quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Tenius faz a ponte no Botafogo para Oswaldo se readaptar ao Brasil

Técnico passou cinco anos no Japão e conta com a ajuda do preparador de goleiros, que comandou o time nos últimos três jogos do Brasileiro deste ano

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
 
oswaldo de oliveira botafogo apresentação (Foto: Satiro Sodré / AGIF)Oswaldo de Oliveira na sua apresentação como
técnico do Botafogo (Foto: Satiro Sodré / AGIF)
 
Depois de comandar o Botafogo nas três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, o preparador de goleiros Flávio Tenius será a ponte que o técnico Oswaldo de Oliveira precisará para conhecer melhor o elenco. Ele ficou cinco anos no Kashima Antlers, do Japão, e ainda deve passar por um período de readaptação ao futebol brasileiro.

Oswaldo tem a missão de ajudar o grupo a recuperar a confiança depois da péssima sequência na reta final do Campeonato Brasileiro. O time estava com a vaga na Taça Libertadores do ano que vem na mão, mas deixou escapá-la por não conseguir uma vitória sequer nas seis últims rodadas da competição
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- Não vou dizer que ele está integrado completamente, mas a facilidade da informação deixa as pessoas mais próximas. Nós preparamos tudo, deixamos todas as informações sobre o elenco à disposição, com parte física, característica de cada um e em pouco tempo ele vai estar de novo ligado no futebol brasileiro. O clube ajuda, pois é muito organizado - disse Flavio, em entrevista à "Rádio Brasil".

Os jogadores do Botafogo se reapresentam no dia 4 de janeiro, em General Severiano. No dia 14, o grupo viaja para Saquarema, onde fará o complemento do trabalho da pré-temporada antes da estreia no Campeonato Carioca, dia 22, contra o Resende, no Engenhão.

Clique aqui e assista aos vídeos do Botafogo

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2011/12/tenius-faz-ponte-no-botafogo-para-oswaldo-se-readaptar-ao-brasil.html

RETROSPECTIVA 2011: soberano na praia, Brasil decepciona na quadra

Enquanto Juliana/Larissa e Alison/Emanuel embolsam todos os títulos na temporada, times de Bernardinho e Zé Roberto vão mal nos principais torneios

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
 
Giba comemora ponto do Brasil no vôlei contra o Japão (Foto: Divulgação / FIVB)Giba comemora ponto: seleção passa sufoco para
garantir presença em Londres-2012 (Foto:FIVB)
Um ano que ficará marcado na história do vôlei de praia brasileiro e que não trará saudade alguma para os fãs da quadra. Enquanto Juliana/Larissa e Alison/Emanuel levaram o país ao topo em todas as competições que disputaram, as seleções comandadas por Bernardinho e José Roberto Guimarães não fizeram jus ao status de favoritas e decepcionaram nos principais torneios do ano. No masculino, o ano só não foi perdido porque, na última rodada da Copa do Mundo, nos critérios de desempate, a equipe arrancou uma vaga para os Jogos de Londres-2012.

A alegria ficou por conta das seleções militares, que bateram a China no masculino e no feminino nos Jogos Mundiais, realizados no Rio de Janeiro, e da seleção masculina de vôlei sentado, ouro no Parapan de Guadalajara, no México. Nas areias, além da festa, também houve polêmica. O troca-troca de duplas uniu e separou velhos parceiros e formou um time de ocasião vitorioso. Enquanto Pedro Solberg era acusado por doping e, posteriormente, absolvido, Ricardo e Pedro Cunha se entrosaram para pescar alguns títulos e dar um passo juntos rumo às Olimpíadas

Na Superliga, os xarás Wallace Martins e Wallace Souza comandaram seus times rumo à decisão do título e ganharam chance no time nacional, enquanto Michael, do Vôlei Futuro, enfrentou o preconceito durante uma partida e assumiu publicamente ser homossexual. Entre as mulheres, Tandara pintou como destaque, e o Rio de Janeiro - que fez Fernanda Venturini largar a aposentadoria -, sagrou-se campeão pela sétima vez.

vôlei de praia Pedro Solberg na etapa da Finlândia (Foto: Divulgação FIVB)Pedro Solberg no retorno às competições após
suspensão por doping (Foto: Divulgação FIVB)
No início de julho, os líderes do ranking brasileiro Ricardo e Márcio encerraram a parceria de pouco mais de um ano. Ricardo optou por jogar com Pedro Solberg, que estava com Pedro Cunha desde o começo do ano. Márcio, por sua fez, decidiu se juntar ao ex-parceiro Benjamin, com quem disputou as Olimpíadas de Atenas, em 2004. No dia 13 de julho, porém, Solberg recebeu o aviso da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) de que havia testado positivo para o esteroide exógeno androstane e foi suspenso provisoriamente.

Com isso, Ricardo convidou Pedro Cunha para fazer uma parceria temporária, até que o caso do doping fosse resolvido. Enquanto o filho da ex-jogadora Isabel tentava provar a inocência, a dupla de ocasião ganhou os primeiros títulos. Quando pode voltar a jogar, ainda com o processo em andamento, Solberg se juntou a Ferramenta e conquistou um bronze na etapa do Marrocos do Circuito Mundial. Absolvido do processo após a realização de um terceiro teste, realizado na Alemanha, o atleta passou a treinar com Márcio, que desistiu da parceria com Benjamin.

Alison e Emanuel vibram com título em Roma (Foto: divulgação / FIVB)Alison e Emanuel erguem os troféus em Roma
(Foto: divulgação / FIVB)
No dia 19 de junho, um jejum de seis anos foi quebrado com estilo. Na decisão do Mundial feminino do vôlei de praia, em Roma, Juliana e Larissa conseguiram uma virada épica sobre as bicampeãs olímpicas Kerri Walsh e Misty. As hexacampeãs do Circuito Mundial saíram na frente, mas sofreram a virada no segundo set e chegaram a estar quatro pontos atrás no tie-break. Com sangue frio para salvar um match-point, as duas reverteram a vantagem e levaram a bandeira verde e amarela ao topo do pódio. Horas depois, Alison e Emanuel se sagraram campeões no confronto com os compatriotas Márcio e Ricardo, por 2 sets a 0. Foi o primeiro título mundial de Alison e o terceiro de Emanuel.

As duplas, que também foram vitoriosas no Circuito Brasileiro, no Circuito Mundial e nos Jogos Pan-Americanos, chegam como favoritas aos Jogos Olímpicos de 2012.

Juliana e Larissa vencem a final de Roma (Foto: Divulgação/CBV)Juliana e Larissa vibram e se abraçam após reação incrível sobre americanas (Foto: Divulgação/CBV)
vôlei Wallace Sesi (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Wallace Martins celebra com o treinador Giovane
Gávio (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
Aos 28 anos, Wallace Martins apresentou seu cartão de visitas. Após quatro temporadas no Bolívar, da Argentina, o oposto foi contratado pelo Sesi e não decepcionou. Em um time de estrelas da seleção, como Murilo, Serginho e Sidão, o carioca chamou a responsabilidade e foi o maior pontuador da Superliga, com 573 acertos. A atuação rendeu a primeira convocação da carreira para a equipe de Bernardinho, pela qual disputou a Liga Mundial, o Campeonato Sul-Americano e, sob o comando do auxiliar técnico Rubinho, os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

A seleção feminina encheu o calendário de torneios mas, nos dois principais, decepcionou. No Grand Prix, o Brasil chegou invicto à decisão contra os Estados Unidos, tendo inclusive derrotado as rivais na fase inicial. Na partida que valeu o ouro, porém, o time esteve irreconhecível em quadra e perdeu por 3 sets a 
0. No Mundial, no Japão, o tombo foi ainda maior. A confiança conquistada com o ouro nos Jogos Pan-Americanos foi embora já no primeiro jogo, com novo revés para as americanas. O time de José Roberto Guimarães sofreu com desfalques por lesão e acumulou outros tropeços. A equipe verde e amarela terminou o torneio, vencido pela Itália, na quinta colocação e não conseguiu vaga antecipada para Londres-2012.

José Roberto Guimarães, final Grand Prix volei (Foto: Divulgação / FIVB)Zé Roberto tenta orientar o time durante a péssima atuação na final do Grand Prix (Foto: Divulgação / FIVB)
No masculino, a agenda não foi tão cheia, mas a seleção perdeu os principais torneios intercontinentais de que participou. Na Liga Mundial, sofreu duas derrotas para os Estados Unidos na fase classificatória. Na fase final, como já estava classificado para as semis, o Brasil encarou a Rússia com um time misto e perdeu por 3 sets a 0. Na decisão, novamente contra os europeus, a equipe de Bernardinho foi batida no tie-break e viu o sonho do decacampeonato ser adiado. No Campeonato Mundial, principal compromisso do ano, Serginho e Bernardinho trocaram ofensas (veja no vídeo), e o grupo perdeu para Itália, Cuba e Sérvia A classificação para as Olimpíadas veio apenas na última rodada, nos critérios de desempate.

Atual campeã Mundial, a Rússia foi atropelada pelo Brasil no Grand Prix e, nas semifinais do Campeonato Europeu, caiu diante da Turquia, equipe comandada pelo brasileiro Marco Aurélio Motta. Fora da decisão, o time de Gamova não se classificou para a Copa do Mundo e viu a Itália ser convidada pela Federação Internacional de Vôlei.

grand prix de volei - gamova da russia desapontada (Foto: Divulgação/FIVB)Desapontada com atuação pífia no Grand Prix, Gamova aplica gelo no ombro (Foto: Divulgação/FIVB)
No início de abril, Michael, do Vôlei Futuro, foi hostilizado pela torcida mineira na primeira partida do confronto com o Cruzeiro pelas semifinais da Superliga masculina, e o clube de Araçatuba protestou publicamente. Dias depois, o meio de rede assumiu ser homossexual e recebeu manifestações de apoio dos colegas de time.

No jogo da volta, a equipe paulista homenageou o atleta com bandeirões, camisas e muita festa, e saiu vitoriosa em quadra. No desempate em Minas, o Cruzeiro levou a melhor e garantiu vaga na final contra o Sesi.

Bandeira Vôlei Futuro Michael (Foto: João Gabriel Rodrigues /  GLOBOESPORTE.COM)Bandeirão na quadra do Vôlei Futuro no 2º jogo da semifinal da Superliga (Foto: João Gabriel Rodrigues)
 
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É o número de títulos que o Rio de Janeiro conquistou na Superliga feminina com a vitória sobre o Osasco na temporada 2010/2011 É a idade de Fernanda Venturini, a jogadora mais velha inscrita na Superliga 2011/2012. A levantadora abandonou a aposentadoria após 3 anos e meio Foi o placar do segundo set do duelo entre Brasil e Argentina pelas semifinais da Liga Mundial. Na decisão, time verde e amarelo perdeu o título para a Rússia.
comemoração do vôlei sentado no Parapan (Foto: Fotocom.net)Na comemoração do bicampeonato parapan-americano, a seleção masculina de vôlei sentado celebra como
o time de Bernar
dinho: mesmo sem as próteses, os atletas saltam no tradicional 'peixinho' (Fotocom.net)
Stacy Sykora recebe presentes da torcida (Foto: Divulgação/Vôlei Futuro)Stacy Sykora recebe presentes da torcida
(Foto: Divulgação/Vôlei Futuro)
"Se você me perguntar, eu vou voltar melhor. Eu posso não voltar no melhor do meu físico, nunca se sabe. Estou dizendo que vou voltar melhor porque, mentalmente, eu me sinto forte. Eu tenho fotos e memórias que agora me fazem lembrar todos os dias de que preciso tirar vantagem disso tudo. Eu amo tanto o vôlei. É a única coisa que já fiz. Quando você tem uma lesão séria como esta, nada significa mais que voltar ao seu dia a dia. Isso importa muito para mim. É incrível como foi maravilhoso hoje. Eu nem posso dizer o quanto. Foi como se eu estivesse, de 1 a 10, no nível 10 de felicidade."

A líbero Stacy Sykora foi a vítima mais grave do acidente sofrido pelo ônibus que levava o time feminino do Vôlei Futuro para a disputa da semifinal da Superliga. A americana sofreu um corte na cabeça e traumatismo crânio-encefálico. Na segunda parte da reabilitação, a atleta voltou a jogar vôlei nos Estados Unidos e, em novembro, se reapresentou ao clube de Araçatuba, pelo qual foi campeã paulista.

Tandara, Brasil x EUA, Grand Prix (Foto: FIVB / Divulgação)Tandara em jogo contra os Estados Unidos pelo
Grand Prix (Foto: FIVB / Divulgação)
A mudança de oposta para ponteira fez Tandara crescer no Vôlei Futuro, ficando atrás apenas de Joycinha como a maior pontuadora da equipe na Superliga. Bem na seleção B que conquistou o título da Copa Yeltsin, na Rússia, a atleta ganhou justamente a vaga da companheira de time no grupo principal. Reserva de Sheilla, a brasiliense aproveitou bem todas as oportunidades que teve no segundo semestre e promete brilhar na próxima temporada, desta vez vestindo a camisa do Osasco.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/12/retrospectiva-2011-soberano-na-praia-brasil-decepciona-na-quadra.html

Arthur Dapieve assume perfil do botafoguense depressivo

Para colunista de “O Globo”, torcedor do Botafogo é sempre desconfiado; paixão pelo time nasceu em um circo

Por Leonardo Filipo Rio de Janeiro
 
Quando anuncia que torce pelo Botafogo, o colunista do jornal “O Globo”, Arthur Dapieve, diz que representa uma minoria. Uma brincadeira de quem também não vê problema em vestir a carapuça de depressivo. Em seu espaço às sextas-feiras no Segundo Caderno, suplemento de cultura do diário carioca, Dapieve discorre sobre temas como cinema, música, filosofia, comportamento e futebol. Geralmente quando o assunto é o último, seu time de coração ganha destaque. Quando a maré anda baixa e a cobertura do clube na imprensa se torna escassa, ele faz questão de abrir um parágrafo para falar sobre o time, batizado de “Cantinho do Botafogo”.

Em sua última participação em 2011 no “Redação SporTV”, em novembro, o SPORTV.COM bateu um papo com o colunista, quase que exclusivamente sobre Botafogo. Dapieve contou que o início da paixão se deu em um circo. Provocou os flamenguistas quando falou de seu jogo inesquecível, a final do Campeonato Estadual de 1989, apontou Jairzinho como ídolo maior e associou o Glorioso a outros times ao redor do mundo. Para não ficar só no alvinegro, disse que não confia na Seleção Brasileira na Copa de 2014 e que gostaria de ver O Rappa ou o Skank tocando na cerimônia de abertura.

SPORTV.COM: O perfil do botafoguense é o de depressivo, como o fictício colunista Agamenon Mendes Pedreira brinca com você?
Dapieve: É esse e sempre foi. A gente tem uma história bem bonita e vitoriosa. Mas nós somos sempre meio desconfiados. A gente acha que não vai dar certo. Eu só relaxo quando o jogo acaba. Não tem essa de entrar em campo e achar que o jogo está ganho. Pode ser que tenha sido assim na época do Garrincha. Desde então nenhum time tem razão para isso. O único botafoguense otimista que eu conheço é o Paiva, garçom do Jobi (bar no Leblon). O time perdia e ele reclamava para burro, mas antes do time entrar em campo ele era otimista.

Como você se tornou botafoguense?
Meu pai, que é Vasco, me disse: “Escolhe a bandeira que você quiser e esse vai ser o time que você vai torcer”"
Arthur Dapieve
Eu era pequeno, devia ter três, quatro anos. Meu pai me levou para o circo, acho que o de Moscou, no Maracanãzinho. Aí passou um vendedor de bandeiras e o meu pai, que é Vasco, me disse: “Escolhe a bandeira que você quiser e esse vai ser o time que você vai torcer”. Ele é testemunha da final de 1950, então a relação dele com futebol é diferente da minha. Não curte tanto assim. Fiquei na dúvida entre as duas bandeiras que achei mais bonitas: a do Botafogo e a do América, vermelha. Me decidi pela do Botafogo. E meu pai respeitou a minha decisão. Só depois eu descobri que naquele ano, 67, 68, o time era bicampeão da cidade. Então o que me pegou foi a beleza da bandeira, a única do Brasil que não tinha nenhuma letra, só a estrela e as faixas.

Então você virou botafoguense em um circo. Curioso.
Em um circo. Nunca havia pensado neste aspecto.

E quando você se descobriu um botafoguense apaixonado?Uma das minhas primeiras lembranças de ter torcido apaixonadamente foi na final de 1971. Ouvi pelo rádio. O Fluminense ganhou com um gol do Lula. Depois mostrou-se que foi roubado. A narração já dava a entender que o gol não era legal. Eu era muito pequeno, tinha sete anos. Lembro que depois do jogo eu quis bater no meu tio tricolor com o cabo da bandeirinha.


Conquistar o torcedor pelo sofrimento é algo especial do Botafogo?
O Botafogo tem uma coisa dramática e emocionante, tanto de derrotas quanto de vitórias épicas"
Arthur Dapieve
Não acho. O sofrimento é decorrência de uma história de traumas mesmo. O Botafogo tem uma coisa dramática e emocionante, tanto de derrotas quanto de vitórias épicas. O que atrai o torcedor, em geral, para o Botafogo é a história do clube. Não no meu caso, que fui atraído pela bandeira. Tanto que a maior parte dos meus amigos estrangeiros que veio morar no Brasil viraram Botafogo. A história do clube tem uma repercussão diferente para eles do que as dos outros clubes. Fluminense e Vasco têm pouco apelo para eles. Talvez para os italianos no caso do Fluminense.

Portugueses viram vascaínos.
Talvez por aí. Mas o inglês, o holandês, o alemão veem a história do Botafogo que repercute no mundo. Nem o Zico repercute no mundo. A base daquele time que venceu a Inglaterra na Copa de 70 era do Botafogo. Isso é que bate neles.

Já conseguiu ver relações de filme ou bandas com o Botafogo? Alguma obra de arte que expresse esse sentimento alvinegro?
Não. Mas consigo ver outros times cuja história é parecida com a do Botafogo. O West Ham foi base da seleção da Inglaterra na Copa de 66 e tem uma torcida aguerridíssima, talvez a mais violenta de Londres. É uma espécie de academia, gera valores. Na Itália eu torço para a Fiorentina, que também tem uma história identificada com a do Botafogo.

Tem algum show que você gostaria muito de ver?
Dos que estão vivos eu acho que eu já vi quase todo mundo. Nunca vi o David Gilmour, do Pink Floyd, que durante muito tempo foi a minha banda favorita. Esse eu veria sim. O Roger Waters eu vou rever com gosto quando tocar no Engenhão.


Se o hipotético show do David Gilmour fosse no mesmo dia da final do Brasileirão, com o Botafogo tendo chances de título, em qual você iria?
O jogo. Porque o show eu poderia ver mais tarde, aqui ou lá fora. O jogo não se repete. A noite de lançamento do meu primeiro livro foi no dia do primeiro jogo da decisão do Campeonato Brasileiro contra o Santos, em 1995. Não tinha como escapar. Já tinha marcado a data. Eu pedi que levasse uma televisão para a mesa de autógrafos. O Botafogo venceu por 2 a 1 e depois eu fui comemorar no Baixo Gávea.

Qual foi o seu jogo inesquecível?
A final de 89 contra o Flamengo. Foi o primeiro título importante depois de um bom tempo. Era contra um timaço do Flamengo, pelo menos no papel. E o Botafogo jantou o Flamengo nas duas partidas. Segurou a primeira, 0 a 0, depois ganhou a segunda por 1 a 0, que foi pouco. Depois do 1 a 0 o Paulinho Criciúma meteu uma bola no travessão. O primeiro jogo tinha sido tão complicado para o Flamengo que no segundo a torcida deles era absolutamente minoritária. Eles não tinham condições de serem campeões ali. Precisavam ganhar aquele jogo para levar para um terceiro.


Foi mais inesquecível do que o título brasileiro contra o Santos, em 95?
Sim. Não porque foi contra o Flamengo. Mas porque tirou a tampa e a partir daí começou a ganhar títulos. Eu nunca tinha visto o Botafogo ser campeão em um estádio. Ele tinha sido campeão em 67, 68, e eu era muito criança, não ia aos estádios. Tudo o que eu vi antes tinha dado errado. Teve a Conmebol, em 93, que o Botafogo ganhou o Peñarol com um time horroroso, nos pênaltis. Voltando a 89, lembro que o Zico bateu uma falta na arquibancada e logo depois o Botafogo foi para o ataque com Mazolinha e Maurício e fez o gol. E foi um gol de raça. O Maurício pegou a bola, o Leonardo e jogou para o gol. Empurrou? Claro que sim. Eles reclamam até hoje. Quanto tempo dura esse chororô? (risos)


Você estava na arquibancada?
Não, na tribuna de imprensa. Eu estava com os meus colegas de “Jornal do Brasil”, um deles era o Lédio Carmona. Quando eu comemorava, ele dizia: “Comporte-se! Você está na tribuna de imprensa” (risos). Ele estava falando de brincadeira, claro.

Qual e o seu grande ídolo no Botafogo?
Jairzinho. Claro que o Garrincha e Nilton Santos são lendários, mas eu não acompanhei. O Jairzinho eu já o entrevistei, tirei foto, tenho autógrafo. É o cara que me ajudou a ser Botafogo durante muito tempo.

E o jogo mais triste?
O empate no Maracanã com o Juventude pela Copa do Brasil. A torcida do Botafogo encheu o estádio. O time tinha tudo para reverter o resultado e não conseguiu.

A Seleção não me empolga nem um pouco. Eu não assisto mais. Os adversários são ruins e as atuações, horrorosas."
Arthur Dapieve
E quanto à Seleção para 2014. Tem esperança de que o Brasil faça bonito ou teme por um novo Maracanazzo?
Não, acho que nem vai ter Maracanazzo porque o Brasil, tal como está não chega nem na final. Acho que o Mano não avançou um milímetro em relação ao time que ele pegou. Na verdade, talvez ele tenha até involuído um pouco. Podiam não gostar do esquema de jogo do Dunga, mas tinha um esquema de jogo. Com o Mano eu não enxergo isso. Acho que se nada mudar, não mudar técnico, o Brasil nem chega à final. A Seleção não me empolga nem um pouco. Eu não assisto mais. Os adversários são ruins e as atuações, horrorosas.


Quem você gostaria de ver tocando na cerimônia de abertura na Copa de 2014, no Itaquerão?
Duas bandas mereceriam tocar ali: O Rappa e Skank. Têm boas músicas sobre futebol.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/programas/redacao-sportv/noticia/2011/12/arthur-dapieve-assume-perfil-do-botafoguense-depressivo.html

Até Raúl Bravo, ex-Real Madrid, está entre os jogadores oferecidos ao Bota

Dublê de zagueiro e lateral-esquerdo, posições carentes no clube, tem 30 anos e disputou apenas um jogo nesta temporada pelo Rayo Vallecano

Por Thales Soares Rio de Janeiro
 
Raul Bravo pelo Olympiacos (Foto: Getty Images)O espanhol Raúl Bravo em sua passagem pelo
Olympiacos, da Grécia (Foto: Getty Images)
 
O Botafogo ainda busca um zagueiro e um lateral-esquerdo para completar o elenco antes do início da pré-temporada, dia 4 de janeiro. A necessidade do time é pública e jogadores são oferecidos aos montes para os dirigentes, que passam alguns deles para o técnico Oswaldo de Oliveira. Entre as opções aparece o espanhol Raúl Bravo, ex-Real Madrid, que atualmente defende o Rayo Vallecano, onde disputou apenas um jogo na temporada 2011/2012.

Aos 30 anos, Raúl Bravo foi revelado nas categorias de base do Real Madrid e atua como zagueiro ou lateral-esquerdo. Depois de defender o clube espanhol de 1999 a 2007, passou quatro anos no Olympiakos, da Grécia, antes de assinar por uma temporada com o Rayo Vallecano no dia 31 de agosto deste ano.

- Esse nome chegou para a gente e passei para o Oswaldo. Se ele achar interessante, podemos tentar – afirmou o vice-presidente de futebol do Botafogo, André Silva, sem demonstrar muito ânimo sobre o jogador.

Além de Bravo, mais nomes estão na lista de opções para o Botafogo. O lateral-esquerdo Rojas, da Universidad de Chile, é uma das possibilidades. O clube chileno, inclusive, já estaria em busca de um substituto para o jogador no rival Universidad Católica: Roberto Cereceda.

Para a zaga, o brasileiro naturalizado japonês Marcus Túlio Tanaka, do Nagoya Grampus, segue nos planos, apesar da exigência do clube de receber 700 mil euros (R$ 1,7 milhão) para liberar o jogador. Ele é um pedido especial de Oswaldo, que antes de vir para o Botafogo trabalhava no Kashima Antlers.

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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2011/12/ate-raul-bravo-ex-real-madrid-esta-entre-os-jogadores-oferecidos-ao-bota.html

Retrospectiva 2011: Barça dá aulas e se consolida como melhor do mundo

Clube catalão conquistou cinco dos seis campeonatos que disputou, entre
eles o Mundial contra Santos. Tevez, River e Balotelli também foram notícia

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Se em 2010 havia um José Mourinho no meio do caminho, 2011 foi o ano em que o Barcelona superou todos os seus rivais. É bem verdade que o Real Madrid, do próprio treinador português, pôde comemorar um triunfo decisivo, na Copa do Rei, mas o saldo terminou completamente favorável ao clube catalão. Foram ao todo cinco títulos em seis competições para Lionel Messi, Xavi & companhia, sem deixar sua filosofia um instante de lado. Que diga o Santos, vítima na final do Mundial de Clubes, no último 18 de dezembro, em goleada sofrida por 4 a 0 (veja acima).

Ao longo do ano, a equipe comandada por Josep Guardiola se especializou em dar aulas. O Manchester United, em uma final de Liga dos Campeões, também foi presa. Sem comentar os adversários, quase sempre imponentes, no Campeonato Espanhol. De goleadas em goleadas, o Barça chegou ao recorde de 170 gols marcados em 2011, superando o recorde do rival Real Madrid (167) no mesmo período.
Mas 2011 não foi apenas de alegrias. O clube argentino River Plate, gigante em seu país, conheceu o rebaixamento pela primeira vez na história. Já o atacante Carlitos Tevez, depois de um começo animador com o título da Copa da Inglaterra, pelo Manchester City, se desentendeu com o técnico Roberto Mancini, terminou o ano encostado, à procura de um clube. O companheiro de clube, Mario Balotelli, também chamou a atenção com um comportamento peculiar fora de campo. Para o bem e para o mal.

Barcelona troféu Liga dos Campeões (Foto: Getty Images)Barcelona posa com o troféu Liga dos Campeões após vitória sobre o Manchester United (Getty Images)
tevez  manchester city  (Foto: Reprodução/Youtube)Tevez se recusa a deixar o banco de reservas na
derrota do City: saída pelos fundos (Reprodução)
Carlitos Tevez já ganhou o coração dos torcedores do Manchester City ao deixar o rival United pela porta dos fundos. Mas foi no campo que o atacante convenceu o lado azul da cidade. Com grandes exibições e habitual garra, o argentino comandou os Citizens no título da Copa da Inglaterra após 35 anos. E ainda foi o principal nome na campanha que levou a equipe de volta à Liga dos Campeões.

O problema, no entanto, ainda estava por vir. Em setembro, durante partida contra o Bayern de Munique, na Alemanha, o argentino recusou-se a sair do banco de reservas. O caso foi o estopim na relação entre Mancini e Tevez, e desde então ele sequer foi a campo. O Milan é o seu provável destino a partir de janeiro.

26 de junho
Pela primeira vez em seus 110 anos de história, o River Plate foi rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Argentino. O empate por 1 a 1 com o Belgrano, em um abarrotado Monumental de Nuñez, deixou a torcida revoltada e provocou um prejuízo no estádio e nos arredores da capital Buenos Aires. Atualmente, o River é vice-líder da “Nacional B”, a Segundona.

torcida river plate monumental de nuñez (Foto: agência AP)Torcedor do River Plate desolado com o rebaixamento na Argentina (Foto: agência AP)
Thiago Alcantara comemora, Barcelona x Villarreal (Foto: AFP)Thiago Alcântara fez bonito pelo Barça (Foto: AFP)
Thiago Alcântara, o brasileiro que nasceu na Itália e se naturalizou espanhol foi o grande nome da pré-temporada do Barcelona. E, mesmo com maior concorrência de Fàbregas, Xavi, Iniesta e outros na temporada regular, o filho de Mazinho conseguiu espaço para chamar a atenção pelo bom futebol. A técnica e a criatividade são duas de suas virtudes.

David luiz e fernando torres chelsea (Foto: Agência AP)Nem prece de David Luiz deu certo para Torres (AP)
O mercado podia estar inflacionado, o Chelsea poderia estar desesperado com o fechamento do mercado de transferências, mas nada justificou pagar R$ 133 milhões ao Liverpool para ter Fernando Torres. A sexta maior contratação da história – e maior da Inglaterra –, no entanto, rendeu muito abaixo do que se esperava. Levou 14 jogos para marcar pela primeira vez com a nova camisa e, ao todo, soma 22 partidas e somente cinco gols. É o reserva mais caro do planeta.

Balotelli faz campanha para o uso consicnete dos fogos (Foto: Divulgação)Balo faz ampanha para o uso consciente de fogos
Mario Balotelli acumulou histórias ao longo de sua passagem pelo Manchester City. Enquanto em campo tornou-se uma peça relativamente importante - inclusive com dois gols na goleada por 6 a 1 sobre o rival Manchester United -, fora dele ficou marcado por episódios inusitados e polêmicos. Em outubro, um incêndio causado por fogos de artifício destruiu parte de sua residência. Ele, é claro, pôs a culpa em um amigo e depois teve de aconselhar crianças em uma campanha para o uso consciente do material.

Messi Cristiano Ronaldo Barcelona
57 jogos e 55 gols. Lionel Messi só não fez chover com a camisa do Barcelona. 51 jogos e 52 gols. Cristiano Ronaldo é dono de média ainda melhor pelo Real Madrid. 170. É o número de vezes que o Barcelona foi às redes em 2011, batendo o recorde do rival.

O Uruguai voltou ao topo do continente e pôs fim a um jejum de 16 anos com a conquista da Copa América. Na final, no dia 24 de julho, derrotou o Paraguai por 3 a 0, em final disputada no Monumental de Nuñez. A Argentina, eliminada pela própria Celeste, e a Seleção Brasileira ficaram pelo caminho, nas quartas de final.
jogadores uruguai com a taça da copa américa (Foto: Agência Reuters)Uruguai faturou a Copa América em decisão sobre o Paraguai (Foto: Agência Reuters)
Um era o atual vice-campeão. O outro é o time considerado mais poderoso financeiramente do continente por conta do sheik Mansour, dono de boa parte de Abu Dhabi. Mas nada disso foi suficiente para Manchester United e City avançarem da fase de grupos na Liga dos Campeões. O mico maior foi dos Diabos Vermelhos, que caíram para o modesto Basel, da Suíça, e o Benfica. Bayern de Munique e Napoli foram os responsáveis pela queda dos Citizens.

Chamada Carrossel - Manchester Rooney (Foto: AP)Chamada do GLOBOESPORTE.COM para eliminação de Manchester United e City na Champions (Foto: AP)
Sempre que o treinador aborda um jogo o seu discurso toma logo outras proporções. Nós não queremos aumentar a pressão sobre o jogo e preferimos que tudo decorra tranquilamente. Deste modo, foi tomada esta decisão, algo que já aconteceu anteriormente”. Aitor Karanka comenta a presença calada do treinador José Mourinho na véspera de uma partida contra o Barcelona, em abril, pelo Campeonato Espanhol. O técnico português compareceu à entrevista coletiva, mas preferiu não falar, o que gerou a revolta dos jornalistas que estavam na sala de imprensa do Real Madrid. Como protesto, boa parte deles deixou o local.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2011/12/retrospectiva-2011-barca-da-aulas-e-se-consolida-como-melhor-do-mundo.html