Ao elogiar poder de reação, em primeiro jogo no qual time sai perdendo, treinador lembra que a virada é aprendizado
O Botafogo era o líder. Estava invicto. Penúltimo colocado, o Nova Iguaçu amargava a marca de não ter ganho nenhuma partida no Carioca. Pois foi a bola rolar, neste sábado, no Nilton Santos, para os papéis serem invertidos. O Laranja da Baixada saiu na frente. Foi ceder a virada apenas aos 37 minutos do segundo tempo. Um aprendizado, na opinião do técnico René Simões, ao Alvinegro (veja melhores momentos acima).
Foi a primeira vez, em seis jogos, que o Bota começou atrás no placar, gol de Marlon. A virada veio com Paulo Henrique (contra) e Jobson. O 2 a 1, então, foi suficiente para se manter em primeiro temporariamente, com 16 pontos - pode ser ultrapassado por Volta Redonda e Flamengo.
- Gostei da lição. Acho que o time precisava disso. Até agora, não tínhamos saído atrás no placar. Poderíamos ter virado no primeiro tempo, período que tivemos 12 finalizações.
Conseguimos no segundo. Foi um bom aprendizado. Para ser o melhor, tem de fazer os gols. A teoria não entra em campo. Futebol... tem de ganhar na prática - analisou o comandante.
René Simões aprovou reação do Botafogo em
partida contra o Nova Iguaçu no Nilton
Santos (Foto: Vitor Silva/SSpress)
Para René, o resultado foi construído no intervalo:
- Fiquei satisfeito pois os jogadores suportaram o intervalo. Foi ótimo. Foi o melhor jogo em termos de aprendizado. Eles aprenderam que tomar gol e sair atrás faz parte do futebol. Todo mundo falava em liderança, em goleada. E não foi o que aconteceu.
O Botafogo volta a atuar no próximo final de semana. No domingo, no Maracanã, às 16h (de Brasília), tem o clássico com o Flamengo.
Confira a coletiva na íntegra abaixo:
Análise da partida
O
time não estava acostumado a levar gols. Quando dominávamos a partida,
sofremos o gol no contra-ataque. E não foi por acaso, porque nós armamos
aquele contra-ataque. Saímos com um zagueiro e tínhamos um lateral na
área do adversário. Quem estava para pegar o rebote sabe que é
fundamental. Levamos o gol, e o time teve aquela oscilação, aquele
momento de “o que eu faço?” Tranquilidade, arruma o time, esfria a
cabeça sem sair do seu padrão. O time estava capenga, trabalhando muito
pelo lado direito. Por isso ficaram Sassá e Jobson, um de cada lado.
Faltava esse amadurecimento que vimos na partida de hoje. Ainda não
tínhamos isso no nosso repertório.
Clássico contra o Flamengo
Não
vou fugir do meu padrão. Termino um jogo para começar a falar do outro.
Por enquanto vou continuar falando do Nova Iguaçu. Só vou terminar
quando reencontrar os jogadores e conversar sobre o que aconteceu na
partida. Tenho medo de falar sobre algo que não pensei. Ainda tenho
muito a falar do Nova Iguaçu.
Discussão entre Bill e Willian Arão
Já
vi muitas vezes minhas três filhas discutindo, é normal. O que não é
normal às vezes é como vocês expressa a atitude. Hoje cobrei do Bill
como cobrei do Carleto no jogo passado. O que não aceito é a atitude de
partir para cima do outro. Isso não faz parte.
Apoio da torcida
Sempre
ouvi dizer que a torcida do Botafogo é impaciente e não dá suporte ao
time. Hoje não teve isso. Ou me contaram algo que não e verdade ou quem
estava aqui não era torcedor do Botafogo. Se foram mesmo os torcedores
do Botafogo, estou encantado com o que fizeram.
Jobson
Volto
a repetir. Na minha cabeça, passa um processo diferente do que fiz com
ele no Bahia. Lá eu dei carinho e aqui eu desconstruí publicamente para
tirar o poder que ele achava que tinha. Lá em Várzea das Moças ele era a
quarta opção. Foi à luta e buscou espaço. Por hoje, é um novo Jobson,
foi a melhor partida que o vi fazer, integrado ao time. Hoje só uma vez
ele foi o Jobson de sempre, no primeiro tempo quando chutou em vez de
assistir o Bill. Não sei dizer se é um novo Jobson. Sei que
profissionalmente ele está cumprindo todos os horários. Depende dele.
Não estamos fazendo absolutamente nada especial, ele vem sendo tratado
como todos os outros. Com firmeza, disciplina e justiça. Se for bem, vai
ser elogiado, e quando for mal vai ser tratado com dureza.
Arbitragem
Não
falo com a arbitragem, deixo eles trabalharem. Se eu fosse árbitro
também poderia meter a boca quando o treinador fizesse uma substituição
errada? Não acredito que alguém vai entrar ali para ganhar de forma
premeditada. Falo sempre aos jogadores: quer ganhar o jogo? Vai lá e faz
o gol.
Mais opções no time
A
equipe está montada. Existe um esboço e o princípio dos jogos estão
caracterizados por eles. Agora posso ter bons problemas, como o Luis
Ricardo, que já foi inscrito, e o Pimentinha, que vai ser inscrito para o
próximo jogo.
Fernandes
Não
fez boa partida. Ele mesmo disse que começar o jogo é diferente. Não
achei que ele teve culpa pelo gol do Nova Iguaçu, mas errou na jogada.
FONTE:
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