Após vitória por 2 a 0, técnico do Palmeiras destaca postura do Capivariano no jogo deste sábado e importância de chutar a gol contra adversários mais fechados
O Palmeiras venceu o Capivariano por 2 a 0, na noite deste sábado, mas demorou a fazer os gols. Com dificuldades para superar o bloqueio defensivo do adversário, o Verdão se valeu de uma bela cobrança de falta de Robinho, aos 35 minutos do segundo tempo, para abrir o caminho para o quarto triunfo consecutivo no Paulistão. O técnico Oswaldo de Oliveira elogiou a postura da equipe do interior e disse cobrar seu time por mais finalizações.
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Nós começamos o jogo pressionando muito e, em consequência, tivemos em
cinco minutos duas boas chances de marcar. O gol não saiu e passamos do
limite desse controle. Houve um momento depois do inicial que começamos a
passar um pouco da bola, vamos dizer assim. Mas acho que a grande
dificuldade não foi o nosso time, foi a postura do Capivariano, que
jogou defensivamente muito bem organizado – argumentou Oswaldo.
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Parte da torcida alviverde chegou a perder a paciência com a equipe pela quantidade de passes trocados antes de chutar a gol. Oswaldo admitiu a necessidade de finalizar mais e aproveitar os espaços dados para tentar superar a defesa adversária de alguma forma.
– Cobro
sempre. O tempo todo sempre digo: se não chutar, não vai fazer o gol.
Quando você joga contra este tipo de barreira, a bola bate em alguém e
tira do goleiro, já cansamos de ver. Ocorre que o adversário hoje
conseguiu fazer um bloqueio e limitar os arremates. Abdicaram do ataque e
jogavam em função do nosso erro. Por isso, se aglomeravam na área de
finalização e tiravam nossa possibilidade.
Líder do
Grupo 3 do Campeonato Paulista, com 15 pontos ganhos, o Palmeiras volta a
campo na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil. A estreia na
competição nacional será contra o Vitória da Conquista, na Bahia.
Veja a coletiva de Oswaldo na íntegra:
ANÁLISE DA VITÓRIA–
Nós começamos o jogo pressionando muito e, em consequência, tivemos em
cinco minutos duas boas chances de marcar. O gol não saiu e passamos do
limite deste controle. A grande dificuldade foi a postura do
Capivariano, que jogou defensivamente muito bem organizado. Soube
neutralizar em momentos o que trabalhamos. Não adianta ter pressa.
Tínhamos 90 minutos para fazer o gol, e em consequência do primeiro
fizemos o segundo.
UTILIZAÇÃO DO AROUCA– Quanto ao Arouca, minha primeira impressão foi em 2006, hoje é consequência disso. Como estava há muito tempo sem jogar, em algum momento iria afogar, e eu estava muito atento a isso. Como precisávamos dar agilidade, da maneira como o time vinha jogando, com o Alan, Robinho e Gabriel, eu uni o útil ao agradável. Tirar o Arouca, porque estava no limite, e dar a mobilidade maior, que, com a lesão do Alan, interrompemos. Mas com a passagem do Zé para o meio forçamos, com a mesma intensidade, até o gol sair.
ANSIEDADE DA TORCIDA
– Normalmente, não dá para ouvir (a torcida atrás do banco). Tenho um controle que, quando estou muito focado em algo, praticamente esqueço o resto. Não ouço. Lógico que, às vezes, quando faz silêncio no estádio e tem um tenor, acabo ouvindo (risos). Mas procuro me isolar um pouco, porque se pensar com a cabeça de 40 mil e não com a minha, vai dar uma confusão danada.
ENTRADA DO RAFAEL MARQUES
– O que aconteceu foi o seguinte: o Cristaldo, no nosso momento de
maior pressão, levou uma pancada muito forte. Aqui falamos paulistinha.
Foi muito forte, e aquilo praticamente o tirou do jogo. A ideia de
entrar com o Rafa era para ter mais presença na área. Logo no início,
ele conseguiu cabecear duas bolas, e isso foi flagrante. A principal
ideia da entrada do Rafael era ter mais presença de área e ter mais
possibilidade de entrar na área do adversário.
FINALIZAÇÕES
– Cobro sempre. O tempo todo sempre digo: se não chutar, não vai fazer o gol. Muitas vezes, isso já aconteceu comigo. Quando você joga contra esse tipo de barreira, a bola bate em alguém e tira do goleiro, já cansamos de ver. Ocorre que o adversário hoje conseguiu fazer um bloqueio e limitar os arremates. Abdicaram do ataque e jogavam em função do nosso erro, por isso aglomeravam na área de finalização, e tiravam nossa possibilidade de finalizar ali.
– Cobro sempre. O tempo todo sempre digo: se não chutar, não vai fazer o gol. Muitas vezes, isso já aconteceu comigo. Quando você joga contra esse tipo de barreira, a bola bate em alguém e tira do goleiro, já cansamos de ver. Ocorre que o adversário hoje conseguiu fazer um bloqueio e limitar os arremates. Abdicaram do ataque e jogavam em função do nosso erro, por isso aglomeravam na área de finalização, e tiravam nossa possibilidade de finalizar ali.
Volto
a dizer, como digo a eles, nos 90 minutos, temos de explorar a
necessidade. Temos 90 minutos para fazer o gol. Independente do momento
que sair ele, será bem-vindo
Autor
– O Robinho não é uma surpresa. Eu o acompanho no Coritiba há muitos anos, e a vinda dele para cá foi muito oportuna. Um jogador experiente, que cresce a cada dia, querido pelo grupo, que chama o jogo. É imprescindível no nosso time. Foi presenteado com os dois gols, pelo esforço que ele tem demonstrado.
COMO FURAR BLOQUEIOS–
Sempre converso com a equipe, principalmente nos jogos em casa. As
equipes de menor investimento vêm com essa proposta de jogo. Ocorre que
temos 90 minutos para fazer o gol. Independentemente do momento que sair
ele, será bem-vindo. No início, poderíamos ter feito dois gols.
MEIO-CAMPO
– Acho que o meio-campo foi muito utilizado, chegamos muito, o adversário teve de trabalhar. Nosso setor de criação é muito forte. São jogadores que se alternam ali. Isso está em evolução, estamos trabalhando para fazer o gol. Hoje fizemos dois, outro dia não fizemos nenhum. Em outras duas oportunidades fizemos três. São alternativas do jogo.
GABRIEL E AROUCA– Precisam se conhecer melhor, mas hoje trabalharam com bastante autoridade. No primeiro tempo, vimos Arouca e Gabriel dentro da área, revezando na saída de bola.
INSTABILIDADE DO ALLIONE
– O Allione tem 20 anos, é natural. Ele tem o afã do jovem. É um jogador de extrema habilidade, velocidade, visão de jogo e, à medida que for treinando, jogando, vai conquistar a experiência. Temos de ter paciência e saber ter sensibilidade de conduzir isso. Não tenho dúvida que vai ultrapassar essa fase e vai saber o momento certo de passar, driblar, quando estiver participando das jogadas.
– O Allione tem 20 anos, é natural. Ele tem o afã do jovem. É um jogador de extrema habilidade, velocidade, visão de jogo e, à medida que for treinando, jogando, vai conquistar a experiência. Temos de ter paciência e saber ter sensibilidade de conduzir isso. Não tenho dúvida que vai ultrapassar essa fase e vai saber o momento certo de passar, driblar, quando estiver participando das jogadas.
Oswaldo cobrou de seus jogadores mais
chutes a gol contra times retrancados
(Foto: Marcos Ribolli)
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