quarta-feira, 27 de março de 2013

Volta Redonda será palco de clássicos, semifinais e finais


São Januário é descartado por problema com divisão de torcidas. Vasco faz retaliação e se nega a emprestar o estádio para jogo desta quinta-feira

Por Raphael Zarko Rio de Janeiro

estádio Raulino de Oliveira Volta Redonda (Foto: Divulgação / Site Oficial do Volta Redonda)Raulino de Oliveira será substituto de Engenhão para jogos principais (Foto: Site do Volta Redonda)

Cerca de quatro horas depois da informação de que não há previsão para a reabertura do Engenhão, a Federação do Rio divulgou, em uma entrevista coletiva, que o Raulino de Oliveira será o palco de clássicos, semifinais e finais no Campeonato Carioca. São Januário foi descartado por causa de problemas com divisão de torcidas: o Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádio) só libera o estádio do Vasco se houver 90% dos ingressos para o mandante e 10% para os visitantes. Os demais grandes não aceitaram essa hipótese.

Os dirigentes cruz-maltinos não gostaram da decisão de levar os clássicos para Volta Redonda - a não ser que o Engenhão seja liberado a tempo -, e a primeira consequência foi imediata. Como retaliação, negaram-se a emprestar São Januário para a partida entre Botafogo e Friburguense, que seria realizada lá nesta quinta-feira.

- Se não pode jogar (clássico) em São Januário, não cabe o Botafogo estar atuando no nosso estádio - afirmou o presidente Roberto Dinamite, que não confirmou as partidas do Fluminense pela Libertadores em São Januário.

O diretor executivo René Simões afirmou que não se trata de retaliação, e sim de "preservar o campo", mas lamentou a postura do Botafogo.

- Falando em retaliação, temos a impressão de que o Vasco fez algo errado. O futebol carioca vive momento de emergência, triste e delicado. Quando o presidente (Roberto) veio na federação, tinha na cabeça o discurso de juntar todos os clubes em prol do Campeonato Carioca. A gente entendia nesse momento que o Botafogo poderia, nesse acordo de cooperação, dizer: "Muito obrigado por ceder o estádio, vamos jogar da forma como vocês querem. Estamos felizes por isso". O Vasco se sente no direito não de retaliar, a palavra é forte e feia. Mas se sente no direito de preservar o campo.

Se não pode jogar (clássico) em São Januário, não cabe o Botafogo estar atuando no nosso estádio"
Roberto Dinamite, presidente do Vasco

O primeiro clássico da Taça Rio, entre Vasco e Botafogo, muda de local e também de data: em vez do próximo domingo, será na quarta-feira (dia 3 de abril), ainda sem horário. O jogo dos alvinegros contra o Friburguense passou para o dia 10 de abril, em Moça Bonita. Ainda não foi divulgado o procedimento para os torcedores que já compraram ingresso.

O gerente executivo do departamento de futebol do Botafogo, Aníbal Rouxinol, afirmou que o presidente Maurício Assumpção não se opôs a usar São Januário em clássicos, mas discorda da divisão de ingressos.
  
- A Ferj tomou a atitude correta, estabeleceu um critério, usando o único estádio em que a Polícia Militar autoriza 50% de ingressos para cada torcida. Entendo as razões do Vasco, mas o Botafogo entende nesse momento que não vê razão para privar a sua torcida nessas condições.

Comandante do Gepe, o tenente-coronel João Fiorentini disse que já tem um ano e meio o posicionamento da corporação de permitir clássicos em São Januário apenas se o visitante ficar com 10% dos ingressos.


- Para dividir os ingressos em 50%, a entrada (das torcidas) seria pela mesma rua, a Francisco Palheta. Acho difícil resolver isso sem grandes mudanças no entorno de São Januário. No Engenhão temos quatro alas bem definidas, sem ter contato visual. Esse é o principal fator. Com setor social, é difícil fazer essa divisão.

O último clássico estadual no Raulino de Oliveira foi Botafogo 1 x 1 Fluminense, pela última rodada do Brasileirão de 2011. Fred e Felipe Menezes marcaram os gols (veja no vídeo), diante de um público de 6.379 pagantes.

Rhayner chora no vestiário após pênalti perdido contra o Macaé


Técnico Abel Braga confessa que achava que atacante iria errar. Jean explica que decisão da cobrança, na ausência de Fred, é dos jogadores

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro


Mesmo com a aparente tranquilidade nas declarações de Rhayner ao final da partida com o Macaé, o técnico Abel Braga confessou que o jogador chorou no vestiário por conta do pênalti perdido, aos 33 minutos do segundo tempo, na vitória Tricolor por 3 x 1. O treinador confessou que achava que jogador perderia a infração e disse acreditar que a pressão em cima do mesmo irá aumentar depois de mais um pênalti perdido.

- Estava chorando no vestiário. Em vez de estar feliz, saiu de uma maneira como se tivesse feito a pior partida da vida. Não precisava. No dia em que fizer o gol, vai tirar o peso, mas ele não pode pegar esse peso. Sabia que não iria fazer. Dois anos sem fazer o gol, imagina - declarou Abelão.

Ao final do confronto, Rhayner chegou a afirmar que estava tranquilo e que só bateu o pênalti por um pedido dos companheiros, em especial de Rafael Sóbis.

- O Rafael (Sóbis) me entregou a bola e falou "faz que você está merecendo, está jogando muito". Isso me deu confiança para bater, fazendo ou não o gol - explicou à Rádio Tupi.

A situação já havia acontecido na partida com o Volta Redonda no primeiro turno. Na ocasião, o técnico Abel Braga reclamou que não deveria ser Rhayner quem teria que executar a cobrança. Experiente e um dos líderes do grupo, o volante Jean contou que quando Fred não está em campo é o grupo que decide quem irá efetuar a infração.

- Quem bate é o Fred. Na ausência dele, nós conversamos entre nós alí para decidir. A responsabilidade é nossa. Não tem que julgar. Decidimos todos, em uma única voz. Tivemos o mesmo pensamento de deixar ele bater e acontece - chamou a responsabilidade o jogador da Seleção Brasileira.

Ao passar em branco por mais uma partida, Rhayner completou 82 jogos ou dois anos e dois meses sem marcar.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2013/03/rhayner-chora-no-vestiario-apos-penalti-perdido-contra-o-macae.html

campeonato carioca - Flu vira sobre o Macaé em noite de Michael. Rhayner perde novo pênalti

Jovem atacante tricolor faz três gols, supera Fred na competição e decide a partida, com público ínfimo. Meia aumenta sua sina de não balançar a rede

 A CRÔNICA

por GLOBOESPORTE.COM

Tudo se encaminhava para que o garoto Michael fosse o único destaque da noite. Com três gols num intervalo de 21 minutos, virou o jogo sobre o Macaé (3 a 1) nesta quarta-feira, em São Januário, e fez o Fluminense assumir a liderança provisória do Grupo B da Taça Rio. Mas o jogo morno, com o menor público de um grande neste Carioca (703 pagantes), foi apimentado pelo drama folclórico de Rhayner.

Assim como já acontecera na vitória sobre o Volta Redonda, na Taça Guanabara, ele recebeu a bola dos companheiros e, mesmo sem treinar, foi escolhido para bater um pênalti. Desperdiçou a chance no segundo tempo e ampliou sua sina de não marcar um gol há nada menos do que 82 partidas. Rhayner riu após a cobrança, mas provavelmente apenas pelo nervosismo. Ao chegar ao vestiário, ele não evitou as lágrimas.

- Com a atuação que vinha tendo, pediu para cobrar, coisa que ele não treina. Virei para o banco e (pensei): vai ter reprise. Já vi: vai fechar o olho e bater, porque não treina. O torcedor pediu, está no direito, só que fez aumentar para os próximos jogos a responsabilidade. E eu não coloco nele, nem em ninguém. Estava chorando no vestiário. Em vez de estar feliz, saiu de uma maneira como se tivesse feito a pior partida da vida. Não precisava - afirmou o técnico Abel Braga.

O resultado colocou o Tricolor com sete pontos, um à frente do Resende, que enfrenta o Duque de Caxias na quinta-feira. O próximo duelo é com o Boavista, sábado, em Moça Bonita. Já o Alvianil recebe o Duque de Caxias, domingo. O clube estacionou nos três pontos na quarta posição, mas pode ser ultrapassado por até dois rivais nas próximas horas.
Michael iluminado resolve para o Flu

Sem a motivação do público, a partida começou em ritmo cadenciado, fazendo jus à falta de interesse da torcida, que não se esforçou para ir a São Januário (após transferência em caráter de urgência por conta da interdição do Engenhão) em meio ao mau tempo no Rio de Janeiro e o momento sem brilho do time do Fluminense na temporada. Os erros de passe aconteceram em sequência nos primeiros lances. Exceção à regra foi a participação de Rhayner, o mais lúcido em campo, atraindo as jogadas perigosas para o lado direito.

Bruno e Michel jogo Fluminense x Macaé (Foto: Nelson Perez / Fluminense. F.C.)Michael comemora um de seus gols com Bruno (Foto: Nelson Perez / Fluminense. F.C.)

Com espaço, o Macaé encaixou duas trocas de bolas perigosas, mas foi aos 14 minutos que chegou ao gol depois de erro de passe de Jean no círculo central. O zagueiro Douglas Assis recebeu de Michel e arriscou de pé direito, da intermediária, batendo Diego Cavalieri, que tocou na bola, mas ela morreu no ângulo esquerdo. A reação, porém, seria quase imediata.
Mesmo com a garotada em ação, o Tricolor ergueu a cabeça, foi à luta e melhorou. Aos 23, Michael roubou a bola, avançou e tocou na saída do goleiro para empatar. Logo em seguida, sem dar tempo de o Macaé respirar, Jean se redimiu da falha que custou um gol, deu belíssimo toque em profundidade para Wagner, que achou Michael na área. O atacante só escorou: 2 a 1.

O nível ainda era baixo, e o time de Abel Braga jamais empolgou. Mas passou a demonstrar segurança defensiva e anulou o adversário a partir daí. Com paciência, aguardou nova brecha na defesa, que aconteceu aos 44, com o insaciável Michael em chute firme da entrada da área, aproveitando passe de letra de Marcos Junior. Ele passou Fred em gols no Carioca.

Rhayner perde pênalti e amplia sina
Na segunda etapa, a bola rolou arrastada. As únicas emoções seriam as oportunidades perdidas por Marcos Junior, no susto, após defesa de Luís Henrique em arremate de Rhayner e de Diego Macedo, cuja cabeçada parou em Diego Cavalieri em cima da linha. Sem fazer força, o Alvianil não incomodou o Flu, que trocava passes com tranquilidade, e pareceu aceitar a derrota. As alterações do técnico Toninho Andrade não surtiram efeito.

Mas eis que um pênalti polêmico aos 30 minutos encerrou o clima sonolento e voltou as atenções para o gramado. Rhayner o sofreu. Confiante, o meia-atacante, que caminhava para completar 81 jogos sem balançar as redes, tirou os companheiros da frente, pegou a bola e se preparou para cobrar. Abel sorria no banco de reservas, com receio de que um novo erro pudesse piorar a situação. E Rhayner errou, a exemplo do duelo contra o Volta Redonda, na Taça Guanabara, ampliando sua incrível sina. E fim de papo.

 



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Interdição cai como uma bomba, e Bota corre o risco de ter prejuízo alto


Maurício Assumpção diz que ainda não sabe como será a conversa com os patrocinadores e quem arcará com os custos de manutenção do estádio

Por Fred Huber Rio de Janeiro

Eduardo Paes Engenhão (Foto: Edgard Maciel)Eduardo Paes e Maurício Assumpção durante entrevista coletiva (Foto: Edgard Maciel)

A notícia sobre a interdição do Engenhão caiu como uma bomba sobre o Botafogo, que vê no estádio um dos alicerces para seu desenvolvimento. Pego de surpresa, o presidente Maurício Assumpção reconheceu que ainda não tem solução para alguns dos problemas que vão recair sobre o clube caso as obras levem muito tempo. Mas quem vai arcar com os prejuízos? É isso que a diretoria quer saber.

O Bota tem um custo mensal com o Engenhão que varia de R$ 400 mil a R$ 500 mil. Mas o estádio é também fonte de renda, já que há a exposição dos patrocinadores, que desejam ver suas marcas exibidas durante os treinos e jogos. Existe a possibilidade de o rombo ser dividido com a Prefeitura do Rio de Janeiro e com o consórcio que fez a obra, dependendo de quem for a responsabilidade pelo problema.

Na quinta-feira, o Botafogo entra em campo para enfrentar o Friburguense, em São Januário. Nesta quarta, o clube vai informar aos alvinegros que fazem parte dos planos de sócio-torcedor quais espaços serão destinados a cada um na casa vascaína.

- Não digeri tudo isso ainda. Tenho contratos longos, manutenção... Dependendo do tempo, não sei quem vai pagar a conta. Claro que o Botafogo tem um prejuízo grande. Como o prefeito (Eduardo Paes) falou, os prejuízos têm que ser cobrados de quem proporcionou. Existem caminhos para cobrar e vamos caminhar neste passo - afirmou o presidente Maurício Assumpção.


O mandatário alvinegro terá que se entender com contratantes que já efetuaram o pagamento para utilizar as dependências do Engenhão. Assumpção ainda terá que entender qual é e extensão da interdição do estádio, que abriga a maioria dos treinos da equipe em um campo anexo.
- Temos alguns eventos agendados em que já houve o pagamento. São filmagens, visitações... Já tinham data. Ainda preciso entender qual será o tempo desta interdição. Ainda não sei se posso usar vestiário, campo anexo para treinos... é o questionamento que temos que fazer.

Durante entrevista coletiva na terça-feira, o prefeito Eduardo Paes fez questão de enfatizar que o problema na cobertura do Engenhão não é resultado de uma possível má conservação do Botafogo. Pelo contrário. Paes elogiou o trabalho feito pelo Alvinegro.

Os prejuízos têm que ser cobrados de quem proporcionou. Existem caminhos para cobrar e vamos caminhar neste passo"
Maurício Assumpção

- De três em três meses entregamos um relatório dessas manutenções. Na sexta-feira passada, entreguei o último. A questão da cobertura era um acompanhamento feito pelo consórcio construtor desde a inauguração. Sempre foi uma questão delicada. Recebi a notícia que os laudos convergiam para uma situação de risco apenas nesta tarde (terça) - disse Maurício Assumpção.

Apesar de a situação ainda estar bastante indefinida, o presidente alvinegro já começa a pensar em hipóteses. Nem Caio Martins foi descartado em médio prazo.

- O Caio Martins é muito mais complexo do que podemos imaginar. Não é apenas um laudo de liberação. Mas dependendo do tempo que o Engenhão ficará fechado, o Caio Martins se coloca com uma opção para o futebol carioca, e não só para o Botafogo. Poderíamos voltar a ter jogos lá.
Nesta quarta-feira, O prefeito Eduardo Paes, o presidente da RioUrbe, Armando Queiroga, e Marcos Vidigal, representante do Consórcio Engenhão, vão apresentar detalhes técnicos do laudo que motivou a interdição do estádio.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/03/interdicao-cai-como-uma-bomba-e-bota-corre-o-risco-de-ter-prejuizo-alto.html


Botafogo treina com dois atacantes: Rafael Marques e Bruno Mendes


Cheio de desfalques, Oswaldo de Oliveira escala a dupla no ataque para enfrentar o Friburguense nesta quinta-feira, pela quarta rodada da Taça Rio

Por Fred Huber Rio de Janeiro

treino botafogo (Foto: Fred Huber)Oswaldo conversa com os titulares antes
do treino (Foto: Fred Huber)

O técnico Oswaldo de Oliveira comandou na manhã desta quarta-feira, em General Severiano, o treino para ajustar os últimos detalhes para o jogo contra o Friburguense, quinta-feira, às 19h30m (de Brasília), em São Januário. Com os desfalques de Seedorf, suspenso, Andrezinho e Cidinho, que estão machucados, o sistema deve ter dois atacantes: Rafael Marques e Bruno Mendes.

Nesta formação, Rafael Marques atuou mais recuado, na função que Seedorf vinha desempenhando. Bruno Mendes foi a referência no ataque. A escalação do Bota deve ter: Jefferson, Lucas, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Fellype Gabriel e Vitinho; Rafael Marques e Bruno Mendes. O meia Lodeiro, que chega ao Rio nesta quarta depois de defender a seleção uruguaia, deve ficar no banco de reservas.
- Vamos jogar com a equipe que treinou nesta quarta. Os quatro homens de frente serão: Fellype Gabriel, Vitinho, Rafael Marques e Bruno Mendes - afirmou Oswaldo de Oliveira.

Em campo, Oswaldo colocou na primeira parte atividade dois times com 12 atletas. Renato e Antônio Carlos treinaram entre os reservas. Depois, posicionou os dez titulares de linha em metade do campo, sem adversário. O treinador gritou bastante com os jogadores para orientar o posicionamento e incentivou as jogadas pelas laterais.

O treinamento desta quarta estava marcado originalmente para o campo anexo do Engenhão, mas a interdição do estádio obrigou a mudança para General Severiano. Todos foram pegos de surpresa. Parte da sede alvinegra foi alugada para as filmagens de um comercial que tem como protagonista o lutador de MMA Anderson Silva, que esteve no clube. A sala de imprensa, por exemplo, estava sendo utilizada como camarim.

O Glorioso, campeão da Taça Rio, é o líder do Grupo A da Taça Rio com seis pontos.


mma anderson silva treino botafogo (Foto: Fred Huber )Anderson Silva aparece em General Severiano para gravar comercial (Foto: Fred Huber )

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Engenhão não tem previsão para reabertura: 'Pode ser um mês, seis'


Armando Quiroga, representante do consórcio, explica: 'Focar no estudo'

Por Cahê Mota e VIcende Seda Rio de Janeiro


Uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira deixou ainda mais clara a situação preocupante em que se encontra o Engenhão. O engenheiro Marcos Vidigal, representante do Consórcio Engenhão, e Armando Queiroga, presidente da RioUrbe, explicaram que o estádio foi interditado por causa de problemas nos arcos leste e oeste da cobertura. Mas os esclarecimentos não foram completos. Eles não deram qualquer previsão de reabertura do Engenhão, tampouco informaram de quem é a responsabilidade ou quem arcará com os custos da reforma. A justificativa para o fechamento do estádio é um deslocamento maior do que o previsto da estrutura da cobertura do estádio inaugurado em 2007, justificado por ambos com o "ineditismo" do projeto. O prefeito Eduardo Paes, que era aguardado na coletiva, não compareceu.
Em pleno segundo turno do Campeonato Carioca, com jogos marcados para o estádio em todas as rodadas, ainda não há qualquer previsão de reabertura do Engenhão.

- Hoje não tem como dar prazos. Vamos focar no estudo. Estamos preocupados com a segurança e isso pedia a interdição imediata. Pode ser um mês, seis meses, o tempo necessário. Espero que em 30 dias a gente tenha uma solução e possa dizer: temos previsão de obra em tanto tempo. Pode ser até que haja uma solução emergencial - explicou Armando Queiroga, representante do Consórcio Engenhão.

Pode ser um mês, seis meses, o tempo necessário. Espero que em 30 dias a gente tenha uma solução e possa dizer: temos previsão de obra em tanto tempo. Pode ser até que haja uma solução emergencial"
Armando Queiroga

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, chegou a declarar ao “Bom Dia, Brasil” que não há risco de demolição. O estádio, construído para os Jogos Pan-Americanos, apresentou problemas na cobertura com risco para os espectadores e, por isso, foi imediatamente fechado. De acordo com Marcos Vidigal, o projeto inicial errou em 50% o cálculo de deslocamento da estrutura (feito pela empresa Alfa), causando o problema que, segundo ele, vem sendo vigiado desde a inauguração. Ele explicou que o primeiro relatório apontando riscos partiu dos autores do projeto, indicando uma restrição de uso do estádio com ventos superiores a 115km/h.

- O deslocamento foi superior ao previsto. Sempre foi motivo de investigação nossa. Ainda em 2007, começamos uma intensa pesquisa para saber que fenômeno era esse, sua consequência e suas causas. Em 2009, saiu o primeiro relatório da projetista com restrição. Não poderia ser usado com ventos acima de 115km/h. Entre 2009 e 2010, continuamos a pesquisa e conseguimos desenvolver um dispositivo que permitiu a medição das cargas nos pendurais. Feitas as leituras dos 100 pendurais, foram feitas 10 leituras para cada um e três foram aproveitadas. Optou-se pela contratação de uma terceira empresa especializada em cobertura de estádios.

A empresa escolhida foi a alemã Schlaich Bergerman und Partner (SBP), em 2011. Foram colocadas à disposição as leituras de carga nos pendurais e foi feita uma nova maquete para ensaio no túnel de vento, com base na estrutura construída, não no projeto.

- O relatório final da SBP aponta que a estrutura do Engenhão deverá passar por intervenções preventivas para restaurar os níveis de segurança recomendados. Nesse instante, o consórcio comunicou ao prefeito, recomendando a interdição do estádio. Então estamos nessa fase. O prefeito acertadamente tomou a providência de interditar para que a gente possa dar os próximos passos junto à prefeitura - disse Vidigal.
Queiroga, por sua vez, foi bastante evasivo ao ser questionado a respeito da previsão para uma solução. Na saída da coletiva, ele se recusou a responder sobre as garantias do consórcio que expiraram no ano passado. Sobre os custos da reforma, Queiroga respondeu.

- Quem vai pagar pela obra é um segundo momento. Naturalmente, se a prefeitura tiver de pagar e imputar o responsável, será feito. A responsabilidade aparecerá naturalmente, já que vamos nos debruçar em busca de uma solução.

Vidigal insistiu que não há evidências de que problemas na montagem sejam a causa do deslocamento excessivo, bem como descartou qualquer relação com questões de oxidação.

- No instante da retirada das escoras, o projeto previa um deslocamento diferente, mas não há evidência de que tenha sido um problema de montagem. O que tem é um modelo matemático, e não pode perder o foco do ineditismo, o modelo também era inédito. A empresa Alfa fez o cálculo, o dimensionamento da estrutura, e ela que indicava o deslocamento. O deslocamento ocorreu nos arcos leste e oeste. Norte e sul ficaram dentro da tolerância estimada. Foi cerca de 50% acima do previsto - concluiu.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2013/03/engenhao-nao-tem-previsao-para-reabertura-pode-ser-um-mes-seis.html

Sharapova exagera nos match points desperdiçados, mas avança em Miami


Zakopalova tenta segurar ímpeto da número 2 do mundo, evita quatro vezes a vitória da russa, mas acaba sendo dominada e perde o jogo por duplo 6/2

Por GLOBOESPORTE.COM Miami

Jogando contra Klara Zakopalova, 22ª colocada do ranking mundial, Maria Sharapova não teve muitos problemas para se classificar para as quartas de final do WTA de Miami nesta segunda-feira. A única dificuldade da número 2 do mundo na partida foi em confirmar as seis quebras que conquistou e em fechar a partida, após desperdiçar quatro match points. Fora isso, a russa dominou o confronto das oitavas de final em Key Biscayne e venceu o jogo com um duplo 6/2.

Maria Sharapova oitavas wta de miami (Foto: Reuters)Sharapova dominou a partida, apesar dos break e match points desperdiçados (Foto: Reuters)

Sharapova teve um início fulminante de partida, abrindo 4/0 de vantagem. Mas ela demorou um pouco para conquistar as duas quebras diante dos nove break points. Zakopalova esboçou uma reação, mais por uma sequência de erros não forçados da russa, e o placar diminuiu para 4/2. No décimo break point na partida, a número 2 do mundo tratou de pontuar no game de saque da adversária. Com um ace e uma devolução da rival na rede, a ex-número 1 fechou o set em 6/2.

Maria Sharapova oitavas wta de miami (Foto: Reuters)Foi num saque de segundo serviço que Sharapova garantiu a vaga nas quatas de final (Foto: Reuters)

A superioridade de Sharapova se manteve na parcial seguinte. Apesar do apoio que os torcedores davam a Zakopalova, novamente a russa alcançou duas quebras de modo consecutivo. O domínio em quadra a deixou com um tranquilo 4/1 de vantagem, mas a checa conseguiu pontuar no serviço da oponente. A musa do tênis internacional não deixou a tcheca encostar no placar e mais uma vez quebrou o saque dela, ficando a um game de selar a classificação para as quartas de final.

Zakopalova chegou a salvar dois match points, incluindo uma boa jogada após um ataque da russa resvalar na rede. No 40-40, a tcheca evitou outra vez que Sharapova fechasse o jogo e ainda teve um break point, desperdiçado. Em seguida, mais um match point jogado fora e outro break point salvo pela russa. No quinto ponto em que a vice-líder do ranking poderia conquistar a vitória, ela finalmente o fez, deslocando a adversária com um saque de segundo serviço e completando com um backhand vencedor.

Nas quartas de final, Sharapova vai enfrentar a italiana Sara Errani, 7ª do ranking, que superou a sérvia Ana Ivanovic (#17). A partida será realizada na quarta-feira, ainda sem horário definido pela organização do torneio.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2013/03/sharapova-desperdica-break-e-match-points-mas-vai-quartas-em-miami.html

Após reação incrível no 2º set, Serena derrota Na Li e vai à semi em Miami


Americana vence primeiro set, leva sufoco da chinesa e chega a estar perdendo a segunda parcial por 5 a 3, mas se recupera e vence por 2 a 0

Por GLOBOESPORTE.COM Miami

Serena Williams tênis contra Na Li  (Foto: Reuters)Serena Williams vence Na Li (Foto: Reuters)

O sol era forte na Flórida, nos Estados Unidos, nesta terça-feira. E na quadra do WTA de Miami, o jogo esquentou entre Serena Williams e Na Li. Das arquibancadas, a irmã Venus usava uma toalha sobre o rosto para se proteger do calor, mas aguentou firme e viu a número 1 do mundo vencer por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 7/6 (5), com uma recuperação espetacular da americana na segunda etapa, finalizando em um tie break.

Na semifinal, a americana irá enfrentar a polonesa Agnieszka Radwanska, número 4 do mundo, que também sofreu muito, mas, de virada, derrotou a belga Kirsten Flipkens (28ª) por 2 sets a 1 (4/6, 6/4 e 6/2).

Após a vitória que levou Serena às semifinais em Miami, a tenista vibrou muito e fez questão de elogiar a rival, número cinco do ranking da WTA.
- Sempre temos partidas intensas. Eu amo isso. Ela sempre melhora e me deixa ainda mais motivada. Estou satisfeita, porque adoro vocês. Estou muito feliz de estar aqui - disse Serena,

O jogo
O primeiro set começou com equilíbrio entre as duas tenistas. Depois, Na Li demonstrou certa falta de atenção. Ela conseguiu três break points, mas errou uma devolução de saque, que foi para fora. A chinesa mudou de estratégia, passando a jogar bolas mais no fundo da quadra, o que rendeu dois games a ela. Com o jogo em 2/2, Serena resolveu dificultar, fechando em 6/3. A última jogada demonstrou o nervosismo da adversária da americana, que fez duas duplas faltas em um ponto decisivo.

No segundo, a chinesa voltou mais atenta e com mais vontade. Além disso, passou a contar com alguns erros de Serena, que havia cometido poucos na primeira etapa. Pela primeira vez no confronto, Na Li esteve à frente no placar: 3/2. O quinto game do segundo set foi empolgante. Na Li abriu 30/0 com uma deixadinha que levantou a torcida. A americana respondeu com um ace forte. As duas empataram em 40/40, mas Serena passou a frente. Depois, a asiática quebrou o saque da rival, conseguiu a vantagem e aproveitou uma dupla falta para levar o game: 4/2

Na Li fez 5 a 3, mas, aos poucos, a confiança da americana foi voltando, empurrada pelos gritos da torcida. Ela começou a acertar tudo e, em uma sequência espetacular, chegou ao empate em 5/5. Mesmo com a adversidade, a chinesa respirou fundo e fez mais um game, ultrapassando Serena, mas cedeu o empate em 6/6. No tie-break, Serena abriu 2/1, mas levou a virada em 3/2. Depois, passou a frente e acabou fechando o desempate por 7/5 e o game em 7/6.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2013/03/apos-recuperacao-incrivel-no-segundo-set-serena-vence-na-li-em-miami.html

Murray segura reação de algoz de Bellucci no 2º set e avança em Miami


Seppi encaixa jogo após primeira parcial ruim, mas número 3 do mundo leva a melhor sobre italiano e chega às quartas de final em Key Biscayne

Por SporTV.com Miami

Andy Murray teve que passar por duas situações diferentes no duelo desta terça-feira contra o italiano Andreas Seppi, pelas oitavas de final do Masters 1000 de Miami. Após ganhar de forma tranquila o primeiro set contra o algoz de Thomaz Bellucci em Key Biscayne, o número 3 do mundo precisou lidar com o italiano jogando mais agressivamente na parcial seguinte. Apesar da boa reação do italiano, o tenista britânico garantiu a vaga nas quartas de final do torneio por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4.

O adversário de Murray na próxima fase será o croata Marin Cilic, 11º do ranking, que derrotou o francês Jo-Wilfried Tsonga, número 8 do mundo, por 2 sets a 0, parciais de 7/5 e 7/6(4), em 1h48m de partida.
O SporTV2 transmite os jogos desta quarta-feira e quinta-feira do Masters 1000 de Miami, válidos pelas quartas de final, a partir das 16h (no horário de Brasília).

Andy Murray oitavas masters 1000 de miami (Foto: AFP)Murray aproveitou erro fatal de Seppi no segundo set para fechar a partida e selar classificação (Foto: AFP)

O jogo
Murray aproveitou que Seppi entrara sonolento na partida e quebrou o serviço do italiano logo no primeiro game da partida. Daí para frente, o britânico não teve dificuldades de defender a vantagem. Pelo contrário. Apesar de algumas boas jogadas do adversário, que tentava tirá-lo do meio do fundo da quadra, ora com bolas cruzadas, ora com drop shots, o número 3 do mundo esteve mais perto de conseguir uma segunda quebra. Com um smash para fora e uma bola na rede, Seppi teve novamente o saque quebrado, e Murray em seguida levou o set por 6/2.

Seppi não estava tendo muita sorte com as deixadinhas e permitiu o break point ao oponente no primeiro game do segundo set. Murray desperdiçou esse e mais dois, até que o 19º do ranking confirmou o serviço. A disputa deu mais ânimo ao italiano, que finalmente acertou uma bola curta dois games depois e aplicou seu primeiro winner na partida. A conta de bolas vencedoras foi para seis logo quando ele fez 3/2.

FRAME - Andy Murray e juiz de linha Masters 1000 de Miami (Foto: Reprodução)Ao tentar pegar bola, Murray reclamou de ter sido atrapalhado por juiz de linha (Foto: Reprodução)

No 4/3, Murray criticou o posicionamento de um dos juízes de linha enquanto buscava as bolas lançadas pelo adversário no fundo da quadra. Por duas vezes o tenista quase esbarrou na arbitragem e criticou a atitude do oficial, que não saiu do caminho do atleta.

Com o set mais próximo do fim, Seppi jogou fora todo o esforço demonstrado até então. Ele jogou duas bolas na rede e deixou Murray virar e ficar a um game da vitória. Com o serviço em mãos, o britânico cometeu uma dupla falta que permitiu o break point ao italiano. O número 3 do mundo forçou o saque e manteve a disputa em aberto. Seppi então cometeu dois erros não forçados, e Murray fechou o set em 6/4.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/masters-1000/noticia/2013/03/murray-segura-reacao-de-algoz-de-bellucci-no-2-set-e-avanca-em-miami.html

Diante de calendário 'ingrato', Rio Open tenta atrair astros para o saibro


Evento, que faz parte de série sul-americana na terra batida, mas vai contra piso duro de Indian Wells e Miami, busca três Top 10 da ATP e um da WTA

Por Matheus Tibúrcio Rio de Janeiro

Depois de anunciar o Jockey Clube Brasileiro como sede, a organização do Rio Open trabalha agora para atrair grandes jogadores do circuito profissional masculino e feminino para o evento, que terá sua edição de estreia no calendário das entidades em 2014, entre os dias 15 e 23 de fevereiro. A meta é ter três jogadores do Top 10 da ATP e uma tenista do mesmo escalão da WTA jogando nas quadras de saibro. No lançamento da competição, por exemplo, o painel mostrava fotos de Novak Djokovic e Maria Sharapova, mas nenhum atleta está confirmado ainda. Apesar de contar com a aproximação dos Jogos Olímpicos de 2016, o torneio enfrenta a concorrência de outros campeonatos de quadra dura, piso dos mandatórios Indian Wells e Miami, que acontecem em março.

Lançamento Rio Open tênis - Mark Young, Stacey Allaster e André Silva (Foto: Matheus Tibúrcio / Globoesporte.com)Djokovic adornou painel de lançamento do Rio Open. Nenhum atleta está confirmado (Foto: Matheus Tibúrcio)

No masculino, os melhores tenistas precisam cumprir uma meta de torneios de nível 500. Dos 11 presentes no calendário, os integrantes do Top 30 devem disputar quatro, sendo no mínimo um após o US Open, ou seja, a partir de setembro. O Masters 1000 de Monte Carlo entra nessa conta, e a regra vale para a temporada seguinte à do último ranking divulgado de cada ano.

Como o Rio Open (assim como o WTA Brasil) faz parte dos chamados torneios "International" no feminino, é mais complicado trazer jogadoras de alto escalão em relação aos "Premier". Por causa disso, a chave terá a presença de apenas uma tenista do Top 20 da entidade. Em Florianópolis, Venus Williams foi a tenista mais bem ranqueada.

Venus Williams na semifinal do WTA Brasil tênis (Foto: Cristiano Andujar / Foto Arena)Venus foi a estrela em Florianópolis. Rio Open tem mesmo nível que WTA Brasil (Foto: Foto Arena)

O calendário ainda prega peças diante dos objetivos dos tenistas no começo da temporada. Os quatro torneios brasileiros são realizados logo antes dos Masters e dos WTAs de Indian Wells e Miami, disputados em quadra dura. Somente o WTA Brasil também é jogado neste piso, enquanto o Aberto do Brasil e o Rio Open serão no saibro. Ainda assim, os representantes da ATP e da WTA acham possível atrair figuras importantes para o torneio carioca, mesmo com a concorrência de Doha e Dubai, por exemplo, que têm o mesmo piso que os torneios mandatórios do primeiro trimestre.

- Jogadores como Nadal estavam precisando de torneios no saibro, então eles terão uma opção a mais agora - ressaltou Mark Young, CEO da ATP Américas e CEO de ATP Media.

- Há uma semana de diferença entre os torneios de saibro e a quadra rápida de Indian Wells, então o calendário não deve prejudicar - apontou André Silva, Chief Player Officer e Diretor de Torneio do ATP World Finals.

- Muitas jogadoras do Top 100 são europeias e têm base no saibro - lembrou Stacey Allaster, CEO da WTA.

Olimpíadas no Rio podem ajudar
Nomes como Djokovic, Roger Federer, Rafael Nadal e Caroline Wozniacki já demonstraram interesse em voltar ao Brasil para as Olimpíadas na Cidade Maravilhosa. Além disso, o Brasil ganhou força no cenário internacional do tênis com dois torneios masculinos e dois femininos a partir do ano que vem - além do Rio Open, há o Aberto do Brasil, em São Paulo, e o WTA Brasil, em Florianópolis - que podem servir para os atletas se acostumarem com o clima brasileiro, especialmente com o Rio.

- É um atrativo a mais. Não sei se será o que vai fazê-los tomar a decisão, mas o Rio é um lugar que o pessoal quer fazer parte, e sem dúvida os Jogos Olímpicos podem atrair nesse sentido - acredita Silva.

Os organizadores do Rio Open esperam anunciar o primeiro grande nome do torneio em setembro. Os jogadores normalmente formam a agenda de competições a partir do segundo semestre e costumam chegar a uma decisão em novembro ou dezembro.

Comprado pela IMX, do empresário Eike Batista, em parceria com a IMG Worldwide, o Rio Open entrará no lugar da data do ATP 500 e do WTA de Memphis, nos Estados Unidos. O torneio fará parte da série sul-americana de torneios ATP jogados em fevereiro no saibro: Viña del Mar (Chile), Buenos Aires (Argentina), Rio de Janeiro (Rio Open) e São Paulo (Aberto do Brasil).

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2013/03/diante-de-calendario-ingrato-rio-open-tenta-atrair-astros-para-o-saibro.html

'Bloqueado', Djokovic cai para Haas e dá adeus ao Masters 1000 de Miami


Após eliminar o número 1 do mundo com autoridade, alemão terá pela frente o francês Gilles Simon nas quartas de final

Por GLOBOESPORTE.COM Miami, EUA


E Novak Djokovic se despediu do Masters 1000 de Miami. Sem se encontrar em quadra, o número 1 do mundo foi derrotado na noite desta terça-feira pelo alemão Tommy Haas (18º do ranking) por contundentes 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4, caindo nas oitavas de final do torneio americano.

O adversário de Haas nas quartas será o francês Gilles Simon (13º), que derrotou o sérvio Janko Tipsarevic (9º) por 5/7, 6/2 e 6/2, em 2h29m de luta.

Tommy Haas, Masters 1000 Miami (Foto: Reuters)Haas esteve impecável em quadra e soube se impor ao número 1 do mundo (Foto: Reuters)

Tommy Haas entrou inspirado em quadra. Não importava o que Djokovic tentasse, ele parecia sempre ter uma resposta melhor. O alemão teve mais winners (7 a 3) e menos erros não forçados (7 a 12). As subidas à rede do sérvio também não davam resultado. Apenas duas das dez tentativas surtiram efeito. E assim o número 18 do mundo foi dominando o set. Conseguiu uma quebra no quinto game para fazer 3/2, e outra dois games depois. Em apenas 28 minutos, Haas fechou a primeira parcial em 6/2.

O segundo set também não começou bem para o líder do ranking. Com uma dupla falta, Novak Djokovic foi quebrado logo no primeiro game do segundo set. Depois, precisou de mais de 11 minutos para confirmar seu saque no terceiro game. Mas, de repente, o encanto pareceu acabar. Haas passou a cometer erros, e Djokovic ganhou 11 pontos seguidos para virar a parcial para 4/3.


Novak Djokovic, Masters 1000 de Miami (Foto: Reuters)Djokovic não se encontrou e acabou eliminado em Miami (Foto: Reuters)

Mas o número 1 do mundo parou aí. A partir de então, Hass voltou a comandar as ações. Após confirmar seu serviço, quebrou o saque de Djokovic e virou novamente o marcador, sacando para fechar a parcial em 6/4 e a consagradora vitória em 1h20m.

Confira os duelos das oitavas de final:

Andy Murray (ESC) 2 x 0 Andreas Seppi (ITA) por 6/2 e 6/4
Marin Cilic (CRO) 2 x 0 Jo-Wilfried Tsonga (FRA) por 7/5 e 7/6(4)
David Ferrer (ESP) 2 x 0 Kei Nishikori (JAP) por 6/4 e 62
Tomas Berdych (TCH) 2 x 0Sam Quwerrey (EUA) por 6/1 e 6/1
Jurgen Melzer (AUT) 2 x 1 Albert Ramos (ESP) por 2/6, 6/3 e 6/3
Richard Gasquet 2 x 1 Nicolas Almagro (ESP) por 6/7(3), 7/5 e 7/6(3)
Gilles Simon (FRA) 2 x 1 Janko Tipsarevic (SRV) por 5/7, 6/2 e 6/2
Tommy Haas (ALE) 2 x 0 Novak Djokovic (SRV) por 6/2 e 6/4


Djokovic x Haas, Masters 1000 de Miami (Foto: Reuters)Djokovic reconheceu a supremacia de Haas e se despediu com dignidade do torneio nos EUA (Foto: Reuters)

FONTE:

Gallo inova na Seleção com mais de 15 ‘auxiliares’ e mira os Jogos de 2016


Técnico divide convocações na base com treinadores dos clubes, e diz que Marín revelou intenção de vê-lo no comando da equipe olímpica no Rio

Por Alexandre Lozetti Cotia, SP

Alexandre Gallo assumiu o comando das seleções brasileiras de base com dois auxiliares: Maurício Copertino e Caio Zanardi. Mas, na prática, serão mais de 15. Talvez 20. Um número que pode subir a cada mês, sem limites. Trata-se da parceria que o técnico quer implantar com os clubes do país. Gallo não tem a menor vaidade em admitir que suas convocações praticamente vão ser feitas pelos treinadores das principais equipes. Na verdade, baseada nas informações que, mensalmente, forem passadas num banco de dados criado pelo setor de tecnologia da CBF.

Gallo conhece o outro lado. Ficava indignado quando jovens das equipes que treinava eram chamados para defender a Seleção. Muitas vezes, em sua avaliação, nem estavam prontos, ou então eram mal aproveitados. É isso que o ele quer evitar. No projeto “erro zero” em convocações, será fundamental a relação de confiança entre ele e os técnicos dos times. Por isso, já visitou dez clubes: Corinthians, São Paulo, Santos, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, Internacional, Grêmio, Coritiba e Atlético-PR. E vai ampliar o leque em breve.

Gallo, técnico das seleções brasileiras de base (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)Técnico disse que intenção de Marín é que ele comande a seleção olímpica (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

- Na seleção principal é fácil saber como está o Neymar. A mídia te passa diariamente o que acontece na vida dele. Mas como se convoca jogadores para as seleções sub-15 e 17 sem ter um link direto com os treinadores, e saber o dia-a-dia desses atletas? Não sou eu que farei essa convocação e nem pode ser.

Após a campanha frustrante no Sul-Americano Sub-20, em que o Brasil foi eliminado logo na primeira fase do torneio, Gallo, que assumiu em seguida, promete uma reformulação na categoria. Entre as medidas, está aproximar o time taticamente do que é feito por Felipão e Parreira na seleção principal. A meta é formar jogadores que possam ser escalados na equipe pentacampeã. E o sucesso desse projeto pode significar a Gallo a chance de disputar a inédita medalha de ouro no Rio de Janeiro, em 2016.

Na reunião com o presidente da CBF, José Maria Marín, o técnico diz ter ouvido dele que sua intenção é vê-lo no comando da equipe em 2016. Nos Jogos de Londres, ano passado, Mano Menezes acumulou os trabalhos de preparação do time principal e a disputa olímpica. Derrotado pelo México na final, amargou a prata e a demissão meses depois.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM no CT do São Paulo em Cotia, onde prepara a seleção sub-17 para o Sul-Americano na Argentina, Gallo também falou sobre as brigas entre clubes por atletas adolescentes, e prometeu combater a ação de empresários junto aos atletas da Seleção. Confira:

Como surgiu o convite da CBF?
Estava no fim da pré-temporada no Náutico quando recebi a ligação do presidente José Maria Marín, e nos encontramos em Fortaleza, na inauguração do Castelão. Ele e o doutor Marco Polo Del Nero me mostraram o projeto, exclamei o que penso das seleções de base, e em 25 minutos nos entendemos. No dia seguinte me reuni com a diretoria do Náutico, o presidente Marín falou por telefone, fez o pedido e eles entenderam que era um sonho de todo treinador chegar à seleção brasileira.
 Entramos num acordo, agradeço muito ao Náutico.

Você disse que exclamou o que pensa sobre seleções de base. O que você pensa?
Em trazer o profissionalismo para a base, já que praticamente todos os jogadores são profissionais, têm contrato. Nada mais justo do que trazer para esses meninos uma consciência, postura, situação de profissional. Chocou muito tudo que aconteceu no Sul-Americano, o presidente quis isso e veio de encontro com o que eu pensava. As condições têm de ser exatamente iguais às da seleção principal. Queremos comprometimento,
 entrega, quero trazer sempre os melhores tecnicamente, desde que estejam comprometidos com o processo. Qualquer atleta terá de cumprir com as normas e regras, já passamos a eles o que a CBF espera e que eles são protagonistas. Estou aqui para dar um direcionamento. Quero trabalhar com bastante profissionalismo e alegria.

O que exatamente chocou no último Sul-Americano?
Isso a gente trata internamente, eu seria covarde em externar, até em respeito ao profissional que lá estava (o ex-técnico Emerson Ávila).
 Soubemos de atletas e profissionais da CBF, mas ficou para trás. Temos de virar a página e iniciar um novo ciclo, que passa pela questão do profissionalismo. Vai ser muito importante esse contato direto com os treinadores dos clubes onde estão os jogadores que mapeamos baseados nas últimas convocações.

Técnico da sub-20, Gallo visita o Santos (Foto: Bruno Giufrida / Divulgação Santos FC)Santos foi um dos clubes visitados por Gallo na
CBF (Foto: Bruno Giufrida / Divulgação Santos FC)
Como funciona esse mapeamento?
Não sou eu que faço a convocação e nem pode ser. Os jogadores dessa idade alternam muito o estirão psicológico, físico e técnico. Em um ou dois meses pode mudar muito. Eu não entendo porque nunca ninguém falou comigo antes de convocar um jogador meu. Já visitei clubes de Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, São Paulo e Rio. Faltaram Palmeiras, que nos avisou que está trocando a categoria de base, e Vasco, por questão de tempo. Mas vou aos dois, a Salvador, Recife e Goiânia. Vamos sempre atrás do grande atleta, e criaremos na CBF uma pasta para cada clube, para que eles nos abasteçam de informações mensais. Vou saber de todo elenco, departamento médico, evolução dos atletas, e haverá um espaço aberto para que façam comentários. Quero abrir as portas da CBF para o que é importante, que são os clubes, trazê-los para perto, e minimizar os erros nas convocações. Fui super bem aceito. Entendo que a convocação tem de ser dos treinadores dos clubes, e se mandarem um atleta para a seleção, e ele não for o que passaram, vai bater e voltar. Vai prejudicar o clube e vai ser perder a confiança. Eu iria querer dar uma informação fidedigna e não quebrar esse lacre.


Então é como se você tivesse 15 auxiliares?
Exatamente. Estive com o Menta, no São Paulo, e ele falou que estou levando os mais prontos da equipe dele. É dessa relação que preciso. Não entendo como se faz uma convocação se não for dessa maneira. Vamos abrindo o leque e acertando. Às vezes o jogador fica 20 dias no departamento médico e volta a treinar. Aí a CBF liga aqui, pergunta, e dizem que ele está treinando. Só que chega à Seleção muito abaixo, sem ritmo. E tudo que aconteceu aqui nesses dias de treinamento foi relatado ao treinador de cada atleta. É o caminho inverso, antes não se sabia o que acontecia na Seleção.


O lado psicológico pode interferir muito no desempenho de um jovem?
Fui a um clube que tinha um jogador nascido em 1996 muito bom, um craque. Mas os pais se separaram no fim do ano passado, e o pai começou a levar uma namorada para assistir aos jogos dele. O clube foi muito claro comigo: é um craque, mas, psicologicamente, está lá embaixo, enfiou a cabeça na terra, e estamos tratando dele. Não é hora de ir. Tem histórico na Seleção, bons campeonatos, mas como eu iria saber desse problema?

Você vai conseguir conciliar as três seleções?
Agora estão coincidindo, então o Caio (Zanardi, auxiliar de Gallo) está com a sub-15. O calendário da sub-20 praticamente não existe esse ano, então vamos fazer uma reformulação grande. E na sub-17 tentar chegar ao Mundial.


Respeito os empresários, são pessoas importantes, mas a possibilidade de qualquer contato na Seleção é zero. Não tem hotel, não tem saguão, estamos lá para ganhar"
Gallo

Essa reformulação na sub-20 diz respeito a quê?
Jogadores, conceito, postura, comprometimento. O jogador tem de ter fome de estar aqui. Qualquer problema de comportamento vai ser rechaçado imediatamente.  Tudo que já iniciamos na sub-17.


Hoje há muitos jovens que já pensam na seleção principal e acabam ignorando a sub-20?
Preciso criar uma situação, e quero agradecer todo apoio do Felipão e do Parreira. Eles estão me ajudando e ensinando muito. São caras fundamentais. Quero aproximar a sub-20 do sistema que a seleção principal joga, ou dar aos atletas o entendimento do que fazem em cima. Se eu conseguir servi-los com um jogador, meu trabalho será bem feito. Na sub-15 e sub-17 é outro trabalho. Num país continental como o Brasil, não existe querer unificar uma maneira de jogar. Cada estado tem seu estilo de jogo.

Qual era sua experiência com a base?
Nenhuma. Lancei alguns garotos, sempre gostei de fazer isso, mas só treinei equipes profissionais. Estou aprendendo bastante, mas fazendo o caminho inverso, de tornar a base profissional.


Mas é muito diferente lidar com um grupo de jovens?
Na base trabalha-se muito a individualidade nos clubes, e em função da idade, sinto dificuldades no aspecto tático. São jogadores muito bons individualmente, a diferença é esse entendimento tático, de uma mudança de sistema. Mas isso tudo faz parte do aprendizado.


Como pretende lidar com a questão do assédio de empresários?
Tranquilamente. São pessoas importantes, respeito muito, mas a possibilidade de qualquer contato é zero. Assim como não há na seleção principal, não vamos permitir empresário no hotel. Não tem reunião, assédio, saguão. Estamos lá para ganhar.


E como a CBF vê essa frequente briga de clubes por jogadores jovens?
O posicionamento da CBF é de não convocar qualquer jogador sem contrato que seja pivô de problema entre clubes. No caso do Mosquito, havia um litígio entre Vasco e Atlético-PR, não o levei da primeira vez. Mas houve um acordo, os clubes me comunicaram, e o jogador foi convocado. A questão do Foguete foi totalmente diferente. O jogador saiu do Vasco em função de falta de pagamento e foi para o São Paulo. A CBF não pode ser conivente com erros como falta de pagamento de salário, fundo de garantia, o que quer que seja. Aí sim, convocamos o atleta.


E a questão da seleção olímpica? O Marín falou sobre isso com você?
Falou, sim. Por isso ele quer que eu trabalhe com a seleção sub-17, que irá também até a Olimpíada. Espero ter capacidade para seguir até lá e realizar esse sonho. Ele me passou que a ideia dele é que eu seja o treinador da seleção olímpica.


A saída do Bebeto do cargo de coordenador de base afetou seu cargo de alguma forma?
Nós conversamos muito. Eu joguei com ele no Botafogo, gosto muito do Bebeto, é um sujeito bacana, mas entendo o posicionamento dele. A saída foi em função de não conseguir estar em cima da situação com todas as atribuições que tem. Ele é um cara muito intenso, mas enquanto esteve lá, foi um grande amigo, facilitou as situações.


Gallo, técnico das seleções de base do Brasil, no CT de Cotia (Foto: Alexandre Lozetti)Gallo está concentrado com a Seleção no CT de Cotia, que pertence ao São Paulo (Foto: Alexandre Lozetti)
   
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2013/03/gallo-inova-na-selecao-com-mais-de-15-auxiliares-e-mira-os-jogos-de-2016.html

Bolt terá estrutura olímpica e 20 mil torcedores em desafio na orla do Rio


Quase 20 toneladas de equipamentos estão sendo usadas para montar uma pista provisória e uma arena em Copacabana. Evento será neste domingo

Por Lydia Gismondi Rio de Janeiro

Cruzar com feras do futebol, do futevôlei ou do vôlei de praia durante uma caminhada pelas areias de Copacabana sempre fez parte da rotina dos cariocas. Neste domingo, porém, o famoso cartão postal do Rio de Janeiro proporcionará um encontro inusitado. Usain Bolt, ao lado de outros nomes importantes do atletismo, vai tentar superar a melhor marca mundial dos 150 metros rasos, que é dele mesmo, em uma arena montada a poucos metros do mar. Uma pista provisória, atendendo às exigências internacionais, será o palco do desafio, que deve ser acompanhado de perto por cerca de 20 mil pessoas. A prova principal será transmitida ao vivo dentro do Esporte Espetacular.

Pista do evento Bolt Contra o Tempo (Foto: Divulgação)Operários trabalham nos últimos detalhes da construção da pista provisória (Foto: Divulgação)

Quase 20 toneladas de equipamentos vão dar vida a um “estádio de atletismo” atípico. Essa será a primeira vez que uma competição de velocidade será disputada em uma praia. A pista, no entanto, seguirá as características de grandes competições internacionais. A diferença ficará por conta da atmosfera em volta e dos 150 metros percorridos apenas em linha reta, diferentemente das disputas habituais, quando a prova começa em uma curva.

- A pista é homologada pela IAAF (Federação Internacional de Atlertismo). Ela é a única pista do planeta homolada pela federação para uma praia. Jamais houve nada igual. Ela tem todos os requisitos exigidos para uma pista das Olimpíadas, por exemplo. Então, caso o Bolt bata o recorde, ele será registrado normalmente como o melhor tempo dos 150 metros – disse Bernando Fonseca, um dos organizadores do evento.

O atual detentor da melhor marca é o próprio jamaicano, com 14s35, conquistado também em uma pista provisória em Manchester, em 2009. O percurso, entretanto, por não fazer parte de Olimpíadas e Mundiais, não tem seu menor tempo homologado oficialmente como recorde mundial. A IAAF o reconhece apenas como a “melhor marca” da prova.

Pista do evento Bolt Contra o Tempo (Foto: Divulgação)Quase 20 toneladas de equipamentos estão sendo utilizadas para montagem da arena (Foto: Divulgação)

Vento pode interferir nos resultados
Para superar os 14s35 de quatro anos atrás, Bolt terá de enfrentar o americano Wallace Spearmon, vice-campeão do revezamento 4x100m de Londres, o equatoriano Alex Quiñones e um representate brasileiro, que sairá de uma bateria qualificatória no sábado entre Sandro Viana, Bruno Lins, Nilson André e Aílson Feitosa. Mas o maior adversário dos velocistas deverá ser o clima. A previsão do tempo para este domingo até agora é de sol, com algumas nuvens ao longo dia. O vento, entretanto, poderá influenciar o resultado.

- O vento sempre é uma influência para os atletas e, provas de velocidade, sejam em estádio ou em outros locais. Ele pode ser benéfico, se for a favor do sentido da corrida, ou prejudicial, se for contra. Normalmente, se fosse para valer um recorde mundial, a velocidade máxima do vento que poderia ser admitida a favor do atleta é de 2m/s (dois metros por segundo). Acima disto, em provas oficiais, não são homologados recordes. A maresia não é problema para os atletas. A areia também não, pois eles correrão em um piso sintético normal de uma pista de atletismo - explicou Martinho Nobre dos Santos, superintendente técnico da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

Confira a seguir alguns números curiosos do evento!

Bolt contra o tempo_02 (Foto: Infoesporte)

O público poderá acompanhar o evento de graça. Arquibancadas estão sendo montadas em uma das laterais da pista. Mas a previsão da organização é que os torcedores ocupem todos os espaços disponíveis em volta da arena.

- Nós tiramos um evento que normalmente é disputada em um lugar fechado e trouxemos para perto da população. A arquibancada comporta cerca de 1.500 pessoas. Mas, com o entorno, a gente acredita que mais de 20 mil pessoas vão acompanhar a disputa – afirmou Bernardo Fonseca.

Bolt esteve no país no ano passado, mas apenas a passeio. Ele visitou o Cristo Redentor e passeou de helicóptero. O jamaicano se mostrou animado com seu retorno ao Brasil e disse que espera um clima de futebol na disputa em Copacabana.

Além do evento principal, a pista receberá um desafio paralímpico. Alan Fonteles, campeão dos 200m T44 em Londres e recordista mundial, fará um duelo mano a mano com o americano Jerome Singleton, prata nos 100m em Pequim 2008 e considerado um dos atletas mais velozes da atualidade. A prova feminina fica por conta do duelo entre as brasileiras Rosângela Santos, Vanda Gomes, Evelyn Santos e Franciele Graças.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/atletismo/noticia/2013/03/bolt-tera-estrutura-olimpica-e-20-mil-torcedores-em-desafio-na-orla-do-rio.html

Ex-time de Bruno, 100% convive com hostilidade e deboche por 'caso Eliza'


Após prisão, jogadores da equipe patrocinada pelo goleiro são chamados de 'assassinos'. Amigos do ex-camisa 1 tentam recomeço em Minas

Por Janir Júnior Ribeirão das Neves, MG


Criado há 18 anos, o 100% Futebol Clube teve uma fonte de inspiração para escolher as cores do seu uniforme: o verde representava a esperança; o branco, a paz. Apadrinhado pelo goleiro Bruno - chamado de “paizão” pelos jogadores - e tendo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, como presidente e goleiro, o time do bairro da Liberdade, em Ribeirão das Neves, Minas Gerais, sucumbiu desde a prisão da dupla, em julho de 2010, envolvida na morte de Eliza Samudio. A época de “vacas gordas”, quando o ex-camisa 1 do Flamengo patrocinava a equipe, com direito a festas e regalias, ficou no passado. Chegou a hora passar por apuros e ouvir provocações das torcidas adversárias, incluindo gritos de “assassinos”, encarar debandada de atletas, falta de dinheiro e o rótulo de “maldição de Eliza Samudio” (assista ao vídeo acima).

Acabou a paz. Restou o verde da esperança por dias melhores.
- Fomos chamados de time de assassinos. Antes do que aconteceu, éramos os mais requisitados para jogar a Copa Vagalume, campeonato amador mais disputado da região. Depois da prisão do Bruno e do Luiz Henrique, logo no jogo de estreia, levamos o primeiro gol, e o pessoal começou a gritar que era a maldição da Eliza Samudio, por isso o time estava desse jeito. O psicológico da galera foi lá embaixo, desmotivou. Depois, falaram que nosso uniforme era de presidiário, pois era listrado. Fomos à Liga de Ribeirão das Neves para regularizar algumas coisas e vimos a diferença. Maltrataram a gente, não aparecia arbitragem em jogo nosso. Diziam que éramos time de arruaça. Sujaram a nossa imagem. Então, montamos um elenco totalmente diferente – afirmou Roberto da Silva, jogador, organizador e amigo de Macarrão, cria do bairro onde nasceu o 100%.
Mosaico - 100% FC (Foto: Editoria de Arte)Time que já teve Bruno e Love agora luta pelo recomeço em campo de terra batida chamado de La Bambonera. Um dos fundadores da equipe, Ratinho abriu um salão (Fotos: Janir Júnior e arquivo)

Dos campos de terra batida, alguns jogadores foram parar no banco dos réus, casos de Elenilson Vitor da Silva (caseiro do sítio de Bruno em Esmeraldas, também na região metropolitana da capital mineira) e Wemerson Marques de Souza, conhecido como Coxinha, amigo e motorista do goleiro, além de diretor do 100% FC. A dupla aguarda julgamento em liberdade. Eles respondem pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do jogador com Eliza Samudio.  Os dois afirmam que desconheciam o plano para execução. Ambos abandonaram o time e só aparecem no bairro da Liberdade esporadicamente.

O 100% desmoronou, foi para o chão. Tínhamos jogadores de qualidade, e todos foram embora. Todo mundo no bairro queria ter uma camisa do 100%. Isso acabou"
Ratinho

Fabiano Moreira, o Ratinho, era tratado como o “menino de ouro” por Bruno. Um dos fundadores e hoje presidente do 100% FC, ele teve que depor quando o assassinato veio à tona. Agiu como testemunha de defesa e não teve problemas com a Justiça. Dublê de atacante e lateral-esquerdo, ele lembra o baque no time apadrinhado pelo goleiro quando o jogador foi preso.

- O 100% desmoronou, foi para o chão. Tínhamos jogadores de qualidade, e todos foram embora. Todo mundo no bairro queria ter uma camisa do 100%. Isso acabou. Íamos ao shopping com a camisa e ficavam olhando para a gente. Tentamos recomeçar do zero. Mas sempre tinha a piadinha de que era o time do Bruno – recordou Ratinho.

Macarrão: presidente, goleiro e o elo com Bruno
O time do 100% começou com peladas nas ruas do bairro Liberdade, onde nasceu Macarrão. No início, sobrevivia à base de “vaquinhas” e premiações com Ki-Suco. Depois de campeonatos de futsal, começaram a chegar jogadores, e o time foi para o campo. O nome foi ideia de Maka e Ratinho.
- Já que somos unidos para caramba, uma família, vamos colocar o nome de 100% - sugeriu Macarrão, fazendo referência ao grupo de pagode 100% Amizade.

Especial 100% FC (Foto: Janir Junior)Roberto da Silva, organizador do time, tem boaslembranças de Bruno (Foto: Janir Júnior)

Ratinho lembra os primeiros momentos de sucesso do time e a vocação de Macarrão para ser goleiro, mesma posição que tornaria Bruno um ídolo do Flamengo:

- Começamos a disputar campeonatos, nossos jogos lotavam. O Luiz Henrique (Macarrão) sempre foi apaixonado por futebol. Era um grande goleiro, pegava pênalti, todo mundo conhece a fama dele. Batizamos o time e fizemos o primeiro uniforme do 100%, com emblema. Começamos a jogar, ficamos conhecidos e fomos campeões por quatro anos seguidos.

O time começou na Terceira Divisão da liga amadora de Ribeirão das Neves, subiu para Segunda e, a partir de 2005, ganhou Bruno como padrinho. Ou “paizão”, como é chamado até hoje. 
- Macarrão disse: “vou apresentar o Bruno”. E ele começou a nos ajudar – recordou Ratinho.

Bruno, então, foi até o bairro da Liberdade para fazer sua estreia como atacante do 100%, formando dupla com Ratinho no campo de terra apelidado de La Bombonera. Titular absoluto do gol do Rubro-Negro, o goleiro amargou uma nova realidade. Mas simpatizou logo de cara.
- Ele (Bruno) veio participar de um jogo aqui e o Macarrão disse: “Esse é meu time de coração, são meus amigos”. Bruno achou bacana e quis jogar. Mas foi para o banco. Ele era profissional lá (no Flamengo), aqui, não. A gente brincava. Ele ficou no banco, entrou na linha, meteu gol e disse: “Gostei do time”. Fizemos uma diretoria, o presidente era o Macarrão e inscrevemos o time na Liga. Conseguimos. Aí começou o negócio de time do Bruno, paizão tá aí, famosão, joga no Flamengo – lembrou Ratinho.
No 100%, Bruno era atacante e usava a camisa 18.

'Patrocínio' de Bruno: festas e futebol na favela depois da morte de Eliza
Bruno começou a ajudar com uniformes, mais de 50 bolas usadas pelo Flamengo na Libertadores, tonéis de Gatorade, chuteiras, remédios para recuperação de lesões, pagamento de viagens para o Rio de Janeiro e “bichos”. E também com festas e churrascos que abriram o apetite dos que sonhavam se tornar jogadores de futebol.

Maltrataram a gente, não aparecia arbitragem em jogo nosso. Diziam que éramos time de arruaça. Sujaram a nossa imagem"
Roberto da Silva

- Sempre teve resenha, churrasco, com ou sem o Bruno. Lógico que com o Bruno a situação favoreceu mais. Nós tínhamos mais carne moída, depois era picanha (risos). Bruno dava força. Todo mundo queria comer a bola para conseguir um lugarzinho em algum time do interior. Chegou muito cara bom de bola, não sei se ganhavam algum dinheiro do Bruno – disse Ratinho, que não recebia salários, apenas “bichos”.

Em setembro de 2009, Bruno conseguiu um amistoso do 100% contra o Santa Cruz. Hospedou os jogadores e amigos no seu apartamento na Barra, reservou um quiosque na praia para os companheiros, levou o time a restaurantes badalados e, na véspera da partida, chegou a dar instruções:
- Nada de álcool.

O empate por 2 a 2, depois de o 100% estar perdendo por 2 a 0, deixou Bruno satisfeito.

No Rio, o goleiro acompanhava a evolução do 100% a distância. Comemorava as vitórias e participava das preleções dando palavras de incentivo pelo telefone.

- Antes de entrarmos em campo, passavam o rádio para ele, que dava duas, três palavras e sempre falava com a gente: “Família é tudo”. Ele passava coisas positivas - destacou Roberto Silva.

Especial 100% FC (Foto: Janir Junior)Ratinho lamenta momento difícil: "Sempre tinha piadinha sobre o Bruno" (Foto: Janir Júnior)

A segunda viagem reservava mais momentos de euforia para os integrantes do 100%. Mas também de perigo e com um final infeliz que ninguém poderia prever. O jogo, dessa vez, aconteceu no bairro carioca de Santa Cruz. Ratinho lembra ter passado por uma favela na Zona Oeste do Rio com presença de traficantes armados. Vagner Love atuou no ataque ao lado de Bruno.

- Bruno alugou um ônibus. Passamos na casa dele. Ele ligou para o Vagner Love, deu parabéns e disse: “Estou com meus meninos, vou levá-los na sua festa”. Chegamos na casa do Love. Era um sonho se tornando realidade. Abraçávamos o Macarrão. Tinha até palco do baile da Furacão 2000. No dia seguinte, fomos jogar, nesse lugar já foi mais complicado. Passamos nos becos e os caras com aqueles fuzis, andando de motona sem capacete, molecão de arma na cintura. Tomamos uma porretada e perdemos. Bruno bateu muita foto.

Na ocasião, o goleiro não escondeu sua alegria com a pelada, acompanhada por centenas de pessoas:

- Isso nos dá muita força. Não tem preço. Essas pessoas só nos conhecem pela televisão e faço de coração. Não custa nada. Acho que isso mostra o comportamento de um ídolo de verdade. Esse contato é fundamental para eles.

No depoimento dado em seu julgamento no início deste mês, Bruno contou que foi a três festas e participou de uma partida de futebol com o time 100% nos dias seguintes à morte de Eliza Samudio. O goleiro revelou que na noite do crime viajou para o Rio de Janeiro e que, no dia seguinte, foi a uma festa de Vagner Love e também a outro evento, em Angra dos Reis. Dois dias depois do assassinato, ele participou do jogo da equipe de Ribeirão das Neves e também de mais uma festa com os jogadores, em uma casa alugada.
A viagem para Angra relatada por Bruno também contou com a presença do 100% e aconteceu na casa de Fernanda Gomes de Castro. Ex-namorada do jogador, ela teve seu nome envolvido no caso Eliza Samudio, sendo acusada de participação no sequestro e cárcere privado da vítima e de Bruninho. Fernanda chegou a ficar quatro meses presa.

- Chegamos em Angra, na casa da Fernanda, parecia um sonho. O Bruno dizia: “Pode ficar à vontade”. Fizemos passeio de lancha, curtimos muito. A família 100% parabenizou o Bruno, que tinha sido campeão brasileiro (no ano anterior), e agradecemos pela força que nos dava. Ele se emocionou muito e disse que ajudava os moleques a se divertir, brincar e rir. E completou: “Faço não é por interesse, fui moleque e estive onde vocês estão. Ano que vem, o 100% não estará no Rio, não. Nós vamos para a Itália” – recordou Ratinho.

À época, Bruno encaminhava uma possível negociação com Milan.

Assassinato vem à tona e bomba atinge 100%
Poucos dias depois do retorno do 100% do Rio para Belo Horizonte, o nome de Bruno foi envolvido no sumiço de Eliza Samudio. Posteriormente, o de Macarrão.

- Aí é a parte triste da história. Viemos embora e apareceu a notícia. Os fortes ficaram, os fracos foram embora, pois só queriam a época das vacas gordas do 100%. É como uma partida de futebol: tem que estar pronto para ganhar e perder. Eu pensei: não sei o que aconteceu com meus amigos, não posso julgar, só Deus. Independentemente da situação, vão ser meus amigos para o resto da vida – recordou Ratinho.

Condenação 'tira' goleiro Bruno do Boa Esporte. (Foto: Renata Caldeira / TJMG)Ex-goleiro Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão (Foto: Renata Caldeira / TJMG)

Roberto Silva completa:
- Tomamos muito murro na cara.

Elenilson, ex-caseiro de Bruno, e Wemerson Marques de Souza, conhecido como Coxinha, deixaram o time.

O 100%, agora, luta por patrocínios que possam reerguer o time. Uma quantia que seja para pagar o “bicho” dos jogos já ajuda. As negociações começaram.

Aos 29 anos, Ratinho lembra os momentos proporcionados por Bruno. Festas e mais festas no sítio em Esmeralda, apontado pela polícia como local do cárcere privado de Eliza.

O sonho de ser jogador profissional foi deixado de lado, mas Ratinho continua à frente do 100%, disputa jogos amistosos e tem um salão de corte de cabelos pintado com salmos evangélicos e paredes verde e branca, cores do time de coração. E da paz e esperança.

Vamos sempre ser uma família. Levantamos a cabeça, estamos nos reerguendo. Eles (Bruno e Macarrão) sempre vão estar na família 100%"
Ratinho

Apesar da condenação de Bruno (22 anos e três meses) e Macarrão (15 anos) pela participação na morte de Eliza Samudio, o amigo do goleiro diz:
- Vamos sempre ser uma família. Levantamos a cabeça, estamos nos reerguendo. Eles sempre vão estar na família 100%. Não sei o destino deles depois disso tudo, mas serão sempre meus amigões.

E, mesmo sem Bruno, a “vaquinha” tem deixado a carne moída de lado e garantido o churrasco de qualidade do 100% depois das partidas.
- Diziam: “Agora, acabou a mamata, né?”. Mas o 100% é uma família. Churrasco para nós é tradição. Comemos picanha, sim.

FONTE:

http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2013/03/100-fc-luta-para-se-livrar-do-rotulo-de-time-de-bruno-e-maldicao-de-eliza.html