A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Se Forlán começa a fazer aquilo que tanto se espera dele, é um problema
para o adversário. Se D’Alessandro volta de lesão para fazer aquilo que
está acostumado a fazer, o problema aumenta. Se Leandro Damião mantém
sua rotina, aí não tem jeito. Com dois gols do uruguaio, mais um do
centroavante e grande atuação do argentino, o Inter atropelou o
Flamengo. Venceu por 4 a 1, de virada, no Beira-Rio - no reencontro do
atual técnico rubro-negro, Dorival Júnior, com o time que ele treinou no
primeiro turno do Brasileirão. Josimar fez o outro gol vermelho. Vagner
Love marcou para o Flamengo.
Forlán, melhor jogador da última Copa do Mundo, acumulou 609 minutos sem gols - e algumas chances claras desperdiçadas. Deixou para expulsar seus traumas neste domingo, justamente no jogo do retorno do argentino, peça-chave do time.
- Quando você tem a oportunidade e está na posição correta, tem que estar tranquilo. Sempre falei que fazer gols para mim é muito bonito, é uma sensação de felicidade muito boa. Mas o melhor desses gols é ganhar os três pontos, que necessitávamos - disse Forlán, que finalizou a gol cinco vezes e teve índice de acerto de passes de 93%
As sucessivas falhas do Flamengo fecharam o filme de terror dos cariocas, que só marcaram graças a uma furada do goleiro Muriel.
- Perder do jeito como perdemos hoje não pode. Mais difícil era sair na frente no placar, conseguimos, mas não aproveitamos. Faltou fazer o que fizemos nos outros jogos. Chutar, marcar, tocar - disse Love, única fonte de ameaça ao gol colorado neste domingo.
O resultado é incontestável. Uma prova: o Inter bateu o recorde de finalizações a gol no Campeonato Brasileiro. Foram 28, superando os 27 do próprio time gaúcho, contra a Ponte Preta, na 16ª rodada. O Flamengo teve sete.
Com o resultado, o Inter subiu a 34 pontos, na sétima colocação no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro, com 27, é o 12º. A equipe treinada por Fernandão volta a campo na quarta-feira, contra o São Paulo, no Morumbi. No mesmo dia, o Flamengo recebe a Ponte Preta.
Os erros de um lado costumam dar à luz os acertos de outro, lembrou o jogo do Beira-Rio. No primeiro tempo do duelo entre Inter e Flamengo, sobraram falhas. Dos três gols nascidos no período, dois brotaram de erros que beiraram a comédia. Somadas qualidades e subtraídos defeitos, o time colorado saiu atrás, mas conseguiu virar a partida nos 45 minutos iniciais.
Boa parte das chances de gol foi herdada, não criada. O primeiro lance de perigo do jogo já foi um aviso de como seria o domingo. Nei avançou pela direita e acionou Fred, que não conseguiu concluir. A bola ficou viva na área, e a defesa do Flamengo, em módulo tartaruga, permitiu que Fabrício chegasse antes. Ele driblou Felipe, mas não conseguiu fazer o gol.
Os primeiros minutos de jogo foram atropelados, confusos. O Inter
parecia um bando em campo. Repetiram-se lances de passes tortos,
daqueles típicos de quem não sabe onde o colega está. O Flamengo deu
falso sinal de solidez e foi ao ataque. Vagner Love teve chance clara
para marcar, depois de passe preciso de Ibson, mas perdeu. Em vez de
acionar Ramon ou Thomás, que entravam pela direita, preferiu concluir.
Muriel salvou.
Salvou, mas depois levou o frango de sua vida. Eram 14 minutos. D’Alessandro, pressionado pela marcação, achou melhor recuar para o goleiro. Lá foi a bola, calma, mansa, na direção do pé esquerdo do camisa 1 gaúcho. E ele se embananou todo. Furou. Vagner Love aproveitou para colocar o Fla na frente.
A vantagem parecia a melhor das notícias para os cariocas. Afinal, era na casa do adversário, contra um time abalado pela conquista de apenas um ponto nos últimos 12 disputados. O cenário tinha tudo para ser rubro-negro.
Que nada. A partir do gol, só deu Inter. Forlán e D’Alessandro (de volta ao time, sempre fundamental para a mecânica colorada) passaram a se entender. E as chances de gol se proliferaram. Até o final do primeiro tempo, foram 16 conclusões para o Inter (contra apenas quatro para o Flamengo). Duas delas entraram.
O empate foi a senha para o Inter prensar o Flamengo na defesa. Já poderia ter virado com Forlán, de cabeça, com Índio, em chute por cima, ou com Damião, em batida cruzada. Mas chegou lá com Josimar, aos 39. Fabrício cruzou da esquerda, o centroavante desviou de cabeça e o volante apareceu bem para concluir.
Uma tarde para Forlán
Não era uma tragédia para o Flamengo. Havia um segundo tempo inteiro pela frente. Mas também havia Forlán em uma tarde pré-fabricada para marcar, agora na prática dos gols, a chegada dele ao futebol brasileiro.
Antes de o uruguaio fazer mais um, o Flamengo quase reagiu. Vagner
Love mandou uma pancada no travessão de Muriel. Mattheus também ameaçou.
E o Inter reagiu com Rodrigo Moledo, duas vezes, e também com
D’Alessandro.
O gol era palpável, para um lado ou para outro. Acabou sendo para o lado colorado. Em jogada que viajou o campo, passou por Fred e Damião, a bola caiu nos pés de D’Alessandro. Dali costuma sair coisa boa. Ele passou pela marcação e mandou o chute na trave. Forlán, no rebote, completou: 3 a 1.
O que era ruim para o Flamengo ficou pior. Fabrício, outro muito bem no jogo, encaixou mais um cruzamento, desta vez para Leandro Damião. O cabeceio foi letal. A goleada estava formada em uma tarde totalmente colorada.
Forlán, melhor jogador da última Copa do Mundo, acumulou 609 minutos sem gols - e algumas chances claras desperdiçadas. Deixou para expulsar seus traumas neste domingo, justamente no jogo do retorno do argentino, peça-chave do time.
- Quando você tem a oportunidade e está na posição correta, tem que estar tranquilo. Sempre falei que fazer gols para mim é muito bonito, é uma sensação de felicidade muito boa. Mas o melhor desses gols é ganhar os três pontos, que necessitávamos - disse Forlán, que finalizou a gol cinco vezes e teve índice de acerto de passes de 93%
As sucessivas falhas do Flamengo fecharam o filme de terror dos cariocas, que só marcaram graças a uma furada do goleiro Muriel.
- Perder do jeito como perdemos hoje não pode. Mais difícil era sair na frente no placar, conseguimos, mas não aproveitamos. Faltou fazer o que fizemos nos outros jogos. Chutar, marcar, tocar - disse Love, única fonte de ameaça ao gol colorado neste domingo.
O resultado é incontestável. Uma prova: o Inter bateu o recorde de finalizações a gol no Campeonato Brasileiro. Foram 28, superando os 27 do próprio time gaúcho, contra a Ponte Preta, na 16ª rodada. O Flamengo teve sete.
Com o resultado, o Inter subiu a 34 pontos, na sétima colocação no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro, com 27, é o 12º. A equipe treinada por Fernandão volta a campo na quarta-feira, contra o São Paulo, no Morumbi. No mesmo dia, o Flamengo recebe a Ponte Preta.
Forlán celebra seu encontro com os gols no futebol brasileiro (Foto: Wesley Santos / Agência Estado)
Jogo de errosOs erros de um lado costumam dar à luz os acertos de outro, lembrou o jogo do Beira-Rio. No primeiro tempo do duelo entre Inter e Flamengo, sobraram falhas. Dos três gols nascidos no período, dois brotaram de erros que beiraram a comédia. Somadas qualidades e subtraídos defeitos, o time colorado saiu atrás, mas conseguiu virar a partida nos 45 minutos iniciais.
Boa parte das chances de gol foi herdada, não criada. O primeiro lance de perigo do jogo já foi um aviso de como seria o domingo. Nei avançou pela direita e acionou Fred, que não conseguiu concluir. A bola ficou viva na área, e a defesa do Flamengo, em módulo tartaruga, permitiu que Fabrício chegasse antes. Ele driblou Felipe, mas não conseguiu fazer o gol.
goleada
última goleada entre os times
FLA 3 x 0 INT
16/10/2010
maiores goleadas do Campeonato Brasileiro 2012 | ||
---|---|---|
01 | SPO 4 x 0 BOT | 30/08/2012 |
02 | GRE 4 x 0 FIG | 19/08/2012 |
03 | CFC 4 x 0 CRU | 19/08/2012 |
Salvou, mas depois levou o frango de sua vida. Eram 14 minutos. D’Alessandro, pressionado pela marcação, achou melhor recuar para o goleiro. Lá foi a bola, calma, mansa, na direção do pé esquerdo do camisa 1 gaúcho. E ele se embananou todo. Furou. Vagner Love aproveitou para colocar o Fla na frente.
A vantagem parecia a melhor das notícias para os cariocas. Afinal, era na casa do adversário, contra um time abalado pela conquista de apenas um ponto nos últimos 12 disputados. O cenário tinha tudo para ser rubro-negro.
Que nada. A partir do gol, só deu Inter. Forlán e D’Alessandro (de volta ao time, sempre fundamental para a mecânica colorada) passaram a se entender. E as chances de gol se proliferaram. Até o final do primeiro tempo, foram 16 conclusões para o Inter (contra apenas quatro para o Flamengo). Duas delas entraram.
Autor do gol do Fla, Love enfrenta marcação de Rodrigo Moledo (Foto: Wesley Santos / Futura Press)
E a primeira entrou graças a outra falha do tipo que faz o jogador
pensar em cavar um buraco no campo e pular dentro. Aos 28 minutos, Fred
tramou boa jogada com Fabrício, que mandou o cruzamento. Ramon,
ex-Inter, tentou cortar. Só tentou. Bateu fraco, torto, e deixou a bola
pronta para Forlán desviar e fazer seu primeiro gol pelo clube gaúcho.O empate foi a senha para o Inter prensar o Flamengo na defesa. Já poderia ter virado com Forlán, de cabeça, com Índio, em chute por cima, ou com Damião, em batida cruzada. Mas chegou lá com Josimar, aos 39. Fabrício cruzou da esquerda, o centroavante desviou de cabeça e o volante apareceu bem para concluir.
Uma tarde para Forlán
Não era uma tragédia para o Flamengo. Havia um segundo tempo inteiro pela frente. Mas também havia Forlán em uma tarde pré-fabricada para marcar, agora na prática dos gols, a chegada dele ao futebol brasileiro.
jogo movimentado
5 GOLS
35 FINALIZAÇÕES
INT | FLA | TOTAL | MÉDIA* | |
---|---|---|---|---|
GOLS | 4 | 1 | 5 | 2.4 |
FINALIZAÇÕES | 28 | 7 | 35 | 23.4 |
NA TRAVE | 0 | 1 | 1 | 0.5 |
DEFESA DIFÍCIL | 2 | 5 | 7 | 3.1 |
*média parcial do campeonato até 02/09/2012 |
O gol era palpável, para um lado ou para outro. Acabou sendo para o lado colorado. Em jogada que viajou o campo, passou por Fred e Damião, a bola caiu nos pés de D’Alessandro. Dali costuma sair coisa boa. Ele passou pela marcação e mandou o chute na trave. Forlán, no rebote, completou: 3 a 1.
O que era ruim para o Flamengo ficou pior. Fabrício, outro muito bem no jogo, encaixou mais um cruzamento, desta vez para Leandro Damião. O cabeceio foi letal. A goleada estava formada em uma tarde totalmente colorada.
FONTE: