A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
É preciso saber levar vantagem em tudo, certo? O Fluminense soube fazer
valer a frase dita por um ídolo de sua história, Gerson, em antiga
propaganda de cigarro, e tirar proveito de ter um jogador a mais em
campo para vencer o Sport, por 1 a 0, neste sábado, no estádio Raulino
de Oliveira, em Volta Redonda. O gol salvador foi marcado por Samuel,
aos 37 minutos do segundo tempo. Na comemoração, o atacante tirou a
camisa, jogou-a no chão e exibiu seus músculos para a torcida que
compareceu ao estádio e para as câmeras da TV, à la Balotelli, que fez
gesto parecido após marcar pela Itália na última Eurocopa. O público
presente foi de 7.096 pessoas, com 5.283 pagantes, que proporcionaram
uma renda de R$ 68.590.
O resultado deixou o time carioca com 39 pontos, assim como o líder Atlético-MG, porém com dois jogos a mais. E o time pernambucano, que perdeu Tobi aos 34 do segundo tempo, completou sua nona partida sem vencer, sendo que nas últimas seis sem fazer um gol sequer. Permanece na zona de rebaixamento, em 18º lugar, com 14 pontos.
Pouco antes do início do jogo, a torcida do Fluminense homenageou um jogador adversário, gritando da mesma forma como fazia há uma década: "Ah, Magno Alves; ah, Magno Alves". O atacante era o maior artilheiro do clube em Campeonatos Brasileiros (com 43 gols), até ser ultrapassado por Fred no mês passado.
Magno Alves teve atuação discreta. Quem se destacou no Sport foi o goleiro Magrão, autor de três defesas difíceis, uma delas em lance plástico, após cabeçada de Wagner.
- Falta um pouco de confiança aos jogadores. A equipe está lutando, infelizmente não conseguimos segurar o Fluminense, mas nosso grupo está trabalhando para reverter essa situação - disse o goleiro, citado por quase todos os tricolores na saída de campo.
- Quase o goleiro deles acabou com a nossa festa. Era uma noite muito feliz para ele. Tentávamos de todas as maneiras, mas não conseguíamos - afirmou o lateral-direito Wallace.
Na 19ª rodada, a última do turno, o Fluminense enfrentará o Vasco, no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão. No dia seguinte, às 18h30m, o Sport também fará um clássico local, contra o Náutico, na Ilha do Retiro.
Flu cria, mas não marca
Com oito desfalques, o técnico Abel Braga temeu por ficar sem mais um titular, quando com um minuto de jogo houve um choque fortíssimo entre Willian Rocha e Wallace. O lateral-direito do Flu saiu de maca, mas se recuperou e voltou a campo. No entanto, seria substituído no intervalo, por Diguinho, que perdeu para Valencia a disputa pela vaga de Edinho.
O Sport, que só vai estrear o técnico Waldemar Lemos na próxima rodada, iniciou o jogo sem se intimidar por estar fora de casa. Teve ótima oportunidade de marcar logo aos cinco minutos: Willian Rocha fez belo lançamento para Rithely, que diante de Cavalieri tocou de lado, mas a bola saiu perto da trave esquerda do goleiro. A resposta do Fluminense veio com sua jogada característica, a bola alta na área. Thiago Neves, o novo camisa 10 tricolor, cobrou falta da intermediária, Leandro Euzébio cabeceou, e Magrão fez grande defesa.
O time pernambucano marcava forte no meio de campo e dificultava muito a armação ofensiva do adversário. Mesmo assim, Wagner teve uma chance de ouro para marcar, ao penetrar sozinho na área pela esquerda e na saída de Magrão tentar colocar a bola no lado oposto, mas ela saiu pela linha de fundo, quase tocando o pé da trave. Cada time teve uma boa chance em cobrança de falta. Thiago Neves mirou o ângulo esquerdo de Magrão e falhou por pouco. E Cavalieri quase foi traído com um desvio em chute de Hugo, mas se recuperou a tempo, espalmando para escanteio.
A partir dos 30 minutos, o Flu começou a tomar conta do meio de campo e empurrou o Sport para a defesa, onde deixava um buraco no seu lado direito. Thiago Neves, completamente livre na área, teve ótima oportunidade, ao matar no peito e bater mal de pé direito, pela linha de fundo.
Com um a mais, Flu chega ao gol
Ao trocar Wallace por Diguinho, Abel deslocou Jean para a lateral direita. E foi em um lançamento de Diguinho, logo aos dois minutos, que o Fluminense criou sua primeira oportunidade de gol na etapa final. Thiago Neves se aproveitou de cochilada de Cicinho e cruzou para Wagner cabecear para o chão, no contrapé de Magrão, que fez excelente defesa.
A configuração da partida era a mesma do fim da primeira etapa: o time da casa no ataque, e os visitantes tentando o contragolpe. Num deles, Rithely recebeu de Magno Alves na área e bateu de pé esquerdo, mas Cavalieri fez difícil e segura defesa. No entanto, o time mais perigoso era o Flu. Quando Magrão foi enfim vencido, em conclusão de Thiago Neves, Diego Ivo salvou. A partir daí, o Tricolor diminuiu seu ritmo e já não ameaçava tanto o adversário, que passou a ter mais presença no ataque, mas também sem criar grandes coisas.
O árbitro Leandro Vuaden, que já havia sido alvo de muitas reclamações dos dois bancos durante o jogo, voltou a ser criticado asperamente, desta vez pelo técnico interino do Sport, Gustavo Bueno, por não ter marcado falta em Hugo perto da área, e o expulsou. No primeiro tempo ele já havia mandado embora o preparador físico do Rubro-Negro, Eduardo Batista. E no lance do choque entre Wallace e Willian Rocha, Abel ficou revoltado por não ter expulsado o jogador do Sport, mas o árbitro não deve ter ouvido os impropérios do técnico por estar no lado oposto do campo.
O jogo só voltou a ter um momento de emoção aos 33, quando, num lançamento alto na área, Gum entrou sozinho e tocou na bola, mas Magrão novamente salvou o time de Recife. Um minuto depois, Tobi deu uma entrada dura em Thiago Neves no meio do campo, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. E o Tricolor se aproveitou bem da vantagem. Aos 38, Carlinhos cruzou da esquerda, Samuel desviou a bola com leve toque, e ela entrou no canto esquerdo do goleiro do Sport, que só ficou olhando: Flu 1 a 0. Na comemoração, o atacante tricolor comemorou à la Balotelli e levou cartão amarelo. Com a torcida em festa e o adversário abalado, o time carioca continuou no ataque e teve chances de fazer o segundo, mas não foi preciso para vencer.
O resultado deixou o time carioca com 39 pontos, assim como o líder Atlético-MG, porém com dois jogos a mais. E o time pernambucano, que perdeu Tobi aos 34 do segundo tempo, completou sua nona partida sem vencer, sendo que nas últimas seis sem fazer um gol sequer. Permanece na zona de rebaixamento, em 18º lugar, com 14 pontos.
Pouco antes do início do jogo, a torcida do Fluminense homenageou um jogador adversário, gritando da mesma forma como fazia há uma década: "Ah, Magno Alves; ah, Magno Alves". O atacante era o maior artilheiro do clube em Campeonatos Brasileiros (com 43 gols), até ser ultrapassado por Fred no mês passado.
Magno Alves teve atuação discreta. Quem se destacou no Sport foi o goleiro Magrão, autor de três defesas difíceis, uma delas em lance plástico, após cabeçada de Wagner.
- Falta um pouco de confiança aos jogadores. A equipe está lutando, infelizmente não conseguimos segurar o Fluminense, mas nosso grupo está trabalhando para reverter essa situação - disse o goleiro, citado por quase todos os tricolores na saída de campo.
- Quase o goleiro deles acabou com a nossa festa. Era uma noite muito feliz para ele. Tentávamos de todas as maneiras, mas não conseguíamos - afirmou o lateral-direito Wallace.
Na 19ª rodada, a última do turno, o Fluminense enfrentará o Vasco, no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão. No dia seguinte, às 18h30m, o Sport também fará um clássico local, contra o Náutico, na Ilha do Retiro.
Samuel bate no peito na comemoração do gol da vitória tricolor (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Com oito desfalques, o técnico Abel Braga temeu por ficar sem mais um titular, quando com um minuto de jogo houve um choque fortíssimo entre Willian Rocha e Wallace. O lateral-direito do Flu saiu de maca, mas se recuperou e voltou a campo. No entanto, seria substituído no intervalo, por Diguinho, que perdeu para Valencia a disputa pela vaga de Edinho.
O Sport, que só vai estrear o técnico Waldemar Lemos na próxima rodada, iniciou o jogo sem se intimidar por estar fora de casa. Teve ótima oportunidade de marcar logo aos cinco minutos: Willian Rocha fez belo lançamento para Rithely, que diante de Cavalieri tocou de lado, mas a bola saiu perto da trave esquerda do goleiro. A resposta do Fluminense veio com sua jogada característica, a bola alta na área. Thiago Neves, o novo camisa 10 tricolor, cobrou falta da intermediária, Leandro Euzébio cabeceou, e Magrão fez grande defesa.
O time pernambucano marcava forte no meio de campo e dificultava muito a armação ofensiva do adversário. Mesmo assim, Wagner teve uma chance de ouro para marcar, ao penetrar sozinho na área pela esquerda e na saída de Magrão tentar colocar a bola no lado oposto, mas ela saiu pela linha de fundo, quase tocando o pé da trave. Cada time teve uma boa chance em cobrança de falta. Thiago Neves mirou o ângulo esquerdo de Magrão e falhou por pouco. E Cavalieri quase foi traído com um desvio em chute de Hugo, mas se recuperou a tempo, espalmando para escanteio.
A partir dos 30 minutos, o Flu começou a tomar conta do meio de campo e empurrou o Sport para a defesa, onde deixava um buraco no seu lado direito. Thiago Neves, completamente livre na área, teve ótima oportunidade, ao matar no peito e bater mal de pé direito, pela linha de fundo.
Com um a mais, Flu chega ao gol
Ao trocar Wallace por Diguinho, Abel deslocou Jean para a lateral direita. E foi em um lançamento de Diguinho, logo aos dois minutos, que o Fluminense criou sua primeira oportunidade de gol na etapa final. Thiago Neves se aproveitou de cochilada de Cicinho e cruzou para Wagner cabecear para o chão, no contrapé de Magrão, que fez excelente defesa.
A configuração da partida era a mesma do fim da primeira etapa: o time da casa no ataque, e os visitantes tentando o contragolpe. Num deles, Rithely recebeu de Magno Alves na área e bateu de pé esquerdo, mas Cavalieri fez difícil e segura defesa. No entanto, o time mais perigoso era o Flu. Quando Magrão foi enfim vencido, em conclusão de Thiago Neves, Diego Ivo salvou. A partir daí, o Tricolor diminuiu seu ritmo e já não ameaçava tanto o adversário, que passou a ter mais presença no ataque, mas também sem criar grandes coisas.
O árbitro Leandro Vuaden, que já havia sido alvo de muitas reclamações dos dois bancos durante o jogo, voltou a ser criticado asperamente, desta vez pelo técnico interino do Sport, Gustavo Bueno, por não ter marcado falta em Hugo perto da área, e o expulsou. No primeiro tempo ele já havia mandado embora o preparador físico do Rubro-Negro, Eduardo Batista. E no lance do choque entre Wallace e Willian Rocha, Abel ficou revoltado por não ter expulsado o jogador do Sport, mas o árbitro não deve ter ouvido os impropérios do técnico por estar no lado oposto do campo.
O jogo só voltou a ter um momento de emoção aos 33, quando, num lançamento alto na área, Gum entrou sozinho e tocou na bola, mas Magrão novamente salvou o time de Recife. Um minuto depois, Tobi deu uma entrada dura em Thiago Neves no meio do campo, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. E o Tricolor se aproveitou bem da vantagem. Aos 38, Carlinhos cruzou da esquerda, Samuel desviou a bola com leve toque, e ela entrou no canto esquerdo do goleiro do Sport, que só ficou olhando: Flu 1 a 0. Na comemoração, o atacante tricolor comemorou à la Balotelli e levou cartão amarelo. Com a torcida em festa e o adversário abalado, o time carioca continuou no ataque e teve chances de fazer o segundo, mas não foi preciso para vencer.
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