Sem Neymar, suspenso, Peixe foi um time previsível. Borges até fez o seu, mas quem brilhou foi Júlio César, autor de dois gols do time catarinense
Acabou a sequência de jogos sem derrotas do Santos. E o Figueirense,
que não vencia há cinco partidas, acabou com seu jejum em grande estilo
ao bater o Peixe por 3 a 2, na Vila Belmiro, brecando a ascensão
santista, que não perdia havia oito partidas e vinha de quatro triunfos
consecutivos.
Neymar, suspenso, não jogou, e o Alvinegro Praiano se tornou um time previsível. Artilheiro do Brasileirão, Borges ainda marcou o seu, mas quem brilhou foi o atacante Júlio César, autor de dois gols dos visitantes.
Com o resultado, o time catarinense foi a 36 pontos e passou o Santos, que estacionou nos 35 - mas com duas partidas a menos. O Figueira é agora o décimo colocado, e o Peixe, que tinha começado a sonhar com título nas últimas rodadas, caiu para 11º. A última derrota do Peixe tinha ocorrido na própria Vila: para o Coritiba, também por 3 a 2, no dia 17 de agosto.
Jogo bom
Confiando na qualidade do trio Pittoni, Deretti e Wellington Nem, jogadores muito rápidos, o técnico Jorginho, do Figueirense, adotou uma estratégia de jogo simples: marcação forte no meio de campo e saídas rápidas para o ataque. Deu certo. O time catarinense, mesmo com menor posse de bola (41% contra 59% do Santos), levou perigo nos contra-ataques.
Em sua primeira estocada, o Figueira chegou ao gol, aos oito minutos de jogo. Henrique fez falta em Júlio César na meia-lua da área santista. O próprio Júlio cobrou a falta com força. A bola passou no meio da barreira e foi em cima de Rafael, que não conseguiu afastar. O camisa 1 do Peixe admitiu o erro e pediu desculpas em seguida.
O Santos tinha dificuldades para entrar na área catarinense. Uma multidão de camisas listradas bloqueava a entrada da área. Sem Neymar, o Peixe não tinha a jogada improvisada, o drible que abre espaços. Tornou-se um time de toque. De um lado para outro. Faltava arriscar mais. Um chute de fora, quem sabe...
Pois foi exatamente o que fez Borges. Iluminado, o goleador santista, que até então brigava muito com os defensores adversários sem conseguir se desvencilhar, recebeu na entrada da área, aos 24, livrou-se do marcador e, de pé direito, fuzilou para fazer seu 19º gol em 22 jogos. Ele marcou pela sexta rodada consecutiva.
O Santos, porém, não comemorou por muito tempo. Dois minutos depois, num contra-ataque perfeito, o Figueirense desempatou. Ygor lançou Welligton Nem, que recebeu ainda no meio de campo e partiu livre em direção ao gol. Não havia ninguém à sua frente. Os zagueiros santistas, que haviam subido ao ataque para um escanteio, não conseguiram voltar a tempo. Nem carregou a bola até a área e tocou na saída de Rafael.
A equipe da casa foi para o abafa, mas seguia com dificuldades para entrar na área adversária. Felipe Anderson, que tinha a missão de aprofundar as jogadas, errava muitos passes. A bola só chegava perto da meta defendida por Ricardo em bolas pelo alto. Numa dessas jogadas, Kardec desviou cruzamento da esquerda e deixou Borges livre para marcar. O goleiro do Figueira, porém, abafou. Estava muito difícil para os santistas criarem. A solução, mais uma vez, foi o chute de fora.
Já aos 46 minutos, Felipe Anderson fez sua primeira boa jogada pela direita. Deu uma meia-lua em seu marcador e cruzou para trás. A bola passou pela área e sobrou para Léo, que vinha entrando pela esquerda. O veterano lateral-esquerdo emendou de canhota, um tiro seco, rasteiro, empatando a partida.
Figueira define no contra-ataque
Os times pareciam ter gastado tudo no primeiro tempo. A etapa final foi sofrível. O Santos passou o tempo todo rondando a área do Figueirense, mas, como na primeira parte do jogo, não conseguiu furar o bloqueio. A diferença é que, na etapa inicial, o time paulista acertou o alvo nos chutes. Borges teve a bola a seus pés em dois lances dentro da área. Em ambos, mandou para fora.
O Figueirense passou o tempo todo preso em seu campo, dando clara impressão de que estava satisfeito com o empate. O técnico Muricy Ramalho fez mudanças no Peixe tentando aumentar o poder ofensivo. O lateral-direito Pará entrou no lugar de Felipe Anderson, e Danilo, que atuava na ala, passou para o meio. Em seguida, Diogo entrou no lugar de Alan Kardec. O Peixe foi para o abafa, mas a defesa do Figueira se segurava bravamente.
De repente, uma escapada. O time catarinense, obediente ao esquema armado por Jorginho, aguardava uma oportunidade para contra-atacar. Ela veio aos 37. Júlio César escapou pelo meio e passou para Wellington Nem, que invadiu a área e tentou driblar Léo. Acabou derrubado na área pelo ala santista. Pênalti, que foi convertido por Júlio.
O Santos tentou intensificar sua pressão, mas o time catarinense, bravo, guerreiro, se segurou bem e ainda criou chance de ampliar o placar. Júlio César chegou a acertar a trave num chute de fora. Fim de jogo, e o Figueira interrompeu a ascensão santista.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/09/na-vila-belmiro-figueirense-acaba-com-sequencia-invicta-do-santos.html
Neymar, suspenso, não jogou, e o Alvinegro Praiano se tornou um time previsível. Artilheiro do Brasileirão, Borges ainda marcou o seu, mas quem brilhou foi o atacante Júlio César, autor de dois gols dos visitantes.
Com o resultado, o time catarinense foi a 36 pontos e passou o Santos, que estacionou nos 35 - mas com duas partidas a menos. O Figueira é agora o décimo colocado, e o Peixe, que tinha começado a sonhar com título nas últimas rodadas, caiu para 11º. A última derrota do Peixe tinha ocorrido na própria Vila: para o Coritiba, também por 3 a 2, no dia 17 de agosto.
O Santos de Henrique perdeu para o Figueirense na Vila Belmiro: 3 a 2 (Foto: Agência Estado)
Confiando na qualidade do trio Pittoni, Deretti e Wellington Nem, jogadores muito rápidos, o técnico Jorginho, do Figueirense, adotou uma estratégia de jogo simples: marcação forte no meio de campo e saídas rápidas para o ataque. Deu certo. O time catarinense, mesmo com menor posse de bola (41% contra 59% do Santos), levou perigo nos contra-ataques.
Em sua primeira estocada, o Figueira chegou ao gol, aos oito minutos de jogo. Henrique fez falta em Júlio César na meia-lua da área santista. O próprio Júlio cobrou a falta com força. A bola passou no meio da barreira e foi em cima de Rafael, que não conseguiu afastar. O camisa 1 do Peixe admitiu o erro e pediu desculpas em seguida.
O Santos tinha dificuldades para entrar na área catarinense. Uma multidão de camisas listradas bloqueava a entrada da área. Sem Neymar, o Peixe não tinha a jogada improvisada, o drible que abre espaços. Tornou-se um time de toque. De um lado para outro. Faltava arriscar mais. Um chute de fora, quem sabe...
Pois foi exatamente o que fez Borges. Iluminado, o goleador santista, que até então brigava muito com os defensores adversários sem conseguir se desvencilhar, recebeu na entrada da área, aos 24, livrou-se do marcador e, de pé direito, fuzilou para fazer seu 19º gol em 22 jogos. Ele marcou pela sexta rodada consecutiva.
O Santos, porém, não comemorou por muito tempo. Dois minutos depois, num contra-ataque perfeito, o Figueirense desempatou. Ygor lançou Welligton Nem, que recebeu ainda no meio de campo e partiu livre em direção ao gol. Não havia ninguém à sua frente. Os zagueiros santistas, que haviam subido ao ataque para um escanteio, não conseguiram voltar a tempo. Nem carregou a bola até a área e tocou na saída de Rafael.
A equipe da casa foi para o abafa, mas seguia com dificuldades para entrar na área adversária. Felipe Anderson, que tinha a missão de aprofundar as jogadas, errava muitos passes. A bola só chegava perto da meta defendida por Ricardo em bolas pelo alto. Numa dessas jogadas, Kardec desviou cruzamento da esquerda e deixou Borges livre para marcar. O goleiro do Figueira, porém, abafou. Estava muito difícil para os santistas criarem. A solução, mais uma vez, foi o chute de fora.
Já aos 46 minutos, Felipe Anderson fez sua primeira boa jogada pela direita. Deu uma meia-lua em seu marcador e cruzou para trás. A bola passou pela área e sobrou para Léo, que vinha entrando pela esquerda. O veterano lateral-esquerdo emendou de canhota, um tiro seco, rasteiro, empatando a partida.
Figueira define no contra-ataque
Os times pareciam ter gastado tudo no primeiro tempo. A etapa final foi sofrível. O Santos passou o tempo todo rondando a área do Figueirense, mas, como na primeira parte do jogo, não conseguiu furar o bloqueio. A diferença é que, na etapa inicial, o time paulista acertou o alvo nos chutes. Borges teve a bola a seus pés em dois lances dentro da área. Em ambos, mandou para fora.
O Figueirense passou o tempo todo preso em seu campo, dando clara impressão de que estava satisfeito com o empate. O técnico Muricy Ramalho fez mudanças no Peixe tentando aumentar o poder ofensivo. O lateral-direito Pará entrou no lugar de Felipe Anderson, e Danilo, que atuava na ala, passou para o meio. Em seguida, Diogo entrou no lugar de Alan Kardec. O Peixe foi para o abafa, mas a defesa do Figueira se segurava bravamente.
De repente, uma escapada. O time catarinense, obediente ao esquema armado por Jorginho, aguardava uma oportunidade para contra-atacar. Ela veio aos 37. Júlio César escapou pelo meio e passou para Wellington Nem, que invadiu a área e tentou driblar Léo. Acabou derrubado na área pelo ala santista. Pênalti, que foi convertido por Júlio.
O Santos tentou intensificar sua pressão, mas o time catarinense, bravo, guerreiro, se segurou bem e ainda criou chance de ampliar o placar. Júlio César chegou a acertar a trave num chute de fora. Fim de jogo, e o Figueira interrompeu a ascensão santista.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/09/na-vila-belmiro-figueirense-acaba-com-sequencia-invicta-do-santos.html