domingo, 24 de maio de 2015

Com gol irregular, Avaí vence Fla, que despenca ao Z-4: 2 a 1 na Ressacada


BRASILEIRÃO 2015 - SÉRIE "A" -  03ª RODADA


Hugo marca os dois gols ao time catarinense enquanto Gabriel desconta ao Rubro-Negro. Goleiro Vagner, com duas defesas no final do jogo, garante resultado



Por
Florianópolis

 

O medo de perder tirou a vontade de ganhar, nos 45 minutos iniciais. A necessidade de buscar a primeira vitória no Brasileirão mudou a partida na etapa final. Em um jogo com dois tempos distintos, então, o Avaí venceu o Flamengo por 2 a 1, na tarde deste domingo, na Ressacada, em Florianópolis. Os dois gols foram marcados por Hugo, um deles irregular. Azar do Rubro-Negro que, com o resultado, amarga a zona do rebaixamento (veja os gols no vídeo acima).

Um subiu, outro desceu. O Avaí, agora, é o nono, com quatro pontos. O Flamengo, com apenas um, é o 17º, no Z-4. O Flamengo, agora, volta as suas atenções a Copa do Brasil. Na quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Maracanã, recebe o Náutico, primeiro jogo da terceira fase. Domingo, às 18h30 (de Brasília), diante do Fluminense, igualmente no Maracanã, retoma o Brasileirão. Um dia antes, no mesmo horário, o Avaí desafia o Coritiba no Couto Pereira. ]

Avaí x Flamengo comemoração (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Hugo comemora um de seus gols com a torcida 
do Avaí em jogo contra Flamengo (Foto: 
Jamira Furlani/Avaí FC)


Era de se esperar que os dois times partissem ao ataque, afinal, buscavam a primeira vitória na competição. Porém, o medo de perder tirou a vontade de ganhar. Ao menos no primeiro tempo. Ao priorizarem a marcação, Avaí e Flamengo pouco (ou quase nada) produziram. Basta ver o número de finalizações: 4 a 2 para os catarinenses. Nenhuma com perigo. Claro que faltou qualidade técnica e jogadas ensaiadas para furar o bloqueio. De ambas as partes.

A mudança de postura, logo após o intervalo, foi clara. No primeiro lance, a equipe da casa marcou: Hugo pegou rebote depois de cobrança de falta e venceu Paulo Victor. O time visitante empatou logo em seguida, igualmente de bola parada. Canteros cobrou escanteio, Cáceres errou e, na sobra, Gabriel decretou o 1 a 1. A busca pelo gol continuou, verdade, de forma desorganizada. O Avaí foi mais competente embora tenha contado com erro da arbitragem. O auxiliar Anderson José de Moraes Coelho não percebeu que a bola ultrapassou a linha de fundo. Anderson Lopes cruzou e Hugo marcou de novo. Deu tempo ainda para Vagner salvar o Avaí com duas defesas no fim: em falta de Luiz Antonio e rebote de Paulinho.


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Enderson vê saldo positivo, apesar do empate: "Foi um primeiro passo"

Tricolor ficou no 0 a 0 com o Corinthians, neste domingo, no Maracanã. Técnico acredita que seu time teve as melhores chances para vencer o duelo



Por
Rio de Janeiro

 
Na estreia de Enderson Moreira no comando do Fluminense, a equipe ficou no empate por 0 a 0 com o Corinthians, neste domingo, no Maracanã. O técnico não deixou o estádio desapontado, apesar de acreditar sua equipe esteve um pouco mais perto do que o adversário de conquistar a vitória. Para ele, foi um bom primeiro passo.

- É um jogo grande, de duas equipes gigantes que se respeitam. Acho que se fosse uma vitória por 1 a 0 para qualquer um ou empate, podia ser esperado. Acho que tivemos as melhores chances. Foi um primeiro passo interessante.



No segundo compromisso de Enderson no Flu, o treinador encara um clássico contra o Flamengo, domingo, às 18h30, no Maracanã, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor está na 12ª posição na tabela. 


Confira a entrevista completa:

Confusão entre Fred e Petros após o jogo
- Não vi. Quando o jogo termina, vou rapidamente para o vestiário.


Cruzamentos mal feitos
- É um fundamento que precisa ser trabalhado diariamente, e não só esse. São jogadores com formações diferentes, às vezes não fizeram base em um time frande. Tivemos boas jogadas de linha de fundo e poderíamos ter feito melhor. Temos que lapidar.


Enderson Moreira Fluminense X Corinthian (Foto: Marcello Dias / Estadão Conteúdo)Enderson Moreira avaliou como positivo o primeiro teste no Fluminense (Foto: Marcello Dias / Estadão Conteúdo)


Magno Alves pode ser titular?
- No futebol brasileiro, existe essa ansiedade de titular e reserva. O importante é que todos estejam preparados, porque o Brasileiro é longo. Ainda não podemos afirmar nada sobre quem vai jogar na próxima rodada, vamos ver durante a semana.


Opção por Renato em vez de Wellington Silva
- Foi em cima da observação que fiz do adversário. O Mendoza é muito rápido, e o Renato nos dá uma boa consistência. Foi uma opção tática. POsso mudar ou não para o próximo jogo. Vou cometer algumas injustiças neste início, mas nunca com objetivo de prejudicar alguém. Precisamos encontrar a cara da equipe.


Opção pelas entradas de Lucas Gomes e Magno Alves
- Tenho que conhecer os atletas. Alguns conheço apenas de ver da televisão. O encaixe das peças é o mais importantes. As saídas de Gerson e Vinicius foram muito pela questão do desgaste do jogo. Esses três que jogam por trás do Fred exigem uma capacidade física enorme. Acabaram tendo um grande desgaste. Fiquei feliz. Comm mais capricho poderíamos vencer.


Formação tática do meio de campo

- Dentro das opções, se mostrou interessante. Criamos boas situações. Agora são os detalhes. Minha intenção não é chegar e mudar quatro, cinco peças. Os atletas precisam se conhecer. Acho que estamos apenas iniciando. Não saímos satifeitos com o resultado hoje, queremos sempre ganhar. Foi um primeiro passo interessante que demos contra uma equipe que sabe exatamente o que fazer dentro de campo.


Torcida pode esperar evolução no Fla-Flu?
- Nenhuma equipe começa o Brasileiro no auge da forma técnica e física. Já vimos resultados surpreendentes. É um campeonato difícil e cada detalhe pode fazer diferença. Estivemos perto da vitória, mas não aconteceu. Expectativa é de que a gente cresça jogo a jogo, com mais intensidade e qualidade. O Corinthians continua muito forte. Teve Elias, Emerson e Danilo no banco.


Wagner Fluminense x Corinthians Maracanã (Foto: André Durão)
Jean desperdiça chance de abrir o marcador 
contra o Corinthians, no Maracanã 
(Foto: André Durão)


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Tite lamenta falta de força ofensiva e explica Elias fora: "Opção técnica"

Treinador diz que Corinthians teve muita dificuldade para ser efetivo no ataque e evita dar detalhes sobre ter deixado o volante no banco. Flamengo tenta contratá-lo



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São Paulo

 

O técnico Tite viu falhas no ataque do Corinthians no empate por 0 a 0 com o Fluminense, neste domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. O Timão não conseguiu criar grandes chances. Na melhor delas, Guerrero perdeu sem goleiro. O treinador falou também sobre ter deixado o volante Elias no banco de reservas, mas se esquivou das perguntas sobre o interesse do Flamengo em contratar o meio-campista.

–  A equipe manteve a posse de bola, com o Fluminense buscando o contra-ataque, mesmo em casa. Mas, no último terço do gramado, uma efetividade maior, uma infiltração maior, a finalização, ela (equipe) careceu – afirmou.

Tite disse que escalou Bruno Henrique como titular no meio e colocou Elias no banco por uma decisão técnica. O assunto, porém, se estendeu na entrevista coletiva, e o técnico mostrou certo desconforto para falar da possibilidade de perder o volante para o Flamengo. A diretoria aceitou negociar, mas o jogador não concordou com a transferência e decidiu permanecer no time.

– Eu estou dando uma parte da resposta. É um conjunto todo da obra. Falo da parte técnica. A opção foi técnica – garantiu. 


Confira a entrevista coletiva de Tite:

ATUAÇÃO
– Fizemos um jogo com mais posse de bola do que os outros, mas faltando agressividade, uma objetividade maior, uma confiança maior. Na construção da equipe é inevitável que isso aconteça.


MATHEUS CASSINI
– Eu comecei a jogar com 17 anos e, com 20, era capitão da equipe (Caxias). Não tenho restrição aos garotos, lancei o Ramón no Atlético-MG com 16 anos. É só ter a sensibilidade de pegar e não jogar para dentro. É ter a equipe em um momento de confiança para colocar o garoto. O peso é muito grande.


ELIAS NO BANCO
– Foi opção técnica pelo Bruno. 
 

PERDA TÉCNICA SEM SHEIK E GUERRERO
– Estamos em um momento de construção. Como a equipe vai se construir e crescer ela vai se mostrar durante o campeonato. Vai depender dessa construção.


REFORMULAÇÃO DO GRUPO
– A cada seis meses há esses ajustes no futebol brasileiro. É inevitável pelo poder aquisitivo dos clubes, a necessidade. É assim.


Tite Fluminense x Corinthians Maracanã (Foto: André Durão)
Tite orienta a equipe do Corinthians na 
partida contra o Fluminense, no 
Maracanã (Foto: André Durão)


UTILIZAÇÃO DE GUERRERO NO CLÁSSICO
– Não sei. Vamos nos reunir (com a direção) nesta semana e, talvez, eu possa esclarecer.


DEIXAR SHEIK E GUERRERO FORA
– As pessoas acham que o técnico tem superpoderes. É bom o torcedor compreender que há uma hierarquia. Acima de mim existe um executivo de futebol, diretores de futebol e o presidente. O que for melhor para o Corinthians, o técnico se ajusta. Não é o técnico quem determina. Vamos definir o ciclo, último jogo...vamos conversar. A partir do momento que a direção der um parecer técnico vamos passar para vocês.


BRIGA DE FRED E PETROS
– Eu gostaria de trazer esse mérito de pacificador, mas eu não estava lá e não vi. Fiquei sabendo depois. Tem certas coisas que são dos atletas em campo, mas não posso falar sobre o que aconteceu.


ATRASOS NO PAGAMENTO ATRAPALHAM?
– Quando apresentamos aquele grande futebol também estávamos em uma situação igual. Esse é o parâmetro que estabeleço.


FORÇA DO TIMÃO NO BRASILEIRO
– As equipes que vão crescer são aquelas que vão se construir bem. A equipe que se fortalecer ao longo da competição vai bater campeã.


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Fred para em Cássio, Guerrero perde gol feito: Flu e Timão ficam no 0 a 0


BRASILEIRÃO 2015 - SÉRIE "A" -  03ª RODADA


Goleiro corintiano se destaca com boas defeas e atacante peruano desperdiça chance inacreditável sem goleiro na estreia de Enderson Moreira no comando do Tricolor



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Rio de Janeiro

 
Não era dia de gol no Maracanã. E olha que não faltaram boas chances e lances inacreditáveis. Em um jogo movimentado, principalmente no segundo tempo, Fluminense e Corinthians ficaram no 0 a 0, na tarde deste domingo, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. A oportunidade de mudar a história do confronto esteve nos pés dos artilheiros Fred e Guerrero. Na estreia do técnico Enderson Moreira, o camisa 9 tricolor parou em Cássio após rebote na pequena área. O corintiano foi além: conseguiu perder o gol sem goleiro.

O empate levou o Fluminense aos quatro pontos ganhos na 12ª posição. O Timão tem sete, segue invicto e aparece em terceiro, perdendo no saldo de gols para Sport e Goiás. As duas equipes voltam a campo no próximo domingo e têm clássicos estaduais pela frente. O Corinthians recebe o Palmeiras, às 16h (de Brasília), na Arena Corinthians. Pouco depois, às 18h30, o Fluminense encara o Flamengo no Maracanã.

Guerrero Fluminense x Corinthians Maracanã (Foto: André Durão)
Peruano Guerrero perdeu uma chance incrível 
na partida deste domingo, no Maracanã 
(Foto: André Durão)


Faltou vontade às duas equipes no primeiro tempo. Mesmo com mais posse de bola na etapa inicial (60% a 40%), o Corinthians quase não atacou. Foram apenas duas finalizações da equipe do técnico Tite em 45 minutos e muitas bolas levantadas na área sem êxito. O Fluminense fez mais. Concentrou seu jogo em Gerson pela direita do ataque e chutou sete vezes. Mas só obrigou o goleiro Cássio a trabalhar realmente em apenas duas. Na segunda, em chute de Jean, Vinícius acertou a trave no rebote.

A mudança de postura no segundo tempo foi clara. De ambas as equipes. Não fosse Cássio, o Fluminense teria saído de campo com a vitória. Em um só lance, ele fez duas grandes defesas em chutes de Gerson e Fred - esse segundo na pequena área. Não fosse Guerrero, o Corinthians teria saído de campo com os três pontos. Perto de deixar o clube, o peruano perdeu um gol incrível e sem goleiro após bobeira de Gum e passe de Petros. Os espaços surgiram, mas faltou precisão. Quando Jadson acertou o chute, Diego Cavalieri apareceu. Gum ainda reclamou de um pênalti após a bola bater na mão de Gil dentro da área. O juiz mandou seguir. Não era mesmo dia de gol no Maracanã.


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Para Noriega, Palmeiras tem problema gravíssimo: "O ataque é muito fraco"

Com dois empates e uma derrota por 1 a 0 para o Goiás, Verdão inicia a competição sem empolgar. Por outro lado, o Esmeraldino segue invicto e fica entre os líderes



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São Paulo

 

O Palmeiras que foi vice-campeão do Campeonato Paulista entrou no Brasileirão e, após três partidas, ainda não venceu. Com dois empates nas primeiras rodadas e uma derrota por 1 a 0 para o Goiás, acontecida na manhã deste domingo, em casa, o Verdão inicia a competição sem empolgar. Ou, na visão do comentarista Maurício Noriega, de forma preocupante.

Após o ataque passar em branco diante do time Esmeraldino, o jornalista apontou esse como o setor mais fraco da equipe para a disputa do Brasileirão. Kelvin e Leandro Pereira formaram a dupla titular, com Cristaldo, Leandro e Alan Patrick entrando no decorrer da partida.

- O que aconteceu é fácil de explicar com um ditado antigo da sabedoria popular do futebol: 
quem não faz, toma. Quem não fez foi o Palmeiras, que levantou mais de 30 bolas na área do Goiás, que criou chances daqui e dali, mas tudo sem muita presença, força ou convicção. O Goiás foi lá e, em um belo contra-ataque em bela jogada do Bruno Henrique, marcou em um gol contra. O Goiás foi sufocado pelo Palmeiras, mas chance real de jogo quase não foi criada. 
O Palmeiras tem esse problema gravíssimo que é um ataque muito fraco, com jogadores de ataque que não incomodam o adversário e com um sistema de jogo, 4-2-3-1, que não me parece encaixar com o estilo do time - analisou ele.

Diferentemente do Palmeiras, o time goiano se manteve invicto na competição, com duas vitórias e um empate. Noriega elogiou o início da competição do time do técnico Hélio dos Anjos.

- O Goiás conseguiu um resultado importantíssimo, se recuperando da derrota para o Ituano na Copa do Brasil. É um dos líderes e vai fazendo o que tem de fazer no começo, enquanto as equipes estão voltadas para a Libertadores, se armando, trocando treinador ou com jogador que ainda não estreou: vai fazendo pontos. O Goiás consegue e o Palmeiras não consegue ganhar de ninguém em três jogos - resumiu.


Na próxima rodada, o Palmeiras visita o Corinthians no domingo, às 16h. No mesmo horário, o Goiás recebe o Grêmio, no Serra Dourada.

Palmeiras x Goiás - Kelvin (Foto: Marcos Ribolli)
Kelvin foi titular na derrota do Palmeiras para 
o Goiás na Arena da equipe palmeirense 
(Foto: Marcos Ribolli)


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Prass lamenta baixo rendimento e faz alerta ao time: "Só se muda vencendo

Goleiro do Palmeiras diz que sequência negativa no Brasileirão deixa ambiente pesado no clube e pede reação à equipe, que só conquistou dois pontos no torneio



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São Paulo

Os jogadores do Palmeiras passaram a semana afirmando que o duelo contra o Goiás, neste domingo, seria o momento de a equipe iniciar a recuperação no Campeonato Brasileiro. Mas a derrota na arena, por 1 a 0, frustrou os planos do elenco e aumentou a má fase alviverde no torneio.

Fernando Prass deixou os vestiários do estádio reconhecendo que o time deixou a desejar mais uma vez. Experiente, o goleiro lamenta a campanha e diz que só as vitórias vão evitar um clima pesado na Academia de Futebol.

Bruno Henrique, do Goiás, brilha contra o Palmeiras (Foto: RODRIGO GAZZANEL/AGENCIA ESTADO)
Prass tenta evitar a jogada do gol do Goiás no 
estádio do Palmeiras (Foto: RODRIGO 
GAZZANEL/AGENCIA ESTADO)


– Temos de melhorar, não estamos jogando tão bem. Apesar de termos criados chances, não conseguimos fazer. Temos de ter lá atrás 100% de acerto, estamos tendo 90% e sendo castigados com gol, e lá na frente temos de ser mais efetivo. Senão vão acontecer mais jogos assim – afirmou o goleiro.

– Só se muda vencendo. Senão cada dia que passa, cada resultado que não acontece, o ambiente fica mais pesado – completou Prass.
Com apenas dois pontos em nove disputados, o Palmeiras continua sem triunfar no torneio. O volante Gabriel reconhece a necessidade de uma evolução, mas ressalta que o resultado negativo serve como lição.

– Hoje perdemos, não podemos criar uma coisa que está tudo errado. Mas temos de ter consciência de que começamos muito mal o Campeonato Brasileiro – disse.


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Hélio comenta postura defensiva após vitória: "Não é medo, é estratégia"

Técnico do Goiás diz que cautela era necessária para vencer o Palmeiras fora de casa e que time esmeraldino não poderia dar espaços para Valdívia e Zé Roberto



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São Paulo

 

Mais uma vez o Goiás entrou forte na defesa. Com a zaga firme, o goleiro Renan tendo mais uma boa atuação e um meio-campo reforçado, o Verdão conseguiu segurar a pressão do Palmeiras na manhã deste domingo, em São Paulo. No segundo tempo, Bruno Henrique, que já tinha incomodado o goleiro Fernando Prass, fez ótima jogada e rolou para Péricles fazer o gol da vitória. Depois da partida, o técnico Hélio dos Anjos destacou a aplicação dos jogadores e a estratégia utilizada para mais uma vitória da equipe no Campeonato Brasileiro.

- Nossa virtude é a filosofia de jogo. Não vou fazer um Campeonato Brasileiro com o Goiás, com vários jogadores jovens, dando espaços para o adversário. Não é medo, é estratégia. Não vale vir aqui (na Arena Palmeiras) e dar espaço para meias como Zé Roberto e Valdívia. O Palmeiras ainda tem laterais agudos, volantes que sabem jogar e um centroavante. Fizemos um jogo de acordo com o que queremos no campeonato. Aqui existe trabalho e muita coisa positiva – disse Hélio dos Anjos após a vitória do Goiás.


O treinador esmeraldino também elogiou a postura e a coragem do clube, que, desde o ano passado, reduz a folha salarial e aposta nas categorias de base. Segundo Hélio dos Anjos, é preciso pensar jogo a jogo para manter o foco e a boa campanha com esta filosofia.

- O Goiás passa por um processo que poucos clubes têm coragem de fazer. Me contrataram para eu revelar jogadores. Isso é mérito do clube, o clube forma os jogadores. O grupo está encorpando a filosofia. Atuamos sem o Felipe Menezes, que é muito importante nas assistências, mesmo assim o time atuou bem. Temos o Arthur, o Robert, o grupo está se fortalecendo. Não vamos fazer projeções. Vamos pensar rodada a rodada para manter a boa campanha.


Palmeiras x Goiás - Helio dos Anjos (Foto: Marcos Ribolli)
Hélio dos Anjos à beira do campo na vitória 
sobre o Palmeiras, de Valdívia 
(Foto: Marcos Ribolli)


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Em Arena lotada, Goiás surpreende e bate Palmeiras, que segue sem vencer


BRASILEIRÃO 2015 - SÉRIE "A" -  03ª RODADA


Com Bruno Henrique inspirado, time goiano marca no contra-ataque e chega a três jogos sem sofrer gol. Equipe paulista agora soma dois empates e uma derrota



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São Paulo

 

De branco, o Palmeiras foi surpreendido pelo "verdão" da camisa do Goiás em sua própria casa, na manhã deste domingo, em São Paulo. Bem armado taticamente, com uma defesa sólida, o time goiano surpreendeu o paulista no contra-ataque e venceu por 1 a 0, assumindo a vice-liderança do Brasileirão após três rodadas. Detalhe: sem sofrer ainda um gol sequer.

O estádio estava cheio (37.337 pessoas, com renda de R$ 2.410.600,00), mas a principal torcida organizada do Palmeiras voltou a se calar, em protesto contra o preço dos ingressos. Já o torcedor "comum" apoiou, e muito, o Verdão do começo ao fim. Com sérias dificuldades ofensivas, porém, a equipe paulista decepcionou sua torcida. Agora são dois empates e uma derrota em três rodadas de Brasileirão (o Verdão é o 16º colocado).

Bruno Henrique, do Goiás, brilha contra o Palmeiras (Foto: RODRIGO GAZZANEL/AGENCIA ESTADO)
Bruno Henrique, do Goiás, brilha contra o 
Palmeiras (Foto: RODRIGO GAZZANEL
/AGENCIA ESTADO)


O gol da vitória do Goiás foi contra, do zagueiro Victor Ramos. A jogada foi toda de Bruno Henrique, atacante de 24 anos. Na comemoração, porém, ele se empolgou, levou o segundo amarelo e acabou sendo expulso. Victor Ramos, já no fim do jogo, também foi expulso, por dar um tapa na cara de Alex Alves, fora da disputa de bola.

Palmeiras x Goiás - Valdivia (Foto: Marcos Ribolli)
Valdivia sofre falta de Péricles, autor do gol do 
Goiás (Foto: Marcos Ribolli)


Na próxima rodada, o Goiás recebe o Grêmio, domingo, no Serra Dourada, às 16h. No mesmo dia e horário, o Palmeiras encara o Corinthians em Itaquera. Antes, porém, o time paulista enfrenta o ASA de Arapiraca, quarta-feira, pela Copa do Brasil. O Goiás também jogará pelo torneio de mata-mata: contra o Ituano, em Goiânia.


O jogo

O Palmeiras treinou com Arouca, Alan Patrick e Rafael Marques, mas entrou com Egídio (Zé Roberto foi para o meio), Valdivia e Kelvin. O esquema era o mesmo 4-2-3-1 de sempre, mas parecia faltar entrosamento. As melhores jogadas eram pela direita, com Kelvin e Lucas, mas, estranhamente, a dupla foi pouco acionada no primeiro tempo. Insistindo pelo meio, o Verdão parava na boa defesa do Goiás, que tentava assustar nas bolas paradas - chegou a ter uma sequência de três escanteios na etapa inicial.

No segundo tempo, o Palmeiras continuou com dificuldades para furar a defesa goiana. O time paulista começou a se enervar. Foram cinco cartões amarelos, sendo três por reclamação (Valdivia, Leandro Pereira e Kelvin). O Goiás quase abriu o placar aos 22, num vacilo incrível de Fernando Prass, que tentou sair jogando e perdeu a bola para Bruno Henrique - o atacante goiano  vacilou na finalização.

Nove minutos depois, porém, veio o gol do Goiás. Em bela jogada individual, Bruno Henrique passou por toda a zaga palmeirense (inclusive pelo goleiro Fernando Prass) e rolou para o centro da área. Péricles e Victor Ramos chegaram prensando, e a bola entrou.

Palmeiras x Goiás (Foto: Marcos Ribolli)
Bruno Henrique (à dir) acabou sendo expulso 
na comemoração do gol do Goiás 
 (Foto: Marcos Ribolli)


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Mercedes erra com Hamilton, e vitória "cai no colo" de Rosberg em Mônaco

Inglês rumava para tranquilo triunfo de ponta a ponta quando fez pit stop durante safety car e voltou em terceiro, atrás de Nico e Vettel. Felipe Nasr é 9º, Massa, o 15º


Por
Monte Carlo, Mônaco
 

O que era um sossegado passeio de Lewis Hamilton nas apertadas ruas de Mônaco virou uma inesperada vitória de Nico Rosberg. Depois de desbancar o companheiro de Mercedes no treino classificatório e garantir a pole position, o britânico caminhava para um tranquilo triunfo de ponta a ponta. Mas a entrada do safety car, em razão da forte batida de Max Verstappen a 14 voltas do fim, mudou a história da 6ª etapa da temporada 2015 da Fórmula 1. A Mercedes aproveitou o período com o carro de segurança para chamar o inglês para um pit stop extra, crendo que ele voltaria com folga na liderança, e de pneus supermacios, contra os macios dos rivais. Um erro grosseiro. Hamilton acabou deixando os boxes atrás de Rosberg e Sebastian Vettel (Ferrari). Com pneus novos, o britânico até tentou desfazer o prejuízo. Em vão. Sequer conseguiu passar o alemão da Ferrari e viu Rosberg sumir na frente para vencer a prova. 

- Nós pensamos que a diferença era maior do que era. Foi um erro de julgamento completo.  Estragamos tudo. Sentimos muito por ele. Não há nada mais a fazer do que pedir desculpas a Lewis - admitiu o chefe da Mercedes, Toto Wolff.

Nico Rosberg vence GP de Mônaco (Foto: Reuters)
Nico Rosberg celebra terceira vitória seguida no 
GP de Mônaco (Foto: Reuters)


Incrédulo, Lewis guiou vagarosamente até o parque fechado como se tentasse entender o que havia acontecido. Sua expressão no pódio estampava a decepção com a perda da corrida. Ele sequer estourou o champanhe. Ao menos, escutava a torcida, em uma tentativa de afago, gritar seu nome. Rosberg, por sua vez, comemorava efusivamente. Também, pudera. Com o resultado, o alemão colocou seu nome na história do GP de Mônaco. Alcançou sua terceira vitória consecutiva nas ruas do Principado, feito conseguido apenas por Ayrton Senna, Alain Prost e Graham Hill. O recorde de vitórias seguidas, porém, ainda pertence a Senna, com cinco. 

De quebra, Nico encostou em Hamilton no Mundial de Pilotos. Após seis das 18 etapas disputadas, ele tem 116 pontos, contra 126 do inglês, ainda líder do campeonato. Confira a classificação completa. A próxima corrida é no dia 7 de junho no Canadá.

Lewis Hamilton sai incrédulo após perder a vitória no GP de Mônaco (Foto: AFP)
Lewis Hamilton sai incrédulo após perder a 
vitória no GP de Mônaco (Foto: AFP)


Brasileiros tem domingo de sensações distintas: Nasr pontua, Massa tem problemas
Outro que não saiu de Monte Carlo com motivos para sorrir foi Felipe Massa. O piloto da Williams teve o bico do carro quebrado ao se envolver em um incidente logo na largada, precisou parar nos boxes, caiu para último e terminou em 15º, logo atrás do parceiro de Mercedes, Valtteri Bottas. Mas foi um dia de sabores opostos para os brasileiros. Felipe Nasr começou em 14º, ganhou duas colocações na largada, foi herdando posições ao longo da prova e cruzou em nono, somando mais dois pontos.

O GP de Mônaco foi marcado também pela primeira aparição da McLaren na zona de pontuação na temporada 2015, na retomada da parceria com a Honda. Jenson Button, com o oitavo lugar, foi o responsável por anotar os primeiros pontos da McLaren-Honda desde a vitória de Gerhard Berger no GP da Austrália de 1992. Fernando Alonso, por sua vez, abandonou com problemas mecânicos quando era nono.

Quem também se destacou foi o jovem Daniil Kvyat, substituto de Vettel na RBR. O russo de 21 anos ofuscou mais uma vez Daniel Ricciardo, e terminou em quarto, à frente do parceiro, que garantiu o 5º lugar ao passar Kimi Raikkonen nas voltas finais em uma manobra forçada.

Nico Rosberg, à frente de Nico Rosberg e Lewis Hamilton no fim do GP de Mônaco (Foto: Gero Breloer / AP)
Nico Rosberg, à frente de Nico Rosberg e Lewis 
Hamilton no fim do GP de Mônaco (Foto: 
Gero Breloer / AP)

resultado DO GP DE mÔNACO

Resultado final do GP de Mônaco de Fórmula 1 (Foto: Divulgação)



classificação do campeonato

Classificação do Mundial de Pilotos da Fórmula 1 após o GP de Mônaco (Foto: GloboEsporte.com)


como foi a corrida

Massa quebra bico da Williams na largada



Hamilton manteve a ponta na largada, enquanto Rosberg teve sangue frio para se defender do bote de Vettel na Ste. Devote. Partindo de 12º, Felipe Massa havia largado bem. Mas ao brigar pela 8ª posição, se envolveu em um incidente com Maldonado, danificou o bico e precisou ir para os boxes, caindo para último. Já Felipe Nasr ganhou duas posições e subiu para 12º. A volta inicial também foi marcada pelo incidente entre Alonso e Hulkenberg, com o alemão beijando o guard rail e quebrando a asa dianteira. Pelo incidente com Hulk, o espanhol da McLaren foi punido com o acréscimo de 5s a ser cumprido no próximo pit stop.


Quando Massa chegou aos boxes, os mecânicos da Williams tiveram dificuldades para trocar o bico do carro. Com isso, o brasileiro perdeu uma volta em relação a todos os competidores, comprometendo de vez qualquer chance de marcar pontos na corrida. Já Maldonado, com problemas nos freios, recolheu para os boxes poucas voltas depois e abandonou.


Lá na frente, Hamilton passou a administrar uma diferença de 2s5 que construiu sobre Rosberg nas dez primeiras voltas. Vettel, por sua vez, aparecia a 1s5 do compatriota da Mercedes. Kvyat deixou para trás o companheiro de RBR, Ricciardo, que completava o top 5.

Mais atrás, Felipe Nasr fez seu primeiro pit stop na 20ª volta, mas se manteve na 11ª colocação, uma atrás de Alonso. O brasileiro acabou entrando na zona de pontuação ao herdar a posição de Verstappen, que vinha fazendo uma excelente prova, mas enfrentou um problema com a roda direita traseira em seu pit stop e retornou apenas em 13º. 

Com 25 voltas, a vantagem de Hamilton para Nico já beirava os 5 segundos. Foi quando os líderes encararam os primeiros retardatários. Apesar de reclamar que perdeu tempo, Lewis se desvencilhou do tráfego com mais facilidade que Rosberg, aumentando a soberania na ponta para 8 segundos.

Após a primeira e única rodada de pit stops, o britânico manteve a ponta com a mesma diferença para o companheiro de Mercedes. A única mudança no pelotão da frente foi Raikkonen, que ganhou a posição de Ricciardo.

Alonso abandona

Na 43ª volta, Alonso, que vinha em um bom 9º lugar com a McLaren viu o sonho de marcar os primeiros pontos na temporada acabar. Com problemas mecânicos, espanhol passou reto na Ste. Devote e abandonou. Quem agradeceu foi Nasr, que subiu mais uma posição.


Mad Max: Verstappen se precipita, bate forte, e muda história da corrida

A corrida caminhava para um desfecho monótono, quando a 14 voltas do fim, Max Verstappen se precipitou ao tentar passar Romain Grosjean, bateu na Lotus do francês, e entrou com violência embaixo da barreira de proteção na Ste. Devote. Por sorte, apesar do forte impacto, o jovem holandês não se feriu.


Hamilton faz pit stop extra e volta atrás de Rosberg e Vettel

O acidente provocou a entrada do safety car. A Mercedes, então, decidiu chamar Hamilton, que tinha imensa vantagem na ponta, para colocar um jogo de pneus supermacios, apostando que voltaria na frente de Rosberg e Vettel. Mas o britânico acabou retornando atrás dos rivais, em terceiro. “Perdi esta corrida, não é?”, disse um surpreendido Hamilton pelo rádio. Ao menos, o britânico teria pneus supermacios novos, contra macios gastos dos dois primeiros colocados.


O safety car deixou a pista a sete voltas do fim. Com a faca nos dentes, Hamilton partiu para cima de Vettel. Mas passar nas ruas de Mônaco não é um trabalho dos mais fáceis. Sem conseguir superar o alemão da Ferrari, o inglês passou a ser ameaçado por Kvyat. E aí já não dava mais tempo. Rosberg já havia aberto vantagem na frente, caminhando para uma surpreendente vitória. Vettel cruzou em segundo, Lewis, em terceiro. Kvyat terminou em quarto, enquanto Ricciardo deu um "chega pra lá" em Raikkonen no fim para fechar o top 5. Nasr recebeu a bandeirada em 9º, e Massa, em 15º.


saiba mais

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São Paulo

 

Seis finalizações, apenas uma chance real de gol, quando a partida estava decidida em favor do adversário, e o sentimento negativo, muito mais pelo segundo tempo do que pelo primeiro na derrota por 3 a 0 para o São Paulo (veja os melhores momentos no vídeo). O Joinville sofreu a segunda derrota no Brasileirão, mas a da noite deste domingo foi mais dolorida que o 1 a 0 na estreia, para o Fluminense. É que, segundo o técnico Hemerson Maria, foi marcada pela falta de ousadia e coragem.

Na entrevista coletiva após o jogo no Morumbi, o treinador apontou que os problemas ganharam dimensão maior no começo da etapa complementar, após o segundo tento dos são-paulinos. Conforme o comandante do JEC, a equipe “desmoronou” após o gol de Michel Bastos e evidenciou a superioridade do adversário no confronto da terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

- Falta mais ousadia e coragem. Se rever o primeiro tempo, tivemos chance na frente da área para termos uma definição melhor, talvez com um pouco mais de ousadia. Tem que ter responsabilidade neste momento e não culpar dois ou três jogadores, porque quando ganha, ganha todo mundo, e quando perde, perdem todos. Coletivamente a atuação no segundo tempo não foi boa. Quando tomamos o segundo gol, a equipe desmoronou e não conseguimos marcar, saímos desorganizados, quisemos apertar na frente e não deu. Precisa de equilíbrio neste momento. Temos que ter consciência de que o São Paulo foi melhor, mereceu e não produzimos para ter um resultado melhor – desabafou o comandante do JEC.

São Paulo Joinville (Foto: José Carlos Fornér/JEC)
Técnico reconhece Joinville em atuação ruim no 
segundo tempo da partida no Morumbi 
(Foto: José Carlos Fornér/JEC)


Por mais ousadia, coragem, o primeiro gol e o primeiro triunfo no Campeonato Brasileiro, o Joinville trabalha no decorrer desta semana, na preparação ao próximo jogo. No sábado, às 21h, o JEC recebe o Atlético-PR, no primeiro duelo na Arena Joinville com a presença da torcida tricolor. 


Leia a íntegra da entrevista coletiva do treinador.

Avaliação
- O gol no primeiro tempo não responsável pela derrota, embora jogar contra o São Paulo e tomar um gol com 10 minutos atrapalhe o plano estratégico para o jogo. A equipe assimilou bem esse gol, conseguimos ter posse contra o São Paulo. Acho que só tiveram outra oportunidade em um erro de saída de bola. No segundo tempo o gol no começo atrapalhou e desmontou até moralmente a equipe. O time sentiu muito e, a partir daí, eles dominaram as ações, tiveram oportunidades de ampliar ate antes do terceiro gol. Não temos o que lamentar desta vez. Contra o Fluminense pudemos lamentar o gol no final, ou lamentar o empate com o Palmeiras na Arena. Agora, contra o São Paulo, não. Temos que ter humildade, reconhecer a superioridade deles e trabalhar para que contra o Atlético-PR a equipe jogue melhor e consiga a primeira vitória no campeonato.  
Seria muito ousadia nossa vir aqui e ter quatro ou cinco jogadores abaixo tecnicamente e sair resultado favorável.
Hemerson Maria, técnico do JEC


Entradas de Popp e Jael
- Eu chamei os dois para entrar um pouco antes dos 19 minutos (do segundo tempo), chamei aos 13 e estavam posicionados quando tomamos o gol. Entraram depois (nas vagas de William Henrique e Kempes) porque demorou a saída. No posicionamento de jogo dependemos da recomposição dos atacantes nas laterais. No primeiro tempo conseguimos brecar, mas é mais difícil conter a qualidade individual, o drible e a transição rápida. No primeiro tempo, o jogo foi equilibrado em pose de bola, faltou agressividade, definição quando tinha a bola. Não podemos responsabilizar só o Kempes e o William Henrique pela ineficiência. Falta criar alternativas para a bola chegar em jogadores de frente.


Em busca da vitória
- Derrota não vai ser rotina. Volto a dizer: o jogo no primeiro tempo foi nivelado, o São Paulo chegou mais na qualidade técnica, mas o Joinville dividiu a pose, chegou na intermediária e no segundo tempo houve um descontrole. Quando fizeram o segundo gol, o Joinville não atacou, não teve posse, não marcou. Tivemos uma chance pela jogada individual do Augusto (Cesar, que entrou no segundo tempo). Mas o forte do Joinville é o futebol coletivo e precisa da atuação individual de todos os jogadores. Pode ter certeza resultado vai aparecer. Seria muito ousadia nossa vir aqui e ter quatro ou cinco jogadores abaixo tecnicamente e sair resultado favorável. No segundo tempo estivemos abaixo. Prometo ao torcedor que vai melhorar e vamos praticar um futebol melhor, porque temos condições de conseguir bons resultados.


Posse e passe
- Foi positivo no primeiro tempo, em que conseguimos controlar o jogo em alguns momentos e até agredir, mas faltou melhor definição. No segundo tempo eles ficaram muito tempo com a bola no pé e os jogadores com tempo para pensar, foi quando conseguiram se infiltrar. O São Paulo é uma equipe que não usa cruzamento, trabalha por dentro e demos espaço, foi mortal, perdemos a compactação. Não nos organizamos, e aí não se consegue tirar a bola do adversário, ter posse e agredi. Houve desequilíbrio tático.


São Paulo x Joinville (Foto: Marcos Ribolli)Treinador reforça que o grupo do JEC tem qualidade e vai reagir (Foto: Marcos Ribolli)


William Popp
- Não estranhe que ele faça função de volante, pode ser ponta direita, pode jogar na esquerda, invertido. Ele entrou para flutuar nas costas dos volantes, mas após a entrada dele tomamos o segundo. A equipe se descontrolou na tática e também no emocional. Não se pode fazer gol de qualquer jeito. A equipe queria sair desordenada para fazer o gol. Tem que ter tranquilidade e levantar a cabeça. O sentimento de tristeza e temos que refletir. Para ter rendimento na Série A, tem que ter rendimento individual melhor, tem que funcionar. Isso vamos conseguir com a vitória, que dá confiança e a gente se reequilibra na competição.


Maior período sem vencer e sem gols
- É pressão e cobrança o tempo todo. Mas um mês atrás conseguimos um título, que é nosso, e entramos numa competição, não é surpresa para ninguém, contra adversários de qualidade. Perdemos para o Fluminense e para o São Paulo. O placar assusta porque o Joinville não perde por placar elástico, mas isso não é motivo para desconfiança. Temos um grupo de qualidade, eu fico muito triste pela forma que se repercute isso. Não podemos desmobilizar o torcedor, vamos precisar dele. Sei que durante a semana vai olhar a tabela e ver o time em baixo, mas se vence no sábado sobre na tábua. Temos mais meses de sofrimento, a competição é uma novidade para nós, mas não tem motivo para se criar efeito negativo. Temos que fazer a reflexão, e vamos jogar futebol melhor. A cobrança e a pressão são grandes, mas não precisa acompanhar sempre, ter um peso em determinado jogador. Se tiver auxílio do torcedor vamos ser mais fortes e vamos conseguir a vitória tão esperada por todos.


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FONTE:
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Perto de despedida, Milton Cruz valoriza evolução do São Paulo

Técnico elogia colombiano Osorio, provável substituto, defende Luis Fabiano e evita falar sobre o futuro da carreira depois da mudança na comissão técnica



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São Paulo

 
Ao que tudo indica, Milton Cruz está com os dias contados no São Paulo. Depois de assumir a equipe em crise, logo após a saída de Muricy Ramalho, o treinador se prepara para entregar o comando da equipe para o técnico colombiano Juan Carlos Osorio.

Em entrevista coletiva no Morumbi, após a vitória por 3 a 0 contra o Joinville, Milton citou o colombiano como um "estudioso do futebol" e afirmou que o novo treinador terá a oportunidade de trabalhar com um plantel pronto para disputar o título do Brasileirão.


– O treinador vai vir e pegar um grupo excelente de trabalho, com jogadores profissionais que querem ajudar o clube. E, quem sabe, jogadores para termos um plantel para ser campeão brasileiro. Se for vir o Osorio, pelo o que estou vendo na imprensa, é um grande treinador. Já trabalhei contra ele no Once Caldas, depois no Nacional de Medellin. Ele sempre pôs dificuldade ao nosso time. Se o São Paulo acertar com ele vai trazer um grande estudioso do futebol – afirmou Milton, que despistou sobre o futuro e preferiu destacar a recuperação da equipe.

– Não sei se é meu último jogo. Estou fazendo meu trabalho desde o jogo contra a Portuguesa, fazendo o que eu posso dentro do possível. Não sei até quando. Houve uma melhora do time nesse período. Tivemos tempo para trabalhar, mudamos um pouco a maneira de jogar, com três volantes e um mais agudo, que joga pelo lado. Já jogou Hudson, Wesley, Michel e hoje jogou o Thiago, que vem fazendo bons treinos – completou.

Questionado sobre o desempenho individual da equipe, Milton Cruz defendeu Luis Fabiano e elogiou a estreia como profissional do garoto João Paulo, que entrou no segundo tempo e participou dos últimos minutos da vitória tricolor. Na próxima rodada, o São Paulo viaja até Porto Alegre para enfrentar o Internacional, no domingo, às 16h, no Beira-Rio.


Confira alguns trechos da entrevista coletiva de Milton Cruz:

O jogo
– A vitória foi importante, sobre um time que perdeu só de 1 a 0 para o Fluminense, empatou com o Palmeiras, tinha de respeitar. Estudamos bem e por isso optei pelo Thiago. Não queria mudar nosso estilo, queria pressionar a saída deles, e o Thiago me daria isso. Aliás, já está pedindo passagem há um bom tempo.    

MIlton Cruz São Paulo x Joinville (Foto: Marcos Ribolli)MIlton Cruz assumiu o São Paulo depois da saída de Muricy Ramalho (Foto: Marcos Ribolli)


Desempenho da equipe sob seu comando
– Eu fiz dez jogos, sete vitórias e três derrotas, todas fora de casa. Para o Santos campeão paulista, Cruzeiro bicampeão brasileiro e a Ponte, que treinou mais tempo e nós estávamos de cabeça baixa pela Libertadores. Ainda bem que tive essa semana para levantar o moral dos jogadores. Agradeço a eles por esse período junto, sem problema de disciplina... Agradeço por me ajudarem nesse período que estou como treinador.  


Despedida do banco
– Não sei se é meu último jogo. Estou fazendo meu trabalho desde o jogo contra a Portuguesa, fazendo o que eu posso dentro do possível. Não sei até quando. Houve uma melhora do time nesse período. Tivemos tempo para trabalhar, mudamos um pouco a maneira de jogar, com três volantes e um mais agudo, que joga pelo lado.


Fase de Luis Fabiano
– O Luis é um grande jogador, por isso que o coloquei no jogo. Como íamos usar os lados do campo. Ele é um centroavante mais centralizado, o Pato sai mais para jogar, mas pode jogar ali como primeiro atacante. E pode jogar os dois juntos, como já aconteceu. Ele tem tudo para terminar o seu contrato bem no São Paulo. Ele está nos ajudando também, se dedicando nos treinos, hoje mesmo no intervalo foi preciso tirá-lo e ele aceitou numa boa. O grupo está de parabéns, a união de todos está fazendo o São Paulo vencer os jogos. Infelizmente perdemos três jogos, mas time grande também perde.


A substituição
– Foi tranquila a substituição. Falei que ia entrar o Pato e pronto. Foi muito tranquilo, não falou nada... Tem tudo para fazer um grande campeonato, porque é um goleador, acreditamos muito e é perigoso dentro da área. Tem tudo para melhorar. Depende dele também renovar. Ele é inteligente, assim como a diretoria. Tem demonstrado alegria em jogos e treinos, então vai depender dele e da diretoria.


Qual função vai assumir?
– O presidente conversou bastante tempo comigo hoje e vamos sentar para decidir quando vier o outro treinador. Depois vocês ficam sabendo. Ele quis conversar por causa dos boatos da imprensa, mas veio me tranquilizar neste período em que estou treinador e de especulação de Sabella, Sampaoli, Luxemburgo, português. Almoçamos juntos e espero que quando terminar a minha participação, a minha situação seja resolvida. Vamos sentar para conversar ainda. Conversamos de vários assuntos, mas avisou que depois que terminasse teríamos uma conversa. Não deixou nada prometido, mas pediu para deixar a situação acalmar. Foi num tom de dar satisfação de que vai conversar só quando tiver o novo treinador.


Futuro como treinador?
– Você vai jogando e pegando o gostinho quando ganha, mas quando perde é outra situação. Não defini nada se quero ser treinador ou se vou permanecer. Preciso sentar com a minha família, ver o que o presidente vai falar e só então definir a situação. Ganhar é bom, vai pegando o gosto, mas perder é doído. Estou tendo o apoio da torcida, sou cumprimentado mesmo com a eliminação na Libertadores. Isso é gratificante. Torcedores de outros clubes até dão os parabéns, isso dá motivação. Tenho pés no chão e sei bem o que quero.  

Tem proposta para ser treinador?
– Isso é segredo.


MIlton Cruz São Paulo x Joinville (Foto: Marcos Ribolli)
São Paulo de Milton Cruz conseguiu sua segunda v
itória no Campeonato Brasileiro (Foto: Marcos Ribolli)


Despedida de Rogério Ceni
– Vai ser triste a ausência dele no clube. Vou perder um grande amigo, um grande jogador em um bom momento da carreira. Tem feito grandes jogos. É exemplar como profissional, primeiro a chegar e último a sair, se dedica ao máximo. Será uma perda muito grande para quem trabalha no dia a dia. Aprendi muita coisa nesses 17 anos com ele no São Paulo. Vou sentir a falta do profissionalismo, da pessoa, do caráter e do maior ídolo da história do clube.  


Protesto da torcida
– Tem todo o direito de manifestar. Não senti o time abalado por isso. Lógico que a gente fica chateado pelos companheiros, mas a torcida está no direito dela de protestar, porque eles pagam.


Garotos na equipe como João Paulo e Matheus Reis
– Os dois são grandes jogadores. O João fez uma grande Copinha, o Matheus teve boa passagem no Atlético Sorocaba. O João tem muito potencial, então como lancei o Lucas contra o Atlético-PR com a 37, dei o numero pra ele e falei que ele vai fazer uma história boa. É velocista, finaliza bem, tem força, joga na área e dos lados, centroavante.


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