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O maior objetivo das duplas brasileiras do vôlei de praia em 2015 é a
classificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no ano que vem. Por isso, as equipes estão focadas nas etapas de Grand Slam e Major do Circuito Mundial,
que contam pontos na corrida olímpica do país.
Mas isso não tira o brilho ou a importância de vencer um Campeonato
Mundial (mesmo sem valer para o somatório olímpico). A partir desta
sexta-feira até o dia 5 de julho, as 48 duplas femininas, divididas em
12 grupos de quatro times cada, brigam pelo caneco internacional em
quatro cidades da Holanda (Apeldoorn, Haia, Amsterdã e Roterdã). E uma
rivalidade em particular promete esquentar o clima. Maiores vencedores
da competição com quatro ouros cada no feminino, Estados Unidos e Brasil
podem fazer um tira-teima.
- Jogar contra os Estados Unidos é
sempre muito bom. Há um respeito muito grande entre os dois países.
Acho que temos um histórico importante em Olimpíadas, em decisões, em
Circuito Mundial, então espero que possamos também dar o nosso melhor
para conseguir um bom resultado. Precisamos sempre estar no mais alto
nível para jogar contra elas (as americanas). Estamos focadas no nosso
objetivo, ir passo a passo, jogar cada jogo até a semifinal e final -
afirmou Larissa, parceira de Talita.
Larissa e Talita já levaram duas etapas do
Circuito Mundial na temporada
(Foto: Divulgação/FIVB)
Ao
todo, são quatro parcerias verde-amarelas. Tidas como fortes candidatas
ao título, Larissa e Talita estão no Grupo B, que ainda tem Van Der
Vlist e Van Gestel, da Holanda, Gorianec e Huberli, da Suíça, e Radarong
e Udomchavee, da Tailândia. A primeira fará seu retorno ao Campeonato
Mundial desde que acertou seu retorno às quadras em junho de 2014.
-
As expectativas são as melhores possíveis, estamos super motivadas, é
um campeonato importante que só acontece de dois em dois anos. Todo
mundo gostaria de estar jogando. Depois da minha volta, será a primeira
vez que vou jogar. É mais uma oportunidade de consolidar nosso time -
avaliou Larissa.
Leia:
Brasileira puxa lista de beldades no Mundial da Holanda
Líderes
na corrida olímpica, Ágatha e Bárbara Seixas estão no Grupo F e têm
como rivais Flores/Martinez (Cuba); Candelas/Rios (México); e Kessy/Day,
justamente dos EUA. Atuais campeãs do Circuito Mundial, Juliana e Maria
Elisa aparecem no Grupo G. Elas têm pela frente, na fase de grupos, as
argelinas Boucheta e Bayou, as alemãs Laboureur e Sude, e Pata e
Matauatu, de Vanuatu. Por fim, Taiana e Fernanda Berti pegam
Williams/Sekhonyana (África do Sul), e Forrer/Vergé-Dépré e
Zumkehr/Heidrich, da Suíça, no Grupo I.
Kerri Walsh machucou o ombro, mas está
confirmada para a competição (Foto:
Divulgação/FIVB)
Do
outro lado, são três parcerias. No grupo de Ágatha e Bárbara Seixas,
estão Jennifer Kessy e Emily Day. No Grupo J, Fendrick/Sweat encaram
Agera/Eyetsonetan (Nigéria), Ukolova/Birlova (Rússia), e Borger/Büthe
(Alemanha). O destaque é a última dupla, formada pela medalhista de
prata dos Jogos de Londres 2012 April Ross e a tricampeã Kerri Walsh,
vencedora em Londres 2012, Pequim 2008 e Atenas 2004, que vê uma
rivalidade, principalmente, entre elas e Larissa/Talita.
- É
possível batê-las. Elas se assimilam a outros times do torneio, mas sua
consistência é o que as diferencia. Há um estereótipo no estilo
brasileiro de vôlei de praia - dois atletas muito bons que se juntam e
complementam um ao outro bem demais. Eu aposto em nós (Ross/Walsh) em
condições iguais, mas precisamos provar que podemos. Não provamos ainda
(em 2015) - disse à rede americana "NBC".
Arena montada em Roterdã para o Campeonato
Mundial de vôlei de praia (Foto: Divulgação/CBV)
Apesar
de serem favoritas, o sinal de alerta está ligado: Walsh deslocou o
ombro no fim de maio e não disputou os últimos três eventos do Circuito
Mundial. Elas estão no Grupo C. Suas adversárias são: Bansley/Pavan
(Canadá), Braakman/Sinema (Holanda), e Artacho Del Solar/Laird
(Austrália). A americana de 36 anos já operou o ombro quatro vezes, mas,
nessa lesão, não precisou passar por operação. Possível rival, Larissa
torce para que Walsh volte com tudo e, no confronto direto, dê Brasil.
-
Eu jogo contra ela há bastante tempo e, em todos os jogos, é uma
experiência nova, é um aprendizado novo. Espero que ela esteja melhor,
que ela esteja bem e, quem sabe, se nos enfrentarmos, que dê Brasil.
A
temporada do Circuito Brasileiro Open (primeira divisão) ainda não
começou (se inicia no dia 13 de agosto, em Brasília), mas,
internacionalmente, as atletas estão representando bem o país. Com o
Circuito Mundial fervendo, com quatro etapas que contam pontos no
somatório da corrida olímpica realizadas, o Brasil venceu com Larissa e
Talita no Grand Slam de Moscou, na Rússia, e no Major de Porec, na Croácia; teve Juliana e Maria Elisa no topo do pódio em Stavanger, na Noruega (com Ágatha e Bárbara Seixas em segundo); e Ágatha e Bárbara Seixas foram ouro no Grand Slam de St. Petersburgo, nos Estados Unidos (com Maria Elisa e Juliana em segundo, e Taiana e Fernanda Berti em terceiro).
Ágatha e Bárbara Seixas estão indo bem no
Circuito Mundial (Foto: Divulgação / FIVB)
Ágatha
e Bárbara Seixas ainda levaram o Open de Praga, na República Tcheca,
que não conta pontos na corrida olímpica. As americanas, por sua vez,
não estão bem no Circuito Mundial. Até o momento, a melhor colocação
delas em uma etapa da competição internacional foi um bronze de Kerri
Walsh e April Ross no Open de Fuzhou, na China, sem a presença das
principais duplas brasileiras.
Com a boa fase no Circuito
Mundial, Ágatha e Bárbara Seixas são as melhores no ranking da
temporada. As quatro duplas do Brasil são cabeças de chave.
Com
exceção da lenda Emanuel, com três títulos no Campeonato Mundial de
vôlei de praia no masculino, as atletas Adriana Behar e Shelda são as
maiores vencedoras, com dois títulos. Juliana, hoje dupla de Maria
Elisa, e Larissa, atualmente ao lado de Larissa, foram campeãs em 2011.
Com isso, uma delas pode igualar a marca de Adriana Behar e Shelda, duas
das principais atletas da história da modalidade.
Shelda e Adriana Behar têm, ao todo, quatro
medalhas (dois ouros, prata e bronze)
(Foto: COB)
Se
chegarem ao pódio, Larissa e Juliana passam as ex-jogadoras também no
número total de medalhas, chegando a cinco contra quatro de Adriana
Behar e Shelda. Elas têm, além do ouro em 2011 na edição de Roma, na
Itália, duas pratas, uma em Stavanger, na Noruega, em 2009, e outra em
Berlim, na Alemanha, em 2005, e um bronze, em Gstaad, na Suíça, em 2007.
Se levarem título ou medalha, seria a primeira conquista após a
separação da parceria nesse torneio.
Além das conquistas de
Larissa e Juliana e dos dois ouros, uma prata e um bronze de Adriana
Behar e Shelda, o Brasil tem medalhas com Liliane Maestrini e Bárbara
Seixas (bronze em Stare Jablonski 2013); Talita e Maria Elisa (bronze em
Stavanger 2009); Tatiana e Sandra Pires (prata em Klagenfurt 2001); e
Sandra Pires e Jackie Silva (ouro em Los Angeles 1997).
Kerri
Walsh é a maior vencedora no feminino. Ela tem três ouros (Rio 2003,
Berlim 2005 e Gstaad 2007) e uma prata (Roma 2011). Todas suas
conquistas são ao lado da ex-jogadora Misty-May. Os EUA ainda possuem
uma prata com Lisa Arce e Holly McPeak e um bronze com Karolyn Kirby e
Nancy Reno (Los Angeles 1997); uma prata com Anett Davis e Jenny Johnson
Jordan e um bronze com Liz Masakayan e Elain Youngs (Marseille 1999); e
um ouro com April Ross e Jennifer Kessy (Stavanger 2009).
MAIS INFORMAÇÕES
Além
do título de campeão do mundo, o torneio dará uma premiação total de
US$ 1 milhão (R$ 3,11 milhões), sendo R$ 186,6 mil aos vencedores, R$
139,95 mil para os segundos colocados e R$ 108,85 mil aos medalhistas de
bronze. A dupla ganha 1000 pontos no ranking do Circuito Mundial (mas
não leva pontos na corrida olímpica).
O sistema de disputa
funciona da seguinte forma: 48 duplas femininas e 48 masculinas são
divididas em 12 grupos com 4 times cada. Os dois melhores de cada chave
avançam diretamente para a próxima fase, assim como os oito melhores
terceiros colocados. A partir desta etapa, as partidas passam a ser no
formato de eliminação simples, com as oitavas e quartas de final,
semifinal e a decisão.
Brasil e Estados Unidos (fase de grupos)
27/6 (sábado)
Amsterdã:
8h - Larissa/Talita x Van der Vlist/Van Gestel (Holanda)
13h - Juliana/Maria Elisa x Boucheta/Bayou (Argélia)
Apeldoorn:
11h - Ágatha/Bárbara Seixas x Flores/Martinez (Cuba)
14h - Day/Kessy (EUA) x Candelas/Rios (México)
16h - Ross/Walsh (EUA) x Braakman/Sinnema (Holanda)
28/6 (domingo)
Amsterdã:
13h - Larissa/Talita x Radarong/Udomchavee (Tailândia)
10h - Fendrick/Sweat (EUA) x Ukolova/Birlova (Rússia)
15h - Juliana/Maria Elisa x Pata/Matautau (Vanuatu)
Apeldoorn:
14h - Ágatha/Bárbara Seixas x Candelas/Rios (México)
15h - Day/Kessy (EUA) x Flores/Martinez (Cuba)
Haia:
15h45 - Taiana/Fernanda Berti x Williams/Sekhonyana (África do Sul)
29/6 (segunda)
Amsterdã:
10h - Fendrick/Sweat (EUA) x Agera/Eyetsonetan (Nigéria)
15h - Juliana/Maria Elisa x Laboureur/Sude (Alemanha)
Apeldoorn
14h - Ross/Walsh (EUA) x Artacho Del Solar/Laird (Austrália)
16h - Ágatha/Bárbara Seixas x Day/Kessy (EUA)
Haia
16h45 - Taiana/Fernanda Berti x Forrer/Vergé-Dépré (Suíça)
30/6 (terça)
Amsterdã:
7h - Borger/Büthe (Alemanha) x Fendrick/Sweat (EUA)
8h - Larissa/Talita x Goricanec/Hüberli (Suíça)
Haia
9h - Taiana/Fernanda Berti x Zumkehr/Heidrich (Suíça)
Apeldoorn:
9h - Ross/Walsh (EUA) x Bansley/Pavan (Canadá)
FONTE:
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