Messi abre o
placar após expulsão de Demichelis, lateral brasileiro faz o segundo
sobre o Manchester City em tabela com Neymar, e time catalão fica perto
da vaga
Por GloboEsporte.comManchester, Inglaterra
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O
Barcelona está muito próximo de mais uma quartas de final da Liga dos
Campeões. Mas não por uma grande atuação, prometida na teoria também
pelo Manchester City antes de a bola rolar. Graças a um pênalti polêmico
e a um gol de Daniel Alves
no fim, os catalães conseguiram ótimo resultado ao derrotar os ingleses
por 2 a 0, nesta terça-feira, no City of Manchester, em jogo que abriu a
fase mata-mata da Champions.
O lance capital da partida ocorreu
aos sete minutos do segundo tempo. Depois de uma etapa inicial
decepcionante, o Barça enfim encontrou sua grande oportunidade aos sete
minutos. Lionel Messi
foi derrubado por um carrinho do compatriota Demichelis, que recebeu
cartão vermelho, e caiu na grande área – o contato, na verdade,
aconteceu centímetros fora. O próprio cobrou para abrir o placar.
Messi é derrubado por Demichelis: atacante
abriu o placar de pênalti, mas falta ocorreu
fora da área (Foto: AFP)
Com
o zagueiro expulso, o time de Tata Martino ainda chegou ao segundo, em
lance com participação de Neymar – o atacante brasileiro entrou aos 28
minutos e deixou a bola para Daniel Alves se livrar de Clichy e tocar na
saída de Hart. Do lado do City, o volante Fernandinho foi titular
durante os 90 minutos e mostrou estar totalmente recuperado da lesão
muscular que o afastou dos gramados nas últimas semanas.
A
vantagem do Barcelona é bastante considerável para o duelo no Camp Nou,
dia 12 de março. Só perderá a vaga em caso de derrotas por três gols de
diferença (ou dois a partir dos 3 a 1). A repetição do placar – a favor
dos ingleses – levará o confronto para a prorrogação.
Negredo atuou sozinho no ataque (Foto: Reuters)
Manchester
City e Barcelona carregavam 228 gols até aqui na temporada (117 dos
ingleses, 111 dos catalães). A expectativa de redes balançadas era
natural, e talvez por isso houve um sentimento de decepção quando
árbitro sueco Jonas Eriksson apitou o fim do primeiro tempo.
Ingleses e
catalães, na verdade, mal tiveram história para contar.
Foi um
jogo acima de tudo cauteloso. A começar pela escalação de Kolarov, que
deixou Jovetic, Dzeko e Nasri no banco de reservas do Manchester City. O
técnico Manuel Pellegrini optou pela proposta mais defensiva, com o seu
lateral jogando avançado, tentando inibir os avanços de Daniel Alves e
jogando David Silva para o centro, onde rende mais. Tata Martino, por
sua vez, deixou Neymar e Pedro no banco. Ele tinha o elenco todo à
disposição.
Valdés se atrapalha com a bola: City e Barça
praticamente não criaram chances no
primeiro tempo (Foto: Reuters)
Não
chegou a ser uma solução. Defensivamente, os Citizens dependiam muito
do trabalho dos volantes Yaya Touré e Fernandinho, impecáveis na
marcação – não à toa a primeira finalização dos visitantes aconteceu
apenas aos 30 minutos, com Messi de fora da área. Xavi, no lance
seguinte, foi o único a forçar uma defesa de Joe Hart. De resto, passes à
exaustão na intermediária, sempre à procura de algum milímetro de
espaço livre. A marcação venceu.
Do outro lado, perigo apenas nas
bolas aéreas, com Negredo se impondo fisicamente diante de Piqué e
Mascherano. Valdés se atrapalhou numa oportunidade, viu a bola sair
noutra e, no fim das contas, praticamente não teve trabalho. Um 0 a 0
justo como há muito não se via.
Fernandinho foi titular e atuou durante os 90
minutos: na imagem, volante vigia Iniesta e
Navas (Foto: AFP)
Demichelis recebe o cartão vermelho (Reuters)
O
segundo tempo caminhava para o mesmo caminho até o lance capital do
jogo. Aos sete, o Barça finalmente encontrou um buraco na defesa
inglesa: Messi foi lançado, avançou com a bola e sofreu carrinho duro de
Demichelis muito próximo à grande área. O zagueiro foi justamente
expulso – e ainda viu o árbitro marcar pênalti em lance conclusivo
apenas com o auxílio do replay. Messi cobrou no meio do gol para abrir o
placar.
Tudo soou como um baque para a torcida do Manchester
City. Era como se a esperança de um resultado positivo no jogo de ida
fosse destruída num carrinho – e na marcação equivocada da arbitragem,
já que os donos da casa reclamaram de uma falta em Navas na origem do
lance.
Desdobrar-se com a menos diante de um time afeito à troca
de passes virou quase missão impossível. O Barça colocou o City na
roda, aumentou sua posse de bola para 61% e chegou até a marcar o
segundo, mesmo quando já não pressionava tanto. Aos 44, Daniel Alves
tabelou com Neymar, aproveitou-se de um escorregão de Clichy e tocou
entre as pernas de Hart para praticamente definir o confronto.
Fecha as pernas, Hart! Dani Alves faz o segundo
do Barcelona e praticamente sela o
confronto (Foto: Reuters)