domingo, 24 de maio de 2015

Inter repete filme, não estanca bola parada e sucumbe à pressão no fim

BRASILEIRÃO 2015 - SÉRIE "A" -  03ª RODADA


Equipe tomou 10 gols dos 28 sofridos na temporada após os 30 minutos do segundo tempo, o que equivalente a 35,71% do total



Por
Rio de Janeiro


Virou rotina. No final do jogo, o Inter sucumbe à pressão e deixa escapar o resultado. Mas a similaridade com alguns dos últimos jogos não para por aí. A maneira como os gols foram sofridos também encontram semelhanças. Há recuo com o volume de jogo do adversário, erro de posicionamento do sistema defensivo e gol sofrido em uma bola parada. No último sábado, o time repetiu à risca o roteiro e saiu de São Januário por 1 a 1 com o Vasco, em duelo válido pela terceira rodada do Brasileirão.

Os comandados de Diego Aguirre estiveram com os três pontos assegurados até os 35 minutos do segundo tempo. Foi então que, depois da cobrança de escanteio, Lucas cabeceou. Muriel tirou de soco, mas a bola voltou para o vascaíno que, livre, desta vez, não desperdiçou. O primeiro triunfo como visitante escorria pelas mãos dos gaúchos.

A situação lembrou o episódio da Colômbia da última quarta-feira. Na ocasião, em confronto pelas quartas de final da Libertadores, o Inter empatava com o Independiente Santa Fé até os 46 minutos da etapa, quando Omar Pérez cobrou escanteio na cabeça de Mosquera, que superou Alisson.

Vasco x Internacional - Dagoberto caído (Foto: Rafael Moraes / Agência O Globo)
Inter soma quatro pontos no Brasileirão 
(Foto: Rafael Moraes / Agência O Globo)


E, se for um pouco mais para trás - quatro jogos antes -, lá aparece o trauma gaúcho. No temido Horto,no dia 6 de maio, os gaúchos ganhavam do Atlético-MG por 2 a 1. Aos 49 minutos do segundo tempo, após uma bola alçada na área, a defesa colorada errou. Leonardo Silva não. Em ambos, uma repetição de cenário. O Inter tentava manter um placar que o favorecia. Adotou uma postura mais resguardada, o que se mostrou equivocada. Apesar deste histórico, Aguirre rechaça que tenha pedido para o time recuar:

- Faz uns dias que só falam que o Inter está recuado... Inter está bem, em boa fase. Não vamos falar de coisas ruins, tivemos várias coisas boas. O que correu Anderson, o que correu Alex. A primeira partida do Lucas, um menino que foi bem. Temos muitas coisas boas para falar. Quando houver coisas ruins vamos poder falar mais, mas não é o momento.


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O discurso do treinador, no entanto, não se mostra respaldado nos números. Além dos três gols citados, no cômpito geral o segundo tempo apresenta uma queda de produção colorada. Nos 32 jogos disputados em 2015, a equipe foi vazada em 28 oportunidades. Destes, 16 na etapa final, o que equivalente a 57,14%. 


Tabela gols sofridos Inter (Foto: Reprodução)

O que fica mais alarmante diz respeito ao número de gols tomados após os 30 minutos da etapa final. Foram 10, ou 35,71%. Para Alex, o Inter está se habituando a buscar garantir  um escore, em detrimento a construir um resultado mais elástico:

- Não podemos nos acostumar a recuar. Temos capacidade de jogar melhor.
Na quarta-feira, pela Libertadores, o Inter precisará se atirar ao ataque. E, caso encontre os gols, não poderá recuar. A partir das 19h30, recebe o Santa Fé. Como perdeu o primeiro jogo por 1 a 0, precisa fazer dois gols de diferença para garantir vaga às semifinais. Triunfo por 1 a 0 leva a decisão aos pênaltis. 

Pelo Brasileirão, Inter soma quatro pontos e ocupa a nona posição. Na próxima rodada, a equipe de Diego Aguirre enfrenta o São Paulo no outro domingo. A partida começa às 16h no Beira-Rio. 

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FONTE:
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