quinta-feira, 20 de junho de 2013

Forlán decide, Uruguai vence Nigéria e fica mais perto das semifinais

Camisa 10 faz gol decisivo em sua centésima partida pela seleção e deixa campeões sul-americanos em situação confortável na classificação

 A CRÔNICA

por GLOBOESPORTE.COM

Era apenas o primeiro jogo entre Nigéria e Uruguai na história do futebol. Jamais as seleções haviam se enfrentado, seja em amistosos ou competições oficiais. Um paradoxo se comparado à carreira de Diego Forlán na tradicional equipe celeste. O camisa 10 entrava em campo pela 100ª vez defendendo as cores de seu país, recorde na Celeste Olímpica. E foi justamente ele o herói da vitória dos uruguaios por 2 a 1, na Arena Fonte Nova, na noite desta quinta-feira, pela segunda rodada do Grupo B da Copa das Confederações.

Forlán foi protagonista de um filme praticamente repetido no torneio, só que de outra nacionalidade. Na primeira rodada, o veterano Pirlo também atingiu cem partidas pela sua seleção, fez gol e saiu como melhor em campo. E o que se viu em campo na Arena Fonte Nova foi de uma semelhança que poderiam dizer ter sido roteiro plagiado. Contra o México, a Itália saiu na frente, viu os rivais empatarem e venceu a partida por 2 a 1. A diferença é que o uruguaio garantiu a vitória, enquanto o volante da Azzurra abriu o placar - em Salvador, quem marcou primeiro foi Lugano, e Obi Mikel empatou para a Nigéria ainda no primeiro tempo.

O uruguaio entrou em cena com um gol bonito também. Não foi de falta, como Pirlo. Mas o chute foi igualmente preciso, de canhota.

Forlan gol Uruguai x Nigéria (Foto: Reuters)Forlán comemora o gol da vitória do Uruguai sobre a Nigéria, na Arena Fonte Nova (Foto: Reuters)

Com três pontos, assim como a Nigéria, o Uruguai tem de fazer a sua parte e torcer para dar a lógica na terceira e última rodada do grupo, no próximo domingo, às 16h. Afinal, basta que vença os amadores do Taiti, seleção goleada pela Espanha por 10 a 0 nesta quinta-feira e por 6 a 1 pelos africanos na estreia, na Arena Pernambuco, no Recife, e a Fúria confirme seu favoritismo diante dos Águias, na Arena Castelão, em Fortaleza. A classificação para a semifinal da Copa das Confederações está bem próxima.
Lugano, de heroi a vilão

Lugano marca, Nigéria x Uruguai (Foto: Getty Images)Lugano completa para o gol e abre o placar para o Uruguai contra a Nigéria (Foto: Getty Images)

Como tem acontecido nos jogos que não envolvem o Brasil na Copa das Confederações, a torcida da Fonte Nova, em Salvador, elegeu a seleção menos tradicional - no caso, a Nigéria - para apoiar. Os uruguaios, no entanto, pareceram não ligar para isso, as vaias a Forlán antes do jogo e partiram para o ataque logo no início. Em menos de cinco minutos, já tinha criado duas oportunidades de gol e impedia os nigerianos de sequer passarem do meio de campo.

Sem conseguir o gol precoce, a pressão uruguaia foi se enfraquecendo, e a Nigéria passou a comandar as ações do jogo. O goleiro Muslera se mostrou um tanto inseguro e quase engoliu um frangaço após cobrança de falta de Ideye. O arqueiro tentou encaixar a bola e a deixou passar, mas teve tempo de se recuperar e buscá-la antes que ultrapassasse a linha do gol. O lance animou os nigerianos, que passaram a chegar com muito perigo.

E, justamente quando a Nigéria era melhor, o Uruguai marcou o primeiro. Forlán cobrou escanteio, a defesa afastou, e a bola voltou para seus pés. O jogador do Internacional, então, cruzou rasteiro. Cavani tentou completar de letra, mas furou. Por sorte, o lance serviu de corta-luz para Lugano. O zagueiro tocou de canela, meio sem jeito, e mandou a bola para o fundo da rede.

Mikel gol, Nigéria x Uruguai (Foto: EFE)Após passar por Lugano, Obi Mikel manda a bola no ângulo de Muslera e marca para a Nigéria (Foto: EFE)

Lugano, no entanto, estava longe de ser "craque" na noite desta quinta-feira. Atabalhoado, o zagueiro cometeu muitas faltas bobas e, em certos momentos, foi violento. Justamente em cima dele, surgiu o gol de empate da Nigéria. Após ótima troca de passes rasteiros no ataque, Obi Mikel recebeu dentro da área e pedalou. Por pouco, o uruguaio não caiu para trás. O camisa 10 da Nigéria passou batido e chutou colocado, no ângulo. Justiça no placar do primeiro tempo.

A exemplo de Pirlo, Forlán vira herói no centésimo jogo

A Nigéria começou melhor no segundo tempo, ensaiou um sufoco, mas, aos seis minutos, o Uruguai ficou em vantagem novamente. Suárez roubou bola no meio de campo e logo entregou para Cavani, que, de primeira, achou Forlán entrando na área pelo lado esquerdo. O camisa 10 da Celeste não quis saber. Só arrumou o corpo e chegou soltando a canhota. A bola saiu certeira, no ângulo do goleiro Enyeama, que nada pôde fazer. No 100º jogo com a camisa de sua seleção, o craque fez o 34º gol pelo Uruguai.

Forlan gol, Nigéria x Uruguai (Foto: Reuters)Forlán acerta belo chute de canhota e marca o gol decisivo para o Uruguai na partida (Foto: Reuters)

O jogo passou a ficar feio. A Nigéria sentiu o golpe ao sofrer o segundo gol e passou a atacar desordenadamente. Bem postado na defesa, o Uruguai estava atento para decidir o confronto nos contra-ataques. Lembrava bem o estilo de jogo que ficou marcado na Copa do Mundo de 2010 e na Copa América de 2012, sempre com muita marcação e um ataque fulminante.

Um dos astros da companhia de frente, porém, estava com o pé descalibrado. Suárez era pura correria. Forlán dava o toque de classe. E Cavani, desta vez, desafinou. Foram ao menos duas chances claras desperdiçadas no segundo tempo, ambas saídas dos pés do autor do segundo gol. Na primeira, recebeu lançamento preciso e partiu sozinho, mas bateu torto e mandou a bola longe. Depois, já aos 30 minutos, o camisa 10 cobrou falta ensaiada na cabeça do centroavante, que finalizou muito mal e mandou para fora.

De olho no relógio, o Uruguai passou a impedir o ímpeto nigeriano com faltas. Lugano, inclusive, recebeu cartão amarelo, o que o suspende do confronto diante do Taiti, na próxima rodada. Arévalo também estava empenhado em parar as jogadas do rival. Para reforçar a defesa, Tabárez tirou Suárez e colocou o zagueiro Coates. A substituição gerou vaias dos torcedores, que não gostaram da postura defensiva do treinador.

Aos 35, Coates cometeu falta dura em Musa, próximo à area do Uruguai. Mas o cruzamento não levou perigo. Até o fim do jogo, a Nigéria rondou a área uruguaia, mas a defesa celeste se mostrou sólida, intransponível. O ataque desperdiçou mais algumas chances. Mas nada que impedisse a vitória que deixa os campeões sul-americanos bem perto das semifinais. Basta que o mais provável aconteça na última rodada.


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Balotelli recebe visita em treino e se desmancha por garotinha

Atacante conversa com diretores de projeto social que ajuda em Salvador, e filha de um deles faz craque perder pose de durão e se derreter em sorrisos

Por Carlos Augusto Ferrari Salvador


Balotelli criança menina treino Itália (Foto: EFE)Balotelli se diverte conversando com a filha do diretor de seu projeto social (Foto: EFE)

Um dos heróis da virada sobre o Japão, Mario Balotelli aproveitou o dia de pouco treinamento, nesta quinta-feira, no Barradão, em Salvador, para receber a visita dos coordenadores do projeto social que tem no bairro Mata Escura, periferia da capital baiana.

Calçando chinelos, o atacante conversou por um longo tempo com Márcio de Jesus, um dos diretores do grupo que atende 223 crianças e adolescentes carentes de 8 a 16 anos. A filha de Márcio recebeu atenção especial e fez o jogador cair na gargalhada.

Bastante sorridente, Balotelli permaneceu ao lado do gramado por cerca de 30 minutos. Em meio ao bate-papo, o jogador foi campo para acompanhar de perto o trabalho com bola realizado pelos atletas que não foram titulares na vitória por 4 a 3 diante dos japoneses, na Arena Pernambuco.

Escoteiro durante a adolescência na Itália, Balotelli conheceu o projeto Mata Escura Rumo Novo numa visita que fez ao Brasil em 2005. A partir de 2008, quando começou a ganhar projeção no futebol europeu, passou a colaborar com a ideia. No entanto, segundo Márcio de Jesus, sem fazer doações em dinheiro.

Balotelli recebe visita  projeto social Salvador (Foto: Carlos Augusto Ferrari)Balotelli recebe visita de um dos diretores do seu projeto social em Salvador (Foto: Carlos Augusto Ferrari)

- Não aceitamos dinheiro. Somos contra essa forma de assistencialismo. O Mario faz vídeos, coloca incentivos para as crianças não entrarem no mundo das drogas, para que elas acreditem na própria vitória. Ele também foi abandonado e conseguiu vencer – disse.

O coordenador do projeto não quis confirmar, mas deu a entender que Balotelli fará uma visita à comunidade nos próximos dias. A Itália enfrenta o Brasil, sábado, às 16h, na Arena Fonte Nova. O grupo ficará em Salvador até domingo ou segunda-feira.

- Precisa ser mostrado o Mario solidário. Ele é o Super Mario mesmo. Mas não o jogador e, sim, o homem solidário – afirmou Márcio.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/italia/noticia/2013/06/balotelli-deve-visitar-projeto-social-que-mantem-na-periferia-de-salvador.html

O herói que levou dez gols: um dia na vida de Roche, quase um brasileiro

Idolatrado por mais de 70 mil pessoas no Maracanã, goleiro deixa estádio com canga do Brasil, camisa de Reina, papo com Casillas e memória eterna

Por Alexandre Alliatti e Vicente Seda Rio de Janeiro


Foi um dia para sempre. Mikael Roche, goleiro do Taiti, levou dez gols. No mesmo jogo. E saiu como herói. Idolatrado pela torcida brasileira ao longo da partida contra a Espanha, nesta quinta-feira, no Maracanã, o atleta viveu alguns dos momentos mais fantásticos de seus 30 anos de vida. Em duas horas, fez grandes defesas, sofreu um frango, viu um pênalti explodir em seu travessão. Deixou o estádio parecendo não acreditar no que aconteceu. E vestido de Brasil, com uma canga no formato da Bandeira do Brasil sobre os ombros.

Era um agradecimento. Roche ficou tocado com a torcida dos brasileiros pelo Taiti. E especialmente por ele.

- Eles torceram por nós, embora sejamos um time pequeno, jogadores pequenos. Foi incrível. Nós nunca vamos esquecer o que fizeram por nós. Quero agradecer muito. Foi incrível, incrível – disse ele.

MIKAEL ROCHE TAITI GOLEIRO ESPECIAL ESPANHA (Foto: Alexandre Durão)Com a camisa de Reina, mão machucada, Mikael Roche se ajoelha e agradece apoio (Foto: Alexandre Durão)

Com a mão machucada por causa de um choque com Fernando Torres, Mikael Roche afirmou que aquela não era sua maior dor. O que machucou mesmo, segundo ele, foi levar dez gols.

- É bem difícil, porque eu realmente odeio sofrer gols. Dez, então... Realmente machucou mais do que a minha mão. Mas é o futebol, tem de aceitar. Só quero lembrar da torcida maravilhosa, das pessoas no estádio. Foi incrível. Do fundo do coração, quero agradecer às pessoas que estiveram aqui. Não nos conhecem e nos apoiaram desse jeito. Obrigado, realmente obrigado.

Mickael Roche, Espanha x Taiti (Foto: Getty Images)'Odeio sofrer gols', diz Mickael Roche, após ter levado dez da Espanha no Maracanã (Foto: Getty Images)

Depois do jogo, Roche pegou a camisa de Reina. E conversou com Casillas. Trocou ideias com o ídolo. E brincou com o contato. Disse que se ofereceu para jogar no Real Madrid.

- Eu disse que se ele precisar de um reserva no Real Madrid, por mim tudo bem (risos). Estou brincando. Eu disse apenas que ele é um excelente jogador. Queria lhe desejar o melhor no resto da competição e em sua carreira no Real Madrid.

O goleiro ficou impressionado com o Maracanã. Foi uma experiência fora dos parâmetros a que ele está acostumado.

- Foi maravilhoso. Estamos acostumados a ter 100 ou 200 pessoas no estádio. Dá para entender o que estão falando, acenam para mim. Mas aqui, 70 mil, foi incrível, como um sonho.

Fernando Torres (quatro vezes), David Villa (três), David Silva (duas) e Juan Mata fizeram os gols da Espanha na goleada de 10 a 0. No jogo anterior, o Taiti havia perdido por 6 a 1 para a Nigéria.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/taiti/noticia/2013/06/o-heroi-que-levou-dez-gols-um-dia-na-vida-de-roche-quase-um-brasileiro.html

Espanha, histórica, faz 10 a 0, mas Taiti sai consagrado do Maracanã

Em jogo inesquecível, Fúria atropela Taiti e faz maior goleada da Copa das Confederações. Público adota pequena seleção da Oceania

 A CRÔNICA

por Alexandre Alliatti


Sejamos compreensivos: o Taiti venceu o jogo nesta quinta-feira ao levar 10 a 0 da Espanha no Maracanã. Claro que a frieza da tabela deixará para a posteridade a marca de mais uma derrota para a pequenina seleção da Oceania, formada por atletas amadores - amadores: aqueles que fazem por amor. Azar da tabela. O que os jogadores superados pela Fúria realmente lembrarão é que um estádio lendário fez com que eles se sentissem em casa, torceu por eles, cantou por eles, gritou por eles. A campeã do mundo enfrentou uma das piores equipes do planeta. Sob vaias, goleou. Mas goleou um adversário que não perdeu.

É o placar mais elástico da história da Copa das Confederações  - acima de Brasil 8 x 2 Arábia Saudita, em 1999. A Espanha, com time reserva, marcou com jogadores que poderiam muito bem ser titulares: Fernando Torres (quatro vezes), David Villa (três), David Silva (duas) e Mata. Assim, alcançou sua segunda vitória no torneio – batera o Uruguai por 2 a 1 na estreia. Já o Taiti contabiliza a segunda goleada sofrida. Antes, levara 6 a 1 da Nigéria.

O jogo foi excepcional dentro de campo. E fora. Em idos do segundo tempo, a torcida cantou, a quem interessasse ouvir: “O povo unido jamais será vencido”. Logo depois, entoou o Hino Nacional. De arrepiar.

David Villa David Silva, Espanha x Taiti (Foto: Alexandre Durão)Villa e Silva se cumprimentam: Davids aproveitaram chance como titulares (Foto: Alexandre Durão)

O Taiti é aqui

Eram quatro minutos do primeiro tempo. Enquanto os jogadores da Espanha trocavam cumprimentos tímidos logo depois do (inevitável) primeiro gol da (inevitável) goleada, a torcida no Maracanã saía do conforto de seus assentos e, em uníssono, cantava:

- Ôoooooo, vamo virá, Taiti! Vamo virá, Taiti!

É difícil imaginar o que esta quinta-feira, 20 de junho do ano da graça de 2013, significou para aqueles atletas de branco. Eles não esquecerão. E a torcida presente no estádio, tampouco. O público foi para brincar, para se divertir. Não existiam esquemas táticos, diagramas ou formas geométricas que desenhassem a partida. Era um jogo de emoção, não de matemática.

Espanha x Taiti (Foto: Alexandre Durão)Taiti vai ao ataque: equipe da Oceania mostrou coragem contra a Fúria (Foto: Alexandre Durão)

O Taiti foi digno. Fechou o primeiro tempo com 37% de posse de bola – mais do que o Uruguai contra a mesma Espanha, porém com titulares, no jogo anterior. Trocou passes. Triangulou. Esforçou-se ao máximo para abafar as saídas do adversário para o ataque. E até chutou a gol! Tudo sob aplausos eufóricos da torcida. “Oooooolé”, gritavam os torcedores quando os taitianos passavam a bola um para o outro. Uma festa.

Os quatro gols da Espanha no primeiro tempo eram pedra cantada. Eles foram fruto do talento da Fúria, claro, mas também, e muito, da ingenuidade defensiva do Taiti. Nos primeiros 30 minutos, a equipe da Oceania até suportou o peso da desigualdade. Mas aí a casa caiu com três gols quase sequenciais.

Foi Fernando Torres quem abriu o placar, lá com quatro minutos, invadindo a área pela esquerda. Aos 31, David Villa fez bonita jogada e encontrou o xará Silva livre: 2 a 0. Um minuto depois, Torres recebeu completamente livre, passou pelo goleiro e completou: 3 a 0. Na sequência, aos 38, Silva devolveu o presente para Villa: 4 a 0.

Fernando Torres Mickael Roche, Espanha x Taiti (Foto: Getty Images)Fernando Torres cumprimenta Roche: atacante marcou quatro gols na partida (Foto: Getty Images)

A voz da torcida

Veio o segundo tempo, e a dúvida era saber quantos gols a Espanha ainda faria. A Fúria poderia ser piedosa, diminuir o ritmo. Ou poderia manter seu profissionalismo supremo. Optou pela segunda alternativa. Assim, marcou mais seis vezes.

Villa logo retomou a contagem, aproveitando cruzamento de Monreal. Depois, Navas avançou pela direita e cruzou para Fernando Torres anotar mais um. Na sequência, em falha do goleiro Mickaël Roche, Villa fez o sétimo. Mata bateu forte e assinalou mais um: 8 a 0. Fernando Torres, livre, marcou o nono. E Silva, quase no final, fechou a conta.

Detalhe: El Niño ainda perdeu um pênalti. Mandou no travessão. E o Maracanã celebrou como se fosse festa de título, enquanto o goleiro Mickaël Roche, de braços erguidos, recebia os aplausos.

Mas o que marcou mesmo no segundo tempo foi a reação do público. Em meio a uma onda de protestos país afora, o povo presente no Maracanã resolveu avisar que jamais será vencido. Logo depois, cantou o Hino Nacional.

Que dia.

Jogadores Taiti x Espanha Copa das Confederações (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)Jogadores do Taiti agradecem apoio da torcida (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
 

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Próximo da 200ª vitória, Soares vai com Peya à decisão em Eastbourne

Bruno chega à 199 vitórias nas duplas ao vencer com austríaco a parceria do britânico Jamie Murray e do australiano John Peers nas semifinais

                                              Por GLOBOESPORTE.COM Eastbourne, Inglaterra

Alexander Peya e Bruno Soares ATP de Eastbourne (Foto: Reprodução / Instagram)Alexander Peya e Bruno Soares buscam título doATP de Eastbourne (Foto: Reprodução / Instagram)

Bruno Soares está a uma vitória de obter a 200ª dele nas duplas e ainda conquistar mais um título na temporada. Diante do céu nublado, o brasileiro e o parceiro Alexander Peya, da Áustria, derrotaram nesta quinta-feira o britânico Jamie Murray e o australiano John Peers por um duplo 6/4 e garantiram vaga na final do ATP de Eastbourne, na Inglaterra.
O duelo decisivo pela taça da competição será nesta sexta-feira, contra tenistas da casa. Os britânicos Colin Fleming e Jonathan Marray avançaram à decisão ao vencerem de virada o polonês Marcin Matkowski e o dinamarquês Frederik Nielsen, por 3/6, 6/3 e 11/9.

- Para um dia que prometia ser longo e chuvoso, as coisas melhoraram bem, foi curto e apenas algumas gotas. Jogamos e ganhamos. Amanhã finalera.
Vamos em busca de mais um caneco - comentou Soares em sua conta no Twitter.

Essa foi a vitória de número 199 de Bruno Soares nas duplas. Se conquistar o título do torneio inglês, o mineiro de 31 anos, além de completar 200 vitórias, juntará o troféu de campeão de Eastbourne aos de Auckland (com Fleming), Aberto do Brasil e Barcelona em 2013.

- Estamos jogando bem, com confiança, sacando bem e impondo nosso ritmo. A gente sempre vem pro torneio pra buscar a final, mas queremos o título e vamos lutar pra isso - complementou o brasileiro.

Em Eastbourne, Soares e Peya não têm a concorrência dos irmãos americanos Bob Bryan e Mike Bryan, que formam a melhor dupla do ano. O brasileiro e o austríaco não venceram uma vez sequer os rivais em 2013, perdendo as quatro partidas que fizeram, inclusive a decisão do ATP de Queen's, no último domingo.

O ATP de Eastbourne é preparatório para o Grand Slam de Wimbledon, que será disputado entre 24 de junho e 7 de julho.

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http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2013/06/proximo-da-200-vitoria-soares-vai-com-peya-decisao-em-eastbourne.html

Tapete rosa da WTA reúne beldades e famosos para 'inaugurar' Wimbledon

Musas como Serena, Sharapova, Wozniacki e Azarenka marcaram presença na tradicional festa que antecede o terceiro Grand Slam da temporada

Por GLOBOESPORTE.COM Londres


A WTA está comemorando 40 anos em 2013. Nada melhor que comemorar a data ao lado de algumas das mais belas atletas da atualidade. A associação que reúne os principais nomes do tênis feminino realiza nesta quinta-feira a tradicional Pre-Wimbledon Party Red Carpet, evento que antecede o início do terceiro Grand Slam da temporada.

Musas como Serena Williams, Maria Sharapova, Victoria Azarenka e Caroline Wozniacki marcam presença na festa realizada em Londres. O evento também reúne outros ícones do esporte, além de famosos da televisão britânica. O SporTV2 transmite ao vivo as partidas da chave principal de Wimbledon, de 24 de junho a 7 de julho.

A sempre bela Maria Sharapova iluminou a tradicional festa que antecede Wimbledon (Foto: Divulgação / WTA)A sempre bela Maria Sharapova ilumina a festa que antecede Wimbledon (Foto: Divulgação / WTA)

Aos 23 anos, a alemã Sabine Lisicki encata pela beleza (Foto: Divulgação / WTA)Aos 23 anos, a alemã Sabine Lisicki encaNta pela beleza (Foto: Divulgação / WTA)

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Dor, hematomas e 'molho': campeãs olímpicas sofrem na volta à seleção

Sheilla e Fabi elogiam novatas e revelam saudades da rotina de treinos e competições; Zé espera contar com reforços para o Grand Prix, em agosto

Por Helena Rebello Saquarema, RJ


fabi sheilla Saquarema (Foto: Helena Rebello)Sheilla mostra hematomas no braço esquerdo: sinal da volta aos treinos (Foto: Helena Rebello)

Ao acordar, as dores musculares estavam ali para lembrar o recomeço. Nos braços, hematomas também mostravam que o contato com a bola, afinado por mais de dois ciclos olímpicos, não tinha existido durante as mais longas férias desde as primeiras convocações para a seleção. De volta ao Centro de Desenvolvimento do Vôlei, em Saquarema, nesta semana, Sheilla, Fabi, Fabiana, Natália e Thaísa dão os primeiros passos em sua preparação para o Grand Prix. E sofrem enquanto "ficam de molho" até alcançar o ritmo das novatas que as substituíram neste primeiro semestre.

O descanso após os Jogos de Londres já estava nos planos e se concretizou após uma conversa com o técnico José Roberto Guimarães. O que as campeãs olímpicas não esperavam era que fossem sentir falta tão rapidamente da rotina de treinos e competições. Em um encontro na sede da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), confidenciaram ao treinador que não conseguiam mais ficar paradas. E receberam em troca a confirmação de que eram esperadas de volta para a disputa dos principais torneios da temporada: o Grand Prix, em agosto, o Campeonato Sul-Americano, que garante vaga para o Mundial de 2014, e a Copa dos Campeões, em novembro, que reúne os melhores de cada continente.

Enquanto ainda estavam fora, viram os jogos pele televisão e aprovaram a atuação das novatas. Agora, com um planejamento gradual para recuperarem a musculatura e voltarem a saltar, pretendem ficar à disposição assim que possível. Mas mantêm o pé no chão.

- Foi estranho ficar fora mas, sinceramente, estava preparada para isso. Foi bom para zerar a cabeça, o físico, o joelho, o ombro. Foi muito bom, mas não conseguíamos mais ficar paradas. Dá saudade. Foram dois meses e meio praticamente sem bola, então vai ser algo gradativo. Não tem como falar que vamos estar com tudo já no Grand Prix. A parte física está melhor porque o Zé Elias (preparador físico) já tinha passado para a gente. Mas, na quadra, nada. Estamos muito abaixo ainda das outras meninas – admitiu Sheilla.


vôlei sheilla Saquarema (Foto: Helena Rebello)Sheilla assiste ao treino das novatas: por enquanto, nada de bola para ela  (Foto: Helena Rebello)

No período em que pode se dar ao luxo de dispensar o despertador, Fabi aproveitou para se dedicar aos estudos, voltar ao curso de inglês e assistir a filmes e peças de teatro. Mas, no meio do descanso, também encontrou tempo para assistir a alguns jogos da seleção nos torneios de Montreux e Alassio. Gostou do que viu, inclusive do desempenho de sua substituta na função de líbero, Camila Brait.


fabi sheilla Saquarema (Foto: Helena Rebello)Fabi na musculação no CT de Saquarema: líbero é a mais experiente do grupo(Foto: Helena Rebello)

- Eu estava curiosa para ver o desempenho, ver como ela iria se sair. São quatro anos de convivência muito bacana entre a gente. Dá pra ver que a seleção começou o ciclo bem. Mesmo não tendo muitas jogadoras do ciclo passado dá para ver que as meninas jogaram bem, felizes, tranquilas. O balanço geral foi bem positivo. Mas foi difícil de assistir. É algo novo e é complicado porque muitas são suas amigas. E também não sou uma boa torcedora. Sou daquelas que xinga, reclama. Sou muito exigente, mas também sei quanto reconhecer quando o time vai bem – disse a jogadora, agora a mais experiente do grupo, com 33 anos.

Zé Roberto também ficou satisfeito com o comportamento da jovem equipe que comandou neste semestre, mas espera contar com os reforços em breve. O treinador, no entanto, sabe que precisará esperar até ter as campeãs olímpicas no auge da forma.

- Elas fizeram a parte física durante este tempo, exceto a Fabiana, e isso vai ajudar bastante no desenvolvimento do trabalho, pois não chegam zeradas. Para a estreia no Grand Prix nós temos seis semanas, e vamos ver como elas vão se comportar. Elas ficaram um tempão paradas e isso leva um tempo para a parte específica do jogo. Mas acredito que, daqui a três semanas, elas já estejam em um nível. A gente vai respeitar esse nível padrão que elas estão apresentando. Não vamos pular etapas. Mas conhecendo-as há anos, acredito que, por terem feito essa parte física, isso vai ajudar bastante na readaptação delas.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/06/suor-dores-e-hematomas-campeas-olimpicas-sofrem-na-volta-selecao.html

Duplas brasileiras avançam em Roma com uma rodada de antecedência

Garantidos na segunda fase, Pedro Solberg/Bruno Schmidt, Ricardo/Álvaro Filho e Alison/Emanuel voltam à quadra nesta sexta para cumprirem tabela

Por SporTV.com Roma, Itália


O Brasil classificou suas três duplas masculinas para a segunda fase do Grand Slam de Roma, competição válida pela etapa italiana do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. Vitoriosos na rodada desta quinta-feira, as duplas Pedro Solberg/Bruno Schmidt, Ricardo/Álvaro Filho e Alison/Emanuel avançaram com uma rodada de antecedência.

vôlei de praia Ricardo e Alvaro (Foto: FIVB)Ao lado do campeão olímpico Ricardo, Álvaro venceu Sorokins e Smedins, da Letônia, por 2 a 0 (Foto: FIVB)

Primeiros a entrarem em quadra nesta quinta-feira, Ricardo e Álvaro Filho não encontraram dificuldades para baterem Sorokins e Smedins, da Letônia, por 2 a 0 (21/19 e 21/13), em apenas 38 minutos. A dupla brasileira encerra sua participação na primeira fase do grupo H, diante dos donos da casa Tomatis e Ingrosso, às 5h.

Também sem perder nenhum set, Pedro Solberg e Bruno Schmidt venceram os americanos Rogers e Doherty por 2 a 0, parciais de 21/16 e 21/14, em 36 minutos. Nesta sexta-feira, eles enfrentarão Sidorenko e Dyachenko, do Cazaquistão, às 10h, pelo grupo B.

Última dupla brasileira a entrar em quadra nesta quinta-feira, Alison/Emanuel teve que suar a camisa para derrotar Urbatzka e Fuchs, da Alemanha, de virada. Após perderem o primeiro set por 21/16, os vice-campeões olímpicos em Londres reagiram, vencerem as duas parciais seguintes por  21/15 e 15/13 e fecharam o jogo por 2 a 1, em 51 minutos. Na última rodada do grupo G, eles jogarão contra Erdmann e Matysik, da Alemanha, às 8h.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2013/06/duplas-brasileiras-avancam-em-roma-com-uma-rodada-de-antecedencia.html

Botafogo tem vitória fácil sobre o Esmac na fase final da Supercopa

Em Goiânia, equipe carioca faz 3 sets a 0 no confronto contra paraenses. Objetivo do alvinegro é conquistar espaço na elite do vôlei carioca

Por GLOBOESPORTE.COM Goiânia


Em busca de espaço na elite do vôlei carioca, o Botafogo transformou a Supercopa em um teste decisivo para o elenco da equipe. O clube não esconde o desejo de atingir o mesmo nível de Rio de Janeiro e Volta Redonda no cenário estadual, e encara a fase final da competição com a seriedade típica de uma decisão da Superliga. Na estreia em Goiânia, nesta quinta-feira, o alvinegro não economizou contra o Esmac e bateu os adversários paraenses com tranquilidade, por 3 sets a 0 (25/18, 25/21 e 25/19).

Campeão da etapa Mata Atlântica na fase regional da competição, o Botafogo volta à quadra do ginásio Rio Vermelho na sexta-feira, para o confronto contra o Unifor, do Ceará, pelo grupo A. Nas semifinais, o primeiro colocado da chave enfrenta o segundo colocado do grupo B, formado por Vitória, da Bahia, Chapecó, de Santa Catarina, e Monte Cristo, de Goiás, anfitrião das finais e atual campeão da Superliga B.

Botafogo estreou na fase final com vitória folgada contra o Esmac (Foto: Divulgação / CBV)Botafogo estreou na fase final com vitória folgada contra o Esmac (Foto: Divulgação / CBV)

A grande decisão, que será disputada às 18h do próximo domingo, terá transmissão ao vivo do SporTV. A equipe vencedora receberá uma premiação de R$ 30 mil, distribuída entre os 12 jogadores e três membros da comissão técnica.

Confira a tabela do torneio:

1ª RODADA - 19/6
18h30 - Unifor (CE) 3 x 2 Esmac (PA)
20h30 - Vitória (BA) 1 x 3 Chapecó (SC)


2ª RODADA - 20/6
18h30 - Botafogo F.R. (RJ)  3 x 0 Esmac (PA

)
20h30 - Monte Cristo (GO) x Vitória (BA)

3ª RODADA - 21/6
18h30 - Unifor (CE) x Botafogo F.R. (RJ)
20h30 - Monte Cristo (GO) x Chapecó (SC)


SEMIFINAIS - 22/6
16h - 1º colocado do Grupo A x 2º colocado do grupo B
18h - 1º colocado do Grupo B x 2º colocado do Grupo A


FINAL E DISPUTA DE 3º LUGAR - 23/6
15h30 - Perdedor da semifinal 1 x Perdedor da semifinal 2
18h - Vencedor da semifinal 1 x Vencedor da semifinal 2


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/06/botafogo-tem-vitoria-facil-sobre-o-esmac-na-fase-final-da-supercopa.html

Invictas, Lili e Bárbara avançam direto às oitavas sem perder nenhum set

Rivais desistem do jogo e dupla brasileira assegura 1ª posição do Grupo F. Maria Clara/Carol também se classifica, mas Taiana/Talita vai à repescagem

Por SporTV.com Roma, Itália


Das quatras duplas, apenas uma segue invicta. No segundo dia de disputas do Grand Slam de Roma, nesta quinta-feira, Lili e Bárbara não precisaram nem entrar em quadra para assegurar a primeira posição do Grupo F, já que as inglesas Dampney/Boulton, adversárias desta quinta, desistiram da partida. As brasileiras terminaram a primeira fase sem perder um set sequer, avançando às oitavas de final da chave feminina em grande estilo. Ainda pelo Grupo F, Ágatha e Maria Elisa superaram Mashkova e Tsimbalova, do Cazaquistão, 
por 2 sets a 0, com parciais de 21/18 e 21/9. A dupla assumiu na vice-liderança da chave, atrás das compatriotas.

Bárbara Seixas e Lili comemoração vôlei de praia (Foto: Divulgação / FIVB)Bárbara e Lili avançaram às oitavas do Grand Slam de Roma sem ceder sets (Foto: Divulgação / FIVB)

No Grupo H, as irmãs Maria Clara e Carol também garantiram a classificação direta para a próxima fase. A parceria bateu as italianas Gioria e Giombini por 2 sets a 1, com parciais de 21/19, 20/22 e 15/13. Com o resultado, elas assumiram a liderança no último jogo e fecharam a fase de classificação com duas vitórias e uma derrota. Já Ágatha/Maria Elisa e Taiana/Talita ficaram na segunda posição em seus grupos e terão de disputar a repescagem para se manter vivas na etapa do Circuito Mundial de vôlei de praia 2013. Ambas as fases serão realizadas nesta sexta-feira.

Campeãs do Grand Slam de Haia e líderes do ranking mundial, Taiana e Talita fizeram uma partida muito disputada contra as holandesas Keizer/Van Iersel, mas não resistiram à pressão e foram derrotadas por 2 a 1 (21/19, 19/21 e 17/15). O revés deixou a dupla brasileira na segunda posição do Grupo E, levando-a à repescagem.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2013/06/lilibarbara-e-maria-claracarol-avancam-direto-para-oitavas.html

Érika volta ao Brasil e sonha com novo amor: 'Não podia ser polonês, né?'

Ponteira, que retorna ao país para ser uma das estrelas do Brasília, diz ter sentido saudade de falar português e das comidas: 'Meu sonho era voltar'

Por João Gabriel Rodrigues São Paulo


Érika Coimbra vôlei (Foto: Reprodução / Facebook)Na Polônia, Érika era referência da torcida e musa do Atom Sopot (Foto: Reprodução / Facebook)

Foram quatro temporadas fora do Brasil. Na Polônia, era tratada como rainha: líder do Atom Sopot na conquista do campeonato nacional e capa de várias revistas de moda. Érika Coimbra, porém, não via a hora de voltar. Conversou com algumas equipes, mas não chegou a um acerto. Já discutia uma renovação de contrato quando surgiu a proposta do novo time do Brasília. Disse sim. Nascida em Belo Horizonte, tinha saudade da família e da comida e, por isso, aceitou a missão de liderar o projeto ao lado de Paula Pequeno. A ponteira também chega ao país com sonhos mais românticos: encontrar um novo amor.

Na Europa, Érika assumiu o papel de musa aos 33 anos. Nos ensaios que fez para as revistas locais, recebeu elogios pela beleza e chegou, inclusive, a cogitar um ensaio nu. A ponteira, porém, volta ao Brasil solteira. E sonha com um namorado local.

- Voltar para casa vai ser bom.  Eu estou solteira. Agora, tenho que arrumar um namorado brasileiro. Não podia ser um polonês, né? Agora ficou mais fácil – brincou a ponteira.

A saudade do Brasil era grande. Érika deixou o país no fim da temporada 2009/2010. Passou pela Turquia e pelo Azerbaijão antes de chegar à Polônia. Para voltar, deixou de lado a questão financeira e apostou em um novo projeto.

- Meu sonho era voltar a jogar no Brasil, independentemente de tudo. Não importava muito o financeiro. Era mais a vontade de voltar a jogar em casa, em uma equipe bacana. Conversei bastante com o Brasília, com o Sérgio Negrão (supervisor da equipe). Foi feito em cima da hora, mas é um projeto a longo prazo. Acabou que deu certo, é uma equipe bacana.

Reprodução site Prestiz erika coimbra (Foto: Reprodução)Érika foi capa de revistas e fez ensaios na Polônia (Foto: Reprodução)[

Érika sentia falta das coisas mais simples. De comer feijão, arroz, açaí e pão de queijo. E, principalmente, de falar português. Na Europa, a ponteira passava dias sem conversar no próprio idioma. Agora, mata as saudades.

- Antes dessas temporadas, eu só tinha jogado uma vez na Itália. Senti falta de comer feijão, arroz, açaí, pão de queijo. Já estava muito cansada. Na Polônia, foi muito legal, ganhamos o campeonato, fui eleita a melhor jogadora. Foi muito legal em termos de mídia. Minha opção era voltar para lá mesmo, mas com aquela vontade de jogar no Brasil. Durante todo o campeonato, mesmo jogando bem, eu já falava que queria voltar para casa. Eu precisava falar português. Não agüentava mais (risos).

A ponteira sabe da responsabilidade que vai carregar quando entrar em quadra pela primeira vez pelo Brasília. Ao lado de Paula Pequeno, Érika será a referência da nova equipe. Nada que preocupe a jogadora.

- Liderar sempre foi minha característica, desde 21 anos, quando fui capitã da seleção, do Rio de Janeiro (quando a equipe ainda era sediada em Curitiba). Sou totalmente profissional, corro atrás mesmo. Orientar já faz parte da minha vida, nasci para liderar. Quando eu não estiver mais liderando, é hora de parar. Conversei muito com a Paula, a gente sabe que tudo vai cair nas nossas costas. Eu vim para ser campeã. Não sei pensar em outra coisa.  Esse tem que ser o pensamento. Vamos ter de trabalhar três vezes mais. Queremos chegar entre os quatro e depois vai ser guerra.

Érika Coimbra vôlei (Foto: Reprodução / Facebook)Érika volta ao Brasil com saudades de falar português e da comida (Foto: Reprodução / Facebook)

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Poderosa, Anitta revela gosto pelos exercícios e dá recado a preguiçosos

Nova musa do funk nacional afirma ter prazer em se cuidar e confessa estar irritada com falta de tempo para malhação: 'Mexer o corpo é minha vida'

Por Rio de Janeiro



Ela tem apenas 20 anos e já leva milhares de fãs aos seus shows. O novo nome do momento é Anitta, não há dúvidas. Quem a vê em seus videoclipes na internet imagina um mulherão, mas a cantora pop tem 1,60m de altura e hoje pesa apenas 51kg, graças a três horas diárias de ensaios de dança

- Estou muito magrinha, porque ando sem tempo para fazer outras coisas. Fico irritada, porque eu gosto de cuidar do meu corpo, mas agora não tenho tempo nem para dormir. Antes da estreia do "Show das Poderosas", meu corpo estava incrível, tudo no lugar. Há três meses eu não consigo fazer nenhum exercício direito além de dançar - disse a cantora durante uma entrevista informal e bem humorada. (Veja no vídeo o recado de Anitta para o Eu Atleta).

cantora anitta camisa eu atleta (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Anitta veste a camisa do Eu Atleta e convoca os leitores ao exercício  (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

O lançamento da turnê levou 12 mil pessoas a uma casa de shows da Barra da Tijuca no dia 6 de junho, sem contar cerca de 3 mil que não conseguiram entrar. De lá pra cá a vida da funkeira gira em torno de shows e eventos.

Amante de musculação, principalmente dos exercícios para as pernas, Anitta também revela ser fã de corrida. Sem tempo para ir à academia, ela garante que sua barriga negativa, invejada  por muitas mulheres, é fruto da genética.

- Amo malhar. Adoro fazer treino de pernas, mesa extensora é a que mais gosto, e corrida na esteira. Não malho braço, porque não gosto de ficar muito musculosa. Queria muito poder voltar a malhar. Tenho facilidade para pegar corpo rapidamente. Minha família toda é assim. Não malham, mas têm barriga sequinha - revelou.

cantora anitta camisa eu atleta (Foto: André Durão / Globoesporte.com)"A barriga negativa é genética" (Foto: André Durão)

Quanto à alimentação, Anitta também reclama da falta de tempo em sua rotina para conseguir comer da maneira ideal.

- Agora me alimento de forma desregrada, às vezes nem consigo almoçar, preciso comer um sanduíche. Minha comida predileta é feijoada e churrasco. Eu amo arroz e feijão! Também amo doces, mas preciso me controlar. Não bebo uma gota de álcool - disse a carioca.

Aos preguiçosos de carteirinha que não levantam nem para dançar suas músicas, Anitta dá um recado.

- Pelo amor de Deus, vamos lá, levanta desse sofá. Não adianta ficar em casa. Me sinto muito melhor quando estou malhando - disse a dona dos hits "Show das Poderosas", "Meiga e Abusada" e "Proposta".

Em vez da mesa, está na hora de você aceitar o convite dela e sair do sofá.


cantora anitta camisa eu atleta (Foto: André Durão / Globoesporte.com)"Não malho braço para não ficar forte demais", conta a cantora  (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

'Esqueceram de mim': voluntário viaja 1.659 km, mas fica fora de jogo

COL alega falha técnica e não imprime credencial de Ricardo Cavalheiro para Itália 2 x 1 México, no Maracanã, mas ele deve trabalhar nesta quinta

Por Felippe Costa Rio de Janeiro


Um sonho que virou decepção. Assim pode ser classificado o dia 16 de junho de 2013 na vida de Ricardo Cavalheiro, de 20 anos, que seria voluntário da Copa das Confederações, na vitória da Itália por 2 a 1 sobre o México, no último domingo, no Maracanã. Depois de passar por duas fases, o jovem chegou ao Rio de Janeiro para trabalhar no serviço para o espectador, mas não conseguiu. Sua credencial não pôde ser impressa, e o estudante voltou para Franca, no interior de São Paulo, sentindo-se “dispensável”. A viagem, que chegou a 1.659 km percorridos, será repetida para o confronto desta quinta-feira entre Espanha e Taiti. Com a promessa de ter tido o caso resolvido pelo Comitê Organizador Local (COL), Ricardo espera ser utilizado na segunda rodada do Grupo B.

- Foi minha terceira vez no Rio. A primeira foi para uma dinâmica de grupo, e a segunda, para um treinamento na minha área, que é serviço para o espectador. Vim para participar do jogo, mas me informaram que tive um problema com a minha credencial, relacionado com o sistema de gestão de voluntários. Fiquei umas cinco horas esperando e me senti bem destratado no contesto do discurso do COL, que fala que o voluntário é essencial para a Copa. Vi que funcionários conseguiram uma credencial em cinco minutos. Tentei contato com a minha supervisora. Ela atendeu uma vez, mas depois nada. Eu me senti dispensável.

Ricardo cavalheiro voluntário copa das confederações (Foto: Felippe Costa)Ricardo na porta do Maracanã, domingo: sem credencial para Itália x México (Foto: Felippe Costa)

Estudante de Relações Internacionais, Ricardo gastou R$ 550 na viagem ao Rio de Janeiro. Nos eventos da Fifa, os custos são bancados pelos próprios voluntários, que ganham apenas alimentação e transporte interno durante os trabalhos. Mesmo sabendo disso, ele teve que arcar com despesas inesperadas. Com passagens compradas também para a final, no dia 30, ele se diz desestimulado.

- A decepção foi muito grande. Fiquei bem chateado. A cara da Copa que eles dizem para mim é outra. Vim com o dinheiro contado. Como não tive acesso ao estádio, tive que gastar na rua.

Ricardo chegou ao Rio de Janeiro por voltas das 7h de domingo. De ônibus, o estudante foi direto para o Maracanã. No estádio, ficou a manhã inteira tentando resposta para o problema na impressão de sua credencial. Sem solução e respostas da supervisora, resolveu voltar para São Paulo. Pegou outro ônibus até a Central do Brasil e foi andando para o Aeroporto Santos Dumont, um percurso de 7 km que durou cerca de 30 minutos. Ricardo deixou o Rio às 16h15m e, quando chegou a Ribeirão Preto, ainda teve que pegar uma carona até a cidade de Franca, onde mora.

Procurado, o COL enviou uma nota explicando que “por uma falha técnica, o credenciamento do voluntário em questão não estava disponível. Após a identificação do problema, a área de voluntários entrou em contato com o voluntário, se desculpou pelo transtorno e ele foi normalmente integrado ao programa”.

Mesmo ainda chateado com a situação, Ricardo, que confirmou o contato do COL, voltará ao Maracanã para trabalhar na partida entre Espanha e Taiti, nesta quinta. Resta saber se o voluntário encontrará o mesmo problema.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/2013/06/esqueceram-de-mim-voluntario-viaja-1659-km-mas-fica-fora-de-jogo.html


Goleiro da seleção mexicana se rende a Neymar: 'Desequilibrou'

Corona afirma que México evoluiu em relação à derrota para a Itália, mas que Brasil tirou vantagem da grande partida do camisa 10 no Castelão

Por Alexandre Lozetti e Marcelo Baltar Fortaleza, CE



Não foi uma tarde de quarta-feira fácil para Jose Corona. O goleiro da seleção mexicana enfrentou uma seleção brasileira inspirada e um Neymar endiabrado e pouco pôde fazer para evitar a derrota por 2 a 0, que selou a eliminação do México da Copa das Confederações.

Para Corona, aliás, a seleção mexicana até mostrou evolução em relação à estreia contra a Itália, no último domingo. O que pesou foi a atuação de Neymar. Para o goleiro, o camisa 10 foi o principal culpado pela derrota mexicana.

- Até tivemos uma atuação um pouco melhor do que contra a Itália. Mas sabíamos que o Brasil é uma seleção com muitos jogadores de qualidade. Eles souberam tirar vantagem da grande atuação de Neymar. Ele desequilibrou – admitiu o goleiro mexicano, após a partida.

Jose Corona goleiro México entrevista (Foto: Marcelo Baltar)Jose Corona ressaltou experiência após jogo contra o Brasil no ambiente da Copa (Foto: Marcelo Baltar)


Um dos poucos jogadores mexicanos que se colocaram à disposição da imprensa no Castelão, Corona disse que foi uma grande experiência enfrentar a seleção brasileira e sentir um pouco o clima do Mundial de 2014. 

- Foi uma grande experiência jogar contra o Brasil e sentir o ambiente que será a Copa do Mundo. O resultado é que não foi bom. Tínhamos que ter mais a posse de bola e buscar uma movimentação maior.

Já eliminado, o México volta a campo no próximo sábado, quando enfrenta o Japão (também sem chance), às 16h, no Mineirão. O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida em Tempo Rea

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/mexico/noticia/2013/06/goleiro-da-selecao-mexicana-se-rende-neymar-desequilibrou.html


Central da Copa: campo virtual mostra genialidade de Neymar

Jogada do segundo gol do Brasil, de Jô, é detalhada por Caio Ribeiro, que também destaca defesa da Itália. Alex Escobar detalha gol perdido por Hulk

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro


Neymar foi o grande nome desta quarta-feira. Ele abriu o placar na vitória do Brasil por 2 a 0 sobre o México, logo aos oito minutos de jogo, com um bonito chute de primeira, na Arena Castelão, em Fortaleza, Ceará. Mas foi a bela jogada que fez no segundo gol, marcado por Jô, que mereceu uma análise detalhada do comentarista Caio Ribeiro, no programa "Central da Copa", da TV Globo, na madrugada desta quinta-feira, com a ajuda do “campo virtual”.

- A gente falou do gol do Jô, mas 90% dele foi por causa da genialidade do Neymar – afirmou Caio, que também analisou uma cobrança de falta ensaiada com o "campo virtual".

Quase-gol e quase-beijo de Hulk


Alex Escobar também detalhou uma jogada com bela participação de Neymar, mas que terminou em um gol perdido por Hulk. Na sequência, o programa mostrou momento engraçado do atacante paraibano, que quase deu um beijo em Lucas ao ser substituído.

- Três jogadores mexicanos na marcação, todos três olhando, voltados para o Neymar. Três jogadores marcando, e o Neymar pensa muito rápido, dá um toque genial e descobre o Hulk livrinho na área. Aí o Hulk ainda tem duas grandes opções, o Paulinho e o Fred. Mas aí o Hulk decide chutar para o gol, e chuta para fora - explicou Escobar.

Uma Itália diferente


Na “mesa tática”, Caio analisou as diferenças entre o sistema de marcação do México e da Itália, adversário do Brasil no sábado, às 16h, na Arena Fonte Nova, em Salvador. De acordo com o comentarista, o adversário desta quarta-feira joga com oito atrás da linha da bola, em duas linhas de quatro.

- A seleção italiana já muda um pouquinho. Olhando desse jeito, ela tem uma primeira linha de quatro e cinco homens no meio de campo, e o Balotelli um pouco mais à frente. Eles têm dois externos que chamam atenção, e aí eles jogam praticamente com três atacantes. O Pirlo, esse jogador aqui é diferente. É o homem que dita o ritmo do meio de campo, que tem liberdade para sair. Com essa mudança de posicionamento do Pirlo, fica com uma linha de quatro atrás e só dois volantes. A Itália mudou o jeitão de jogar. Ela marcava e depois jogava. Hoje ela joga e deixa jogar - destacou.

A “mesa tática” também foi usada para mostrar como a Espanha se comporta marcando os adversários sob pressão, com oito no campo de ataque. O ator Marcius Melhem mais uma vez sugeriu ironicamente uma jogada para o Taiti. Desta vez, o "haka", dança típica do povo Maori.

Galvão Bueno, Ronaldo Fenômeno, Casagrande e o ex-lateral Roberto Carlos  participaram do Central da Copa direto de Fortaleza. No estúdio, estavam o apresentador Pedro Bial, os atores Marcius Melhem e Isabelle Drummond, e o comentarista Junior.

Com apresentação de Tiago Leifert e Alex Escobar, e comentários de Caio Ribeiro, a atração vai ao ar sempre nas noites dos jogos do Brasil, com a presença de convidados, plateia e a participação dos telespectadores.

Dia de torcedor: 'maior fila do mundo', malabarismo e manifesto do bem

Longe de protestos, público vive clima de festa com 'Parabéns pra você' em terminal de ônibus. Castelão tem poucos voluntários e primeiro hino à capela

Por Janir Júnior Fortaleza

Header_DIA-TORCEDOR (Foto: Infoesporte)

Tinha uma multidão, mas era uma manifestação do bem. Longe dos protestos com bombas, pneus queimados e confronto com a polícia. O pequeno Felipe, de apenas cinco anos, no auge da sua proporção infantil, virou para a mãe e disse que estava na "maior fila do mundo”. Era o começo do caminho que levaria ao Castelão, em ônibus colocados para transportar gratuitamente torcedores de todos os cantos de Fortaleza. Da entrada na fila, às 13h40m, até o interior do transporte coletivo foram 52 minutos. Teve desvio dentro de um estacionamento, sobe rampa, desce rampa e um bronzeado forçado pela espera debaixo do sol num calor de 30 graus - acentuado pela sensação térmica que vinha do asfalto. No caminho até o estádio, era possível se evangelizar com os grupos religiosos, ver pessoas humildes deixarem seus casébres para gritar "Brasil", ouvir bandas de forró e ser convidado para a sessão do circo do Tirulipa. E foi preciso malabarismo para driblar alguns problemas.

Existiram contratempos antes, durante e depois do jogo. Além de dribles nas normas da Fifa dentro do estádio. Mas, ao contrário de muitos protestos que assolam o país e terminam de forma violenta, o dia de torcedor vivido pelo GLOBOESPORTE.COM em Fortaleza, nesta quarta-feira, para o jogo entre Brasil e México, foi a prova de uma manifestação do bem. Mesmo diante dos problemas e pedras no caminho, os torcedores encararam com bom-humor e apelaram para o patriotismo para dar uma injeção de paciência quando foi preciso.

Mosaico Dia de Torcedor (Foto: Janir Junior)

Exatamente às 13h40m, o ponto de ônibus localizado no shopping Via Sul, na Avenida Washington Soares, Zona Sul de Fortaleza, virou um mar de gente. A fila era quilométrica, dobrava a esquina da rua Conselheiro Gomes de Freitas, entrava, subia e descia a rampa de um estacionamento e, enfim, chegava ao ônibus. O forte calor era um obstáculo a mais. Crianças e senhores faziam das bandeiras do Brasil as suas proteções, com os mantos sobre a cabeça.

No meio da fila, uma aniversariante ganhou um coro. Alguns amigos puxaram o ‘Parabéns pra você’ e foram acompanhados por centenas de pessoas, numa festa improvisada e coletiva.

- O negócio é chegar ao estádio, mesmo que demore - dizia um torcedor.
Eram muitos ônibus que saíam de pontos espalhados pela cidade. Os coletivos, mesmo os que partiam do mesmo local, faziam caminhos diferentes para evitar grande fluxo na mesma via. Já os taxistas receberam mapas com todos os pontos de linhas especiais e também bloqueios feitos pela polícia. Mas nem sempre ajudava.

- Uma bússola cairia bem - afirmou o taxista, ainda sem o advento do GPS.
Durante o trajeto, alguns pontos de retenção, mesmo com o fato de nesta quarta-feira ter sido decretado feriado em Fortaleza por causa do jogo. Em uma das paradas, uma pequena Kombi aproveitava para anunciar em alto e bom som a sessão a R$ 10 do circo do Tirulipa.

Caminhada, festa dos excluídos e espera para entrar

Do ponto final do ônibus até o estádio, uma longa caminhada debaixo de forte sol e com a festa dos excluídos. Com as vias isoladas por grades, torcedores de uma comunidade humilde ao longo do trajeto vestiam camisa do Brasil, comemoravam e tentavam encontrar gringos com a pergunta “do you speak english?” ("você fala inglês?").

fila ônibus Castelão jogo Brasil (Foto: Janir Júnior)Vias no entorno do Castelão tinham grades para saparar a fila ds torcida ao estádio (Foto: Janir Júnior)

Duas bandas de forró animavam a torcida, e dois cambistas agiam de forma discreta e sem sucesso. Durante alguns minutos, nenhum torcedor procurou saber o preço das entradas. Próximo ao estádio, torcedores sacavam suas máquinas fotográficas para registrar poses com o Castelão ao fundo.

A entrada no estádio não chegou a queimar o filme, mas não saiu bem na foto. A reportagem do GLOBOESPORTE.COM encarou uma fila de cerca de 25 minutos. Chamou a atenção a pouca quantidade de voluntários. Mas, fora uma dúvida ou outra, as informações foram corretas e não foi difícil achar o assento localizado no nível 1.

Da fila do ônibus no ponto de partida até o momento de sentar na cadeira foram duas horas, um longo tempo para uma distância de cerca de 15 quilômetros.

Falta de cerveja, filas no bar e fumódromo improvisado

Dentro do Castelão, problemas que se tornaram comum na Copa das Confederações. Filas nos bares, fim da cerveja em alguns locais, muitas pessoas em pé no corredor acima das cadeiras do nível 1 - próximas ao campo - e um drible nas normas da Fifa, que proíbe o fumo nos estádios. Torcedores se postaram próximos às roletas de entrada e fumaram seus cigarrinhos sem serem incomodados.


fila lanchonete Castelão intervalo (Foto: Marcos Montenegro)No estádio, mais filas para comprar alimentos na lanchonete durante o intervalo (Foto: Marcos Montenegro)

Durante e depois do jogo entre Brasil e México foi possível perceber torcedores visivelmente alcoolizados, mas sem criarem maiores transtornos. Com a cerveja custando R$ 9, ambulantes credenciados não tinham troco de R$ 1 e fizeram uma bela caixinha.

'Avanço' na saída, vestígios da manifestação e a recordação do hino

A saída do estádio aconteceu de forma tranquila e rápida, apesar do fluxo de milhares de pessoas. No caminho, porém, foi possível ver vestígios da manifestação: grades jogadas no chão, placas e radares depredados. Assim como no trajeto de ida para o estádio, o policiamento era extremamente reforçado. Já não existiam mais filas para pegar os ônibus no ponto final. Era no “avanço”, ainda assim sem maiores confusões. Saindo lotados, os coletivos se deslocavam rapidamente e, em 18 minutos, deixavam o torcedor próximo ao shopping Via Sul, ponto de partida da reportagem.


Dia de Torcedor (Foto: Janir Junior)Torcedor posa com uma das placas que foi depredada durante a manifestação (Foto: Janir Junior)

A alegria pela vitória estava estampada no rosto dos torcedores. Foi quando um deles lembrou o momento mais emocionante da partida, o Hino Nacional cantado à capela por milhares de vozes. Foi a primeira vez nesta Copa das Confederações que o público continuou a canção após a interrupção das caixas de som. Naquele instante, dentro do estádio, foi possível perceber muitas pessoas emocionadas.

- O Hino foi uma manifestação do bem - afirmou o torcedor João Bragança.

No fim, em Fortaleza, o circo do Tirulipa ganhou projeção. O Brasil também. Em mais um teste para a Copa do Mundo, os torcedores fizeram malabarismos para encarar alguns problemas. Para 2014, ficou a certeza de que para o espetáculo ser completo é preciso ajustar. Assim, ninguém fica com cara de palhaço.

'Normais' do Grupo B, Nigéria e Uruguai duelam por vaga na Bahia

Entre potente Espanha e amador Taiti, seleções definem em Salvador quem deve ser o segundo classificado do Grupo B. Forlán chega a 100 jogos

Por Edgard Maciel de Sá, Eric Luís Carvalho e Raphael Carneiro Salvador


Quase tão provável quanto o primeiro lugar da Espanha e a última colocação do Taiti no Grupo B da Copa das Confederações é o caráter decisivo do jogo desta quinta-feira entre Uruguai e Nigéria, às 19h (de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador. Entre a potente Fúria e os amadores da Oceania, as duas seleções 'normais' da chave duelam pela chance de chegarem às semifinais do torneio.

Em caso de vitória, a Nigéria deve garantir a vaga e eliminar o Uruguai, já que a Espanha provavelmente confirmará seu favoritismo contra o Taiti na outra partida do grupo, às 16h, no Maracanã. Mesmo derrotado pela Fúria na estreia, o Uruguai deixa a classificação bem encaminhada se ganhar, já que enfrenta os amadores da Oceania na última rodada e os africanos, os campeões mundiais.

treino nigéria (Foto: AFP)Nigéria joga na Fonte Nova podendo garantir classificação com vitória sobre o Uruguai (Foto: AFP)

Mistério na Nigéria

Os nigerianos têm consciência que enfrentarão dificuldades maiores do que na estreia, quando golearam o Taiti por 6 a 1. Diante dos campeões sul-americanos, o treinador Stephen Keshi adotou a tática do mistério e não deu pistas sobre a equipe que vai mandar a campo. Mas a expectativa é que a escalação do jogo da última segunda-feira seja mantida.

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- Se você é um profissional, sua mentalidade é forte, e vai te carregar até o fim do jogo. Então, quero ter certeza de que meus jogadores estejam em suas posições e apenas focados no jogo - afirmou o técnico.

Na cidade com o maior número de afrodescedentes fora do seu continente, a Nigéria espera agora torcida maior a seu favor na Arena Fonte Nova. Na estreia, os mineiros 'adotaram' a seleção do Taiti, e os Águias ouviram até "olé" na troca de passes do adversário.

'Final' para o Uruguai

Forlán coletiva Uruguai (Foto: EFE)Diego Forlán vai chegar à marca de 100 jogos pelo Uruguai (Foto: EFE)

Do lado celeste, a partida também é tratada como uma verdadeira final. E, para vencê-la, o técnico Óscar Tabárez apostou na ousadia. Na última quarta, o comandante confirmou a escalação da equipe com Forlán ao lado de Suárez e Cavani no ataque. O jogador do Internacional, aliás, vai alcançar a marca história de 100 jogos pela seleção.

O treinador não quis revelar o esquema de jogo, mas a tendência é que o Uruguai atue no 3-4-3, variando para o 5-3-2 sem a bola.

- Com base no que vimos dos dois últimos jogos da Nigéria, pelas eliminatórias e a estreia na Copa das Confederações, trata-se de uma seleção ofensiva, veloz e que tem muita técnica individual. Quando eles começam a correr, são muito perigosos, objetivos. Pode ser o jogo da vaga. Será difícil e decisivo para o futuro de cada um na competição. Uma final - frisou.

Em relação à estreia, serão três mudanças: além de Forlán, Álvaro González e Arévalo Rios também vão jogar. Saem Gargano, Diego Pérez e Gáston Ramírez. A Fonte Nova, aliás, trás boas recordações para o Uruguai. Foi no antigo estádio que a seleção conquistou a Copa América de 1983, após empate por 1 a 1 com o Brasil.

- Isso foi há 30 anos. Agora será diferente. Esperamos um jogo muito complicado. Respeitamos a Nigéria, mas queremos vencer para chegar à semifinal - disse Cáceres.

NIGÉRIA X URUGUAI
Vincent Enyeama; Efe Ambrose, Godfrey Oboabona, Kenneth Omeruo e Uwa Echiejile; Ogude, Obi Mikel e Sunday Mba; Anthony Ujah, Ahmed Musa e Nhamdi Oduamadi. Muslera, Godín, Lugano e Cáceres; Maximiliano Pereira, Arévalo Ríos, Cristian Rodríguez, Forlán e Álvaro Gonzálezz; Suárez e Cavani.
T: Stephen Keshi T: Óscar Tabárez
Local: Arena Fonte Nova. Data: 20/06/2013. Horário: 19h.
Arbitragem: Bjorn Kuipers, que será auxiliado por Sander van Roekel e Edwin Zeinstra (trio da Holanda).
Transmissão: SporTV e GLOBOESPORTE.COM.

FONTE:

http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/2013/06/normais-do-grupo-b-nigeria-e-uruguai-duelam-por-vaga-na-bahia.html