sexta-feira, 22 de março de 2013

CBF divulga tabela do Brasileirão 2013 sem clássicos na reta final


Rodadas ainda não estão subdivididas e não têm horários definidos. Pausa para a Copa das Confederações vai de 9 de junho a 7 de julho

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

A CBF divulgou nesta sexta-feira a tabela básica do Brasileirão 2013. A primeira rodada está marcada para o dia 26 de maio e tem três confrontos entre cariocas e paulistas: o Vasco enfrenta a Portuguesa, o Corinthians recebe o Botafogo, e o Santos duela com o Flamengo. Os locais e os horários dos jogos ainda não foram divulgados.
As duas últimas rodadas, diferentemente das edições de 2011 e 2012, não terão clássicos regionais. A 38ª jornada do Brasileirão será no dia 8 de dezembro.

Haverá intervalo de um mês entre a quinta e a sexta rodada. Entre os dias 9 de junho e 7 de julho, o campeonato ficará paralisado por causa da realização da Copa das Confederações no país.

Confira os jogos da primeira e da última rodada:
Primeira rodada - 26 de maio
Vasco x Portuguesa
Fluminense x Atlético-PR
Corinthians x Botafogo
Vitória x Inter
Grêmio x Náutico
Ponte Preta x São Paulo
Criciúma x Bahia
Cruzeiro x Goiás
Coritiba x Atlético-MG
Santos x Flamengo

Última rodada - 8 de dezembro

Botafogo x Criciúma
Flamengo x Cruzeiro
São Paulo x Coritiba
Bahia x Fluminense
Inter x Ponte Preta
Goiás x Santos
Náutico x Corinthians
Atlético-MG x Vitória
Atlético-PR x Vasco
Portuguesa x Grêmio


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/03/cbf-divulga-tabela-do-brasileirao.html

Paulo Autuori aceita desafio e assume o comando do Vasco


Técnico aposta em projeto oferecido pelo clube cruz-maltino durante reunião e vai substituir Gaúcho. A apresentação será às 12h deste sábado

Por Gustavo Rotstein e Raphael Zarko Rio de Janeiro

Paulo Autuori Qatar 2008 (Foto: AFP)Paulo Autuori será o novo técnico do Vasco (Foto: AFP)

Menos de 48 horas depois de demitir Gaúcho, o Vasco garantiu seu substituto. Opção inicialmente avaliada como a mais difícil, Paulo Autuori aceitou ser o novo técnico cruz-maltino. O anúncio foi feito na noite desta sexta, no site oficial, e ele será apresentado às 12h deste sábado, em São Januário.

A contratação de Paulo Autuori é considerada uma dupla vitória do Vasco. Além de acertar com um profissional recheado de títulos de expressão e com a experiência necessária para conduzir um grupo em crise, a diretoria, de quebra, garante a permanência de Ricardo Gomes. Afinal, Autuori condicionou sua ida para o Vasco à manutenção do diretor técnico, que na última quinta-feira chegou a anunciar ao presidente Roberto Dinamite que abandonaria o cargo, mas foi demovido da ideia.

Embora seja um técnico considerado caro, Paulo Autuori nunca colocou a questão salarial como um impedimento para aceitar a proposta do Vasco. Sua preocupação foi sempre com o projeto a ser oferecido e as perspectivas futuras do clube, que vive grave crise financeira. Ele chega a São Januário com o auxiliar Renê Weber e com o preparador físico Gilvan Santos.
Primeiro trabalho no Brasil desde 2009

Assim, Paulo Autuori marca sua volta ao Brasil após quatro anos no Qatar, onde dirigiu as seleções olímpica e principal do país. Seu último trabalho em território nacional foi no Grêmio, em 2009.

Aos 56 anos, Paulo Autuori, nascido no Rio de Janeiro, tem um currículo que conta com duas Libertadores (Cruzeiro, em 1997, e São Paulo, em 2005), além de um Mundial de Clubes (também com o São Paulo). Ele se tornou conhecido em 1995, ao comandar o Botafogo na conquista do Campeonato Brasileiro.

Além do destaque no futebol brasileiro, Autuori também trabalhou em outros países. Foram seis clubes em Portugal, entre eles o Benfica, duas equipes no Peru - onde foi bicampeão nacional (em 2001, pelo Alianza Lima, e em 2002, pelo Sporting Cristal) e assumiu a seleção do país - e dois clubes e as seleções no Qatar. No Japão, ele treinou o Kashima Antlers, em 2006. No currículo vasto, ele ainda teve passagens por Santos, Flamengo e Internacional, onde não faturou títulos.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2013/03/paulo-autuori-aceita-desafio-e-vai-assumir-o-comando-do-vasco.html

Com marca de Bernardinho, Escola de Vôlei ainda têm vagas, em Manaus


Projeto que teve início na última semana, na capital amazonense, tem como objetivo formar atletas e cidadãos

Por GLOBOESPORTE.COM Manaus

Escola Bernardinho Manaus Amazonas (Foto: Divulgação/EVB)Escola de Vôlei Bernardinho chegou, no início do ano, em Manaus (Foto: Divulgação/EVB)

Com o objetivo de incentivar a prática do voleibol infantil, aliando valores fundamentais para a formação do cidadão, a Escola de Vôlei Bernardinho chegou neste início de ano em Manaus. Responsável por intermediar o projeto na capital amazonese, o Literatus (CEL) confirmou, nesta sexta-feira (22), que as matrículas para a EVB ainda estão abertas.

As aulas, que acontecem as segundas e quartas, entre 15h e 19h (16h e 20h de Brasília), são realizadasno Ginásio Isaac Benzecry, com crianças de 07 a 16 anos. Todos os professores que pertecem ao projeto foram treinados, no Rio de Janeiro, sendo monitorados pelos coordenadores e auxiliares da sede original da Escola de Vôlei.

Matrícula e mensalidade
O valor da matrícula é R$ 95. As mensalidades custam R$ 125. Maiores informações podem ser obtidas pelos telefones  (92) 8114-3570 e 3212-8925.

FONTE;
http://globoesporte.globo.com/am/noticia/2013/03/com-marca-de-bernardinho-escola-de-volei-ainda-tem-vagas-em-manaus.html

Concentrada às vésperas de se casar, Ágatha deixa ajustes finais com noivo


Sem lua de mel, bloqueadora paranaense se reapresenta à seleção na terça

Por Helena Rebello Saquarema, RJ

agatha volei de praia casamento (Foto: Roberto Souza/Divulgação)Ágatha e Renan vão se casar neste sábado (Foto: Roberto Souza/Divulgação)

Quanto mais perto da cerimônia de casamento, menos tempo disponível as noivas costumam ter. São pequenas providências, decisões e detalhes que consomem atenção total para que tudo saia perfeito. Às vésperas da união com o preparador físico Renan Rippel, no entanto, Ágatha teve que fazer o inverso. Convocada para a seleção brasileira de vôlei de praia e concentrada no Centro de Desenvolvimento de Saquarema, a paranaense teve que deixar o noivo responsável pelos ajustes finais. E acumulou uma jornada dupla para ajudá-lo à distância.

Junto desde 2009, o casal marcou a cerimônia para este sábado, na cidade de Morretes, no Paraná. Os dois abriram mão da lua de mel, já que Ágatha e Bárbara jogariam o Open de Brasília em abril, e a preparação não poderia ser prejudicada. Ao assumirem a liderança do ranking nacional a uma etapa do fim da temporada, a decisão provou-se acertada. E a convocação na última semana pôs fim a quaisquer outros planos.

Renan teve que assumir as rédeas e tomar as últimas decisões. Nos momentos de folga em Saquarema, Ágatha ficou em frente ao computador fazendo o que estava a seu alcance, como definir a lista de músicas da festa, por exemplo. Apesar do cansaço, ficou satisfeita. E ganhou como prêmio da comissão técnica a dispensa dos treinos de sexta e segunda-feira.
- Passei uma lista de coisas para o Renan fazer. Está igual a um louco, coitadinho.

Ficou tranquilo durante todos os preparativos para o casamento, mas na última semana eu o sobrecarreguei. Está todo estressado, mas faz parte, tem que participar. E agora ainda mais ativamente, comigo aqui. Mas também não parei. Não estou aqui só treinando ainda, mas acho que consegui administrar bem.


vôlei de praia Ágatha e Bárbara Seixas Curitiba (Foto: Divulgação / CBV)Bárbara Seixas e Ágatha são as líderes do ranking nacional feminino (Foto: Divulgação / CBV)

Com treinos em pelo menos dois períodos, Ágatha praticamente não viu a parceira Bárbara. Ou trabalhou apenas com as bloqueadoras convocadas ou com outras atletas de defesa. Situação que não a surpreende devido ao novo sistema de seleções.

- Nesta semana inteira não fiz um treino com a Babi (Bárbara). Cada uma treinou em um horário separado. Imagino que nem vá rolar muita oportunidade nesse sentido. Acho que essa ideia da seleção é justamente de provar atletas e atletas, novas parcerias, para ver o que vai encaixar melhor. O trabalho é bem diferente do que o que eu fazia no Rio, então estamos nos adaptando.

Na próxima terça-feira, Ágatha volta a treinar com a seleção em Saquarema. O próximo compromisso oficial, porém, será pelo time que disputa o Circuito Brasileiro. Líderes do ranking, ela e Bárbara contabilizam 2.760 pontos contra 2.640 de Lili e Rebecca, que estão em segundo lugar e são as únicas a ameaçarem a conquista.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/03/concentrada-vesperas-de-se-casar-agatha-deixa-ajustes-finais-com-noivo.html

Destaque do Minas, Lucarelli arranca elogios de rivais: 'Diamante a lapidar'


Maior pontuador da Superliga masculina, ponteiro é uma das principais armas do time de Belo Horizonte nas semifinais contra o Rio de Janeiro neste sábado

Por Helena Rebello Rio de Janeiro

A cada ponto, a cada vitória e, até mesmo nas derrotas, Ricardo Lucarelli surpreende mais. Maior pontuador da Superliga masculina (547 pontos) em sua segunda temporada como titular, o ponteiro de 21 anos mostra que a habilidade com a bola de vôlei agora convive com uma maturidade maior. Temido em quadra, ganha incontáveis elogios pelo desempenho nas partidas do Minas e pela postura fora de jogo. Tanto que até os rivais mais experientes se rendem ao seu talento.

Neste sábado, Lucarelli será uma das principais armas do time de Belo Horizonte no primeiro confronto da série semifinal contra o Rio de Janeiro. A Rede Globo transmite o duelo, ao vivo, a partir das 10h (horário de Brasília), e o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.


vôlei Lucarelli e Dante Maracanãzinho (Foto: Helena Rebello)Lucarelli conversa com Dante no Maracanãzinho: campeão olímpico elogia o ponteiro (Foto: Helena Rebello)

Dono de três medalhas olímpicas (ouro em Atenas 2004 e prata em Pequim 2008 e Londres 2012) com a seleção brasileira, Dante é fã declarado de Lucarelli. Durante a convivência com o jovem atleta no ano passado, quando Bernardinho o convocou para a disputa da Liga Mundial, o veterano dividiu sua experiência e se encantou com o potencial do companheiro de posição. Mesmo estando em lados opostos da quadra neste sábado, quando abrem a série de duelos entre Rio de Janeiro e Minas pelas semifinais da Superliga masculina, o goiano se rende ao jovem atleta e já o vê como um dos grandes nomes do vôlei nacional.

- Ele é um menino de ouro. Sou fã do voleibol dele e do garoto que ele é fora das quadras. É um cara completamente tranquilo, concentrado, humilde, te escuta o tempo inteiro. É um diamante que temos em nossas mãos. Basta agora lapidá-lo para torná-lo, sem dúvida alguma, o melhor ou um dos melhores jogadores do mundo num futuro muito recente, se não for agora. Dentro da quadra está cada vez evoluindo mais, sabendo lidar com a pressão no voleibol de alto nível. Pelo que ele demonstra nos treinos e jogos, ele consegue absorver isso tranquilamente. O Luca tem todo meio apoio,
 minha torcida- disse Dante.

Ricardo Lucarelli, Minas vôlei (Foto: Douglas Magno/VIPCOMM)Lucarelli em ação pelo Minas: atuações renderam vaga na Liga Mundial em 2012 (Douglas Magno)

Ex-técnico de Lucarelli no Minas e atual comanda, Marcelo Fronckowiak é outro que aposta no ponteiro como uma das maiores promessas de títulos para o Brasil em um futuro próximo.

- Para mim ele representa não só o futuro do voleibol brasileiro, mas também o presente que precisa se preparar para o ciclo olímpico de 2016. É um garoto formado nas bases do Minas e que, a partir do momento em que teve uma oportunidade, a agarrou de uma forma muito interessante, se colocando, já na sua segunda temporada como titular, entre os principais jogadores do Brasil. Não é surpresa nenhuma. Acompanho com carinho, com olho de observador de um talento
E quem observa vê também a dedicação do atleta. No treino desta sexta-feira no Maracanãzinho, o atleta foi o último a deixar a quadra após reforçar a pontaria no saque e ainda ouviu instruções individuais do técnico Horacio Dileo. Grato com os elogios que recebe, Lucarelli torce para que sua ajuda na campanha do Minas renda uma convocação para a seleção de Bernardinho.

-  O Dante já tinha falado em tom de brincadeira que eu ia ficar no lugar dele. Fico feliz de escutar isso e espero corresponder à altura. A expectativa é boa, e tenho que lidar bem com isso para não ter muita pressão. Mas isso é saudável e me instiga ainda mais para buscar o meu espaço. Espero ser convocado e permanecer na seleção por um bom tempo.

Rio e Minas apostam no bloqueio e abrem semis da Superliga masculina


Equipes fazem primeiro duelo por vaga na decisão às 10h deste sábado

Por Helena Rebello Rio de Janeiro

As jogadas rápidas junto à rede têm sido um trunfo. Seja das mãos de Bruninho ou de Marcelinho, a bola corre com velocidade procurando os centrais para pegar a defesa adversária ainda despreparada. Quando a jogada é armada pelo rival, é a vez dos atletas de meio colaborarem com o sistema defensivo e se agigantarem no bloqueio. No duelo entre Rio de Janeiro e Minas, que abre as semifinais da Superliga masculina neste sábado, dois dos principais nomes do fundamento pretendem usá-lo como arma para largar na frente na série que garantirá uma das duas equipes na decisão nacional.

A Rede Globo transmite o confronto ao vivo, direto do ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, a partir das 10h (horário de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM também acompanha o duelo em Tempo Real.

Paulo Victor foi o maior pontuador do Rio de Janeiro ao lado de Lucão, com 14 pontos (Foto: Alexandre Loureiro/INOVAFOTO)Lucão (dir) é o maior bloqueador desta edição da Superliga (Foto: Alexandre Loureiro/INOVAFOTO)

Dono da melhor campanha da fase de classificação, o Rio de Janeiro também lidera as estatísticas como time de melhor bloqueio da Superliga. E os números estão diretamente ligados ao desempenho de Lucão, atleta que mais teve sucesso no fundamento, com 136 acertos até o momento. Apesar de reconhecer o mérito por executar bem sua função, o central vê uma responsabilidade muito maior nas mãos dos levantadores para que seus companheiros possam fugir do paredão adversário.

- Talvez como equipe a gente consiga trabalhar  um pouco melhor o bloqueio do que eles (do Minas). Mas eles estão com o Maurício fazendo uma Superliga impecável no bloqueio. O problema fica mais para o Bruno, que tem que armar as jogadas, analisar a equipe deles e ver o que eles costumam fazer. Estamos sempre ali no mesmo lugar,  atacando a mesma bola, então vai depender do que o Bruno vai fazer para eliminar essa jogada deles e fortalecer a nossa.

vôlei mauricio Rio de Janeiro (Foto: Helena Rebello)Maurício tem o melhor aproveitamento no bloqueiono returno da Superliga Foto: Helena Rebello)

Do lado visitante, Maurício aparece como o atleta de melhor aproveitamento no bloqueio durante o segundo turno da competição nacional. O mineiro atribui a melhora de seu desempenho ao crescimento ao do grupo como um todo. Apenas o sexto colocado no primeiro turno com sete vitórias em 11 jogos, o time subiu uma posição no returno e eliminou o Campinas nas quartas de final.

- Eu acho que o minha evolução veio junto com a da equipe.Eles me ajudam a fazer um bom trabalho, a bloquear bem,  a ter esse conjunto. Com certeza será muito difícil jogar contra o Rio em todos os aspectos, não só no bloqueio, em que eles são muito bons, mas também no saque e no ataque. Temos que entrar tranquilos, com o pensamento de que a obrigação de ganhar é deles, que a pressão está sobre eles, já que têm um investimento muito maior. Temos que ter tranquilidade e paciência pra buscar a vitória e tentar decidir lá em Minas.

Ex-Minas, técnico do Rio vê pouca vantagem como 'espião'

Marcelo Fronckowiak (Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto)Marcelo Fronckowiak vê pouca vantagem por ser ex-técnico do Minas (Alexandre Loureiro / Inovafoto)

Técnico do Minas nas temporada 2010/2011 e 2011/2012 e atualmente à frente do Rio de Janeiro,  Marcelo Fronckowiak comandou a maioria dos atletas que enfrentará neste sábado, tendo conquistado o Campeonato Mineiro no ano passado, além do terceiro lugar na última edição da Superliga. Apesar de conhecer bem seus adversários e do histórico recente ser favorável ao Rio de Janeiro (duas vitórias na fase classificatória), o gaúcho aposta em um confronto equilibrado.

- No primeiro jogo da fase de classificação o Minas não estava ainda com a formação ideal porque alguns jogadores estavam machucados ou voltando de lesão.No segundo momento nós jogamos muito bem, e acho que o Minas não jogou aquilo que pode. É um time que trás um conjunto interessante, com uma força mais madura de atletas como Henrique e Marcelinho, e uma força mais jovens com nomes como o Lucarelli. Talvez eu conheça alguns detalhezinhos, mas acho que o que prevalece é a questão coletiva para os dois lados. Espero uma série duríssima, onde tudo o que foi feito até agora zera. É um novo campeonato que começa, decidido em três jogos.

Maior pontuador da Superliga masculina com 547 pontos, Lucarelli discorda do antigo treinador. Para o ponteiro, os confrontos contra o time de Fronckowiak foram os maiores desafios da equipe de Belo Horizonte até o momento.

- Contra ele é mais difícil pelo fato de conhecer muito cada um. Ele montou a equipe e conhece as peças, sabe a característica de cada um, pontos fortes e fracos. Ele consegue nos marcar melhor do que os outros times, não tenho dúvida.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/03/rio-e-minas-apostam-no-bloqueio-e-abrem-semis-da-superliga-masculina.html

Dois gols, carro novo e camisa 11: Giva tem noite de Neymar


Garoto de 20 anos decide vitória por 2 a 1 sobre o Mirassol, ganha automóvel e é assediado. 'Está sendo um sonho. A ficha não caiu'

Por Marcelo Hazan Santos, SP


Givanildo Pulgas da Silva, ou Giva, experimentou por uma noite o que é ser Neymar. O garoto de 20 anos com sobrenome parecido ao apelido "La Pulga", de Messi, do Barcelona, entendeu por alguns momentos o que é ser o astro de uma partida na Vila Belmiro. Diferentemente do melhor jogador do mundo, que é chamado desta maneira por ter 1,69m de altura, ele se destaca com 1,86m.
Usando a camisa 11 "emprestada" de Neymar, desfalque por estar com a Seleção, ele ganhou os holofotes ao decidir a vitória de virada por 2 a 1 sobre o Mirassol, na última quinta-feira, na Vila Belmiro, pelo Paulistão.
Ao fazer os dois gols santistas, Giva conheceu um "novo mundo". Na saída do gramado, fila de repórteres para ouvir suas palavras. No vestiário, aplausos e elogios dos companheiros. Na sala de imprensa ele foi selecionado para conversar com os jornalistas. O motivo? Foi eleito o melhor em campo por torcedores, em uma promoção realizada pelo Peixe em conjunto com um de seus patrocinadores e que lhe deu um carro novo avaliado em R$ 23 mil.

Giva comemoração Santos Mirassol (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)Giva comemora um de seus g ols na vitória sobMirassol  (Foto: Ricardo Saibun / DivulgaçãoSantos FC)


Tantas novidades para quem há pouco tempo era apenas um destaque no título da Copa São Paulo o deixaram tímido. Com poucas palavras, ele comemorou a "noite de Neymar" e o novo mundo ao qual foi apresentado.
- Não estou acostumado a tudo isso, mas quem quer jogar futebol tem de lidar. Acho que sim (foi uma noite de Neymar). Não esperava tanto. Está sendo um sonho. A ficha não caiu. Deus é tremendo. Digamos que usar a 11 do Neymar, um ídolo, é uma pressão a mais, mas fui bem. Espero que dê certo usar essa camisa mais vezes - afirmou.

Apesar da fala mansa, Giva já vislumbra como será atuar como titular no clássico contra o Palmeiras, neste domingo, às 16h, no Pacaembu. Novamente sem Neymar, Muricy deve voltar a optar pelo jogador. Pelos indícios dados, aliás, dificilmente o comandante voltará a usar Miralles, que sentiu a volta depois de se recuperar de edema na coxa esquerda e teve atuação abaixo da média.

- O principal para um jogador é atuar em um clássico. Espero fazer gols, dar assistências e ajudar a equipe. Será uma grande experiência jogar um clássico como titular - completou.
Natural de Cachoeira, na Bahia, Giva iniciou sua trajetória na base do Santo André. De lá foi para o Vitória, onde se destacou em uma Copa São Paulo. Depois disso, investidores viram talento no seu futebol e o levaram para o Santos, time que ele ajudou a levar ao título da Copinha deste ano ao marcar quatro gols.

- Foi um começo muito difícil. Sai de casa com 13 anos. No Santo André não tinha sinal de telefone, ficava distante para falar com a família, mas Deus sabe de tudo. Quem nasce para brilhar, vai brilhar na hora certa. Vim para o Santos e a minha estrela está brilhando - finalizou.

Giva assinou contrato por empréstimo até 31 de dezembro de 2014 com o Peixe, que não pagou nada pelo negócio e ganhará uma parte dos direitos econômicos. Ao término do vínculo, o clube poderá adquirir o atleta definitivamente.
 
FONTE:;
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/santos/noticia/2013/03/dois-gols-carro-novo-e-camisa-11-giva-tem-noite-de-neymar.html

Paulo Autuori condiciona acerto à permanência de Ricardo Gomes


Com a presença do diretor técnico, diretoria do Vasco se reúne com o treinador, apresenta proposta e encaminha acordo com o comandante

Por Gustavo Rotstein e Raphael Zarko Rio de Janeiro

Paulo Autuori Qatar 2008 (Foto: AFP)Paulo Autuori se reuniu com dirigentes nesta sexta-feira e ficou mais perto do Vasco (Foto: AFP)

O Vasco deu mais um passo rumo ao objetivo de contratar Paulo Autuori. No fim da manhã desta sexta-feira teve início uma reunião da diretoria com treinador, que ficou mais próximo de acertar. Um dos presentes ao encontro é Ricardo Gomes, já que Autuori deixou claro que assinará com o clube somente no caso da permanência do diretor técnico, que na última quinta chegou a comunicar ao presidente Roberto Dinamite que deixaria São Januário. Essa questão deve, então, motivar Ricardo a voltar atrás e ficar no clube.

Além de Ricardo Gomes, se reuniram com Paulo Autuori o diretor executivo René Simões, o diretor geral Cristiano Koehler e Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Assembleia Geral do Vasco. Mas embora este último represente a possibilidade de um investimento para bancar parte dos salários do treinador, não será esta questão que impedirá um possível acerto entre as partes.

A principal preocupação de Paulo Autuori diz respeito ao projeto do clube e às perspectivas de investimento em reforços, além da possibilidade de integração entre profissionais e categorias de base. No entanto, desde o início o treinador mostrou-se disposto a conversar com os representantes do Vasco, mesmo ciente dos problemas financeiros do clube.

Paulo Autuori trabalha fora do Brasil desde 2009, quando foi contratado pelo Al-Rayyan, do Qatar. Em seguida, dirigiu as seleções olímpica e principal do país, de onde saiu no início deste ano. O Grêmio foi o último time brasileiro que o treinador comandou, em 2009.

Fabuloso pega quatro jogos de gancho por expulsão contra Arsenal


Conmebol ainda aplica multa de R$ 10 mil ao atacante tricolor

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo

O atacante Luis Fabiano foi suspenso por quatro partidas pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) por sua expulsão após o empate por 1 a 1 contra o Arsenal, da Argentina, no Pacaembu, pela terceira rodada da fase de grupos da Taça Libertadores. O Fabuloso ainda foi multado em US$ 5 mil (R$ 10 mil).

Como já cumpriu uma partida, diante da mesma equipe, ele ficará ausente em outras três. Assim, desfalca o Tricolor nas duas últimas rodadas: diante do Strongest, na Bolívia, e contra o Atlético-MG, no Morumbi. Ainda vai ficar de fora em mais uma caso a equipe avance às oitavas de final.
Na ocasião, o centroavante esbravejou contra um pênalti não marcado sobre ele no segundo tempo. No entanto, garantiu que não ofendeu o árbitro. Apesar da expulsão, o jogador não recebeu nenhuma punição da diretoria, que também fez críticas ao juiz.

De acordo com comunicado no site da Conmebol, o camisa 9 foi suspenso pelo juiz Adrián, Leiza, do Tribunal de Disciplina, por proferir “graves  insultos” ao árbitro colombiano Wilmar Roldán após o apito final - ele foi expulso quando o jogo já havia acabado.

O São Paulo, por meio de sua assessoria de imprensa, informa que “respeita, mas não concorda” com a decisão, e vai recorrer. O clube confia que o caso será julgado antes do dia 4 de abril, data da partida contra o Strongest, em La Paz.

- Os jogadores que estavam perto do Luis disseram que ele não fez nada. É uma perda muito grande, de um atacante que sabe fazer gols como ninguém - afirmou o meia Paulo Henrique Ganso.

Luis Fabiano recebe o cartão vermelho no final da partida do São Paulo (Foto: JF Diorio / Ag. Estado)Luis Fabiano recebe o cartão vermelho no fim da partida do São Paulo (Foto: JF Diorio / Ag. Estado)

 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2013/03/fabuloso-pega-quatro-jogos-de-gancho-por-expulsao-contra-arsenal.html

Riad troca a badalação da Zona Sul carioca pela sua 'capital do subúrbio'


Central do Rio de Janeiro, que morou cinco anos na Itália, tentou se adpatar a Ipanema, mas voltou a Brás de Pina após pagar R$ 60 por café da manhã

Por Marcello Pires Rio de Janeiro



Quando desembolsou R$ 60 para tomar um simples café da manhã em Ipanema, com direito a pão francês, mortadela, queijo, duas caixinhas de suco e um iogurte, Riad viu que a Zona Sul não era mesmo sua praia. Nascido e criado em Brás de Pina, o central de 2,05m, que deu suas primeiras cortadas nas categorias de base do Flamengo, antes de rodar o sul do país e conquistar a Itália em cinco temporadas com a camisa do Trentino, decidiu voltar para casa em 2011. Literalmente. Bem-sucedido financeiramente e com o status de brasileiro mais vitorioso do vôlei europeu - com títulos de três Ligas dos Campeões e dois Mundiais Interclubes -  era previsível que Riad escolhesse o Leblon ou a Barra da Tijuca - bairros preferidos de 99% das estrelas do futebol -, para morar, ao trocar o time italiano pela equipe do Rio de Janeiro. Os 11 anos longe de casa e a vida simples desse suburbano assumido, no entanto, deixaram saudades. Caseiro, religioso e averso ao glamour do mundo das celebridades, o filho de seu José Garcia e dona Maria Aparecida preferiu trocar a badalação e o agito da Zona Sul pela mordomia e o conforto da casa dos pais, no bairro onde nasceu e foi criado. A capital do subúrbio carioca, como ele orgulhosamente não se cansa de repetir.


- Pagar R$ 60 por um café da manhã não dá, né! Foi a gota d´água. A verdade é que sou muito caseiro e não me adaptei à Zona Sul. Como passei anos longe, e minha família é muito unida, decidi voltar para casa dos meu pais e morar no bairro onde cresci. Aqui tenho paz, a família por perto e café da manhã a semana inteira pelos mesmos R$ 60 (risos) - afirmou o jogador, uma das armas do Rio de Janeiro no primeiro jogo contra o Minas, neste sábado, pelas semifinais da Superliga masculina, no Maracanãzinho.

A decisão de voltar para casa havia sido tomada assim que Riad acertou com Rio de Janeiro, mas a "pressão" dos companheiros Thiago Sens e Rafael Koettker, somada à comodidade de morar perto dos locais de treino - o AABB, da Lagoa, e o Maracanãzinho, na Tijuca - e de evitar o trânsito rotineiro da Avenida Brasil, fez o central dar uma chance ao luxo da Zona Sul.

Riad rio de janeiro volei (Foto: Marcello Pires)Riad trocou a badalação e o glamour da Zona Sul pelo conforto e a mordomia da casa mãe, Maria Aparecida, localizada no bairro onde o jogador nasceu e foi criado (Foto: Marcello Pires)

Riad chegou a ganhar uma chave dos "novos familiares" e foi morar em Ipanema com os colegas de time, até que o tal café da manhã de R$ 60 caiu como uma bomba no bolso do jogador e ligou o sinal de alerta. Nem os cinco meses de aluguel pagos com antecedência aos parceiros fizeram o jogador repensar sua decisão e mudar de ideia.  Mas essas não foram as únicas razões que o levaram de volta a Brás de Pina. No bairro onde nasceu e foi criado, o central do Rio de Janeiro está sempre perto dos lugares e das lembranças que marcaram sua infância e adolescência. A Paróquia Santa Edwiges foi a primeira parada no passeio de quase duas horas pelas silenciosas e tranquilas ruas do bairro, guiada pelo religioso jogador, interrompida apenas pelo latido de um cachorro.

- Pode ter cachorro, mas não tem engarrafamento nem buzina em lugar nenhum (risos). Essa paz é o ganho que tenho morando aqui. Aqui fui batizado, fiz minha primeira comunhão, estou me preparando para fazer o crisma e quem sabe não será o local que vou me casar. Vai depender da noiva. Já existe uma pessoa, mas estamos conversando e colocando algumas coisas nos seus devidos lugares - revelou Riad.
Riad não chega a ser uma celebridade em Brás de Pina. As aparições do jogador pelas ruas do bairro são tão raras, que alguns vizinhos acham que ele ainda atua no vôlei italiano. De short, camiseta e chinelos, o jogador foi abordado poucas vezes no trajeto até a Praça Anhangá, que incluiu uma passadinha na sua padaria favorita, para comprar um saco de pães pela bagatela de R$ 2,70.

Riad mosaico rio de janeiro volei 2 (Foto: Marcello Pires)Durante o passeio pelas ruas de Brás de Pina, Riad comprou pão na padaria favorita, visitou a Paróquia Santa Edwiges e lembrou as primeiras cortadas na Praça Anhangá (Foto: Marcello Pires)

Saudoso no meio da quadra de cimento onde tudo começou, Riad lembra que os primeiros toques numa bola de vôlei não foram nada promissores. Assim como seu desempenho nos rachas de futebol, que renderam ao centroavante de 2,05m uma coleção de topadas nos dedões dos dois pés.

- Aqui, dei meus primeiros toques na bola e joguei muita pelada descalço. A quadra hoje é de cimento, bem tratada, mas na minha época era maior "rala-coco" mesmo. Perdi a conta de quantas vezes me ralei e arrembentei os dedos aqui. A gente pegava dois postes, uma rede e montava uma quadra de vôlei improvisada. Eu era o responsável por guardar e cuidar dos postes, mas nunca era escolhido e ficava sempre fora - lembrou o jogador de 31 anos, batizado com o nome da capital da Arábia Saudita por vontade do pai, após assistir uma matéria sobre a cidade do Oriente Médio.

A gente pegava dois postes, uma rede e montava uma quadra de vôlei improvisada. Eu era o responsável por guardar e cuidar dos postes, mas nunca era escolhido e ficava sempre de fora"
Riad

O simpático e extrovertido central do Rio de Janeiro, que prefere o frio à praia e se considera um carioca "falso", só fica sem jeito na hora de mostrar a famosa casa dos pais. Em meio a uma obra que já dura mais de um ano, o central revela que a lentidão no retoque final da residência da família Garcia já chegou nos corredores da Zona Sul e virou motivo de chacota.
- Eu prometi um churrasco para o pessoal do time quando a casa ficasse pronta, mas está demorando tanto que eles acham que a obra é uma desculpa para não trazê-los aqui (risos) - brincou Riad.
O capitão e levantador Bruninho confirma a teoria do amigo e deixa claro que é um dos que mais pegam no pé do camisa 15.

- Está em obra mesmo (risos)?. Ele está devendo esse churrasco desde a temporada passada e até agora nada. Essa obra não acaba. Como ele nunca vem para Zona Sul para sair com a gente, estamos loucos para conhecer a casa dele e saber o que tem de tão bom em Brás de Pina. Apesar de ter saído cedo do Brasil e não ser muito conhecido aqui, ele é um jogador que ganhou tudo na Europa e que tem feito uma Superliga maravilhosa - elogiou Bruninho.

Um dos pilares do bloqueio mais eficiente da Superliga, Riad só deixa a vaidade aparecer na hora de enumerar seus vizinhos famosos:
- Vila Cruzeiro do Adriano, Vila da Penha do Romário e Brás de Pina, do Riad, é claro. A capital do subúrbio (risos).

volei rjx rio de janeiro (Foto: André Galindo)Ao lado de Lucão, Riad ajudou o Rio a liderar as estatísticas de bloqueio da Superliga (Foto: André Galindo)

FONTE:

Liberada para saltar, Mari Paraíba abre as portas para xará campeã olímpica


Ex-ponteira do Minas conta sobre evolução nas areias e vê futuro promissor para Mari, ex-Fenerbahçe, que cogita migrar em caso de proposta da CBV

Por Helena Rebello Saquarema, RJ

Mari Paraíba Saquarema vôlei de praia treino (Foto: Helena Rebello)Mari Paraíba após o treino em Saquarema: atleta  está desde janeiro na praia (Foto: Helena Rebello)

Os treinos ainda são para aperfeiçoar os fundamentos básicos, mas não há mais restrições. Liberada para saltar há cerca de duas semanas, Mari Paraíba já percebe claramente sua evolução nos treinamentos de vôlei de praia, modalidade que começou a praticar no início deste ano. Em um projeto da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) que busca levar talentos da quadra para as areias, a ex-ponteira aproveita a chance de treinar ao lado da seleção nacional para crescer ainda mais rapidamente no esporte. E abre as portas caso sua xará campeã olímpica pretenda seguir o mesmo caminho.

Quando começou a treinar, em janeiro, o foco da preparação de Mari Paraíba estava voltado mais para a parte física. Era preciso se adaptar à maior exigência de condicionamento, força e resistência, até porque a atleta passou meses longe do esporte, dedicando-se à carreira de modelo. Aos poucos, a intensidade das atividades foi mudando para se aproximar da rotina de atletas que já jogam na praia há mais tempo. Em março, com a liberação para saltar, veio a certeza da evolução.

- Falta bastante ainda para chegar num nível bom e ainda tenho dificuldades, principalmente com a parte física, mas aos poucos estou vendo a evolução, vendo que estou melhor. Estou subindo cada degrau, dando cada passo de uma vez. Agora comecei a saltar, estou melhorando. Ainda não tenho data ou previsão para estrear, então estou me preocupando mais mesmo em melhorar nos fundamentos.

Apesar das diferenças entre o indoor e a praia, Mari já sabe o caminho para melhorar tanto passe quanto ataque. A maior dificuldade até o momento é o levantamento, função que exercia somente em caso extremo na quadra. Enquanto ainda não trabalha o toque, capricha nos treinos com manchete. E observa atentamente o que fazem as atletas da elite nacional, pegando dicas quando as atividades são conjuntas.

Mari Paraíba Saquarema vôlei de praia treino (Foto: Helena Rebello)Mari Paraíba está liberada para saltar e não tem mais restrições (Foto: Helena Rebello)

- Normalmente treinamos só eu e Natasha (que também integra o projeto da CBV), já que as outras têm um volume muito maior que o nosso. Mas, quando o treino delas é mais tranquilo, ficamos juntas. Elas ajudam bastante, pois sabem como é difícil sair da quadra e ir para a areia. Falam para agachar mais, fazer isso ou aquilo. Procuro sempre olhar para elas, ver o que elas fazem em cada situação. Na areia parece um balé, então procuro reparar muito nos gestos delas.

Vôlei - Mari jogadora da Unilever na praia - Rio de Janeiro (Foto: Danielle Rocha / GLOBOESPORTE.COM)Mari diz que migra para a praia se tiver boa proposta (Foto: Danielle Rocha / GLOBOESPORTE.COM)

Animada com a migração para a areia, Mari Paraíba vê as portas abertas para uma xará trilhar o mesmo caminho. Nesta semana, a campeã olímpica Mari chegou ao Brasil para reconstituir os ligamentos do joelho esquerdo depois de defender o Fenerbahçe na última temporada. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, a ponteira revelou uma conversa preliminar com o técnico da seleção, Marcos Miranda, e disse que migraria caso recebesse uma proposta “legal e satisfatória”.

- A Mari é uma grande jogadora, uma ponteira super-habilidosa. Acho que a praia precisa de jogadoras altas. Ela tem tudo para dar certo na praia, mas depende dela. Para você vir jogar na praia você tem que não querer mais jogar na quadra. Se ela tiver disposta a isso, acho que tem totais condições de ser uma grande jogadora.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/03/liberada-para-saltar-mari-paraiba-abre-portas-para-xara-campea-olimpica.html

Paz nos Bálcãs? Croácia e Sérvia se encaram pela primeira vez na história


Países, que participaram da guerra que culminou no fim da Iugoslávia nos anos 90, buscam acabar de vez com tensão em jogo pelas eliminatórias

Por Fábio Lima e Felipe Schmidt Rio de Janeiro

Maksimir Stadium Dínamo Zagreb (Foto: Divulgação)Maksimir Stadium, na Croácia, será o palco da partida contra a Sérvia (Foto: Divulgação)

Quase 18 anos depois do fim de um conflito que deixou cerca de 20 mil pessoas mortas e significou um passo importante na desintegração da antiga Iugoslávia, Sérvia e Croácia voltarão a se enfrentar. Agora, será um duelo pacífico, dentro de quatro linhas, cujo objetivo, inofensivo, é simplesmente fazer mais gols que o rival. Nesta sexta, as duas seleções se encaram, pela primeira vez na história, às 14h (de Brasília) em Zagreb – o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real -, em jogo válido pela quinta rodada das eliminatórias da Europa para a Copa do Mundo de 2014, num clima ainda dominado pela desconfiança de um passado sombrio.
Após tanto tempo, as cicatrizes da guerra, que durou de 1991 a 1995 e resultou na independência da Croácia em relação à Iugoslávia, ainda não se fecharam completamente. Tanto que a partida, considerada de prioridade máxima pela Uefa, será de apenas uma torcida, sob forte esquema de segurança: três mil policiais foram destacados para acompanhar os cerca de 35 mil croatas que devem lotar o Maksimir Stadium. Um duelo sem incidentes pode significar mais um passo na reconciliação entre as nações. Algo que, para o sérvio mais famoso do Brasil, Dejan Petkovic, já está bem avançado.

- Não tem mais problema. O passado é passado, já está superado. Tem muito jogador que se conhece nas duas seleções. Tenho certeza que o jogo não terá incidente algum. A rivalidade passou para o campo, que é onde ela deve estar – disse o ex-meia, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.

Petkovic recebe homenagem e é técnico por um dia na Sérvia (Foto: Divulgação)Pet recebe homenagem na Sérvia: ele acha que não há mais tensão com a Croácia (Foto: Divulgação)

Apesar do discurso do ídolo do Flamengo, a relação entre os dois povos ainda tem algumas rusgas. Em novembro do ano passado, o técnico da Croácia, Igor Stimac, sugeriu que dois generais do país na guerra dessem o pontapé inicial da partida. Treinador da Sérvia, desafeto de Stimac e tido como um nacionalista, Sinisa Mihajlovic reagiu e ameaçou não deixar sua equipe entrar em campo. Amigo do ex-zagueiro, Pet, porém, discorda que o comandante tenha tal característica.

- Se alguém deixar a entender isso, é louco. Ele não é nada nacionalista. Mora na Itália, foi um jogador de grande sucesso, atuou na seleção. Quando se trata da seleção tem que ser patriota, fazer de tudo para vencer.
Embora este seja o primeiro jogo da Sérvia em seu atual formato contra os rivais, dois duelos parecidos aconteceram em 1999, pelas eliminatórias para a Eurocopa de 2000. Na época, a então Iugoslávia, composta por sérvios e por Montenegro (esta região se separou em 2006, de forma pacífica), encarou os croatas em um ambiente longe de ser tranquilo. Segundo jornalistas da região, a política é o grande motivo para que ainda haja tensão entre as nações.

- A tensão entre os dois países diminuiu nos últimos anos, mas ainda existe muito rancor dos dois lados. Porém, cada vez mais sérvios e croatas viajam entre os dois países. A tendência é que as relações melhorem com o tempo, embora sempre haja uma rivalidade política. Nos jogos das Eliminatórias para a Euro de 2000, os dois duelos foram muito tensos – disse o jornalista sérvio Igor Mladenovic, cujas palavras foram endossadas pelo croata Ivo Scepanovic.

- A guerra já acabou. Eu diria que os políticos em ambos os países alimentam esta tensão para esconder sua própria fraqueza para enfrentar os problemas financeiros. Mas, no esporte, ainda há rivalidade no momento – afirmou Scepanovic.

Boban Dínamo Zagreb (Foto: Divulgação / Site oficial do Dínamo de Zagreb)Boban agride policial durante confusão em campo (Foto: Divulgação / site oficial do Dínamo de Zagreb)

Curiosamente, um dos primeiros conflitos entre croatas e sérvios ocorreu no futebol, em 1990, num jogo entre Estrela Vermelha e Dínamo de Zagreb, também no Maksimir Stadium. Já em um ambiente hostil, cerca de três mil torcedores do time sérvio viajaram à capital croata, onde iniciaram uma série de confusões no estádio. A polícia local, surpreendentemente, atacou apenas os fãs do Dínamo, o que fez com que o meia Zvonimir Boban, que viria a jogar no Milan anos depois, agredisse um policial para defender um torcedor, fato que lhe valeu status de herói nacional. No total, de acordo com a agência de notícias AFP, 117 policiais, 39 torcedores sérvios e 37 croatas ficaram feridos. Mais de cem pessoas foram detidas. Meses depois, o conflito entre os dois países eclodiria de vez.

Brasileiro no meio do clássico
Em uma partida entre países com uma história tão ligada, um jogador pode se sentir deslocado em meio a tudo isso. Trata-se do meia Sammir, brasileiro que se naturalizou croata e foi convocado para o jogo. Atleta do Dínamo de Zagreb, ele está há sete anos na Croácia.
- Eu me sinto metade croata. Vou ficar no banco, mas talvez eu entre. Aprendi muita coisa sobre a guerra, sei de tudo o que aconteceu, mas neste jogo não vai ter nada além de futebol – garantiu o jogador.

Estádio Maksimir (Foto: Getty Images)Sammir em ação pela Croácia: meia deve ficar no banco de reservas (Foto: Getty Images)

Apesar disso, Sammir reconhece que ainda há um clima hostil na região, embora ele garanta que não seja algo que afete os futebolistas.
- A guerra ainda é meio recente, né? No dia-a-dia ainda tem alguma tensão, os croatas ainda são incomodados com isso. Mas esta parte fica mais com a imprensa. Nós, jogadores, estamos mais tranqüilos. A maioria já atuou com jogadores da Sérvia – contou Sammir.

Croatas em vantagem
Um fator que vai apimentar ainda mais o clássico é a distância entre Croácia e Sérvia na tabela. Os donos da casa têm 10 pontos e dividem a liderança do Grupo A com a Bélgica. Os sérvios, por sua vez, estão na terceira posição, com quatro pontos. Um triunfo croata complica demais as chances dos rivais de chegar à Copa do Mundo no Brasil.

- É uma motivação a mais, até pela torcida. Vai ser um orgulho a mais para os jogadores. Vamos fazer de tudo para já eliminar a Sérvia e carimbar o passaporte para o Brasil – disse Sammir.

luka modric croácia (Foto: Agência Getty Images)Modric, do Real Madrid, é a grande estrela da Croácia (Foto: Agência Getty Images)

Petkovic, por sua vez, acredita que o favoritismo croata pode ajudar a Sérvia a ter uma boa atuação. Com menos pressão, o ex-jogador confia que seus compatriotas têm condições de surpreender os adversários.
- Tivemos algumas falhas nos dois últimos jogos. Vamos ter uma missão difícil, mas não é impossível. A Croácia tem um bom time, está na frente, joga em casa. Mas temos de aproveitar isso. Os favoritos são eles, não temos nada a perder. Você vai com menos pressão, pode fazer um jogo mais solto, mais arriscado. Mas, se perdemos, nosso sonho fica mais difícil – analisou Pet.

A superioridade da Croácia no futebol não se restringe às atuais Eliminatórias. Desde que alcançou a independência, o país vem conseguindo resultados melhores do que os obtidos pela Sérvia, como o terceiro lugar na Copa do Mundo de 1998. Novamente, a explicação para isso tem suas raízes no conflito do início dos anos 90.

- A Croácia teve um período de pós-guerra mais estável. A Sérvia teve de lidar com outros conflitos depois (com Bósnia e Kosovo), o que tornou a situação econômica dramática no país, impedindo que as estruturas esportivas fossem melhoradas. Além disso, a Croácia teve uma geração extremamente talentosa nos anos 90, com Suker, Boban e Prosinecki – analisou o jornalista sérvio Mladenovic.

Kolarov, Dusan Tadic, Filip Djuricic, Sérvia x País de Gales (Foto: Agência Reuters)Kolarov (no centro) atua no Manchester City e é uma das estrelas da Sérvia (Foto: Agência Reuters)

Petkovic concorda com o compatriota. Para ele, a diferença no nível de investimento foi determinante para que os croatas construíssem a vantagem atual.

- A Croácia teve mais dinheiro para investir, se adaptou muito mais rápido, foi mais aceita pela comunidade europeia. A Sérvia sofreu com embargos, ficou atrás nos investimentos. A mudança na Sérvia demorou um pouco. Tivemos problemas.

Para Pet, porém, a maior decepção é o fato de a grande geração da Iugoslávia do início dos anos 90 não ter alcançado todo seu potencial. O time, que foi campeão mundial sub-20 em 1987, teve a melhor campanha nas Eliminatórias para a Eurocopa de 1992, mas foi banido por conta da guerra. A Dinamarca entrou em seu lugar e foi campeã. Em 1994, nova decepção: os iugoslavos foram impedidos até de tentar a classificação.

- Nosso maior problema é que temos um time cheio de talento, mas que, como coletivo, nunca conseguiu alcançar um bom resultado, devido à falta de organização. Faltou um líder que tivesse moral com os jogadores e pudesse colocar este talento em prol do coletivo. Em 92 a Iugoslávia chegou invicta à Eurocopa, mas infelizmente a política entrou e não nos deixou jogar. Era uma geração que poderia ser campeã mundial. Mas estamos nos recuperando.

Sinisa Mihajlovic técnico Sérvia (Foto: Getty Images)Técnico da Sérvia, Mihajlovic fez parte da geração de ouro da Iugoslávia (Foto: Getty Images)

FONTE;

Zinho elogia Jorginho e revela crise que quase decretou a queda do Fla


e volta ao Brasil após descanso com a família, ex-diretor lembra problemas internos: 'Contribuíram muito para que o Flamengo caísse'

Por Janir Júnior Rio de Janeiro

zinho entrevista (Foto: Janir Junior)A gargalhada de Zinho: semblante bem diferente dos tempos de Flamengo (Foto: Janir Júnior)

Foram oito meses de trabalho no Flamengo em 2012. Os cabelos brancos se multiplicaram com a ameaça de queda para a Segunda Divisão durante o Brasileiro, lembrada diversas vezes durante a conversa. Ronaldinho Gaúcho e Adriano também deram suas contribuições para a mudança no tom capilar. Os problemas financeiros e a pouca sintonia entre dirigentes deixaram o clube à deriva. Como diretor de futebol, Zinho não pulou do barco. Ele seguiu no comando do departamento mas, com a chegada da nova gestão, deixou o cargo por não aceitar redução salarial e mudança de função. De férias desde o fim de dezembro, Zinho volta à cena.
Depois de viagens com a família para Mangaratiba, mais 20 dias na Europa, outros dez em Miami, Zinho retornou ao Rio na quarta-feira. O sumiço serviu para arejar a cabeça e fazer um balanço do trabalho no Flamengo.
- Por tudo que foi feito dentro do clube, as pessoas contribuíram muito para que o Flamengo caísse para a Segunda Divisão – atestou o ex-diretor rubro-negro, que acredita que sua união com comissão técnica e jogadores foi a tábua de salvação.


Mais para frente, eu e Jorginho vamos nos encontrar"
Zinho

Zinho lembra ainda do afastamento dos ídolos que deveriam servir de exemplo, caso de Zico, que não tinha boa relação com Patricia Amorim; das dificuldades financeiras, e da desunião na diretoria. O ex-diretor diz desconhecer a cláusula no contrato de Liedson que estabelecia uma generosa bonificação se o atacante estivesse entre os relacionados para a concentração no mínimo em 70% das partidas da equipe. Na época, Paulo César Coutinho era o vice de futebol.

O ex-diretor condena a exposição da questão salarial no episódio da saída de Dorival Júnior, no último sábado. E lembra que, antes de contratá-lo, pensou em Ney Franco e Jorginho, seu amigo de longa data.  Com contrato com o Kashima Antlers, o atual técnico do Flamengo recuou, mas Zinho garante:

- Mais para frente, eu e Jorginho vamos nos encontrar.
Enquanto não reencontra o velho companheiro, Zinho encontrou a reportagem do GLOBOESPORTE.COM na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Não a rua do famoso bairro da Zona Sul do Rio, mas sim uma homônima, em Queimados, na Baixada Fluminense. Cria de Nova Iguaçu, o ex-diretor do Flamengo estava ali para apoiar um projeto social de corridas de rua. Do alto da laje, projetou seu horizonte profissional como comentarista ou dirigente. E mostrou que, depois de Europa e Miami, voltou para sua origem:

- Na Baixada, estou em casa.

zinho entrevista (Foto: Janir Junior)Zinho diz que se sente em casa na Baixada Fluminense (Foto: Janir Júnior)

GLOBOESPORTE.COM: Onde estava o Zinho desde que deixou o Flamengo, no fim de dezembro?
ZINHO: Dei uma descansada. Peguei a família, viajei, fui dar uma aliviada de toda a pressão que foi o ano de 2012. Foram oito meses intensos, quando me ausentei um pouco de casa. No fim do ano, tomei a decisão de sair em conjunto com o pessoal da nova gestão. Como todos sabem, não houve acordo do que foi proposto para mim. Gostaria muito de permanecer, era um objetivo dar sequência ao trabalho que iniciei. Acreditava que com a nova gestão teria mais condições, tranquilidade para desenvolver o trabalho, mas pensei muito e o que foi proposto não me deixou confortável. Passei Natal e Ano Novo com a família, depois fui para a Europa, fiquei 20 dias, também estava fora no Carnaval. Como não estava empregado, decidi me ausentar. Não adiantava ficar indo para jogo, aparecendo, não estava nem com mente para isso. Curti bastante, também fiquei 10 dias em Miami, onde morei por muito tempo. Agora, estou de volta. Cheguei na quarta-feira, estou fresquinho de Rio de Janeiro.

Cheguei no momento da saída do Ronaldinho. Enfim, o grupo muito mal preparado para o  Brasileiro, com a condição financeira muito ruim para buscar peças, contratar jogadores de peso. Culminou de ser um ano muito problemático"

Antes mesmo de assumir a função de diretor, você já previa que seria difícil trabalhar no Flamengo. Qual o balanço da primeira experiência como diretor de futebol de um grande clube?
Foi válida, não me arrependo. Primeiro porque é Flamengo. Desde que me sinto seguro para realizar um trabalho no clube onde me criei, de maneira alguma penso que tomei a atitude errada. Mas, realmente, foram muitos problemas. Por diversas vezes fiquei muito sozinho, principalmente na reta final, um período no qual a equipe teve muitas dificuldades técnicas. Por tudo que aconteceu desde o início do ano, quando eu ainda não estava, mas o Campeonato Carioca, a sequência da Libertadores, a troca de treinadores, saída de jogadores importantes. Cheguei no momento da saída do Ronaldinho. Enfim, o grupo muito mal preparado para o  Brasileiro, com a condição financeira muito ruim para buscar peças, contratar jogadores de peso. Culminou de ser um ano muito problemático. Mas, para mim, foi um aprendizado incalculável, uma escola. Para a sequência da minha carreira, posso pegar um problema igual, mas pior do que aconteceu, impossível. Você vendo uma diretoria desunida, um clube com problemas financeiros. Os atletas desconfiavam de vir jogar aqui. Os grandes ídolos estavam mal, eram para ser os exemplos, e não estavam sendo. Tudo de ruim aconteceu, mas, para mim, o saldo foi positivo, pois o torcedor e pessoas sérias do clube viram meu trabalho. Até hoje, na rua, a receptividade é muito boa. Por tudo que aconteceu no Flamengo, eu saí pela porta da frente, sem nenhum tipo de arranhão. Posso ter cometidos erros, assim como tive acertos, mas tudo dentro de sinceridade, honestidade e respeito. Tenho a consciência tranquila.

Como ex-jogador do clube, dirigente, e companheiro de Jorginho, o que achou da contratação para ser o treinador?
Muito boa. Jorginho é um amigo, jogamos juntos no Flamengo, fomos campeões da Copa União em 87, campeões do mundo pela Seleção (em 94), temos uma ligação muito forte. Nossa amizade continuou pós-futebol. Acredito que, da nova safra, Jorginho é um dos melhores treinadores que o Brasil tem. A contratação foi muito acertada. Não gostaria de ver a saída do Dorival, que foi uma pessoa muito séria, competente, com quem tive o prazer de trabalhar, e que me ajudou muito. Dorival aceitou o desafio, chegou num clube no qual o elenco já estava formado, com dificuldades para fazer contratações. Tivemos que recorrer a jogadores que estavam na Segunda e foram fundamentais (Cleber Santana e Renato Santos). Por tudo que foi feito dentro do clube, as pessoas contribuíram muito para que o Flamengo caísse para a Segunda Divisão. O torcedor tem que respeitar o Dorival, ele foi peça importantíssima contra o rebaixamento. Infelizmente, com a nova gestão, pelo que tenho visto, dizem que ele saiu por causa do salário.

Você teve alguma participação nessa negociação de salário do Dorival?
O Dorival foi uma indicação minha, eu quis trazer. Naquele momento, era o nome do mercado, além de ser competente. Sobre a parte financeira, eu estava ali, escutei, mas ficava mais por conta do Michel Levy (então vice de finanças), com aval da Patricia Amorim, que era presidente"
Participei das reuniões. O Dorival foi uma indicação minha, eu quis trazer. Naquele momento, era o nome do mercado, além de ser competente. Sobre a parte financeira, eu estava ali, escutei, mas ficava mais por conta do Michel Levy (então vice de finanças), com aval da Patricia Amorim, que era presidente, e dos outros vices também. O Coutinho ainda era o vice de futebol. Então, foi uma participação de todos para fazer o contrato. Às vezes, você cede alguma coisa, mas tinha a necessidade. E o salário não é muito diferente do mercado. Foi acertada a contratação do Dorival, ele montou essa base que está aí. Teve a saída, fico triste, pois é um profissional de altíssima qualidade, merece ser respeitado. É ruim ficar divulgando salário, falando “Ah...”. Não vai ficar mais, não fica, acabou. Não acho legal essa conduta, principalmente pelo homem, a pessoa que ele é. Fica parecendo tudo na conta do treinador. Já que ele não ficou, foi acertadíssima a escolha do Jorginho. Foi um nome que eu quis trazer.

Antes do Dorival, você tentou concretamente o Jorginho?
O Dorival estava empregado no Internacional. Um outro nome em que pensei foi o do Ney Franco, que estava na Seleção sub-20. Os três nomes que eu queria eram Jorginho, Ney Franco e Dorival, com quem não cheguei a fazer contato, pois estava no Inter, ganhava bem e não tinha como sair. O Ney Franco, eu sondei, ele disse que tinha o compromisso na Seleção e não tinha como ser liberado. Para minha surpresa, passou um tempo, e ele foi para o São Paulo. Para o Flamengo, ele não pode, mas, para o São Paulo, ele foi. Respeito a opinião do profissional, ele vai para onde quer ir, mas não era bem porque ele não queria sair da CBF, ou não teria ido para o São Paulo. O Jorginho, eu liguei para ele, sabia qual era o salário dele lá (no Kashima Antlers), mas, infelizmente, ele tinha contrato até o fim do ano. Eu não tinha como esperar, era uma coisa imediata, o Flamengo estava correndo sério risco de cair. A gente estava saindo de Vanderlei, Joel, queria buscar algo mais jovem. Jorginho queria vir, o sonho dele sempre foi ser treinador do Flamengo, mas ele não conseguiu se desvincular. Existia uma multa, mas não era só isso. Ele é muito homem, correto, quando assume um compromisso cumpre até o fim. Fiquei triste no momento, pois seria uma parceria muito boa, eu, ele, o Aílton, que também é meu irmão. Todos têm a cara do Flamengo. Não foi para ser naquele momento. Dorival saiu do Internacional, ficou disponível e foi o momento de trazê-lo. E, mais para frente, eu e Jorginho vamos nos encontrar.

Zinho, despedida flamengo (Foto: Jorge William / Agência o Globo)A mecha branca no cabelo do diretor aumentou em 2012 (Foto: Jorge William / Agência o Globo)

Mas o encontro será com o dirigente Zinho ou o comentarista Zinho?
Aguardo um convite, seja na área de gerente ou diretor de futebol ou comentarista, que foi uma posição de que gostei, foi boa a experiência. O mercado se expandiu para mim. Minha conduta foi boa no Flamengo e como comentarista. Agora, retornei, para iniciar minha vida novamente. Se for como diretor, depende do clube, do convite, das condições. Estou bem tranquilo, mesmo de fora acompanho tudo de futebol, busco me preparar cada vez mais, para, quando surgir o convite, eu dar conta do recado.

Recentemente, também veio à tona a questão do contrato com Liedson, uma cláusula que elevava bem os valores?
Eu desconheço essa cláusula. Sempre, na parte financeira, eu procurava não me envolver. Sei que era salário com parte na carteira, outra em direitos de imagem. Era uma opção do mercado, o salário podia ser alto, mas sobre esse extra não sei mesmo.  Nessa época, o Coutinho ainda era vice e participou da negociação.

Sente falta da rotina desgastante do Flamengo?
O Flamengo é o maior clube do Brasil, de maior torcida, um turbilhão. E o Brasileiro é um dos campeonatos mais difíceis do mundo. Sem contar que a grandeza desperta interesse das outras torcidas, é noticia em todos os lugares. O risco de rebaixamento e todas as polêmicas que envolveram o fim da gestão da Patricia fizeram com que eu me dedicasse 24 horas. Na crise, tiraram meu vice, o Coutinho. Começaram a aumentar as divergências entre dirigentes, ficou mais difícil. Dorival foi um grande parceiro, a comissão técnica, o supervisor Sergio Helt, um cara muito competente. Essa turma se abraçou, a união e o empenho dos atletas fizeram com que o Flamengo não caísse para a Segunda Divisão.

Começaram a aumentar as divergências entre dirigentes, ficou mais difícil. Dorival foi um grande parceiro, a comissão técnica, o supervisor Sergio Helt, um cara muito competente. Essa turma se abraçou, a união e o empenho dos atletas fizeram com que o Flamengo não caísse para a Segunda Divisão"

Agora, tem tempo de frequentar seus cultos evangélicos e a Baixada Fluminense, o que quase não conseguiu fazer no ano passado?
Sem dúvida. Congrego em Nova Iguaçu, minha cidade, não abro mão disso, e, no Flamengo, estava difícil, as orações eram em casa mesmo. Me sinto bem quando venho para cá (Baixada). Sou sócio-fundador do Nova Iguaçu. Com minha ida para o Flamengo, eu me ausentei, eticamente não seria correto ficar. Ainda hoje, não exerço nenhuma função, tenho vindo pouco, tenho que me reaproximar. Estou muito feliz com a vitória sobre o Vasco. Vou acompanhar mais o Nova Iguaçu, dar um apoio, mas não como diretor. Retorno à Baixada também para isso, onde estão meus verdadeiros amigos.
Essa sua conhecida mecha branca cresceu, apareceram mais cabelos brancos. Quem é o principal responsável: Ronaldinho ou Adriano?
(Gargalhada). Só tinha mecha na frente, até brincava com o William Bonner, dizia que estava tentando imitá-lo, só que ele é mais bonito. Acho que ganhei dele em termos de ter mais cabelos brancos, pois a minha lateral, com essa “problemada” toda, com a tropa toda, aumentou bastante. Mas o gel está dando conta do recado.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/03/zinho-elogia-jorginho-e-revela-crise-que-quase-decretou-queda-do-fla.html

Raikkonen fecha sexta na frente na Malásia; Massa é 3º, à frente de Alonso


Antes da chuva, 'Homem de Gelo' anota melhor tempo dos treinos livres em Sepang. Vettel é o segundo mais rápido, seguido por dupla da Ferrari

Por GLOBOESPORTE.COM Kuala Lumpur, Malásia

Kimi Raikkonen - Lotus - treinos livres - GP da Malásia (Foto: AFP)Raikkonen foi o mais veloz de sexta (Foto: AFP)

Se no primeiro treino livre para o GP da Malásia, os pilotos ficaram “enrolando” para sair dos boxes, na segunda atividade desta sexta-feira todo mundo foi para a pista nos minutos iniciais. O motivo? As ameaçadoras nuvens que cobriam o céu do circuito de Sepang. E antes de a chuva cair de vez por volta de 45 minutos de sessão, deu tempo de Kimi Raikkonen (Lotus), vencedor da etapa de abertura do ano, cravar a melhor marca do dia: 1m36s569. O “Homem de Gelo” ficou apenas 19 milésimos à frente do alemão Sebastian Vettel, da RBR, que anotou 1m36s588. Felipe Massa (Ferrari), também ficou próximo do finlandês, a 92 milésimos com 1m36s661. O brasileiro chegou a liderar parte do treino e superou o companheiro Fernando Alonso, quarto colocado com 1m36s985, por 0s324.Mais veloz na sessão anterior, Mark Webber (RBR) não conseguiu melhorar a própria marca e fechou a segunda sessão em quinto, com 1m37s026.


Felipe Massa - Ferrari - treinos livres - GP da Malásia 2013 (Foto: AP)Felipe Massa fez o terceiro melhor tempo do dia na sexta-feira de treinos livres em Sepang (Foto: AP)

A Force India deu mais um sinal que está entre as cinco melhores equipes do ano. Deixou novamente as McLarens de Jenson Button (12º) e Sergio Pérez (11º) para trás e emplacou Paul di Resta em oitavo e Adrian Sutil em décimo. E o alemão deu apenas dez voltas, em razão de um problema mecânico em seu carro.

No pelotão de trás, Jules Bianchi (Marussia) foi novamente o destaque. Superou a Williams de Valtteri Bottas e colocou mais de um segundo em cima da dupla da Caterham e de seu companheiro de equipe, Max Chilton.


Fernando Alonso sob as ameaçadoras nuvens que cercavam o circuito de Sepang (Foto: Getty Images)Fernando Alonso sob as ameaçadoras nuvens que cercavam o circuito deSepang (Foto: Getty Images)

A atividade começou com grande ameaça da chuva. Os pilotos usavam a pista seca para testar os pneus médios, já que haviam experimentando os compostos duros na sessão inicial. Por volta da metade do treino, os primeiros pingos começaram a cair. Em razão da possibilidade de chuva, para a classificação e a corrida, os pilotos não se intimidaram com a chuva e foram para a pista, avaliando as configurações de seus carros com os pneus intermediários e extremos. Nos minutos finais, o clima deu uma trégua e houve tempo para mais algumas voltas com os compostos para pista seca.
Sábado às 2h (horário de Brasília) será realizado o terceiro treino livre, com exibição do SporTV. Logo depois, às 5h, é a vez do treino que define o grid de largada. O GP da Malásia está marcado para o mesmo horário, no domingo. A TV Globo transmite ambos os eventos ao vivo e o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.


Sebastian Vettel guia sua RBR na chuva, no segundo treino livre para o GP da Malásia (Foto: Reuters)Sebastian Vettel guia sua RBR na chuva, no segundo treino livre para o GP da Malásia (Foto: Reuters)

Confira os melhores tempos do 2º treino livre para o GP da Malásia:
1 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - 1m36s569 (28 voltas)
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m36s588  - a 0s019  (27)
3 - Felipe Massa (BRA/ Ferrari) - 1m37s771 - 1m36s661  - a 0s092  (33)
4 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m37s319  - 1m36s985  - a 0s416  (23)
5 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m37s026  - a 0s457  (29)
6 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - 1m37s206  - a 0s637  (26)
7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m37s588  - 1m37s448  - a 0s879  (32)
8 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m37s571  - a 1s002  (30)
9 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1m37s574  - a 1s005  (32)
10 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m37s788  - a 1s219  (10)
11 - Sergio Pérez (MEX/McLaren-Mercedes) - 1m37s838  - a 1s269  (21)
12 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m37s865  - a 1s296  (29)
13 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber-Ferrari) - 1m38s068  - a 1s499  (31)
14 - Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m38s645  - a 2s076  (23)
15 - Jean-EricVergne (FRA/STR-Ferrari) - 1m39s284  - 1m38s738  - a 2s169  (31)
16 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1m38s801  - a 2s232  (27)
17 - Daniel Ricciardo (ASU/STR-Ferrari) - 1m38s904  - a 2s335  (31)
18 - Jules Bianchi (FRA/Marussia-Cosworth) - 1m39s508  - a 2s939  (30)
19 - Valtteri Bottas (FIN/Williams-Renault) - 1m39s660  - a 3s091  (28)
20 - Chalres Pic (FRA/Caterham-Renault) - 1m40s757  - a 4s188  (29)
21 - Giedo van der Garde (HOL/Caterham-Renault) - 1m40s768  - a 4s199  (32)
22 - Max Chilton (ING/Marussia-Cosworth) - 1m41s438  - a 4s869  (23)


Circuito de Sepang - GP da Malásia (Foto: infoesporte)