A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Má fase demolida e sem sustos. Depois de três derrotas seguidas, cinco
rodadas sem vitória, protesto da torcida e pressão - muita pressão -
sobre Cristóvão Borges, o Vasco derrotou a Portuguesa por 2 a 0 na noite
deste sábado, em São Januário. A dupla de ataque
Alecsandro/Tenorio, ensaiada há algumas semanas, enfim saiu da teoria e funcionou na prática. Cada um marcou uma vez e ajudou na manutenção da quarta posição por mais uma rodada na tabela do Campeonato Brasileiro, com 38 pontos. Está três pontos atrás do Grêmio e seis de Fluminense e Atlético-MG.
A partida foi assistida por 2.464 pagantes, o pior público do Vasco como mandante neste Brasileiro. Quem encarou a má fase ganhou em troca uma exibição segura. Fora os dez minutos iniciais, o time da Colina controlou toda a partida e marcou uma vez em cada tempo.
- Sentimos falta de uma vitória. Estávamos muito pressionados, mas não aliviou ainda. Temos que ganhar mais jogos, como hoje (sábado), e podemos melhorar. O grupo está precisando. Vitória vem numa hora excelente e nos dá moral para a próxima partida - disse o zagueiro Dedé.
A Portuguesa estaciona nos 25 pontos e dorme a noite de sábado na 13ª posição. Entretanto, Ponte Preta (24) e Coritiba (22), que jogam neste domingo, podem ultrapassá-la.
O time nem de longe lembrou o que derrotou o Palmeiras por 3 a 0 na última quarta-feira. Sem a velocidade de Ananias, suspenso, a Lusa teve dificuldades para criar e falhou na marcação das jogadas aéreas. A expulsão do zagueiro Valdomiro, no fim do primeiro tempo, destruiu qualquer chance de reação na etapa final.
- Infelizmente ele foi expulso. Faz parte. Tentamos ir para cima, mas o Vasco soube ficar atrás e usar o contra-ataque para matar o jogo - declarou o atacante Rodriguinho.
Após a partida, comissão técnica e jogadores cercaram o trio de arbitragem para protestar. Foram contidos por seguranças, o que gerou bate-boca e um princípio de confusão. O auxiliar Candinho chamou Heber Roberto Lopes de safado, e o técnico Geninho pediu para que ele não seja mais escalado em jogos da Lusa.
- Ele não tinha que ser mais escalado para jogos da Portuguesa. Ele novamente erra, erra e erra. Se o árbitro errou uma vez no jogo de um time, não põe ele de novo. O que vai acontecer se colocar? Deixar todo mundo com os nervos à flor da pele - afirmou o treinador, que reclamou de falta no lance do gol de Alecsandro e da expulsão de Valdomiro.
Na 22ª rodada, o Vasco visitará o Náutico, na quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no estádio dos Aflitos. No mesmo dia e horário, a Portuguesa receberá o Coritiba no Canindé.
Alecsandro desencanta
Sem Eder Luis, machucado, e insatisfeito com o rendimento de Willian Barbio, que sequer ficou no banco de reservas desta vez, o técnico Cristóvão Borges escalou o equatoriano Tenorio ao lado de Alecsandro. Desde a lesão no tendão de Aquiles, o Demolidor não iniciava uma partida como titular.
O treinador, aliás, sentiu a pressão da má fase desde o anúncio da escalação no telão de São Januário. Os (poucos) torcedores que encararam a missão de sair de casa no sábado à noite vaiaram quando o locutor anunciou o nome de Cristóvão.
A Portuguesa iniciou a partida aproveitando-se da dificuldade dos donos da casa em sair do campo defensivo e insistindo nas jogadas pelo lado esquerdo, com Rogério e Diego Viana. O primeiro bom chute aconteceu aos dez, quando Léo Silva girou em cima de Carlos Alberto e arriscou. Fernando Prass pulou no canto direito para espalmar.
Com Alecsandro centralizado, Tenorio revezou nos lados do campo para puxar contra-ataques. Nos dois primeiros, um na esquerda e outro na direita, não obteve sucesso. Os apoios constantes de Rogério deixaram um buraco às suas costas, e Jonas tratou de aproveitá-lo aos 22. Ele avançou e cruzou da intermediária na segunda trave. Alecsandro subiu sozinho e cabeceou para fora. A essa altura, o Vasco já tomava conta da partida e recorria às bolas aéreas para ameaçar.
Em uma das poucas vezes que ameaçou na segunda metade do primeiro tempo, a Portuguesa aproveitou-se da partida insegura de William Matheus para atacar. Luis Ricardo recebeu na ponta direita e cruzou rasteiro. Bruno Mineiro não alcançou, e a zaga tirou.
No lance seguinte, aos 36, o Vasco abriu o placar. Wendel cruzou da direita, a bola desviou na zaga e Alecsandro apareceu na segunda trave, de cabeça. O atacante pôs fim a um jejum de oito jogos sem marcar e chegou ao nono na competição. Na comemoração, ele e outros jogadores chamaram o time inteiro para celebrar.
A Portuguesa ameaçou na saída de bola. Bruno Mineiro chutou no ângulo
esquerdo e acertou a trave. Na sequência, em cobrança de escanteio,
Valdomiro disputou no alto com Dedé e recebeu cartão vermelho do árbitro
Heber Roberto Lopes, aos 39 minutos. Nas imagens, não ficou claro se o
zagueiro da Lusa atingiu o vascaíno propositalmente com um soco.
- Já tinha ganhado a bola, e o Valdomiro me deu dois socos. Um eu sei que foi na maldade. Não desejo nada de mal para ele - disse Dedé, na volta do intervalo.
Tenorio garante tranquilidade
Com um a menos, a Portuguesa tornou-se presa fácil para a visão de jogo de Juninho. Aos três, ele lançou Tenorio, que avançou, olhou para Dida e bateu rasteiro no canto direito: 2 a 0. Com a missão cumprida, o equatoriano pediu para sair aos 11 minutos e recebeu aplausos calorosos da torcida. Pipico o substituiu.
O Vasco administrou a vantagem e encontrou espaços para os contra-ataques. Wendel arriscou para fora aos 15. Dois minutos depois, Alecsandro bateu forte e Dida espalmou. O goleiro vascaíno - autor de quatro defesas difíceis na partida - também teve trabalho. Bruno Mineiro cabeceou, e Prass saltou para colocar para escanteio.
Em ritmo de treino, o Vasco pressionou. Em busca da artilharia perdida para Fred e Luis Fabiano, Alecsandro tentou fazer o segundo dele, mas esbarrou em Dida em dois lances aos 33.
Pipico deu um carrinho perigoso aos 34 e recebeu o vermelho direto de Heber Roberto Lopes. Foi a primeira expulsão do Vasco no Brasileiro. A igualdade de dez jogadores no campo animou a Portuguesa. Bruno Mineiro girou na entrada da pequena área, chutou, a bola desviou no peito de Prass e bateu no pé da trave.
Alecsandro/Tenorio, ensaiada há algumas semanas, enfim saiu da teoria e funcionou na prática. Cada um marcou uma vez e ajudou na manutenção da quarta posição por mais uma rodada na tabela do Campeonato Brasileiro, com 38 pontos. Está três pontos atrás do Grêmio e seis de Fluminense e Atlético-MG.
A partida foi assistida por 2.464 pagantes, o pior público do Vasco como mandante neste Brasileiro. Quem encarou a má fase ganhou em troca uma exibição segura. Fora os dez minutos iniciais, o time da Colina controlou toda a partida e marcou uma vez em cada tempo.
- Sentimos falta de uma vitória. Estávamos muito pressionados, mas não aliviou ainda. Temos que ganhar mais jogos, como hoje (sábado), e podemos melhorar. O grupo está precisando. Vitória vem numa hora excelente e nos dá moral para a próxima partida - disse o zagueiro Dedé.
A Portuguesa estaciona nos 25 pontos e dorme a noite de sábado na 13ª posição. Entretanto, Ponte Preta (24) e Coritiba (22), que jogam neste domingo, podem ultrapassá-la.
O time nem de longe lembrou o que derrotou o Palmeiras por 3 a 0 na última quarta-feira. Sem a velocidade de Ananias, suspenso, a Lusa teve dificuldades para criar e falhou na marcação das jogadas aéreas. A expulsão do zagueiro Valdomiro, no fim do primeiro tempo, destruiu qualquer chance de reação na etapa final.
- Infelizmente ele foi expulso. Faz parte. Tentamos ir para cima, mas o Vasco soube ficar atrás e usar o contra-ataque para matar o jogo - declarou o atacante Rodriguinho.
Após a partida, comissão técnica e jogadores cercaram o trio de arbitragem para protestar. Foram contidos por seguranças, o que gerou bate-boca e um princípio de confusão. O auxiliar Candinho chamou Heber Roberto Lopes de safado, e o técnico Geninho pediu para que ele não seja mais escalado em jogos da Lusa.
- Ele não tinha que ser mais escalado para jogos da Portuguesa. Ele novamente erra, erra e erra. Se o árbitro errou uma vez no jogo de um time, não põe ele de novo. O que vai acontecer se colocar? Deixar todo mundo com os nervos à flor da pele - afirmou o treinador, que reclamou de falta no lance do gol de Alecsandro e da expulsão de Valdomiro.
Na 22ª rodada, o Vasco visitará o Náutico, na quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no estádio dos Aflitos. No mesmo dia e horário, a Portuguesa receberá o Coritiba no Canindé.
Alecsandro, Tenorio e Juninho comemoram um dos gols do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)
Sem Eder Luis, machucado, e insatisfeito com o rendimento de Willian Barbio, que sequer ficou no banco de reservas desta vez, o técnico Cristóvão Borges escalou o equatoriano Tenorio ao lado de Alecsandro. Desde a lesão no tendão de Aquiles, o Demolidor não iniciava uma partida como titular.
O treinador, aliás, sentiu a pressão da má fase desde o anúncio da escalação no telão de São Januário. Os (poucos) torcedores que encararam a missão de sair de casa no sábado à noite vaiaram quando o locutor anunciou o nome de Cristóvão.
A Portuguesa iniciou a partida aproveitando-se da dificuldade dos donos da casa em sair do campo defensivo e insistindo nas jogadas pelo lado esquerdo, com Rogério e Diego Viana. O primeiro bom chute aconteceu aos dez, quando Léo Silva girou em cima de Carlos Alberto e arriscou. Fernando Prass pulou no canto direito para espalmar.
Com Alecsandro centralizado, Tenorio revezou nos lados do campo para puxar contra-ataques. Nos dois primeiros, um na esquerda e outro na direita, não obteve sucesso. Os apoios constantes de Rogério deixaram um buraco às suas costas, e Jonas tratou de aproveitá-lo aos 22. Ele avançou e cruzou da intermediária na segunda trave. Alecsandro subiu sozinho e cabeceou para fora. A essa altura, o Vasco já tomava conta da partida e recorria às bolas aéreas para ameaçar.
Em uma das poucas vezes que ameaçou na segunda metade do primeiro tempo, a Portuguesa aproveitou-se da partida insegura de William Matheus para atacar. Luis Ricardo recebeu na ponta direita e cruzou rasteiro. Bruno Mineiro não alcançou, e a zaga tirou.
No lance seguinte, aos 36, o Vasco abriu o placar. Wendel cruzou da direita, a bola desviou na zaga e Alecsandro apareceu na segunda trave, de cabeça. O atacante pôs fim a um jejum de oito jogos sem marcar e chegou ao nono na competição. Na comemoração, ele e outros jogadores chamaram o time inteiro para celebrar.
Douglas ganha de Diego Viana na disputa pelo alto (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
- Já tinha ganhado a bola, e o Valdomiro me deu dois socos. Um eu sei que foi na maldade. Não desejo nada de mal para ele - disse Dedé, na volta do intervalo.
Tenorio garante tranquilidade
Com um a menos, a Portuguesa tornou-se presa fácil para a visão de jogo de Juninho. Aos três, ele lançou Tenorio, que avançou, olhou para Dida e bateu rasteiro no canto direito: 2 a 0. Com a missão cumprida, o equatoriano pediu para sair aos 11 minutos e recebeu aplausos calorosos da torcida. Pipico o substituiu.
O Vasco administrou a vantagem e encontrou espaços para os contra-ataques. Wendel arriscou para fora aos 15. Dois minutos depois, Alecsandro bateu forte e Dida espalmou. O goleiro vascaíno - autor de quatro defesas difíceis na partida - também teve trabalho. Bruno Mineiro cabeceou, e Prass saltou para colocar para escanteio.
Em ritmo de treino, o Vasco pressionou. Em busca da artilharia perdida para Fred e Luis Fabiano, Alecsandro tentou fazer o segundo dele, mas esbarrou em Dida em dois lances aos 33.
Pipico deu um carrinho perigoso aos 34 e recebeu o vermelho direto de Heber Roberto Lopes. Foi a primeira expulsão do Vasco no Brasileiro. A igualdade de dez jogadores no campo animou a Portuguesa. Bruno Mineiro girou na entrada da pequena área, chutou, a bola desviou no peito de Prass e bateu no pé da trave.
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