A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
O Botafogo não vencia há três rodadas, vivia momento de contestação a
seu treinador e estava sem Seedorf, seu principal astro, que não se
recuperou de dores na coxa. O Coritiba vinha de vitória sobre o Inter e
somava dois triunfos nos últimos três jogos. Entre a instabilidade
alvinegra e a confiança alviverde, o Engenhão viu vitória do primeiro
neste domingo. O placar de 2 a 0 foi construído com gols de Elkeson e
Lodeiro, ambos ainda no primeiro tempo.
É um sopro de paz em meio à turbulência pela falta de resultados mais expressivos. O Botafogo teve atuação sólida, competente, e soube controlar bem o oponente. Pela primeira vez sem Seedorf desde a chegada do holandês, mostrou que não é dependente dele. A vitória poderia ter sido ainda mais tranquila, mas Elkeson desperdiçou pênalti em cobrança que Vanderlei não precisou nem espalmar.
- Não é que escorreguei. Eu treino de uma maneira e hoje fui mudar a forma de bater. Errei, assumi que fui displicente, mas é treinar e no próximo jogo, se tiver pênalti, vou bater e fazer o gol - afirmou, confiante.
O Coritiba conheceu sua sétima derrota em 11 atuações como visitante - a terceira nos últimos quatro jogos fora.
- Mais uma vez, pecamos na falta de atenção. Nosso primeiro tempo foi ruim. Demos a bola para eles e ainda proporcionamos o gol. Lógico que a equipe do Botafogo é muito qualificada, mas fomos nós que proporcionamos os gols para eles - argumentou o volante Willian.
Com a vitória, o Botafogo foi a 31 pontos, na oitava colocação. O Coritiba é o primeiro fora da zona de rebaixamento, em 16º, com 22. Na quarta-feira, o Coxa visita a Portuguesa, e o Glorioso encara o Cruzeiro em Belo Horizonte.
Na mosca
O Botafogo teve precisão, mais do que controle de jogo, para abrir 2 a 0 sobre o Coritiba no primeiro tempo. Foi certeiro. Quando teve chances, atirou na mosca. É interessante: fez dois gols e perdeu um pênalti mesmo tendo bem menos posse de bola - 45% contra 55% do Coxa.
No primeiro jogo que não pôde escalar Seedorf (lesionado), Oswaldo teve a volta de Fellype Gabriel e surpreendeu ao escalar o zagueiro Dória, de 17 anos, e o volante Gabriel, de 20, nos lugares de Brinner e Amaral. O time foi um bocado mais prático do que o adversário. As duas equipes tiveram quatro finalizações cada nos 45 minutos iniciais, mas chances reais de gol foram privilégio apenas dos donos da casa. O Coritiba foi nulo no ataque. Não soube o que fazer com a bola que teve sob o domínio de suas chuteiras.
O Botafogo foi vertical. Tramou jogadas com agilidade, usando especialmente Lodeiro e Elkeson.
O uruguaio quase marcou com 12 minutos, em cabeceio à queima-roupa defendido por Vanderlei. Logo depois, o goleiro falhou ao sair do gol pelo alto, e Elkeson, de costas, desviou de cabeça e colocou a equipe carioca na frente.
O lance desestabilizou o Coritiba. Júnior Urso fez pênalti em Renato, e Elkeson, com 20 minutos, teve a chance de marcar mais um. Mas não fez. Vanderlei defendeu a batida.
O desperdício não fez tanta falta. Aos 28 minutos, o Botafogo tramou bonita jogada e fez o segundo. Fellype Gabriel firmou a bola no chão com um pé e já emendou passe com outro. Lucas, na direita, cruzou por baixo, e Lodeiro desviou para a rede.
Resposta tímida
O Coritiba resolveu fazer no segundo tempo aquilo que negligenciou na etapa inicial: jogar futebol para vencer. A entrada de Lincoln no lugar de Júnior Urso fez bem à equipe paranaense, que passou a explorar mais o campo de ataque.
O próprio Lincoln teve uma chance, em chute cruzado, para fora, com perigo. Everton Ribeiro também esteve em vias de marcar. Dentro da área, girou para fora, por cima. Mas, apesar do crescimento, o Coritiba não conseguiu firmar uma pressão suficiente para dar pinta de empate.
O Botafogo, com o conforto do placar, ficou em condições de só atacar na boa, sem pressa. Elkeson, Lodeiro e Fellype Gabriel seguiram tramando jogadas, mas sem a ambição de antes. O time de Oswaldo de Oliveira parecia disposto a deixar o tempo passar.
Essa morosidade, claro, tem seu preço. Anderson Aquino, que entrou no lugar de Marcel, teve a faca e o queijo nas mãos para descontar. Mas não teve o gramado. Livre, frente a frente com Jefferson, o atacante encaixou o corpo para fazer o gol, mas a bola bateu em um buraco justamente no instante do chute. Restou ao jogador do Coxa rir do próximo azar e apontar para o campo.
A reação alviverde, no fim das contas, foi tímida. Na parte final do jogo, o Botafogo soube controlar o tempo para assegurar a vitória diante de uma torcida ainda incomodada. E presente em pequeno número no estádio - 2.616 pagantes e 4.241 no total.
É um sopro de paz em meio à turbulência pela falta de resultados mais expressivos. O Botafogo teve atuação sólida, competente, e soube controlar bem o oponente. Pela primeira vez sem Seedorf desde a chegada do holandês, mostrou que não é dependente dele. A vitória poderia ter sido ainda mais tranquila, mas Elkeson desperdiçou pênalti em cobrança que Vanderlei não precisou nem espalmar.
- Não é que escorreguei. Eu treino de uma maneira e hoje fui mudar a forma de bater. Errei, assumi que fui displicente, mas é treinar e no próximo jogo, se tiver pênalti, vou bater e fazer o gol - afirmou, confiante.
O Coritiba conheceu sua sétima derrota em 11 atuações como visitante - a terceira nos últimos quatro jogos fora.
- Mais uma vez, pecamos na falta de atenção. Nosso primeiro tempo foi ruim. Demos a bola para eles e ainda proporcionamos o gol. Lógico que a equipe do Botafogo é muito qualificada, mas fomos nós que proporcionamos os gols para eles - argumentou o volante Willian.
Com a vitória, o Botafogo foi a 31 pontos, na oitava colocação. O Coritiba é o primeiro fora da zona de rebaixamento, em 16º, com 22. Na quarta-feira, o Coxa visita a Portuguesa, e o Glorioso encara o Cruzeiro em Belo Horizonte.
Elkeson comemora primeiro gol do Botafogo na partida (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)
O Botafogo teve precisão, mais do que controle de jogo, para abrir 2 a 0 sobre o Coritiba no primeiro tempo. Foi certeiro. Quando teve chances, atirou na mosca. É interessante: fez dois gols e perdeu um pênalti mesmo tendo bem menos posse de bola - 45% contra 55% do Coxa.
No primeiro jogo que não pôde escalar Seedorf (lesionado), Oswaldo teve a volta de Fellype Gabriel e surpreendeu ao escalar o zagueiro Dória, de 17 anos, e o volante Gabriel, de 20, nos lugares de Brinner e Amaral. O time foi um bocado mais prático do que o adversário. As duas equipes tiveram quatro finalizações cada nos 45 minutos iniciais, mas chances reais de gol foram privilégio apenas dos donos da casa. O Coritiba foi nulo no ataque. Não soube o que fazer com a bola que teve sob o domínio de suas chuteiras.
O Botafogo foi vertical. Tramou jogadas com agilidade, usando especialmente Lodeiro e Elkeson.
O uruguaio quase marcou com 12 minutos, em cabeceio à queima-roupa defendido por Vanderlei. Logo depois, o goleiro falhou ao sair do gol pelo alto, e Elkeson, de costas, desviou de cabeça e colocou a equipe carioca na frente.
O lance desestabilizou o Coritiba. Júnior Urso fez pênalti em Renato, e Elkeson, com 20 minutos, teve a chance de marcar mais um. Mas não fez. Vanderlei defendeu a batida.
O desperdício não fez tanta falta. Aos 28 minutos, o Botafogo tramou bonita jogada e fez o segundo. Fellype Gabriel firmou a bola no chão com um pé e já emendou passe com outro. Lucas, na direita, cruzou por baixo, e Lodeiro desviou para a rede.
Novidade no Botafogo, Dória fica na marcação a Marcel (Foto: Dhavid Normando / Agência Estado)
O Coritiba resolveu fazer no segundo tempo aquilo que negligenciou na etapa inicial: jogar futebol para vencer. A entrada de Lincoln no lugar de Júnior Urso fez bem à equipe paranaense, que passou a explorar mais o campo de ataque.
O próprio Lincoln teve uma chance, em chute cruzado, para fora, com perigo. Everton Ribeiro também esteve em vias de marcar. Dentro da área, girou para fora, por cima. Mas, apesar do crescimento, o Coritiba não conseguiu firmar uma pressão suficiente para dar pinta de empate.
O Botafogo, com o conforto do placar, ficou em condições de só atacar na boa, sem pressa. Elkeson, Lodeiro e Fellype Gabriel seguiram tramando jogadas, mas sem a ambição de antes. O time de Oswaldo de Oliveira parecia disposto a deixar o tempo passar.
Essa morosidade, claro, tem seu preço. Anderson Aquino, que entrou no lugar de Marcel, teve a faca e o queijo nas mãos para descontar. Mas não teve o gramado. Livre, frente a frente com Jefferson, o atacante encaixou o corpo para fazer o gol, mas a bola bateu em um buraco justamente no instante do chute. Restou ao jogador do Coxa rir do próximo azar e apontar para o campo.
A reação alviverde, no fim das contas, foi tímida. Na parte final do jogo, o Botafogo soube controlar o tempo para assegurar a vitória diante de uma torcida ainda incomodada. E presente em pequeno número no estádio - 2.616 pagantes e 4.241 no total.
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