milan por onde passa, ex-São Paulo curte artilharia do líder Vitesse. Mas reconhece que repetir ídolo em 2002 é missão 'praticamente impossível'

Por Rio de Janeiro

Lucas Piazon Vitesse (Foto: Paul Meima/Vitesse)Lucas Piazon em ação pelo Vitesse: sete gols em 13 jogos disputados (Foto: Paul Meima/Vitesse)
 
Lucas Piazon ainda era pequeno e já ouvia sobre Kaká. Quando chegou às divisões de base do São Paulo, adolescente, surgiram as primeiras comparações. Alto, nova promessa ofensiva do Tricolor, dono de relativa semelhança física e de sucesso com as meninas, o atacante acabou se transferindo cedo para o Chelsea, sem sequer ter estreado pelos profissionais. Não houve jeito: o nome de Kaká segue com ele até hoje.

Emprestado pela segunda vez para ganhar rodagem - prática comum entre os maiores clubes da Europa -, Lucas é perguntado no fim de cada entrevista na Holanda sobre o craque do Milan. Não é algo que necessariamente o atrapalhe: com sete gols, ele é o artilheiro do Vitesse, líder e surpresa do Campeonato Holandês após 15 rodadas.

Depois de uma passagem pouco consistente no Málaga, o atacante parece ter engrenado. Apesar de bastante jovem - completará 20 anos em janeiro -, permite-se sonhar com o que considera praticamente impossível: uma vaga na Copa do Mundo de 2014. E aí escrever a história tal qual o seu ídolo em 2002, dando mais motivos para os repórteres perguntarem sobre o craque do Milan.

- Acho muito complicado, pois é diferente. Hoje o grupo do Brasil tem muitos jovens, é enorme, tem muitas boas opções. Para mim é quase impossível, mas nunca se sabe. Faço o meu trabalho aqui, dependendo de como eu me sair até o fim do campeonato posso sonhar. E claro que seria maravilhoso. Quem não quer fazer parte de uma Copa no Brasil? - indagou Piazon, que planeja assistir a alguns jogos da Copa como torcedor caso seu desejo não se realize.

- Até aqui agora me compararam bastante com o Kaká, me perguntam o que acho disso. Todo repórter, seja de jornal, TV, revista. Sempre terminam tocando nesse assunto.


Lucas Piazon Vitesse (Foto: Divulgação / Vitesse.nl) 
Atacante não escapa das comparações com Kaká também 
pela semelhança física (Foto: Divulgação / Vitesse.nl)

Piazon não nutre da fama na pequena Arnhem (150 mil habitantes) graças a Kaká. O brasileiro é um dos destaques do time que lidera o Holandês à frente dos mais tradicionais Ajax e Feyenoord. Quando sai às ruas com os seus colegas, o assédio é natural.

- A cidade é pequeninha, tudo é fácil para mim. A gente é mais conhecido aqui. Se você desce para o centro, sempre há torcedores mostrando carinho, tirando foto ou alguma coisa. É como se fosse interior mesmo - afirmou o jogador, sem namorada desde julho, mas ainda sem tomar conhecimento de "Piazetes".

A adaptação é facilitada em dobro: no elenco do Vitesse há outros sul-americanos - e um total de cinco jogadores do Chelsea: Hutchinson, Cuevas, Piazon, Atsu, Kakuta e Van Aanholt. Todos na mesma situação de Piazon.

- Tem brasileiro, português, chileno, equatoriano. É um grupo enorme de amigos. E em campo o time ajuda bastante, já há um entrosamento, um futebol ofensivo. A bola sempre chega redonda para mim lá na frente - encerrou Piazon, que soma também cinco assistências na liga.


Lucas Piazon Vitesse (Foto: Paul Meima/Vitesse) 
Aanholt corre ao lado de Piazon: Vitesse conta com muitos 
emprestados do Chelsea (Foto: Paul Meima/Vitesse)

FONTE;
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2013/12/nos-embalos-de-kaka-lucas-piazon-engrena-com-surpresa-do-holandes.html

Corinthians aguarda definição para investir em Everton, do Atlético-PR

Timão prepara proposta para o caso de Furacão não exercer direito de compra. Meia seria parte de processo de renovação do elenco

Por São Paulo

Everton Atlético-PR (Foto: Gustavo Oliveira/Site Oficial do Atlético-PR)Éverton, em ação pelo Atlético-PR
(Foto: Gustavo Oliveira/Site Oficial do Atlético-PR)
 
O Corinthians está interessado no meia Everton, do Atlético-PR, mas aguarda a definição do clube paranaense no Campeonato Brasileiro para saber as reais possibilidades de contar com o jogador em 2014. Contratado por empréstimo do Tigres, do México, até dezembro, Everton não deve ter seu direito de compra exercido pelo Furacão. Isso deixaria o clube paulista bem colocado em uma possível negociação.

O empresário do meia é Carlos Leite, que tem boa relação com a diretoria do Corinthians e já informou as condições de conversa com o clube mexicano. Para adquirir o jogador de forma definitiva, o Timão precisa pagar cerca de R$ 4,8 milhões. Leite confirmou à reportagem que há outros brasileiros interessados além de Atlético e Corinthians, mas não se posicionou a respeito de um favorito a contar com Everton.

O meia era discutido entre Tite e a diretoria desde a metade do Campeonato Brasileiro, quando o Atlético-PR se firmou entre os líderes. Mesmo com a saída do técnico, o nome de Everton continuou forte nos bastidores, já que Mano Menezes, o novo comandante, também aprova a contratação.

A diretoria corintiana afirmou que só vai falar sobre contratações após o fim do Campeonato Brasileiro, mas também admitiu que o meia está entre os jogadores observados. Everton tem 24 anos e se encaixa em um processo de renovação dentro do elenco – outros jogadores da posição, como Danilo, Douglas e Ibson, devem sair no fim da temporada.

Em entrevista recente, Everton afirmou que quer permanecer no Furacão, ainda mais em caso de classificação para a Taça Libertadores do ano que vem.

– O presidente já sabe da minha vontade, quero ficar aqui para disputar a Libertadores. Mas não depende só de mim. Depende do Tigres e dos meus empresários também. Estou até evitando falar com eles neste momento – disse o meia.

Mano Menezes deve ser apresentado como novo técnico do Corinthians na próxima semana, e a partir daí o planejamento será acelerado.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2013/12/corinthians-aguarda-definicao-para-investir-em-everton-do-atletico-pr.html

Números: Massa lidera rankings de ultrapassagens e punições em 2013

Vettel quebra diversas marcas, Alonso se torna maior pontuador, Chilton é único a terminar todas as provas. Confira recordes, estatísticas e curiosidades do ano da F-1

Por Felipe SiqueiraRio de Janeiro

Quando se fala dos números da Fórmula 1 em 2013, não se pode deixar de mencionar Sebastian Vettel. Neste ano, o piloto da RBR se tornou o tetracampeão mais jovem da história e alcançou outros recordes importantes. Com as nove vitórias seguidas, bateu os sete triunfos de Michael Schumacher em um mesmo ano (2004) e igualou o feito de Alberto Ascari (1952 a 1953). Além disso, empatou com Schumi em outra marca: 13 provas vencidas em uma temporada. Mas há diversos outros quesitos que nem sempre foi o jovem alemão que liderou na somatória das 19 etapas de 2013, como o ranking de ultrapassagens, encabeçado por Felipe Massa. Confira:

VITÓRIAS, PÓDIOS, POLES E MELHORES VOLTAS

Nesses quesitos só deu Sebastian Vettel. O alemão venceu 13 vezes, contra duas de Fernando Alonso e Nico Rosberg e uma de Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton. Ele subiu ao pódio em nove ocasiões. Quem mais ficou próximo foi Alonso, nove. O tetracampeão largou na pole nove vezes, Lewis Hamilton, cinco, Rosberg, três e Webber, duas. Em melhores voltas o placar ficou mais apertado: Vettel levou a melhor sobre Webber por 7 a 5.

pódio gp dos EUA sebastian vettel e romain grosjean  mark webber (Foto: Agência AP) 
Vettel no alto do pódio, cena corriqueira em 2013 
(Foto: Agência AP)

ULTRAPASSAGENS
Já quando o assunto é ultrapassagem, ninguém foi melhor que Felipe Massa. O brasileiro superou 76 rivais ao longo do ano. Destaque para suas atuações nos GPs da Inglaterra e
Coreia, onde fez 12 e 9 manobras, respectivamente, além das provas da Bélgica e do Canadá, onde deixou oito pilotos para trás em cada uma. Na sequência aparece Mark Webber, com 69, e Fernando Alonso, com 66. Sebastian Vettel ocupa o modesto 16º lugar, com 37. O que é totalmente compreensível, afinal, ele quase sempre largou das primeiras posições e. Os pilotos que menos vezes deixaram adversários para trás foram Jules Bianchi, Max Chilton e Heikki Kovalainen, com sete. Este último, porém, participou apenas das duas corridas de encerramento. Já o futuro companheiro de Massa na Williams, Valtteri Bottas, foi quem mais viu outros pilotos passarem e irem embora. O finlandês foi deixado para trás em 92 ocasiões.

  
Felipe Massa ultrapassou diversos adversários no GP do Canadá de Fórmula 1 (Foto: Getty Images) 
Felipe Massa ultrapassou diversos adversários no 
GP do Canadá de Fórmula 1 (Foto: Getty Images)


POSIÇÕES GANHAS NA PRIMEIRA VOLTA
Já quando levamos em consideração apenas as primeiras voltas, quem mais ganhou posições foi Pastor Maldonado. Sempre começando do pelotão intermediário para trás, o venezuelano da Williams mostrou ser bom de largada, desbancando 29 rivais nas voltas de abertura. Porém, com o complicado carro da Williams, o futuro piloto da Lotus não conseguiu manter o nível durante toda a corrida e marcou um único ponto no ano.

Pastor maldonado Williams gp da austrália (Foto: Agência Getty Images) 
Pastor Maldonado, da Williams: boas largadas, mas dificuldades 
para chegar aos pontos (Foto: Agência Getty Images)

VOLTAS NA LIDERANÇA
Sebastian Vettel, claro, foi quem mais ficou na liderança: 684 das 1131 voltas completadas, o que equivale a 60,48%, mais da metade do campeonato. O segundo, bem distante, foi Nico Rosberg, da Mercedes, que venceu duas vezes no ano. O piloto da Mercedes liderou 104 voltas (9,2%). Felipe Massa esteve na frente por dez giros, figurando na nona posição dessa lista, atrás também de Alonso (89), Webber (69), Hamilton (66) Raikkonen (41), Grosjean (36) e Sutil (11).

ABANDONOS E QUEBRAS
Os pilotos que mais tiveram azar no ano foram Paul di Resta e Jean-Eric Vergne. Ambos abandonaram cinco vezes. O escocês da Force India se envolveu em quatro acidentes e quebrou uma vez. Já o francês da STR ficou a pé em cinco ocasiões todas em razão de falhas mecânicas.

CORRIDAS COMPLETADAS
Apenas um piloto recebeu a bandeira quadriculada em todas as 19 provas do ano: Max Chilton. Ele foi o primeiro estreante a completar todas as corridas de uma temporada. Campeão e vice, Vettel e Alonso deixaram de terminar uma prova cada um: Inglaterra e Malásia, respectivamente. 

Porém, com o lento carro da Marussia, o jovem Chilton não foi quem mais deu mais voltas, já que foi retardatário em diversas ocasiões. Quem teve a maior quilometragem foi Jenson Button. O britânico da McLaren completou 1126 das 1131 voltas na temporada. Ele não terminou apenas o GP da Malásia. Quem menos andou no ano (excetuando Kovalainen, que participou de dois GPs) foi Kimi Raikkonen, com 929 voltas. O finlandês, entretanto, não competiu nos EUA e no Brasil em razão da operação na coluna. Curiosamente, no ano passado, Kimi liderou esse ranking.

Max Chilton, Marussia (Foto: Getty Images) 
Max Chilton, Marussia, foi o único a completar as 19 provas 
da temporada (Foto: Getty Images)

PIT STOPS          
Chilton foi também que mais parou nos boxes. Ao todo, foram 48 pit stops, seguido de perto por Mark Webber e Giedo van der Garde (47), além de Felipe Massa e Nico Rosberg (46).

PENALIDADES
Primeiro do ranking de ultrapassagens, Massa também lidera uma lista ingrata, a dos mais punidos. O brasileiro foi penalizado quatro vezes: uma por atrapalhar Mark Webber no treino classificatório para o GP da Espanha, outra por ter a caixa de marcha de sua Ferrari trocada, em Mônaco, outra por exceder o limite de velocidade nos boxes no Japão e a última, e mais polêmica, por passar com as quatro rodas na linha da entrada dos boxes no GP do Brasil, que lhe tirou as chances de pódio na sua despedida da Ferrari. Outros que também levaram quatro punições foram Esteban Gutiérrez (Sauber), Charles Pic (Caterham), Max Chilton (Marussia) e Giedo van der Garde (Caterham). Quatro pilotos passaram zerados nesse quesito: Vettel, Alonso, Di Resta, Bottas e Kovalainen.



TREINOS CLASSIFICATÓRIOS
Vettel foi o único a avançar ao Q3 em todos os 19 treinos classificatórios. Webber, Alonso e Hamilton ficaram fora da disputa da superpole apenas uma vez. Felipe Massa caiu no Q2 em quatro ocasiões. Apenas Charles Pic (Caterham) foi eliminado no Q1 em todas as etapas. Dos demais pilotos das equipes nanicas, seu companheiro Van der Garde avançou ao Q2 duas vezes e Jules Bianchi e Max Chilton, da Marussia, uma.

PLACAR ENTRE PILOTOS DA MESMA EQUIPE EM TREINOS CLASSIFICATÓRIOS
Quantas vezes cada piloto largou à frente de seu companheiro

Sauber: Nico Hulkenberg  18  x 1 Esteban Gutiérrez
Marussia: Jules Bianchi  17 x  2 Max Chilton
RBR: Sebastian Vettel  17  x 2 Mark Webber
STR: Daniel Ricciardo  15   x 4 Jean-Eric Vergne
Williams: Valtteri Bottas  12  x 7 Pastor Maldonado
McLaren: Lewis Hamilton  11 x 8 Nico Rosberg
Caterham: Charles Pic 11  x  8 Giedo van der Garde
Force India: Paul di Resta 11  x 8 Adrian Sutil
Lotus: Kimi Raikkonen 10 x 7 Romain Grosjean
Ferrari: Fernando Alonso 10 x 9 Felipe Massa
McLaren: Sergio Pérez   10  x  9 Jenson Button
Lotus: Romain Grosjean 2 x 0 Heikki Kovalainen

PLACAR ENTRE PILOTOS DA MESMA EQUIPE EM CORRIDAS
Quantas vezes cada piloto chegou à frente de seu companheiro
* contabilizadas apenas provas em que ambos os pilotos completaram mais de 90% da distância

RBR: Sebastian Vettel  15 x 0 Mark Webber
Ferrari: Fernando Alonso 15  x 1 Felipe Massa
Marussia: Jules Bianchi  14 x  2 Max Chilton
McLaren: Jenson Button 13 x 6 Sergio Pérez
Sauber: Nico Hulkenberg  12 x 3 Esteban Gutiérrez
Williams: Pastor Maldonado 9 x 5 Valtteri Bottas
Caterham: Charles Pic 8  x  4 Giedo van der Garde
Lotus: Kimi Raikkonen 8 x 4 Romain Grosjean
Force India: Paul di Resta 8  x 4 Adrian Sutil
STR: Daniel Ricciardo  6  x 5 Jean-Eric Vergne
McLaren: Lewis Hamilton  8 x 8 Nico Rosberg
Lotus: Romain Grosjean 1 x 0 Heikki Kovalainen


MAIS RECORDES E CURIOSIDADES
- Sebastian Vettel foi líder em 18 dos 19 GPs, recorde na categoria
- A diferença do campeão Vettel para o vice-campeão Fernando Alonso foi de 155 pontos (397 a 242), a maior da história da categoria
- Com as 13 vitórias no ano, Vettel chegou a 39 triunfos e deixou Alonso (32) para trás como o maior vencedor em atividade
- Com as 13 vitórias de Vettel e as duas de Rosberg, a Alemanha se tornou o país com mais triunfos em um mesmo ano
- A Alemanha ultrapassou o Brasil em número de pole positions na F-1. Os germânicos agora somam 128 contra 125 dos brasileiros. A Grã-Bretanha lidera com 217
- Fernando Alonso se tornou o piloto com mais pontos na Fórmula 1. No GP do Japão, ele superou os 1566 pontos de Michael Schumacher e, no fim da temporada, chegou aos 1606
- Massa se tornou o terceiro piloto com mais participações por uma mesma equipe na F-1. Foram 139 aparições com a Ferrari, menos apenas que as 180 de Michael Schumacher pela escuderia e as 150 de David Coulthard com a McLaren
- Raikkonen chegou a 27 provas consecutivas na zona de pontuação, superando o recorde de Michael Schumacher, 24
- A Ferrari estabeleceu a maior sequência de corridas com pelo menos um de seus pilotos na zona de pontuação na história da F-1: 67, do GP da Alemanha de 2010 ao GP do Brasil de 2013
- A Renault superou a Ferrari em poles (213 x 208) e pontos (6126,5 x 6082,5) no ranking dos motores de mais sucesso na categoria