sábado, 29 de outubro de 2011

Loco Abreu põe o Botafogo de volta à briga pelo título brasileiro

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2011 - Série A


Cm 1 a 0, Alvinegro encosta no Corinthians, e Cruzeiro permanece perto da zona de rebaixamento do
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM

Na batalha travada neste sábado, no Engenhão, entre o time que luta pela glória e o que só briga para escapar do degredo, melhor para o Botafogo. Com um gol de Loco Abreu, o Alvinegro derrotou o Cruzeiro, por 1 a 0, e após duas derrotas seguidas (para Santos e Avaí) retorna forte à luta pelo título brasileiro. Já o time mineiro continua perto da zona de rebaixamento do Brasileirão, com os mesmos 34 pontos que tinha antes do jogo.
A equipe carioca chegou aos 55 pontos, o mesmo que o Corinthians, o segundo colocado, mas com um gol de saldo a menos. Se o Timão for derrotado pelo Avaí, neste domingo, no Pacaembu, o Botafogo passará à vice-liderança no saldo ou no número de gols marcados. A próxima partida do Alvinegro será no sábado contra o Figueirense, novamente no Engenhão. Já o Cruzeiro terá o Flamengo pela frente no dia seguinte, no mesmo local.
O time carioca começou a partida tentando demonstrar que não queria perder muito tempo para encontrar o gol. E em três minutos conseguiu três escanteios. No entanto, boa chance de marcar mesmo não veio, e o Cruzeiro passou a ter mais posse de bola e a tocando travou o ímpeto alvinegro, que confundindo velocidade com pressa passou a errar passes bobos.
Montillo e Roger atuavam soltos, o que representava perigo para a defesa do Botafogo, embora o argentino não viva uma boa fase. A equipe carioca conseguia algumas boas penetrações na área adversária com jogadas de velocidade, como uma com Renato aos 20 minutos, mas os arremates, como neste lance, e cruzamentos eram defeituosos. Outra possibilidade boa para o ataque alvinegro vinha dos presentes que a defesa cruzeirense dava em algumas saídas de bola.

Elkeson no jogo do Botafogo contra o Cruzeiro (Foto: Fernando Soutello / Divulgação AGIF)Elkeson tenta tirar a bola de Marquinhos Paraná (Foto: Fernando Soutello / Divulgação AGIF)

Mas o primeiro lance de perigo foi do Cruzeiro, já com meia hora de partida: Anselmo Ramon foi lançado na área por Charles, mas Jefferson foi mais rápido e salvou o Botafogo. No contra-ataque, Herrera perdeu uma chance incrível, na pequena área, após boa jogada de Elkeson. Quando a partida voltava ao marasmo anterior, o Botafogo obteve duas boas oportunidades consecutivas: numa falta bem cobrada por Maicosuel e numa penetração na área de Herrera, que deu um chute inqualificável diante de Fábio.
Aos 45, a torcida alvinegra teve muitos motivos para vaiar o árbitro Wilton Pereira Sampaio. Diego Renan claramente recuou a bola para Fábio, que a agarrou quase em cima da linha de gol. No entanto, Sampaio considerou que o lateral do Cruzeiro não teve a intenção de passar a bola para o goleiro. Nenhum botafoguense que viu o lance ficou impassível, só o goleiro Jefferson, que ao fim do primeiro tempo disse ter também considerado o lance normal.
Caio Jr. é expulso na volta a campo, mas Loco marca de cabeça


Caio Junior no jogo do Botafogo contra o Cruzeiro (Foto: Fábio Castro / Divulgação Agif)Caio Junior reclama com o quarto árbitro
(Foto: Fábio Castro / Divulgação Agif)

Na volta para a segunda etapa, o técnico Caio Júnior recebeu a notícia de que estava expulso, juntamente com o médico do Botafogo, Luis Fernando Medeiros, por terem reclamado veementemente do polêmico lance do fim do primeiro tempo. Antes, o treinador alvinegro trocara Herrera por Caio.
A configuração da partida havia mudado um pouco na etapa final, com o Cruzeiro buscando mais os contra-ataques rápidos em vez da chegada ao ataque na base do toque de bola. Mas aos 9 Loco Abreu abriu o marcador para o Botafogo aproveitando em bela cabeçada um cruzamento perfeito de Elkeson, na primeira chance que o time da casa teve neste período da partida.
O Alvinegro cresceu em campo e quase chegou ao segundo em bonita jogada individual de Maicosuel. O jogo ficou mais aberto, a torcida do Botafogo (12.397 pagantes - 15.724 no total - com renda de R$ 255.790,00) passou a incentivar mais o seu time e os lances de gol foram surgindo para os dois lados. Mas com a desvantagem no placar, o Cruzeiro foi obrigado a adiantar sua marcação e passou a pressionar mais o adversário, que só ia à frente em contra-ataques.
De tanto esbarrar na defesa adversária e em suas prórpias limitações, o Cruzeiro diminuiu o ritmo e quase levou mais um: Loco Abreu chegou a driblar Fábio, mas Naldo salvou o time mineiro quase em cima da linha do gol. Aos 44, Caio perdeu gol feito diante de Fábio e só pôde se lamentar. Mas não muito, porque pouco tempo depois a partida acabou com a vitória alvinegra.

Loco Abreu comemora gol do Botafogo contra o Cruzeiro (Foto: Fábio Castro / Divulgação Agif)Loco Abreu comemora seu gol com os companheiros do Botafogo (Foto: Fábio Castro / Divulgação Agif)


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Muricy admite: temeu não estar no Mundial e até refletiu sobre a carreira


Treinador, afastado por causa de uma hérnia de disco, reaparece no Peixe

Por Wagner Eufrosino Santos, SP

Muricy Ramalho no Santos (Foto: Wagner Eufrosino)Muricy Ramalho no Santos (Foto: Santos FC)

Durante dez dias, Muricy Ramalho ficou afastado e chegou a ser internado por causa de uma crise de hérnia de disco, que pegou o nervo ciático, irradiou para a perna esquerda e o impediu até de caminhar. Nesse tempo repensou a carreira e ficou com medo de não poder comandar o Santos no Mundial de Clubes da Fifa, que acontecerá em dezembro. O treinador concedeu entrevista no CT Rei Pelé, nesta sexta-feira.

- Pensei muito e ainda bem que não precisei operar. Se fosse mais complicado teria de me afastar. Foi difícil para caramba de chegar e não posso arriscar deixar de realizar o meu grande sonho, que é o Mundial. Pensei na minha carreira, pensei na minha vida, pensei em muita coisa nesse tempo e vou me preparar da melhor maneira possível - comentou Muricy Ramalho.

O treinador santista tem se dedicado aos trabalhos de fisioterapia e também foi obrigado a fazer dieta para não comprometer sua recuperação.

- Estou evoluindo muito e sou muito disciplinado. Estou tomando medicamentos, fazendo regime também e isso ajuda, mostrei que estou melhorando muito. Vou seguir fazendo fisioterapia, e no meio da semana que vem espero vir aqui para ficar com os jogadores uns três dias, mas vamos ver - explicou o treinador.

As dores começaram a incomodar Muricy durante a partida com o Atlético-MG, no dia 13 de outubro, e só pioraram. Após seis dias, ele chegou ao hospital São Luiz sem andar e foi internado por mais três dias. O técnico retornou nesta sexta-feira ao CT para dar satisfação aos jogadores, mas ainda depende da liberação dos médicos para voltar a trabalhar. A previsão do treinador é que ele volte no jogo contra o Vasco.

- Realmente não foram bons dias, nunca me aconteceu isso, não tinha tido esse problema. Tinha hérnia, mas ela nunca tinha me incomodado desse jeito. Graças a Deus fiz exames e evitei o pior, que era a operação. Sigo em processo de recuperação, já melhorei, mas isso engana, é perigoso, preciso de repouso e muito tratamento. Se eu tiver uma recaída, meu grande sonho pode não acontecer. Vou me preparar para isso como se fosse um jogador. Nem podia estar aqui, mas precisamos seguir com o planejamento do Mundial. Vim para dar explicações e dizer a eles (jogadores) que estamos atentos ao nosso final de ano - completou Muricy.

Clique aqui e assista aos vídeos do Santos

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/santos/noticia/2011/10/muricy-admite-temeu-nao-estar-no-mundial-e-ate-repensou-carreira.html

De herói a vilão: R10 repete no Sul a história de outros ídolos vaiados

Bebeto, Romário, Edmundo e Ronaldo foram hostilizados em jogos que envolveram a torcida rubro-negra. Casagrande e Pet são exceções


Por Richard Souza Rio de Janeiro

“Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. O refrão de “Vou Festejar”, samba composto por Jorge Aragão e consagrado na voz de Beth Carvalho, foi a trilha sonora escolhida pelos gremistas para receber Ronaldinho neste domingo. Dez anos depois, o craque voltará ao Olímpico. Na antiga casa, no lar que foi dele, será um visitante nada bem-vindo. A torcida do Grêmio - a estimativa é de 45 mil pessoas - vai marcar o craque do Flamengo. Por lá, ninguém esquece que ele deixou o clube em 2001 rumo à França de forma polêmica e muito menos da escolha pelo Rubro-Negro no início desta temporada. Quando decidiu voltar ao Brasil, o Tricolor abriu as portas, mas R10 entrou na Gávea.
O reencontro com clima hostil faz lembrar outros casos de vira-casacas em jogos do Flamengo. Bebeto, Romário, Edmundo e Ronaldo viveram situações parecidas com a de Ronaldinho. Ao decidirem mudar de clube, “traíram” a confiança dos torcedores e deixaram multidões magoadas.

Bebeto jogando pelo Vasco em 1989 (Foto: Arquivo / Ag. Estado)Bebeto: polêmica ao trocar o Flamengo pelo
Vasco em 1989 (Foto: Arquivo / Ag. Estado)

No caso de Bebeto, os rubro-negros sentiram o que sentem os gremistas com o Gaúcho. O atacante decidiu trocar a Gávea por São Januário. Polêmica certa. A primeira vez contra o ex-clube foi inesquecível. Em novembro de 1989, Flamengo e Vasco se enfrentaram pelo Brasileirão. Comandado por Zico e Júnior, o Rubro-Negro venceu com dois gols de Bujica. Bebeto foi vaiado pela torcida do Fla e acabou expulso após se desentender com o ex-goleiro Zé Carlos, falecido em 2009. Sete anos mais tarde, em 1996, o atacante voltou ao Flamengo, mas sem muito destaque. Hoje, Bebeto é torcedor assumido do Rubro-Negro.
Com Romário aconteceu o inverso. Em maio de 1995, o Baixinho mandou o recado durante uma entrevista e recomendou que os vascaínos levassem lenços ao Maracanã em sua primeira vez contra o time de São Januário. Em jogo válido pelo octogonal final do Carioca, o camisa 11 fez o gol da vitória sobre o clube que o revelou e comemorou como se estivesse enxugando lágrimas. Sem contar aquele tradicional pedido de silêncio. Mais uma das muitas promessas cumpridas pelo Baixinho. Assim como Bebeto, Romário voltou ao Vasco no fim de 1999, depois ser dispensado pela diretoria rubro-negra em uma boate, em Caxias do Sul, após o time ser eliminado do Campeonato Brasileiro. Em São Januário, chegou ao milésimo gol da carreira, em 2007.
Edmundo não teve o bom humor do camisa 11. Na passagem frustrada pelo Flamengo, enfrentou o Vasco em outubro de 1995. O Maracanã foi novamente palco de um reencontro de um ídolo com sua ex-torcida. Hostilizado, o atacante balançou a genitália para os vascaínos no empate por 1 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.

Edmundo jogando pelo Flamengo em 1995 (Foto: Arquivo / Gazeta Press)Edmundo: passagem apagada pelo Flamengo
em 1995 (Foto: Arquivo / Gazeta Press)

Ronaldo e Flamengo foi a polêmica mais recente. Uma relação que transbordou de tanto amor (ou por falta dele). Por mais de uma vez, o Fenômeno vestiu vermelho e preto, declarou-se torcedor do clube da Gávea e fez planos de defender o time nem que fosse para encerrar a carreira. No entanto, o mais perto que conseguiu chegar disso foi em 2008, quando treinou no clube na fase de recuperação de uma cirurgia no joelho. A relação entre o jogador e o clube se deteriorou a partir do momento em que ele acertou com o Corinthians, no fim daquele ano. Depois de se preparar por três meses no Fla, o atacante saiu sem dar tchau e alegou “falta de uma proposta concreta do time do seu coração”. A partir daí, foi chamado de traidor pelos torcedores e manchou a imagem com muitos flamenguistas.
A primeira vez que Ronaldo enfrentou o Flamengo no Rio foi em abril de 2010, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Um encontro cercado de hostilidade. A recepção ao craque não foi boa no Maracanã. Na chegada do Timão ao estádio, o atacante, com o rosto bem fechado, encarou os cerca de 50 torcedores que o xingavam na entrada. Balançando a cabeça, como se quisesse dizer que estava contrariado e confiante ao mesmo tempo, o Fenômeno em nenhum momento deixou de olhar nos olhos dos rubro-negros. Na descida do ônibus, ainda ouviu alguns gritos de “traveco, traveco”, em alusão ao episódio mais polêmico de sua carreira. Um grupo de seis travestis, contratados por um torcedor do Flamengo, esteve na porta do estádio, mas não esperou pela chegada do craque. Em campo, o que se viu foi um Ronaldo apagado. Adriano, de pênalti, fez o gol da vitória carioca no jogo de ida. Na volta, em São Paulo, o Fla avançou.

Ronaldo no jogo entre Flamengo e Corinthians pela Libertadores (Foto: EFE)Na Libertadores de 2010, Ronaldo foi vaiado desde a chegada ao Maracanã. Fla venceu: 1 a 0 (Foto: EFE)

Petkovic e Casagrande: exceções
Eles também mudaram de time, mas não sentiram a ira das torcidas que deixaram. O ex-atacante Casagrande, hoje comentarista da TV Globo, trocou o Corinthians pelo Flamengo em 1993. No reencontro com a Fiel, foi bem recebido e aplaudido. Curiosamente, o jogador teve uma pequena participação no gol da vitória do Timão por 1 a 0. Rivaldo, atualmente no São Paulo, cabeceou, e a bola tocou em Casagrande antes de entrar. Nas arquibancadas, os corintianos cantaram a marchinha carnavalesca: “Doutor, eu não me engano, o Casagrande é corintiano!”.
O gol de falta que deu o tricampeonato carioca ao Flamengo em 2001, na decisão contra o Vasco, cravou Petkovic na história do Rubro-Negro. Talvez por isso ele tenha sido poupado pela torcida quando mudou de lado. Em outubro de 2002, no Maracanã, Pet se destacou na vitória vascaína por 2 a 1 e não foi hostilizado. Em 2011, ele se aposentou vestido de vermelho e preto, no Engenhão, muito festejado pelos rubro-negros.

Ronaldinho sabe o que o espera, mas não demonstra qualquer tipo de sentimento especial para o jogo de domingo. A partida será às 16h (de Brasília), válida pela 32ª rodada. O Olímpico não é mais um território dele e, dependendo do que ele fizer em campo, o estrago pode ser ainda maior

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/10/de-idolo-traidor-r10-repete-no-sul-historia-de-outros-mitos-vaiados.html

Protesto censurado: polícia proíbe faixas contra Ronaldinho Gaúcho


Comando do BOE promete vetar ingresso de qualquer mensagem ofensiva

Por Eduardo Cecconi Porto Alegre

Protesto de gremistas contra Ronaldinho Gaúcho (Foto: Blog Grêmio Libertador/Divulgação)Integrantes do blog recorreram à justiça comum
(Foto: Blog Grêmio Libertador/Divulgação)

Amparado no artigo 13 do Estatuto do Torcedor, o comando do Batalhão de Operações Especiais (BOE) promete censurar qualquer manifestação por escrito programada pelos torcedores do Grêmio em protesto contra Ronaldinho Gaúcho. Grupos de gremistas mobilizaram-se criando faixas com a inscrição "Pilantra" e notas de dinheiro com o rosto do jogador do Flamengo, para usar na partida das 16h de domingo, no Estádio Olímpico.

O texto do artigo diz:
- Não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas. Inclusive de caráter racista ou xenofóbico.

Segundo avaliação do comando do BOE, responsável pelo policiamento no jogo Grêmio x Flamengo, mesmo sem referência a Ronaldinho Gaúcho a faixa "Pilantra" não será permitida. A polícia não explica, entretanto, como será o procedimento da revista nos portões para evitar a entrada das faixas e cédulas.

O Grêmio já foi comunicado. Segundo o diretor-administrativo Luiz Moreira, a responsabilidade é toda do BOE.
- Nos passaram alguma coisa sobre o Estatuto do Torcedor, e que não deixariam entrar nenhuma faixa de cunho agressivo. Agora, isso é com a Brigada Militar - afirmou.

Integrantes do blog Grêmio Libertador, idealizador das faixas, entraram com uma liminar na justiça comum para garantir a liberdade de expressão do protesto pacífico no jogo. Torcedores temem que a censura acirre os ânimos e desencadeie tumultos no acesso ao estádio.

Até o momento foram vendidas 300 faixas, outras 200 estão encomendadas, e a produção de mais 200 foi suspensa enquanto não sai a decisão sobre a liminar. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o jogo em Tempo Real, e a TV Globo transmite ao vivo para o Rio de Janeiro, às 16h.

Clique aqui e assista a vídeos do Grêmio


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/gremio/noticia/2011/10/protesto-censurado-policia-proibe-faixas-contra-ronaldinho-gaucho.html

Hypolito, sobre crise no feminino: ‘Não adianta criticar. Elas têm é que treinar’


Com apenas dois bronzes, meninas fazem campanha pífia no Pan. Campeão no solo no salto e por equipes, ginasta diz que união masculina é exemplo

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México

Diego Hypolito Ginástica Pan Guadalajara (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Diego dá puxão de orelhas nas meninas
(Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)

A ginástica brasileira masculina deixou o Pan de Guadalajara com uma vitória inédita por equipe e outras três medalhas: ouro de Diego Hypolito no solo e no salto e prata de Arthur Zanetti nas argolas. A feminina escapou de um vexame no último dia, quando Daniele, irmã de Diego, levou bronze no solo e na trave. A competição mexicana, no entanto, fez explodir uma crise interna. Problemas que começaram em torno de um tema: a possibilidade de se voltar a montar uma seleção permanente.
Diego Hypolito, depois das três medalhas, tentou encerrar o assunto. E deu um puxão de orelhas.
- Não adianta mais ficar criticando a situação. O que elas têm que fazer é pegar os aparelhos e treinar. Elas têm as mesmas oportunidades que nós temos. São tão talentosas quanto nós somos. Sobre a questão da união: elas têm que se unir mesmo. Se tem que ter seleção permanente ou não, não vem ao caso – disse o bicampeão mundial de solo (2005 e 2007).

A primeira voz a se levantar na discussão foi a de Daiane dos Santos, campeã mundial de solo em 2003. A gaúcha não só é a favor da seleção permanente como também sonha com o retorno do técnico ucraniano Oleg Ostapenko. Ele foi contratado para o ciclo olímpico de Atenas-2004 e demitido depois de Pequim-2008.
Neste ano, Oleg retornou ao Brasil para tocar o projeto em parceria com a Federação Paranaense de Ginástica, presidida por Vicélia Florenzano. Foi ela quem na época à frente da Confederação Brasileira de Ginástica, contratou o treinador para a seleção.

Ginástica Daniele Hypolito Pan-Americano Guadalajara (Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm)Daniele é contra a volta da seleção permanente
(Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Daniele Hypolito e Jade Barbosa, atletas do Flamengo, são contra a formação de uma equipe permanente. Não têm boas lembranças dos tempos de treinamentos duros de Oleg, em Curitiba. Querem permanecer no Rio de Janeiro, com seus treinadores.
Segundo o chefe da equipe em Guadalajara, Leonardo Finko, a seleção masculina permanente só depende de um espaço físico, no Rio de Janeiro, para retornar. A feminina dependerá da decisão da coordenadora Georgette Vidor.
As brigas internas se tornaram insuportáveis depois do Mundial de Tóquio, onde as meninas saíram sem medalhas e sem a vaga por equipes para os Jogos de Londres. Na chegada a Guadalajara, elas se reuniram para “lavar roupa suja”.

Para Finko, o problema foi causado por estresse de competição. “Coisas de seleção feminina”, disse.

Problema que precisa ser resolvido até janeiro, quando, em Londres, elas terão a última chance para se classificarem às Olimpíadas. Serão quatro vagas entre oito concorrentes.

- Se disser que somos um grupo, estarei mentindo – disse Adrian Gomes, quarta colocada no salto em Guadalajara.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/hypolito-sobre-crise-no-feminino-nao-adianta-criticar-elas-tem-e-que-treinar.html

Mamãe Juliana Veloso fica longe do pódio no trampolim, mas sai satisfeita


Saltadora brasileira teve filho em 2009 e engordou 32kg. Retorno aos Jogos Pan-Americanos em plena forma física é comemorado pela atleta

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México

A mãe de Pedro poderia sonhar com um resultado melhor do que o sexto lugar na final do trampolim de 3 metros dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Mas, para quem teve filho há dois anos e engordou 32 kg na gestação, o desempenho foi considerado ótimo pela própria atleta. A saltadora brasileira de 30 anos somou 327.70 pontos. Para delírio da torcida, a campeã foi a mexicana Laura Sanchez, que somou 374.60.
- Eu engordei 32kg, e nunca fui tão seca quanto estou hoje. Nunca estive tão bem. Tanto fisicamente quanto em condição de treino. Estou muito mais madura para treinar. Meu treino é muito mais objetivo, mais qualidade. Eu mesma duvidei que pudesse voltar à forma. Hoje posso falar, 30 é muito bom - afirmou Juliana.

juliana veloso saltos ornamentais pan (Foto: AP)Juliana Veloso ficou no sexto lugar na final do trampolim de três metros em Guadalajara (Foto: AP)

A segunda pontuação mais alta da brasileira veio logo no primeiro salto, quando somou 68.20. Em seguida, fez 64.50 e 58.50. Nas duas últimas tentativas, Juliana alcançou mais dois bons somatórios: 67.50 e 69.

- Eu fiquei muito satisfeita, consegui me superar em todos os sentidos. Eu podia ter feito saltos melhores, mas não fiz nenhuma grande besteira. Fiz uma pontuação que seria final em qualquer campeonato mundial. Saio daqui satisfeita. Missão cumprida. - disse a saltadora, que durante o dia falou com o filho Pedro, que ficou no Brasil, pela internet.

Juliana Veloso conquistou duas medalhas em Santo Domingo-2003 (prata na plataforma de 10m e bronze no trampolim de 3m) e uma no Pan do Rio (bronze na plataforma de 10m).

Na final da plataforma sincronizada masculina, Hugo Parisi Rui Marinho terminaram em sexto lugar, com 373.65. A dupla mexicana formada por Ivan Garcia e German Sanchez fez 373.65 e levou o ouro.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/mamae-juliana-veloso-fica-longe-do-podio-no-trampolim-mas-sai-satisfeita.html

Brasil repete vexame, cai diante de dominicanos e é eliminado na 1ª fase


Com 20 pontos de vantagem no terceiro quarto, equipe de Rubén Magnano volta a sofrer apagão e leva nova virada; briga agora é pela quinta posição

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Guadalajara, México

O roteiro foi o mesmo da noite anterior. De diferente, apenas o adversário e o momento do apagão. Após ter uma vantagem de 20 pontos contra a República Dominicana, o Brasil perdeu o controle do jogo no último quarto e repetiu o vexame da partida contra os Estados Unidos. Com a derrota por 85 x 77, a seleção de Rubén Magnano se despediu da briga por uma medalha nos Jogos Pan-Americanos nesta sexta e terá que se contentar com a disputa pelo quinto lugar. Enquanto isso, dominicanos, que fizeram a festa dentro de quadra após a partida, vão para a semifinal.
- Sempre falo que uma partida perdida é um aprendizado. Mas, menos de 24 horas depois (da derrota para os Estados Unidos), parece que não aprendemos nada. Quanto tempo mais vamos precisar para aprender? - disse Rubén Magnano após a partida.

marcelinho machado basquete brasil x república dominicana pan (Foto: Reuters)Murilo e Marcelinho Machado deixam a quadra cabisbaixos (Foto: Reuters)

O grande nome do jogo foi Jack Martinez. Com 22 pontos, o dominicano infernizou a marcação brasileira e deixou a quadra exaltado pela torcida mexicana. Para ele, a vitória em Guadalajara teve gosto de revache por conta da derrota na semifinal da Copa América de Mar del Plata, que valeu a vaga olímpica para o Brasil.
- É uma revache, claro. Nos últimos anos, perdemos muitos jogos para eles. Em Mar del Plata, vencemos um jogo, mas perdemos o que realmente valia algo. Ficamos muito felizes por vencer aqui. Eu me sinto muito bem em eliminar o Brasil.
Durante a partida, o Brasil se cansou de cometer erros. Assim como na derrota para os Estados Unidos, no entanto, conseguiu abrir uma boa vantagem no placar. De nada adiantou. Os dominicanos passaram a marcar sob pressão e conseguiu a virada. Marcelinho Machado, com 17 pontos, foi o cestinha da equipe brasileira.

O jogo
Após a derrota contra os Estados Unidos, a seleção tinha pedido cuidado com um dominicano em especial: Jack Martinez. E foi justamente ele quem fez a diferença no primeiro quarto. O ala, destaque da equipe na campanha da Copa América, brilhava com belos passes, rebotes nos garrafões e oito pontos no primeiro quarto. Do outro lado, o Brasil teimava nos arremessos de três, quase todos com a mira desregulada. No fim, vantagem rival de 20 a 19.
A mira brasileira melhorou no segundo quarto. Nos dois primeiros lances, a seleção já havia tomado a dianteira no placar. Após belo passe de Marcelinho, Cristiano Felício conseguiu bela infiltrada e uma enterrada sensacional, chegando a seis pontos de vantagem: 30 a 24.

Wellington Santos - Basquete - Brasil x Republica Dominicana (Foto: Agência Reuters)Nezinho realiza bandeja (Foto: Agência Reuters)

Mais uma vez, a seleção deixou os dominicanos encostarem e a diferença caiu para um ponto. A sorte, porém, é que Jack Martinez passou a errar tanto quanto os brasileiros. Uma bandeja de Nezinho, em contra-ataque rápido após bola recuperada na defesa, deixou o Brasil cinco pontos à frente, com 38 a 33. As duas seleções perdiam ataques em sequência, mas o time de Magnano terminou o primeiro tempo à frente: 40 a 33.

O segundo tempo começou com uma cesta de três de Marcelinho. Com 11 pontos à frente no placar, a seleção chegou a ensaiar um novo apagão, assim como no terceiro quarto da partida contra os Estados Unidos. Benite, de três, e Marcelinho, com quatro cestas em sequência, e Murilo, em novo arremesso de três, deixaram o Brasil com vantagem de 15 pontos no placar. Depois, chegou a abrir 66 a 46. Porém, os 20 pontos viraram 13 ao fim do terceiro quarto.

E toda esta vantagem foi embora nos últimos dez minutos. A virada veio faltando três minutos, quando o desespero bateu à porta dos brasileiros. Marcelinho Machado tentou um arremesso de três e a bola não deu nem aro. No contra-ataque, Victor Luz fez uma bandeja, sofreu a falta e colocou a República Dominicana na frente: 75 a 72.

A partir daí, foi um festival de erros de um lado e acertos do outro. A torcida exaltava Martinez, cestinha do jogo com 22 pontos. Magnano ainda pediu tempo e tentou dar novo ânimo aos atletas, mas a equipe não conseguiu se recuperar do novo golpe. No fim, com 29 a 8 no último quarto, os dominicanos iniciaram uma festa, com dança e gritos no centro da quadra, enquanto os brasileiros se despediam cabisbaixos.

soliver martinez basquete brasil x república dominicana pan (Foto: Reuters)Martinez, à frente, comemora a vaga nas semifinais em Guadalajara (Foto: Reuters)

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Diego leva, no salto, o terceiro ouro e ganha presente: será o porta-bandeira


Adversário erra, e brasileiro se despede com 100% de aproveitamento.
No domingo, ele vai carregar a bandeira na cerimônia de encerramento

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México

ginastica Diego Hypolito na final do salto no Pan de Guadalajara (Foto: Ricardo Bufolin / Photoegrafia)Diego fecha a tampa com três ouros
(Foto: Ricardo Bufolin / Photoegrafia)

As principais metas já estavam cumpridas, mas Diego Hypolito queria outra medalha. Após dois ouros, não se importaria com a cor. Campeão do solo e por equipes, foi à final do salto para sua despedida dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Previa uma prata, mas viu o chileno Tomás González, seu principal adversário, errar feio. E levou o Brasil mais uma vez ao topo do pódio. Tomás terminou em segundo, e o canadense Hugh Smith ficou com o bronze.

Pouco antes da confirmação do ouro, recebeu um presente: será o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento, no domingo. Depois, outro: a irmã, Daniele, conquistou dois bronzes: na trave e no solo.

Nas barras paralelas, Sérgio Sasaki suportou as dores no pé direito, mas terminou em quinto. Petrix Barbosa foi quarto na barra fixa.
A ginástica fecha o Pan de Guadalajara com seis medalhas: três ouros (equipe masculina, solo e salto com Diego Hypolito), uma prata (Arthur Zanetti nas argolas) e dois bronzes (Daniele no solo e no salto).  Diego, bicampeão do solo e do salto, tinha sido prata por equipes no Pan do Rio. Já classificado no solo para as Olimpíadas de 2012, o ginasta tentará, em janeiro, já em Londres, as outras duas vagas.

Nesta sexta, ele foi o primeiro a se apresentar. Ali ao lado, sua irmã, Daniele, aguardava para entrar em ação e buscar uma medalha na trave. Na véspera, o ginasta previa que Tomás González levaria a melhor. Dizia que seu objetivo era apenas competir bem e não sair da linha. Meta cumprida, nota 15.875. Bastava esperar os adversários.

Foi então que Bernard Rajzman, chefe da missão brasileira, desceu à àrea de competição e deu a notícia de que ele seria o porta-bandeira.
- Fiquei muito feliz, foi logo depois que eu saltei. Aí falei "Agora eu vou ganhar. Tenho carregar a bandeira com três ouros".
Ginástica Diego Hypolito Pan-Americano Guadalajara (Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm) Diego vai gaurdar os mascotes do Pan
(Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Salto a salto, Diego viu os adversários caírem, literalmente. O americano Paul Ruggeri foi o primeiro a errar. Depois, o portorriquenho Luis Rivera. Foi então a vez de Tomás. No primeiro salto, uma queda surpreendente.

- Se você tem uma falha, não tem segunda chance. Mesmo considerando o Tomás o melhor no salto, consegui ser o primeiro e ir bem. Isso joga a responsabilidade sobre o outro atleta.

Diego nem prestou atenção no antepenúltimo ginasta, o mexicano Javier Cervantes. Pegou um telefone e ficou de costas para a competição. Falava com a família, no Brasil. Depois se virou, mas ainda continuou por alguns minutos atento à tela do celular. Viu Daniele competir, se desequilibrar da trave, mas levar o bronze.
E voltou a falar ao telefone. Só desligou minutos antes de ver, no telão, as notas do canadense Hugh Smith e a confirmação de mais um ouro e mais um mascote para a coleção.
- Vou guardá-los. Por sorte ganhei o amarelo na equipe, o azul no solo e agora o rosa no salto.

Final do salto masculino:
Diego Hypolito BRA - 15.875
Enrique Tomás González CHI – 15.587
Hugh Smith CAN – 15.575
Angel Ramos PUR – 15.487
Scott Alexander Morgan CAN - 15.350
Javier Cervantes MEX - 15.337
Paul Ruggeri EUA - 14.862
Luis Rivera PUR – 14.450

FONTE:



Quarteto masculino copia as moças, voa na pista e leva o ouro no 4x100m


Equipe brasileira deixa os rivais comendo poeira no revezamento em Guadalajara e iguala o recorde pan-americano, que durava desde 1999

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México

Se as meninas tinham brilhado meia hora antes, os rapazes não quiseram ficar para trás em Guadalajara. A equipe brasileira do revezamento 4x100m não tomou conhecimento dos rivais nesta sexta-feira, botou todo mundo para comer poeira e ganhou com folga mais uma medalha de ouro para o atletismo verde-amarelo. Quando Bruno Lins recebeu o bastão para a última parte da prova, a diferença para o segundo colocado já era gritante e o tetracampeonato pan-americano estava assegurado. Ainda assim, ele apertou o passo e igualou o recorde pan-americano, com o tempo de 38s28. A prata ficou com São Cristóvão e Neves (38s81), e o bronze é dos Estados Unidos (39s17).

Pan atletismo revezamento 4x100m Bruno Lins (Foto: AP)Bruno Lins vibra após fechar o revezamento 4x100m nesta sexta-feira em Guadalajara (Foto: AP)

Bruno só não conseguiu escapar da marcação cerrada do controle antidoping. Após a suspensão por dois anos, ele voltou agora e, pelo segundo dia seguido em Guadalajara, viu o fiscal o chamando logo após a prova.
- Antidoping de novo? É o segundo, fiz um ontem. E aquela sala está uma bagunça. Mas foi bom, está valendo tudo. Nós fomos bem, fomos ouro e igualamos o recorde. O bronze nos 200m ficou amargo, apesar de ser uma medalha importante. Mas, hoje, nós quatro mostramos que estamos bem. Estou muito feliz – festejou o brasileiro.
Ailson Feitosa abriu a prova para o Brasil e passou o bastão para Sandro Viana. O Brasil começou a disparar e, quando Nilson André começou a correr, o ouro já parecia garantido. Nilson passou o bastão para Bruno, que já tinha uma enorme vantagem para os rivais. O recorde pan-americano tinha sido quebrado em Winnipeg, no Canadá, em 1999, e agora o quarteto brasileiro iguala a marca 12 anos depois.
- A gente está muito bem preparado, muito bem treinado. Foi muito emocionante correr desse jeio: forte e igualando o recorde. Agora, é treinar para continuar dando certo. Quando é ouro a gente nem tem muito o que falar – disse Nilson André.

Quando Bruno cruzou a linha de chegada e se jogou no chão, logo os companheiros vieram para festejar com ele. De forma meio desajeitada, é verdade, com um caindo por cima do outro, mas àquela altura valia a festa. O ouro completou a dobradinha do masculino com o feminino no revezamento.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/brasileiros-voam-em-guadalajara-e-levam-o-ouro-no-revezamento-4x100m.html

Brasileiras vencem o 4x100m e dão prévia da festa com samba na pista


Rosângela Santos, que já tinha sido ouro nos 100m rasos, fecha a prova e ainda mostra fôlego para dançar com a companheira Ana Claudia Lemos

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México

As meninas do Brasil brilharam nesta sexta-feira e conquistaram o ouro no revezamento 4x100m feminino. Assim que cruzaram em primeiro, já deram uma prévia de que a festa vai ser boa, com sambinha na pista e fôlego de sobra. Se bem que para Rosângela Santos nunca faltou gás neste Pan-Americano. Campeã dos 100m rasos, foi ela quem se encarregou de garantir o alto do pódio para o Brasil. A equipe largou na frente com Ana Cláudia Lemos, manteve-se na liderança com Vanda Gomes e chegou a cogitar a prata com Franciela Krasucki. Rosângela, no entanto, tratou de garantir o triunfo.

Comemoração dos atletas brasileiras no revezamento 4x100m no Pan de Guadalajara (Foto: Martin Bernetti/AFP)Ana Cláudia e Rosângela festejaram com sambinha na pista mexicana (Foto: Martin Bernetti/AFP)

A arrancada de Rosângela nos 100m finais foi tamanha que ainda impôs diferença consideravel sobre o tempo das norte-americanas: 42s85 das brasileiras contra 43s10 da equipe dos Estados Unidos. A Colômbia concluiu a prova em 43s44 e ficou com a medalha de bronze. Ao final da prova, a campeã dos 100m rasos teve dificuldade em desacelerar para posar para as fotos.
- Tem que ter pique para passar. Tava difícil, elas estavam na frente, mas conseguimos graças a Deus. Agora é dormir até amanhã. Se bem que vai ter uma baladinha, hoje eu mereço - disse Rosângela ao justificar a disposição.

revezamento 4x100 feminino Pan Rosângela Santos Franciela Krasucki (Foto: AFP)Rosângela pega o bastão passado por Franciela para a última parte da prova (Foto: AFP)

A vitória brasileira começou a ser desenhada na ótima largada da musa Ana Cláudia Lemos de Silva. Ouro nos 200m, passou o bastão a Vanda Gomes com boa margem de vantagem sobre as demais equipes. Vanda Gomes soube manter o bom ritmo da companheira, sabendo superar a medalhista de prata dos 100m rasos feminino, a norte-americana Barbara Pierre. Mas demorou na entrega a Franciela Krasucki, que perdeu no confronto pessoal com a norte-americana Yvette Christine Lewis, campeã nos 100m com barreiras em Guadalajara.

Na disputa pela medalha nos 100m finais, melhor para a Rosângela Santos que provou estar um nível acima das demais competidoras neste Pan-Americano. Nova vitória, nova dancinha, desta vez no ritmo de samba com as companheiras de equipe.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/brasil-e-ouro-no-revezamento-4x100m-feminino.html

Brasil supera próprios erros, vence a Argentina e vai buscar o ouro na final


De virada, seleção derrota hermanos e espera por Cuba ou México na decisão

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Guadalajara, México

A ida para a final veio com muitos erros e alguns sustos. Um início ruim e um apagão no segundo set deram a impressão de que o dia seria da Argentina. A situação, então, mudou. Com os nervos controlados, a seleção brasileira soube superar as próprias falhas para virar o jogo, derrotar os hermanos em 3 sets a 1, parciais 26/28, 27/25, 25/22 e 25/15, e garantir o lugar na final dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

- Fomos bem abaixo das outras partidas. Eles têm um time muito técnico, que chega a irritar às vezes. Fomos mal no primeiro set, começamos bem o segundo, mas sofremos um apagão que não pode acontecer. Acho que foi um pouco de acomodação. Entraram jogadores que a gente não conhecia, que mudaram um pouco o jogo, mas conseguimos nos organizar e voltar ao jogo - disse o levantador Bruninho, após a partida.

A final será neste sábado, às 23h (de Brasília), contra Cuba. Na outra semifinal, os caribenhos sofreram mas venceram o México por 3 sets a 2.
vôlei brasil x argentina pan-americano  gustavo (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)Chupita, Gustavo e Wallace comemoram ponto na vitória brasileira  (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)

Foi a Argentina quem começou melhor. Com boas jogadas pelas pontas, os hermanos conseguiam explorar bem o bloqueio brasileiro. A equipe verde-amarela tentava se manter na cola no placar, mas sem passar à frente em nenhum momento. Chupita ainda conseguiu salvar um set point, empatando o jogo em 24/24. Wallace de Souza, no entanto, mandou na rede a sequência da parcial: 28/26, em 28 minutos.

O Brasil voltou melhor para o segundo set. Com o 10/9 no placar, construiu sua melhor vantagem quando Wallace foi para o saque. Os argentinos tiveram problemas de recepção, e a seleção chegou a ter 16/9. Foi a vez dos hermanos reagirem.
À base dos ataques de Pereyra, que terminou o jogo com 20 pontos, os argentinos encostaram e empataram em 24/24. O Brasil se complicou após saque de Thiago Alves para fora. Se o bloqueio brasileiro havia funcionado poucas vezes até então, Gustavo subiu mais alto que o mesmo Pereyra para mandar a bola ao chão e encerrar a parcial em 27 a 25.

vôlei brasil x argentina pan-americano  bruninho (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)Bruninho disputa bola pelo alto com Giustiniano
(Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)

A partida continuou equilibrada no terceiro set. O Brasil não conseguia se distanciar no placar e, do outro lado, Pereyra, Giustiniano e Quiroga davam trabalho. Mas dois erros argentinos em sequência levaram a seleção a ter 15/11 no placar, maior diferença do set.
O bloqueio brasileiro seguia sem funcionar, e os argentinos voltaram a encostar. Foi então que Gustavo, mais uma vez, chamou a responsabilidade e conseguiu parar o ataque de Pereyra na rede. Na comemoração, deu dois tapas no braço esquerdo e pediu vibração ao time. Quando os hermanos voltaram a ficar a apenas um ponto, foi o veterano que, em um ataque pelo meio, voltou a desafogar. Um saque na rede de Giustiniano deu a vitória na parcial para o Brasil: 25/22.

No quarto set, Thiago Alves, com um belo ataque da linha dos três metros, marcou o primeiro ponto do Brasil e mostrou que o time estava disposto a fechar a partida o quanto antes. Logo de cara, a equipe abriu 4/1, com dois bonitos lances de Wallace, um no bloqueio e outro no ataque. Mais tarde, em uma sequência de quatro saques de Renato, que entrou no lugar do apagado Chupita, chegou a fazer 13/6. A partir daí, com os argentinos sem força para reagir, restou aos brasileiros administrar a vantagem: 25/15 e vaga garantida na decisão deste sábado.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/brasil-supera-proprios-erros-vence-argentina-e-vai-buscar-o-ouro-na-final.html