segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Xô, catimba! Ágatha/Bárbara supera provocação e atropela dupla argentina



OLIMPÍADAS RIO 216


VÔLEI DE PRAIA


Campeãs do mundo, brasileiras desbancam Gallay/Klug, que venceu o Pan de Toronto em 2015, por 2 a 1, e chegam à segunda vitória na Olimpíada do Rio de Janeiro




Por
Rio de Janeiro, RJ



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Elas são as primeiras e únicas argentinas até hoje a conquistarem uma medalha de ouro no vôlei de praia. Ana Gallay e Georgina Klug conseguiram o feito em 2015 nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. A Argentina não tem tradição nenhuma na modalidade. Mas elas têm uma receita: a catimba tem ajudado a dupla. Hoje não. Campeãs do mundo na Holanda no ano passado, Ágatha e Bárbara Seixas atropelaram as hermanas. O primeiro set foi um show, que terminou com parcial de 21/11. O segundo foi mais parelho, mas também tranquilo: 21/17. Assim, a parceria do Brasil chega ao segundo triunfo em dois jogos, ou seja, 100% de aproveitamento e está com um pé nas oitavas de final. No próximo jogo, elas enfrentam Baquerizo e Fernández, da Espanha, na quarta-feira, às 17h 30 (de Brasília), para sacramentar a classificação.

Gallay e Klug são conhecidas pelo estilo provocador dentro de quadra. Quando as rivais vão para o serviço, elas ficam apontando, batem no peito, abrem os braços e chamam as adversárias. Nas comemorações, fazem um verdadeiro drama: se abraçam, cerram os punhos, gritam demais. Deu certo no Pan, mas não na Olimpíada contra as brasileiras que, mais uma vez, foram abraçadas pela torcida local.

Agatha e Bárbara; vôlei de praia; olimpíada 2016 (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)
Agatha e Bárbara dão show em Copacabana 
(Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)


A provocação argentina atingiu os fãs brasileiros, que não perdoaram, provocando Maradona e exaltando Pelé com a música que ficou célebre nas arquibancadas na Copa do Mundo em referência aos 1.000 gols do Rei do Futebol. Ao fim do jogo, na zona mista, ela conversou com os jornalistas. Gallay ironizou e falou que nem ouviu as provocações da torcida brasileira. Mesmo assim, se disse emocionada em jogar no Rio.

- Estou encantada em jogar na praia de Copacabana e estou muito contende de estar aqui - resumiu a jogadora argentina.


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Agatha e Bárbara; vôlei de praia; olimpíada 2016 (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)
Brasileiras jogaram demais no segundo jogo 
(Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)


O JOGO

Agatha e Bárbara; vôlei de praia; olimpíada 2016 (Foto: Agatha e Bárbara; vôlei de praia; olimpíada 2016)Vibrantes como sempre, a paranaense e a carioca venceram bem (Foto: Agatha e Bárbara; vôlei de praia; olimpíada 2016)


Barbara Seixas fez o primeiro ponto do jogo. Mas as argentinas conseguiram abrir 3 a 1. Um grupo de hermanos tentou fazer barulho. A torcida do Brasil vaiou muito e deu o troco na provocação. O incentivo fez toda diferença, e Ágatha e Bárbara conseguiram reagir fazendo 5 a 4. Com largadinhas decisivas para pontuar, elas administraram a vantagem e chegaram a abrir 10 pontos de diferença: 19 a 9. As brasileiras então fecharam o set com uma bola de Bárbara no fundo de quadra: 21/11.


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No segundo set, Gallay e Klug conseguiram iniciar com o ritmo do começo do primeiro set. Abriram três pontos de vantagem: 8 a 5. Para não deixar cair o ritmo de Ágatha e Bárbara Seixas, ​a torcida incentivou, provocando de novo as hermanas. Elas sentiram. Babi empatou o jogo com um ace (a arma foi bastante usada no primeiro set: foram cinco): 9 a 9. A virada foi com um ataque da paranaense Ágatha e com pontos de saque da carioca: 12 a 9. O jogo ficou equilibrado, e as hermanas empataram: 15 a 15. Mas as brasileiras impuseram o domínio de atuar em casa e bateram as adversárias por 21/17 com um ponto de saque de Barbara fechando.


Georgina Klug e Ana Gallay; argentina; vôlei de praia; olimpíada 2016 (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)
Provocadoras, Georgina Klug e Ana Gallay não 
conseguiram abater Ágatha e Babi 
(Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)



Confira os jogos da manhã desta segunda-feira:

Fase de grupos (F) - Ferrer / Dépré (SUI) 2 (19-21, 21-16 e 21-19)x 1 Del Solar / Laird (AUS)
Fase de grupos (M) - Losiak/Kantor (POL) 0 x 2 (21-14 e 21-17) Liamin/ Barsouk (RUS) 
Fase de grupos (M) - Herrera/Gavira (ESP) 1 x 2 (13-21, 21-18 e 15-12)  Jefferson/Cherif (QAT)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/volei-de-praia/noticia/2016/08/xo-catimba-agathabarbara-supera-provocacao-e-atropela-dupla-argentina.html

Alison e Bruno sofrem com tática da Áustria e perdem a primeira nos Jogos


OLIMPÍADAS RIO 2016


VÔLEI DE PRAIA



Sacando em cima de Schmidt, Doppler/Horst consegue vitória por 2 a 1 no 2º jogo do Grupo A. Em busca da vaga, brasileiros vão encarar Ranghieri/Carambula, da Itália




Por
Rio de Janeiro, RJ



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A dupla Clemens Doppler e Alexander Horst terminou o ranking olímpico na 11ª posição. Sua melhor colocação no Circuito Mundial em 2016 foi uma prata no Major Series de Porec, na Croácia. A derrota foi justamente para Bruno Schmidt e Alison, adversários desta segunda-feira em jogo válido pelo Grupo A do torneio masculino da Olimpíada. Se naquela ocasião o jogo foi duríssimo, desta vez, não seria diferente. Agora, o final da história foi diferente: em um duelo de pura técnica dos dois lados, os brasileiros sofreram com a tática rival e acabaram perdendo pelo placar de 2 a 1, parciais de 21/23, 21/16 e 13/15.

Alexander Horst (AUT) da Austria; vôlei de praia; olimpíada 2016 (Foto: REUTERS/Ruben Sprich)
Austríacos surpreenderam dupla brasileira 
(Foto: REUTERS/Ruben Sprich)


Sacando constantemente em cima de Bruno Schmidt e, dessa forma, forçando Alison a levantar, os jogadores da Áustria se deram bem no primeiro set, vencendo por 23/21. Eles estavam anulando o Mamute, de 2,03m. Na segunda parcial, os brasileiros se recuperaram. O sobrinho do apresentador Tadeu Schmidt, que estava na arquibancada, deu show, fazendo defesas incríveis. No terceiro, com a mesma tática, os austríacos acabaram levando a melhor.

Alison (Foto:  REUTERS/Ruben Sprich )Alison lamenta derrota em segundo jogo (Foto: REUTERS/Ruben Sprich )


- Quando isso acontece (adversários sacam em Bruno), você precisa sacar e defender melhor. Mas erramos muito no terceiro set. Eles (austríacos) tiveram um bom dia e jogaram soltos, não tinham muita coisa a perder. Perdemos por 15 a 13 (no terceiro set), uma pena. Faltou um pouco de capricho e confiança. Vamos para a Vila descansar, estudar bastante a dupla italiana e treinar alguns fundamentos - disse Alison.

Bruno lamentou o fato de a dupla brasileira não ter conseguido um bom resultado. com a derrota, eles perderam a chance de antecipar a classificação. 

- Seria nossa classificação antecipada, mas agora é ter paciência. Temos sempre que ligar o alerta, não tem favoritismo. Os austríacos jogaram muito abaixo na primeira partida e agora se reinventaram. Não sabemos o futuro. A chave fica embolada, mas ainda estamos só no começo da Olimpíada.

A próxima partida de Bruno e Alison, onde buscarão a vaga nas oitavas de final, será contra Ranghieri e Carambula, da Itália, na quarta-feira, às 15h30 (de Brasília). No primeiro jogo, os brasileiros saíram vitoriosos diante do Canadá.


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O JOGO

A dupla brasileira precisou fazer um jogo de recuperação no primeiro set. Os austríacos conseguiram se adaptar melhor ao vento forte da praia de Copacabana e abriram 3 a 0 logo de cara, assumindo o controle da partida. Amparados pelo incentivo da torcida, os donos da casa reagiram e empataram em 7 a 7 com um ace de Alison. Nada, porém, parecia adiantar. Doppler e Horst se mantiveram frios e chegaram a fazer 18 a 15. Alison manteve o set aberto com dois bloqueios consecutivos, mas ele próprio mandou para fora, e os austríacos fecharam: 23 a 21.

Alison/Bruno Schmidt; vôlei de praia; olimpíada 2016 (Foto: REUTERS/Ruben Sprich)
Alison/Bruno Schmidt sofre com tática dos 
asversários (Foto: REUTERS/Ruben Sprich)


No segundo set, cientes da tática austríaca, Bruno e Alison se desdobraram. Eleito o melhor jogador mundo pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) em 2015, Schmidt fez jus ao título com defesas espetaculares que levaram o público à loucura. No fim das contas, os brasileiros abriram boa vantagem e, num erro de Doppler, que mandou a bola na rede ao atacar, fizeram 21 a 16 na segunda parcial.

O tie-break começou parecido com o primeiro set. Novamente, os austríacos forçavam o saque em cima de Bruno Schmidt. A estratégia estava funcionando. Eles abriram 6 a 4. Mas os brasileiros ficaram em cima. A melhor vantagem da Áustria veio em 9 a 6. O Brasil se recuperou de novo. E contou a sorte. Em novo erro de Doppler, começou a reagir. Em seguida, Bruno cravou bonito no cantinho. Alison fez o público gritar com belo bloqueio. A falha de Horst, que errou um toque, cedeu o empate. Os fãs acreditaram, mas um toquinho do camisa 2, que havia errado antes, sacramentou a vitória europeia.

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Alison e Bruno; vôlei de praia; olimpíada 2016 (Foto: REUTERS/Ruben Sprich)
Jogo foi válido pela segunda rodada do grupo A 
(Foto: REUTERS/Ruben Sprich)


FONTE:

Meninas se vingam, goleiam Romênia, e torcida faz a festa por Rafaela Silva



OLIMPÍADAS RIO 2016


HANDEBOL



Com grande atuação coletiva, Brasil derruba algoz do Mundial por 26 a 13, vence
a segunda na Olimpíada e fica mais perto de uma vaga nas quartas dentro de casa




Por
Rio de Janeiro



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Estava engasgado. Estava no choro copioso de Ana Paula, amparada pelo técnico Morten Soubak. Foram oito meses remoendo, voltando naquele 13 de dezembro de 2015. Tentando entender o que aconteceu. Favorita, a seleção feminina de handebol teve pela frente a Romênia nas oitavas de final do Mundial da Dinamarca e acabou eliminada, dando adeus ao sonho do bicampeonato. Em casa, com a Arena do Futuro lotada, a chance da revanche chegou. E com estilo. Dominando as romenas, que foram bronze à época, as meninas deram um banho e venceram a segunda na Olimpíada do Rio de Janeiro com goleada: 26 a 13, com direito a olé, muita festa e até gritos para Rafaela Silva, primeiro ouro do Brasil, no judô, no ginásio ao lado.

+ Piso da Arena do Futuro tem desnível, preocupa Rio 2016 e terá manutenção

- (Esse início) Mostra que a gente veio brigar de igual para igual. Ninguém vai jogar aqui dentro da nossa casa com o passado. Assim como a Romênia eliminou a gente no último Mundial, assim como a Noruega já foi campeã olímpica, a gente também já foi campeã do mundo. Vamos jogar com o presente, com o aqui, com o agora. E temos de mostrar nossa força porque aqui é a nossa casa. Para ganharem da gente vão ter de jogar muito - disse a capitã Dara.

Brasil x Romênia Handebol (Foto: REUTERS/Marko Djurica)
Brasileiras não tomaram conhecimento da 
Romênia e venceram bem 
(Foto: REUTERS/Marko Djurica)


Mais uma vez Ana Paula foi um dos destaques. Se em dezembro passado chorou, agora a central sorriu. Comemorou, mas manteve o foco e pés no chão. Mesmo depois de outra atuação de gala - o time já havia batido a Noruega na estreia - as jogadoras seguem com o discurso de que o importante é se classificar para o mata-mata e que não adianta vencer agora na primeira fase e não seguir assim quando a partida valer uma medalha ou a eliminação precoce.

A goleira Babi, um dos destaques, não conseguiu perceber durante o jogo a festa para a judoca Rafaela Silva, mas depois comemorou também.

- Nem ouvi na verdade, fiquei sabendo que ela ganhou medalha de ouro. Muito feliz, mulheres vieram marcar presença nessa Olimpíada e trazer essa mensagem para o Brasil.
Na próxima rodada, já para garantir um lugar nas quartas de final, mesmo que seja com o quarto lugar do grupo, o Brasil enfrenta a Espanha. O jogo será na quarta-feira, às 9h30, na Arena do Futuro. Depois, o país ainda pega Angola, na sexta-feira, e Montenegro, no domingo, fechando a primeira fase. A derrota da Romênia foi a segunda. Na primeira partida a equipe já havia sido derrotada por Angola. Assim, complicou-se na competição olímpica.


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brasil x romênia arena do futuro olimpíada handebol (Foto: Edgard Maciel de Sá)
Arena do Futuro, mais uma vez tomada, se 
transformou em caldeirão para o Brasil 
(Foto: Edgard Maciel de Sá)



COMEÇO AVASSALADOR

No detalhe: Ana Paula comemora mais um gol para o Brasil contra a Romênia (Foto:  REUTERS/Marko Djurica)Ana Paula foi novamente um dos destaques do Brasil no jogo (Foto: REUTERS/Marko Djurica)


Ligado no jogo, o Brasil começou muito bem. Com cinco minutos, vencia por 4 a 1, com gols de Dara, Ana Paula (2x) e Alê. Na defesa, a equipe conseguia parar a melhor do mundo Cristina Neagu, que inclusive levou suspensão após falta. Lá atrás, a goleira Babi tinha excelente aproveitamento, parando o ataque rival. Com o primeiro período chegando na sua metade, o Brasil voltou a comandar as ações e Duda e Ana Paula, com quatro gols a essa altura, colocaram 9 a 4. Aos poucos, a Romênia equilibrou, com gols da própria Neagu e Manea, e o placar tinha 7 a 4 com 12 minutos.

Aos 17, a seleção levou um susto. A arbitragem viu uma cotovelada de Duda em jogadora romena, e a armadora foi expulsa do jogo. Mesmo com uma jogadora a menos, o Brasil conseguiu manter a frente. Três minutos depois, foi a vez de Dani Piedade levar suspensão de dois minutos. Enquanto a seleção encaminhava o triunfo diante da Romênia, a arquibancada vibrava com o ouro de Rafaela Silva no judô e gritava: "É Rafaela, é Rafaela".  Em quadra, o Brasil vencia por 13 a 8. Além de jogar bem, as meninas davam show. Ana Paula, em passe lindo por debaixo das próprias pernas, achou Fernanda, que perdeu o gol.



GOL ATÉ DE GOLEIRA

A segunda etapa começou no ritmo que a primeira terminou. Dono do jogo, o Brasil manteve sua postura ofensiva e com sete minutos colocou 17 a 10, uma goleada. Com 13 minutos, a seleção domava as europeias como se treinasse e no contra-ataque, até a goleira Babi marcou o seu gol, do outro lado da quadra, arremessando sem ninguém para defender a meta romena. Com dificuldade para atacar, Cristina Neagu, melhor jogadora do mundo em 2015, tinha cinco gols, mas não dava a vazão que a Romênia acostumou-se a ter em outros jogos.

Entregues, as romenas não conseguiam equilibrar a partida. Faltando menos de dez minutos para o fim, a torcida gritava olé a cada passe e Samira, com bola de rosca, fez impiedosos 25 a 13. E o dia não era brasileiro só no ataque. Na defesa, Mayssa entrou no lugar de Babi e pegou sete metros de Buceschi, faltando cinco minutos para o fim. Na jogada seguinte, Mayara levou choque, caiu e sentiu uma lesão. Ela voltava para a seleção depois de duas cirurgias no joelho, e não voltou mais para a partida. No fim, com os gritos de "O campeão voltou", o Brasil confirmou a vitória por 26 a 13.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/handebol/noticia/2016/08/meninas-se-vingam-goleiam-romenia-e-torcida-faz-festa-por-rafaela-silva.html

Horas após demitir Falcão, Inter acerta retorno de Celso Roth como técnico


Além do treinador, clube terá Fernando Carvalho e Ibsen Pinheiro como dirigentes políticos e Newton Drummond, o Chumbinho, como executivo




Por
Porto Alegre




celso roth internacional novo hamburgo (Foto: Lucas Uebel / Vipcomm)Celso Roth será técnico do Inter até o final do ano (Foto: Lucas Uebel / Vipcomm)


O Inter ficou pouco tempo sem treinador. Ainda que não confirme oficialmente, o clube fechou a contratação de Celso Roth para substituir Paulo Roberto Falcão, demitido no início da tarde desta segunda-feira. Ele será apresentado em entrevista coletiva marcada para a manhã de terça, quando será anunciada também a nova formatação do departamento de futebol.

Campeão da Libertadores em 2010, Roth tem na solidez defensiva seu principal trunfo. Na “Era Falcão”, o sistema mostrou fragilidades e levou 10 gols em cinco partidas, o que representa uma média de dois gols por jogo. É com este perfil que a direção trabalha para uma espécie de retomada a partir da primeira rodada do segundo turno.


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Falcão diz que não recebeu reforços
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As três passagens de Falcão no Inter


Roth trará apenas Beto Ferreira, que será seu auxiliar. O contrato do técnico valerá até o final do ano. A escolha do sucessor de Falcão veio de Fernando Carvalho, que voltará a ser vice de futebol. Ibsen Pinheiro será o seu assessor. Newton Drummond, o Chumbinho, trabalhará como executivo.
O técnico será o terceiro no ano. Antes de Falcão, que permaneceu por apenas cinco partidas - com dois empates e três derrotas -, o Inter teve Argel. Roth entra com a missão de encerrar a incômoda sequência de 11 jogos sem vitórias, com oito derrotas no período.
Após sua apresentação, Roth começará a trabalhar para tentar recolocar o time nos trilhos. A primeira atividade sob sua batuta está programada para ocorrer às 10h30. Na segunda-feira, às 20h, o Inter enfrenta a Chapecoense na Arena Condá, em Chapecó.


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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rs/futebol/times/internacional/noticia/2016/08/horas-apos-demitir-falcao-inter-acerta-retorno-de-celso-roth-como-tecnico.html

Rafaela Silva lembra que foi chamada de "vergonha da família" em 2012



OLIMPÍADAS RIO 2016

JUDÔ


Judoca fala das críticas após eliminação nos Jogos Olímpicos de Londres, por conta de um golpe ilegal, e declara o seu amor ao esporte: "Minha vida é o judô"



Por
Rio de Janeiro



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Desclassificada dos Jogos de Londres, em 2012, por conta de um golpe ilegal contra a húngara Hedvig Karakas, Rafaela Silva deu a volta por cima no Rio de Janeiro e conquistou nesta segunda-feira a primeira medalha de ouro do país na Olimpíada de 2016. A judoca carioca derrotou Sumiya Dorjsuren, da Mongólia, na final da categoria peso-leve (até 57kg) e não escondeu a sua felicidade por superar críticas e vencer dentro de casa.

Emocionada, ela lembrou que a chamaram de vergonha da família e precisou se dedicar ainda mais ao esporte para voltar aos tatames. Rafaela nasceu na comunidade da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, próxima ao Parque Olímpico, e tem também no seu currículo o título do Campeonato Mundial de Judô de 2013

- Eu treinei muito, não queria mais aquele sofrimento de Londres. Depois da minha derrota, muita gente me criticou, disse que judô não era para mim e que eu era uma vergonha para a minha família. Agora eu sou campeã olímpica dentro da minha casa (...). Eu treinei muito para estar aqui, muito para buscar a minha medalha. E o resultado, graças a Deus, veio.


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Rafaela declarou amor ao judô e disse que, se não fosse o esporte, não sabe o que estaria fazendo da sua vida. A judoca tem 24 anos e iniciou a sua trajetória no Instituto Reação, que é comandado por Flávio Canto, bronze nos Jogos de 2004, em Atenas.

- Acho que a minha vida é o judô. Se não fosse o judô, eu não sei onde estaria agora. Poderia estar ainda brincando dentro da Cidade de Deus, mas graças a Deus eu conheci o esporte e estou aqui como campeã mundial e campeã olímpica.

Rafaela Silva, judoca do Brasil (Foto: Reprodução SporTV)
Rafaela Silva comemora volta por cima no judô 
e ouro nos Jogos do Rio de Janeiro 
(Foto: Reprodução SporTV)


FONTE:

É ouro para o Brasil! Rafaela Silva faz história, derrota atleta da Mongólia e é campeã olímpica



OLIMPÍADAS RIO 2016

JUdÔ


Judoca carioca aplicou wazari e garantiu primeira medalha de ouro brasileira no Rio



Rodrigo Clemente/EM/D. A Press
Rafaela Silva derrota atleta da Mongólia e garante 
o primeiro ouro brasileiro no Rio de Janeiro


É ouro para o Brasil! A judoca carioca Rafaela Silva derrotou Sumiya Dorjsuren, da Mongólia, e garantiu o lugar mais alto do pódio da categoria de até 57kg.

No início da luta, as duas atletas receberam punição. Em seguida, a brasileira aplicou um wazari - a única pontuação por golpe do embate. Nos minutos que restavam, Rafaela Silva apenas administrou a vantagem e garantiu a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

A festa pela conquista na Arena Carioca 2 foi grande e emocionante, até porque Rafaela é nascida no Rio de Janeiro e cresceu na Cidade de Deus, uma comunidade carente na zona oeste que fica a poucos quilômetros do Parque Olímpico. Tanto que muitos amigos e familiares estiveram no ginásio para ver a judoca da casa em ação e vibrar com cada golpe.

A Cidade de Deus também fica próxima de um dos núcleos do Instituto Reação, comandado pelo ex-judoca Flávio Canto, e local onde a agora medalhista olímpica aprendeu a competir desde pequena.

Aos 24 anos, ela supera com essa medalha a frustração nos Jogos de Londres-2012, quando poderia ter chegado ao pódio, mas foi desclassificada na primeira luta. No currículo, Rafaela tem o título mundial de 2013, conquistado também no Rio, além de uma prata no Mundial de Paris, em 2011. Além da histórica medalha dourada em casa, a judoca se tornou a primeira brasileira a ser campeã olímpica e mundial no esporte.

O pódio veio no terceiro dia de disputas da modalidade, após outros judocas brasileiros terem chegado perto, sem sucesso. No sábado, Sarah Menezes e Felipe Kitadai, que tinham conquistado medalhas em Londres-2012, ficaram pelo caminho na repescagem. No dia seguinte, Charles Chibana perdeu em sua primeira luta e Érika Miranda ficou a uma vitória do bronze.

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) tem como meta, no mínimo, repetir as quatro medalhas dos Jogos de Londres, de preferência melhorando qualitativamente. Ainda faltam lutar atletas cotados para o pódio, como Victor Penalber, Mayra Aguiar, Tiago Camilo, Maria Suellen Altheman e Rafael Silva, o Baby. Nesta terça-feira, Mariana Silva e Victor Penalber representarão o País.

FONTE:

Partidos vão ao STF para frear impeachment enquanto propina a Temer não for investigada



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/partidos-vao-ao-stf-para-frear-impeachment-enquanto-propina-a-temer-nao-for-investigada






Jornal GGN - É muito mais grave a denúncia de que Michel Temer teria recebido propina da Odebrecht, segundo revelações da Lava Jato, do que Dilma Rousseff ter comedito crime de responsabilidade fiscal - principalmente quando o Ministério Público Federal desabona essa versão para o impeachment.
Com esse argumento, o senador Humberto Costa (PT) diz que os partidos que apoiam a presidente afastada irão recorrer ao Supremo Tribunal Federal para desacelerar o julgamento de Dilma até que as investigações contra Temer sejam encaminhadas. Para petistas, Temer quer concluir o impeachment rápido, antes que outras informações da Lava Jato tragam problemas para seu governo.
Por Hylda Cavalcanti
Na RBA
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que as legendas que apoiam a presidenta Dilma Rousseff pedirão ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, a suspensão da sessão programada para amanhã (9), para votar a pronúncia do processo de impeachment. A alegação é que não é possível esse processo ser votado diante de tantas denúncias feitas contra o presidente interino, Michel Temer, nos últimos dias.
Costa afirmou que é de se estranhar que a presidenta Dilma Rousseff, que está sendo julgada por suposta violação a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ao cometer as chamadas “pedaladas”, na assinatura de decretos de crédito suplementar e no plano de safra, nunca foi citada em delação premiada por receber recursos no Palácio do Planalto nem no Palácio da Alvorada negociados por meio de caixa 2. “Enquanto Temer, que foi acusado de ter recebido R$ 10 milhões no período eleitoral pela maior empresa do país, a Odebrecht, está sentado lépido e fagueiro no cargo de presidente interino da República”.
O líder disse que não está afirmando que as denúncias – feitas nos últimos dias por meio de delação premiada por parte de executivos da Odebrecht –, sejam verdadeiras. "Mas defendo que se investigue o que está acontecendo antes de ser votado processo referente ao afastamento da presidenta. Porque, à luz das comparações, é uma situação muito mais grave o que se tem contra o presidente em exercício", ressaltou.
O senador pernambucano afirmou ainda que a bancada que hoje faz oposição ao governo provisório pretende discutir amplamente o tema com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o presidente do STF – Lewandowski será, na sessão de amanhã, quem conduzirá os trabalhos. Costa acrescentou que se for necessário, a sessão será adiada para que antes sejam apuradas as denúncias feitas contra Temer.

O mistério de Erika Santos, que denunciou Temer no caso da propina no porto. Por Marcelo Auler



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-misterio-de-erika-santos-que-denunciou-temer-no-caso-da-propina-no-porto-por-marcelo-auler/


Esta é a uma nova reportagem da série sobre o envolvimento de Michel Temer nos escândalos do Porto de Santos e do Aeroporto de Guarulhos. É resultado da nova campanha de crowdfunding do DCM, com a qual você pode contribuir aqui. Outras matérias virão.
Erika Santos, que denunciou a caixinha no Porto de Santos em 2 000
Erika Santos, que denunciou a caixinha no Porto 
de Santos em 2000 (reprodução do Instagram)


Um mistério ronda a vida da hoje psicóloga Erika Santos. Ela, em 2000, denunciou a caixinha existente na administração do porto de Santos que, segundo disse em juízo, abastecia o então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer.
Foi quando brigou com seu ex-companheiro, Marcelo de Azeredo, apadrinhado de Temer que presidiu a Companhia de Docas do Estado de São Paulo – CODESP e, como tal, também beneficiário das propinas.
Para provar o que dizia, juntou documentos na Ação de Reconhecimento e Dissolução Estável, Cumulada com Partilha e Pedido de Alimentos ajuizada na 3ª Vara de Família, Órfãos e Sucessão, de São Paulo. Eles, segundo disse, foram retirados do computador do ex-companheiro.
Por essa contabilidade, Temer, só naquele período, teria embolsado da caixinha das empresas que operavam no porto R$ 2.726.750,00.
Como já mostramos aqui em outras reportagens, Temer jamais foi investigado por isso. Contou com a benevolência de dois procuradores-gerais da República: Geraldo Brindeiro (em 2001) e Roberto Gurgel (em 2011).
Mas, na última reportagem desta série sobre a influência de Temer no porto de Santos, mostramos que a Receita Federal confirmou as denúncias. Uma investigação fiscal provou aumento patrimonial a descoberto (sem origem declarada) de Marcelo e sua irmã, Carla.
O que aconteceria se Michel Temer também fosse investigado?
Em 2007, ele não quis esclarecer à Polícia Federal, quando convidado, sobre sua relação com Marcelo de Azeredo e as acusações feitas por Erika. Em 2001, da tribuna da Câmara, negou ter recebido propinas e falou que a então estudante de psicologia negara tudo o que estava escrito na ação, da qual ela desistiu. Surge daí o mistério.
Erika, através de um novo advogado, José Manuel Paredes, desistiu da ação. Ninguém sabe ao certo, nem mesmo Paredes, os motivos que a levaram a tal gesto. Acredita-se que, após ameaçar cobrar judicialmente uma partilha de bens e uma pensão mensal do ex-companheiro, tenha conseguido um bom acordo, financeiramente falando.
Não é impossível supor que, diante das denúncias que tiveram repercussão imediata com uma reportagem da revista Veja, o próprio deputado Temer tenha pressionado seu afilhado político para resolver a questão longe do tribunal e da opinião pública.
Erika, como expôs na ação, queria manter o status quo adquirido na convivência à qual dedicou cerca de três anos de sua vida. Aparentemente conseguiu, mas alguns dados levantados recentemente mostram que não deve ter sido tão fácil assim.
Desde então ela desapareceu do mapa. Nunca mais falou a respeito e ainda hoje não comenta o assunto, como deixou claro no dia 19 de julho quando procurada, por telefone, por nós. Foi gentil e educada, na única ligação das muitas que lhe fizemos, mas não aceitou falar:
Eu não falo nem por telefone, nem pessoalmente sobre isso, tá? Esse assunto para mim já não converso mais a respeito. Tudo o que foi feito está registrado, então você pesquisa, por favor, tá? Agradeço seu contato, mas eu não posso falar agora”.
Ao pesquisar, descobre-se que, ao conhecer Marcelo, em 1997, em Brasília, com 20 anos (nasceu em abril de 1977), ela provavelmente morava em Sobradinho, cidade satélite da capital, onde ainda hoje reside sua mãe, com 67 anos. Na época, ela se preparava para o vestibular de psicologia. A partir do encontro, viveu uma espécie de “conto de fada”.
“Como sói acontecer em filmes e livros, apaixonaram-se à primeira vista”, relataram os advogados Martinico Izidoro Livovschi e seu filho Sérgio, na inicial da ação na Vara de Família, que antes de ser ajuizada foi lida, remendada e aprovada pela própria autora.
Esse detalhe – de que ela leu o documento antes de ele ser protocolado —, desmente-a quando, segundo Temer, a ação apresentava os documentos da CODESP por iniciativa de seus advogados sem o seu consentimento.
A peça judicial dá um breve relato do “conto de fadas”. Ainda em 97, segundo o documento, “foram passar uma verdadeira ‘lua de mel’ em Nova Iorque, passando por Boston”. O vestibular acabou sendo feito em São Paulo para atender o desejo dele: “um verdadeiro pedido de casamento informal”. Foi nas Faculdades Metropolitanas Unidas, FMU, que ela cursou psicologia. Estava no terceiro ano em 2000.
Além da mesada de R$ 5 mil para os gastos, possuía um cartão de crédito dependente do companheiro. Juntos conheceram a Itália (Roma, Florença e Veneza), com direito a caríssimos presentes das grifes Louis Vuitton e Chanel e jantares nos mais sofisticados restaurantes. Estiveram nos Estados Unidos (Miami e Nova York), México (Cancún), França (Paris) e nas Ilhas Gregas. O Dia dos Namorados em 2000 foi em Buenos Aires.
O sonho, porém, ruiu quando o exagero na bebida levou Marcelo a agredi-la com violência. Não houve registro na polícia. Mas o pedido judicial narra três agressões, embora ela diga que tenham sido mais.
A última foi em julho de 2000, quando decidiu sair da casa, sem mesada, nem cartão de crédito. Os pertences que ficaram só lhe foram devolvidos depois, quando retirados do apartamento por um amigo em comum, aos poucos, em sacos de lixo.
Acostumada a esse luxo e conhecedora do esquema de propina que proporcionava os ganhos dissimulados do companheiro, na Vara de Família ela cobrava uma mesada de R$ 10 mil e a partilha de alguns dos bens. Eram imóveis e carros de luxos adquiridos enquanto os dois estavam juntos.
Como alertou, alguns deles foram colocados em nome de parentes de Marcelo. Esse é mais um detalhe da denuncia que a Receita Federal constatou, pelo menos com relação a uma Mercedes Benz e um Porsche.
Dezesseis anos depois, Erika é “psicóloga por formação, com especialização em Tendências e Comportamento de Consumo”, como descreve seu blog. Desde maio de 2007, possui a uma agência.
Para chegar aonde chegou, ela teve que correr atrás. Apesar do acordo financeiro que se suspeita ter sido negociado em 2000 com o ex-marido/agressor, em dezembro de 2002 ela passou a trabalhar como vendedora de loja.
Daí surge o mistério do por que da necessidade de trabalho se ela tinha fechado um acordo com o ex-marido. Teoricamente, significa necessidade de sobrevivência.
Em dezembro de 2002, trabalhou na T.F. Indústria e Comércio de Modas Ltda., uma cadeia com 120 lojas, segundo descreveu um dos seus proprietários, Tufi Duek. Ele não guarda a menor ideia de quem seja Erika, que deixou a empresa nove meses depois.
Erika Santos
Erika Santos (reprodução do Instagram)
O mesmo já não ocorre com Neusa Maria Sabino, a “Nega”, ex-proprietária da Nere Modas Ltda., onde Erika ficou apenas seis meses, entre setembro de 2003 e março de 2004. Com alguma dificuldade, lembrou-se da ex- funcionária. “Ela trabalhou na minha loja no shopping Iguatemi. Encontrei com ela há uns três meses e ouvi: ‘Nega, tudo bem? Você não lembra de mim? Trabalhei na sua loja do Iguatemi’, relembra Neusa.
Logo em seguida, no mesmo Iguatemi, ela trabalhou na Tríduo Modas Feminina Ltda., onde ficou de maio de 2004 a junho de 2005 e se destacou como a melhor da loja. É o que recorda a sua ex-proprietária Marly Ribeiro de Carvalho:  “Era uma super vendedora. Nunca mais tive contato. Mas era uma super profissional. Não lembro se ela estudava, mas sei que era a melhor vendedora. Foi rápido, infelizmente. Para nós foi uma perda, ela era a melhor”.
Em nenhum desses empregos, comentou qualquer coisa sobre seu antigo relacionamento ou mesmo sobre as denúncias que fez contra o então deputado federal Temer. Também é mistério se Erika foi ouvida em alguma investigação policial sobre as denúncias que fez.
Graças à Procuradoria Geral da República, como dito acima, Temer não poderia mais ser investigado. Mas, quando o Supremo decidiu isso, devolveu o inquérito policial para São Paulo, pois deveria prosseguir com relação a Marcelo de Azeredo e outros diretores da Companhia Docas do Estado de São Paulo.
Possivelmente, se a investigação prosseguisse poderiam surgir os “indícios” que tanto Brindeiro como Gusmão alegaram inexistir para propor o arquivamento da investigação contra o deputado.
A investigação não voltou mais para Santos, onde foi presidida pelo delegado Cássio Nogueira. Foi ele quem convidou Temer a prestar esclarecimentos e não obteve resposta. Diante disso, propôs o pedido de autorização ao Supremo para ampliar a investigação.
Quando retornou de Brasília, o caso não voltou mais para a Justiça Federal em Santos. Aportou na 2ª Vara Federal Criminal da capital, tombado com o n° 0002518-52.2006.403.6104. Em 19 de janeiro último, ele foi remetido à Procuradoria da República da capital, mas há três semanas nossas buscas por ele foram infrutíferas. A Polícia Federal diz que não está com ela e na Procuradoria ainda não o encontraram.
Na verdade, não se sabe bem porque esse inquérito ainda está em andamento. Afinal, foi aberto para investigar corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro, supostamente ocorridos na gestão de Marcelo de Azeredo (entre junho de 1995 e maio de 1998).
Portanto, são crimes com cerca de 20 anos que podem muito bem estar prescritos. A impunidade tende a prevalecer não apenas no caso de Temer, se o seu envolvimento fosse provado, mas também dos demais envolvidos. Tudo por conta da lerdeza da Polícia Federal, da Procuradoria da República e do Judiciário. O que só ocorre – ou deixa de ocorrer – quando há outros interesses em jogo.
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Marcelo Auler
Sobre o Autor
Jornalista e escritor com passagem por virtualmente todos os órgãos de comunicação do Brasil. Autor do blog http://www.marceloauler.com.br/sobre-mim/