Treinador só não gosta de espaços deixados no segundo tempo e afirma que na competição continental isso não pode acontecer
Diferentemente
dos outros três jogos válidos pelo Campeonato Mineiro, diante do Boa Esporte a
equipe do Cruzeiro sobrou. Fez 3 a 0, criou oportunidades e praticamente não
deixou a meta do goleiro Rafael ser ameaçada. Para um time que está bem perto
de estrear na Libertadores, quarta-feira, contra o Universitario-BOL, um ótimo
alento. O técnico Marcelo Oliveira gostou do que viu diante da equipe de
Varginha, mas também viu falhas de marcação no segundo tempo e citou que ainda falta
entrosamento, algo natural para uma equipe em formação. Mesmo com as ressalvas,
o técnico acredita que o torcedor está mais satisfeito e confiante, inclusive
para a disputa da competição continental.
Segundo o
treinador, ainda falta entrosamento, já que muitos jogadores saíram e outros
chegaram. Mesmo assim, ele prega que a intenção é dar o mesmo padrão da equipe
vencedora do Brasileirão de 2013 e 2014.
Com relação
à Libertadores que se aproxima, o treinador reconhece que o entrosamento ainda
não é o ideal. Por isso mesmo ele pede que haja parceria entre equipe e torcida
para a competição que se aproxima, pois a tendência é de crescimento.
- Acho que o
torcedor ficou satisfeito e nós também pela vitória importante, já que
precisamos acumular pontos, mas principalmente pela produção um pouco melhor
que dos outros jogos. O time teve mais equilíbrio e consistência, e só no
segundo tempo entendo que deixamos o Boa jogar. Demos espaços, apesar de não
terem levado perigo ao gol do Rafael, mas afrouxamos a marcação. O propósito do
intervalo era continuar forte e fazer mais gols.
- Isso que
estamos propondo e que queremos. Um time envolvente e que toque com rapidez,
que tenha velocidade no contragolpe. E o que não quero é que deixe o adversário
jogar livre, como o Boa jogou no segundo tempo. Às vezes por administrar o
resultado ou evitar lesão, mas achei que tiveram espaço para jogar, sem
chances, mas não pode deixar isso ocorrer na Libertadores. Houve evolução, os
jogadores se conhecendo dentro do campo e quando se enfrenta um time fechado a
jogada com entrosamento sai naturalmente. Mas quando não se tem essa liga tem
que ver onde o companheiro está passando. Com certeza e vamos crescer mais.
- De forma
inevitável trocamos muitos jogadores e isso demanda tempo. E tempo no Brasil é
curto. Começamos a montar o time na competição, dizem que o estadual é para se
preparar para outras competições, mas não funciona assim para o torcedor, que
quer bom futebol. Estava cuidando de formar o time e agora estou ficando
satisfeito com a evolução. E a parceria entre time e torcida deu tão certo em
2013 e 2014, que esperamos que seja assim agora, independentemente do momento
do time. Se tiver que haver insatisfação, que seja no fim do jogo.
Veja outros
trechos da entrevista do treinador
Formação
ainda pode mudar?
- Temos uma
base de time que vem jogando a maioria das vezes. Mas há jogadores chegando e
cabe a eles buscar espaço, assim que se molda uma equipe e vamos fazer. Ocorreu
isso em 2013, o importante é ir ganhando e usando o banco, e tenho esperança de
fazer um grande jogo em Sucre para iniciar bem a Libertadores porque depois
teremos um jogo em casa.
Time pronto
para a Libertadores? Mais experiente que o de 2013?
Marcelo gostou da forma como o Cruzeiro venceu o Boa (Foto: Washington Alves/ Light Press)
- Se iguala
na experiência, ano passado também tínhamos um time experiente. O Paulo André é
vivido, foi campeão, o Damião é rodado, e o importante é mesclar experiência e
juventude, porque ela pode trazer velocidade e estamos num caminho legal.
Podemos ter dificuldade no aspecto de entrosamento, mas certamente será um time
competitivo e comprometido, e esses dois fatores são básicos para se fazer uma
grande Libertadores.
Estreia de
Paulo André e fase de Leandro Damião
- Foram
aspectos bons do jogo, o Damião fazendo gols, podia ter ficado fora do jogo por
ter levado uma pancada no treino, mas fizemos um teste e ele resolveu que dava
para jogar. Foi ótimo e vai ganhando confiança, se afirmando diante do
torcedor, comprometido, se entrega e se tiver oportunidade vai fazer. O Paulo
André foi bem e teve o trabalho facilitado pelo Boa não atacar constantemente,
mesmo com jogadores rápidos. Mas ele tem bom cabeio, posicionamento e
liderança.
Fábio e
Mayke para a estreia na Libertadores
- O Fábio
vai viajar, está bem melhor, foi prevenção e precisamos dar condição ao Rafael,
jogador que precisa jogar mais. Já o Mayke está fora, vai se preparar melhor,
assim como o
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