sábado, 28 de fevereiro de 2015

Oswaldo admite Verdão "bloqueado" e ressalta cobrança por finalizações

Após vitória por 2 a 0, técnico do Palmeiras destaca postura do Capivariano no jogo deste sábado e importância de chutar a gol contra adversários mais fechados


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São Paulo

 

O Palmeiras venceu o Capivariano por 2 a 0, na noite deste sábado, mas demorou a fazer os gols. Com dificuldades para superar o bloqueio defensivo do adversário, o Verdão se valeu de uma bela cobrança de falta de Robinho, aos 35 minutos do segundo tempo, para abrir o caminho para o quarto triunfo consecutivo no Paulistão. O técnico Oswaldo de Oliveira elogiou a postura da equipe do interior e disse cobrar seu time por mais finalizações.

– Nós começamos o jogo pressionando muito e, em consequência, tivemos em cinco minutos duas boas chances de marcar. O gol não saiu e passamos do limite desse controle. Houve um momento depois do inicial que começamos a passar um pouco da bola, vamos dizer assim. Mas acho que a grande dificuldade não foi o nosso time, foi a postura do Capivariano, que jogou defensivamente muito bem organizado – argumentou Oswaldo.


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Parte da torcida alviverde chegou a perder a paciência com a equipe pela quantidade de passes trocados antes de chutar a gol. Oswaldo admitiu a necessidade de finalizar mais e aproveitar os espaços dados para tentar superar a defesa adversária de alguma forma.

– Cobro sempre. O tempo todo sempre digo: se não chutar, não vai fazer o gol. Quando você joga contra este tipo de barreira, a bola bate em alguém e tira do goleiro, já cansamos de ver. Ocorre que o adversário hoje conseguiu fazer um bloqueio e limitar os arremates. Abdicaram do ataque e jogavam em função do nosso erro. Por isso, se aglomeravam na área de finalização e tiravam nossa possibilidade.

Líder do Grupo 3 do Campeonato Paulista, com 15 pontos ganhos, o Palmeiras volta a campo na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil. A estreia na competição nacional será contra o Vitória da Conquista, na Bahia.


Veja a coletiva de Oswaldo na íntegra:

ANÁLISE DA VITÓRIA– Nós começamos o jogo pressionando muito e, em consequência, tivemos em cinco minutos duas boas chances de marcar. O gol não saiu e passamos do limite deste controle. A grande dificuldade foi a postura do Capivariano, que jogou defensivamente muito bem organizado. Soube neutralizar em momentos o que trabalhamos. Não adianta ter pressa. Tínhamos 90 minutos para fazer o gol, e em consequência do primeiro fizemos o segundo.


UTILIZAÇÃO DO AROUCA– Quanto ao Arouca, minha primeira impressão foi em 2006, hoje é consequência disso. Como estava há muito tempo sem jogar, em algum momento iria afogar, e eu estava muito atento a isso. Como precisávamos dar agilidade, da maneira como o time vinha jogando, com o Alan, Robinho e Gabriel, eu uni o útil ao agradável. Tirar o Arouca, porque estava no limite, e dar a mobilidade maior, que, com a lesão do Alan, interrompemos. Mas com a passagem do Zé para o meio forçamos, com a mesma intensidade, até o gol sair.


ANSIEDADE DA TORCIDA
– Normalmente, não dá para ouvir (a torcida atrás do banco). Tenho um controle que, quando estou muito focado em algo, praticamente esqueço o resto. Não ouço. Lógico que, às vezes, quando faz silêncio no estádio e tem um tenor, acabo ouvindo (risos). Mas procuro me isolar um pouco, porque se pensar com a cabeça de 40 mil e não com a minha, vai dar uma confusão danada.



ENTRADA DO RAFAEL MARQUES – O que aconteceu foi o seguinte: o Cristaldo, no nosso momento de maior pressão, levou uma pancada muito forte. Aqui falamos paulistinha. Foi muito forte, e aquilo praticamente o tirou do jogo. A ideia de entrar com o Rafa era para ter mais presença na área. Logo no início, ele conseguiu cabecear duas bolas, e isso foi flagrante. A principal ideia da entrada do Rafael era ter mais presença de área e ter mais possibilidade de entrar na área do adversário.


FINALIZAÇÕES
– Cobro sempre. O tempo todo sempre digo: se não chutar, não vai fazer o gol. Muitas vezes, isso já aconteceu comigo. Quando você joga contra esse tipo de barreira, a bola bate em alguém e tira do goleiro, já cansamos de ver. Ocorre que o adversário hoje conseguiu fazer um bloqueio e limitar os arremates. Abdicaram do ataque e jogavam em função do nosso erro, por isso aglomeravam na área de finalização, e tiravam nossa possibilidade de finalizar ali.
 Volto a dizer, como digo a eles, nos 90 minutos, temos de explorar a necessidade. Temos 90 minutos para fazer o gol. Independente do momento que sair ele, será bem-vindo
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 ROBINHO
– O Robinho não é uma surpresa. Eu o acompanho no Coritiba há muitos anos, e a vinda dele para cá foi muito oportuna. Um jogador experiente, que cresce a cada dia, querido pelo grupo, que chama o jogo. É imprescindível no nosso time. Foi presenteado com os dois gols, pelo esforço que ele tem demonstrado.


COMO FURAR BLOQUEIOS– Sempre converso com a equipe, principalmente nos jogos em casa. As equipes de menor investimento vêm com essa proposta de jogo. Ocorre que temos 90 minutos para fazer o gol. Independentemente do momento que sair ele, será bem-vindo. No início, poderíamos ter feito dois gols. 


MEIO-CAMPO
– Acho que o meio-campo foi muito utilizado, chegamos muito, o adversário teve de trabalhar. Nosso setor de criação é muito forte. São jogadores que se alternam ali. Isso está em evolução, estamos trabalhando para fazer o gol. Hoje fizemos dois, outro dia não fizemos nenhum. Em outras duas oportunidades fizemos três. São alternativas do jogo.


GABRIEL E AROUCA– Precisam se conhecer melhor, mas hoje trabalharam com bastante autoridade. No primeiro tempo, vimos Arouca e Gabriel dentro da área, revezando na saída de bola. 


INSTABILIDADE DO ALLIONE
– O Allione tem 20 anos, é natural. Ele tem o afã do jovem. É um jogador de extrema habilidade, velocidade, visão de jogo e, à medida que for treinando, jogando, vai conquistar a experiência. Temos de ter paciência e saber ter sensibilidade de conduzir isso. Não tenho dúvida que vai ultrapassar essa fase e vai saber o momento certo de passar, driblar, quando estiver participando das jogadas.


oswaldo oliveira palmeiras x capivariano (Foto: Marcos Ribolli)
Oswaldo cobrou de seus jogadores mais 
chutes a gol contra times retrancados 
(Foto: Marcos Ribolli)


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