Lionel Messinão teve uma atuação como contra o Brasil, há pouco mais de dois meses, nos Estados Unidos.
Ou não precisou ter, o que só reforça a evolução da Argentina sob o
comando de Alejandro Sabella. Com direito a pênalti perdido pelo melhor
jogador do mundo, os hermanos passaram fácil pela Alemanha e venceram
por 3 a 1 na Commerzbank-Arena, em amistoso disputado em Frankfurt, no
reencontro após a eliminação na última Copa do Mundo. Khedira (contra), o
próprio craque do Barcelona e Di María anotaram para os argentinos.
Höwedes descontou para os alemães, que atuaram com um a menos desde
metade do primeiro tempo por conta da expulsão do goleiro Zieler.
Em 2010, os alemães não tiveram trabalho para golear a equipe de Diego
Maradona por 4 a 0, pelas quartas de final do Mundial da África do Sul,
na Cidade do Cabo. Eles seriam eliminados na sequência pela Espanha e
acabariam na terceira colocação após derrotarem o Uruguai.
Messi comemora o seu gol na fácil vitória da Argentina sobre a Alemanha (Foto: Agência Reuters)
O triunfo da Argentina é o oitavo desde que Sabella assumiu como
técnico, em setembro de 2011. Desde então, a seleção acumulou também
dois empates e duas derrotas (uma delas para o Brasil no Superclássico
das Américas). Lionel Messi também aproveitou o embalo e engrenou com a
camisa alviceleste, marcando nove gols nos últimos cinco jogos.
Apesar das belas jogadas de Messi - que quase sempre envolviam a dupla
Higuaín e Agüero -, coube ao meia Ángel Di María anotar o golaço da
noite. Foi o terceiro da Argentina, aos 28 minutos do segundo tempo, em
uma bomba do jogador do Real Madrid antes mesmo da intermediária, sem
chances para Marc-André ter Stegen.
Ter Stegen defende pênalti de Messi (Reuters)
Apontado como uma das revelações do último Campeonato Alemão, o goleiro
de 20 anos do Borussia Mönchengladbach, no entanto, já estava
consagrado. Ele poderia até sofrer mais gols não fossem as bolas na
trave de Messi e Higuaín no segundo tempo, mas chegará em casa com moral
de quem defendeu um pênalti do melhor do mundo. E mais: sem dar rebote.
O lance ocorreu aos 31 minutos do primeiro tempo, quando a Alemanha já
tinha um a menos em campo. Na falta que originou o pênalti, Zieler, o
substituto de Manuel Neuer na meta alemã, acabou expulso por derrubar
Jose Sosa depois de bonito lançamento do volante Javier Mascherano.
Messi não caprichou como de costume. E viu Ter Stegen crescer à sua
frente.
O camisa 10, porém, guardou o seu melhor para a etapa final. Com a
Argentina já vencendo por 1 a 0 graças ao gol contra de Khedira, em
cobrança de escanteio, o craque chamou a responsabilidade e decidiu. Com
grande contribuição de coadjuvantes de peso, é bem verdade. Aos seis,
Higuaín e Agüero fizeram linda jogada até que a bola parasse nos pés de
Messi.
O jogador do Barcelona quase ampliou aos 30 ao passar por quatro
marcadores e atingir a trave. Mas teve mesmo de se contentar com um gol
de honra dos donos da casa, marcado por Höwedes, de cabeça, aos 36
minutos. Está de bom tamanho para quem ainda recebeu uma pequena
homenagem de um torcedor alemão que invadiu o gramado.
Com um chutaço de fora da área, Di María foi o autor do golaço da noite em Frankfurt (Foto: Getty Images)
Com Loco Abreu e Forlán de titulares,
Celeste vê os franceses mandarem, mas segura 0 a 0 em amistoso que
marcou a estreia de Didier Deschamps
Por GLOBOESPORTE.COMLe Havre, França
Forlán foi o camisa 10 uruguaio (Foto: AFP)
Sem Cavani e Suárez, o Uruguai colocou em campo um ataque "brasileiro" nesta quarta-feira. Diego Forlán, jogador do Internacional, e Loco Abreu,
atacante do Figueirense, formaram a dupla ofensiva da Celeste durante
amistoso contra a França, nesta quarta-feira, em Le Havre, que terminou
empatado em 0 a 0.
Apesar da oportunidade, Forlán e Loco não tiveram muito trabalho na
partida. Isso porque os franceses, que viram o técnico Didier Deschamps
fazer sua estreia, passaram a maior parte do jogo no ataque, enquanto os
uruguaios apostavam mais nos contra-golpes. No entanto, nenhuma das
duas equipes conseguiu estufar as redes.
Na primeira etapa, os franceses tiveram a posse de bola durante a maior
parte do tempo. O time comandado por Deschamps avançava bem e não
deixou o adversário sair do campo de defesa, mas foi mal nas
finalizações.
No segundo tempo, o técnico francês começou a fazer substituições e o
domínio dos donos da casa seguiu. Então, as chances perigosas começaram a
aparecer. Como aos 15 minutos, quando o time chegou bem pela esquerda e
Benzema foi lançado dentro da área. O camisa 10 pegou de primeira e
chutou na trave esquerda de Muslera, que já estava batido.
Com o Uruguai jogando em um esquema mais defensivo, os franceses
precisaram apostar mais nos chutes de fora da área. Gomi chegou a fazer
Muslera trabalhar aos 31, chutando colocado. A Celeste só conseguiu
avançar nos dez minutos finais da partida, quando passou a rondar a área
adversária. Porém, também não teve êxito nos chutes a gol.
Ambas as seleções agora voltam as atenções para as eliminatórias para a
Copa do Mundo de 2014, no Brasil. No dia 7 de setembro, o Uruguai
visitará a Colômbia, em Barranquilla. Os franceses entram em campo no
mesmo dia, mas para enfrentarem a Finlândia, fora de casa.
Ribéry jogou bem, mas a França não conseguiu marcar (Foto: Reuters)
Stephen Kiprotich toma café da manhã com o presidente do país, Yoweri Museveni, e recebe os presentes na capital Kampala
Por Das agências de notíciasKampala, Uganda
Campeão olímpico da maratona Stephen
Kiprotich ganhou mais do que a medalha de ouro por sua conquista nos
Jogos de Londres. Nesta quarta-feira, o fundista tomou café da manhã com
o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, e recebeu 80 mil dólares
(aproximadamente R$ 162 mil) e uma casa nova para seus pais. Segundo o
Banco Mundial, a renda média per capita em Uganda é de 500 dólares
mensais. As informações são do jornal espanhol "Marca".
Stephen Kiprotich é recebido com honras militares no retorno a Uganda (Foto: AP)
O campeão da maratona desfila com bandeira e é ovacionado por compatriotas (Foto: AFP)
A medalha de ouro, recebida durante a cerimônia de encerramento dos Jogos, faz sucesso (Foto: AP)
A vitória de Kiprotich no último dia das Olimpíadas de 2012 foi
recebida com surpresa e festa.O atleta completou o percurso em 2h08m01, à
frente dos favoritos quenianos Abel Kirui (2h08m27) e Wilson Kiprotich
(2h09m37).
Mesmo sem medalha, o Brasil registrou o melhor desempenho geral da
história. Pela primeira vez os três representantes verde-amarelos
chegaram nas 15 primeiras colocações. Marílson Gomes dos Santos foi o
quinto colocado, enquanto Paulo Roberto de Almeida Paula ficou com a
oitava posição (2h12s17), e Frank Caldeira, com a 13ª (2h13m35).
Jogador, de 2,18m de altura, foi o
principal responsável pela virada da Rússia sobre o Brasil, e pela
vitória por 3 sets a 2 na final do vôlei masculino
Por GLOBOESPORTE.COMMoscou
O gigante Dmitry Muserskiy, de 2,18m, é cumprimentado por Vladimir Putin em Moscou, na Rússia (Foto: Reuters)
O gigante Dmitry Muserskiy, de 2,18m, principal jogador da Rússia na
final olímpica do vôlei contra o Brasil, quando marcou 31 pontos e foi o
principal responsável pela vitória do seu país por 3 sets a 2, foi recebido como um herói pelo presidente Vladimir Putin, em Moscou.
Após estar perdendo a final por 2 sets a 0, a Rússia conseguiu a virada
após Muserskiy ser deslocado do meio de rede para a posição de oposto. O
jogador foi fundamental para a mudança tática da equipe, que acabou
conquistando o primeiro ouro na modalidade após a dissolução da antiga
União Soviética.
No Dia dos Solteiros, a campeã olímpica do vôlei não esconde a busca por um namorado
Natália beija sapo para ver se vira príncipe
Nos bastidores do Encontro, as campeãs olímpicas do vôlei conversaram com o site sobre vaidade e... assuntos do coração! Fabi aproveitou para brincar com uma foto da amiga Natalia com um sapo.
“Natalia beijando um sapinho querendo achar um príncipe. Vamos ver se
essa medalha vai render frutos para a Naty”, brincou a líbero.
Mas será que está tão complicado assim para a Naty encontrar um
namorado? Sheilla não se intimidou e foi logo falando: “Essa aqui está
na eterna busca por um namorado”. Natália entrou na brincadeira e não
negou que está à procura de um grande amor. “Depois desse ouro aqui,
ganhar das americanas é fácil, difícil é encontrar um namorado”,
divertiu-se.
E para a missão de encontrar um partidão não ficar ainda mais
complicada, Natália, que tem 1,83 metro, prefere não usar salto alto
para não assustar os homens. “Eu uso raramente, só quando sei que vou
sair com amigos que são altos", conta.
Fabi, Natália e Sheilla posam orgulhosas com suas medalhas ao lado de Fátima Bernardes
Brincadeiras à parte, as meninas contaram que é preciso muita dedicação
para exibir uma conquista olímpica, mas mesmo assim não deixam a
vaidade de lado. “É de lei fazer unha, arrumar o cabelo... Estávamos
viajando e por isso ficamos um mês sem fazer a mão, o pé, a sobrancelha e
o cabelo. Ficamos desesperadas”, contou Natália, que não dispensa um
blush, um corretivo e uma máscara para cílios antes de entrar em quadra.
Apesar da preocupação com a aparência, Sheilla garante: “Antes de
ficarmos bonitas, estamos pensando em jogar”. Mas confessa também que
usa várias camadas de máscaras para cílios antes dos jogos. A líbero
Fabi vai contra a corrente e revela que não é adepta do make dentro de
quadra. “Eu não tenho muito costume de me maquiar dentro de quadra, não.
Prefiro fazer isso fora, mas bem pouquinho”.
Quando o assunto é a boa forma, as meninas contam com o auxílio de uma
nutricionista. “Eu tenho tendência a ficar mais gordinha, estou sempre
fechando a boca”, contou Natália. “A Sheilla é privilegiada, não é de
engordar. A gente tem uma educação alimentar, mas o nosso esporte
permite que a gente coma algumas coisinhas de forma controlada”, disse
Fabi.
Com festa e homenagens a campeões de
1958, Seleção volta a repetir erros dos Jogos Olímpicos, mas triunfa por
3 a 0 com gols de Pato e Damião
Por GLOBOESPORTE.COMEstocolomo, Suécia
Não foi exatamente como há 54 anos, quando a seleção brasileira
conquistou sua primeira Copa do Mundo e encantou o planeta ao vencer os
donos da casa por 5 a 2. Nesta quarta-feira, no entanto, o Brasil voltou
a Estocolmo para se despedir do palco onde, em 1958, Pelé & cia.
deram o pontapé inicial para a dinastia mais vitoriosa da história do
futebol mundial. Cinco dias após perder o ouro olímpico dos Jogos de
Londres, o time de Mano voltou a repetir erros, não convenceu, mas bateu
a Suécia por 3 a 0, no Rasunda, e conseguiu, enfim, respirar um pouco
mais aliviado após uma semana tensa.
Artilheiro dos Jogos Olímpicos, Leandro Damião marcou no primeiro
tempo, aproveitando passe de Neymar para balançar as redes pela sétima
vez nos últimos sete jogos com a amarelinha. Já nos minutos finais,
Alexandre Pato saiu do banco para incendiar a partida e marcar outros
dois gols.
A vitória pode significar alívio para a comissão técnica. Uma derrota
colocaria ainda mais lenha na fogueira de especulações sobre a
permanência ou não de Mano Menezes, apesar das recentes garantias do
presidente da CBF, José Maria Marin, e do diretor de Seleções, Andrés
Sanches.
Jogadores do Brasil abraçam Damião após o primeiro gol da Seleção no Rasunda (Foto: Mowa Press)
A partida teve um tom de recomeço. A Seleção deu seus primeiros passos
de olho no novo projeto: a Copa das Confederações, no ano que vem. Os
próximos serão dados em setembro, quando o Brasil enfrenta a África do
Sul, no dia 7, em São Paulo, e a China, três dias depois, no Recife.
O Rasunda continuará aberto até o dia 4 de novembro, data em que um
novo duelo entre AIK e Malmö, pela última rodada do Campeonato Sueco,
marcará a despedida definitiva. Depois, será demolido e dará lugar a um
conjunto de prédios, lojas e escritórios.
Festa, homenagens e "peso da camisa"
Apesar de o amistoso ser um jogo festivo, antes mesmo de a bola rolar
os brasileiros deixaram claro que o clima não era de celebração. O
combinado era que a Seleção enfrentaria a Suécia com uma camisa azul
similar à que foi usada no primeiro título mundial conquistado, em 1958.
A ideia foi de José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira
de Futebol (CBF). No entanto, os jogadores acharam o material muito
pesado e entraram no gramado com o uniforme, posaram para fotos, mas
usaram as camisas atuais durante o jogo. De acordo com a CBF, o uniforme
de 58 também dificultaria a transmissão da TV, uma vez que não tem o
número na frente.
- Um pouco pesada, mas é um orgulho muito grande fazer parte dessa
festa e ver os ídolos que deram o primeiro titulo para o Brasil - disse
Neymar, no intervalo.
De qualquer forma, muita festa no Rasunda. Dançarinas brasileiras e
suecas fantasiadas desfilaram pelo gramado, enquanto os campeões e
vice-campeões do mundo, em 58, foram homenageados. Outros nomes que
marcaram o futebol da Suécia também foram saudados, como o ex-goleiro
Thomas Ravelli e o ex-atacante Henrik Larsson. Estrela maior, Pelé -
emocionado - falou para o público. A rainha Sìlvia, da Suécia, também
esteve no estádio e acompanhou a partida ao lado do vice-presidente da
República, Michel Temer.
Pelé é homenageado no Rasunda (Foto: Mowa Press)
- É um momento de muita emoção. Nesse estádio, quando eu tinha 17 anos,
muitos de vocês ainda não eram nascidos. Foi muito especial não só para
mim, mas para todo o Brasil, que conquistou seu primeiro título mundial
aqui. Eu quero retornar a vocês todo o amor que me deram em 1958. Eu
amo vocês - disse o Rei, que também deu o pontapé inicial da partida. Receita olímpica: passe de Neymar, gol de Damião
Em campo, quatro mudanças em relação à equipe que iniciou a partida
contra o México, na decisão dos Jogos Olímpicos de Londres. Daniel
Alves, David Luiz, Paulinho e Ramires entraram nas vagas de Rafael,
Juan, Marcelo (suspenso) e Sandro. Com isso, Alex Sandro voltou à sua
posição original e atuou na lateral esquerda.
Do outro lado, Erik Hamren manteve a base da Suécia eliminada na
primeira fase da Eurocopa. Entretanto, com um grande desfalque. Com
dores no pé, o astro Zlatan Ibrahimovic não foi para o jogo e deu lugar a
Marcus Berg.
E os suecos também logo mostraram que não estavam em clima de festa.
Logo no início, Larsson levantou Oscar em falta duríssima. Caçado por
Wilhelmsson, Neymar também sofreu. O árbitro húngaro Robert Kispal - o
único em campo em clima de festa - aliviou e não puniu o atleta.
Com a bola rolando, um Brasil com mais posse e domínio territorial,
porém lento e com dificuldades para superar a retranca sueca.
Diferentemente das Olimpíadas, Neymar jogou mais centralizado ao lado de
Damião, com Oscar caindo pela esquerda, e Ramires, pela direita. Mesmo
sem encantar, a Seleção teve as melhores chances. Daniel Alves chegou
perto em duas cobranças de falta, e Neymar marcou aproveitando rebote de
um chute na trave de Oscar. A arbitragem, no entanto, errou e anulou o
lance, apontando impedimento inexistente.
Aos 31, enfim, o Brasil marcou, e com a receita dos Jogos Olímpicos.
Assistência de Neymar – quinta nos últimos sete jogos – e gol de Leandro
Damião – sétima nos últimos sete jogos. Bem no jogo, o craque do Santos
cruzou da esquerda para o camisa 9 completar de cabeça: 1 a 0. Pato sai do banco e brilha
Na segunda etapa, sem mudanças de peças, a Seleção voltou mais solta e
envolvente. Neymar, em bonita jogada individual, e em cobrança de falta,
quase marcou, assim como Paulinho, de cabeça, e Leandro Damião e Oscar
em chutes de fora da área.
Aos 30, Mano começou a mexer no time. De uma só tacada, trocou Oscar,
Damião e David Luiz por Hulk, Alexandre Pato e Dedé. O zagueiro do
Chelsea saiu machucado.
Com as mudanças, o ritmo do jogo caiu um pouco e a Seleção se mostrou
satisfeita com a vitória magra. Após uma pancada, Neymar saiu mancando e
deu lugar a Lucas, mas foi Alexandre Pato quem brilhou nos minutos
finais. Primeiro, em posição duvidosa, ele recebeu passe de Daniel Alves
para ampliar aos 40: 2 a 0. Dois minutos depois, o atacante do Milan
recebeu em profundidade de Ramires e foi derrubado na área. Pênalti, que
o próprio Pato cobrou e selou a vitória brasileira, já aos 44.
Pato saiu do banco para marcar duas vezes pelo Brasil no amistoso (Foto: Mowa Press)
SUÉCIA 0 X 3 BRASIL
Isaksson; Larsson, Granqvist, Olsson e Safari; Wernbloom, Holmen,
Elm (Svensson) e Wilhelmsson (Kacanikilic); Marcus Berg ( Husén) e
Toivonen.
Gabriel, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz (Dedé) e Alex
Sandro; Rômulo, Paulinho, Ramires e Oscar (Hulk); Neymar (Lucas) e
Leandro Damião (Pato).
Técnico: Erik Hamren
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Leandro Damião, aos 31 do primeiro tempo; Alexandre Pato, aos 40 e aos 44 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Thiago Silva (Brasil); Larsson e Wernbloom (Suécia)
Local: Estádio Rasunda, em Estocolmo (Suécia). Árbitro: Viktor Kassai (Hungria) Auxiliares: Robert Kispal (Hungria) e Tibor Vamos (Hungria)
Retrospecto ruim em casa e crise com a
torcida de um lado, técnico interino e série sem vitórias do outro
esquentam o confronto desta quarta-feira
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
O Engenhão vai se transformar em uma panela de pressão nesta
quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), quando Botafogo e Sport se
enfrentarão pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Não que os times
tenham uma grande rivalidade para colocar em jogo e isso possa esquentar
o confronto. Mas ambos vivem momentos tensos na competição, precisando
da vitória para acalmar os ânimos na sequência de um trabalho até
dezembro.
No último jogo no Engenhão, Oswaldo de Oliveira conviveu com os gritos
de burro, Rafael Marques foi vaiado antes mesmo de entrar em campo e o
nome de Loco Abreu mais uma vez ecoou na arquibancada. Com um
retrospecto abaixo da média como mandante no Brasileiro, com apenas
41,6% de aproveitamento, o time precisa reagir e contará com a volta de
Seedorf, que atuou pouco mais de 20 minutos no empate com a Portuguesa,
tendo começado o jogo no banco de reservas.
Com 23 pontos, o Botafogo ainda sonha com uma situação melhor no
Brasileiro. No momento, o time está na oitava colocação, sete pontos
atrás do Grêmio, quarto colocado, que seria o último classificado para a
Taça Libertadores do ano que vem. Para o líder, a distância é ainda
maior. O Atlético-MG já soma 38 pontos e ainda tem um jogo a menos.
Contra o Botafogo, o Sport irá reviver a estreia no Brasileiro. Assim
como foi o jogo diante do Flamengo, na primeira rodada, o Leão será
comandado pelo treinador interino Gustavo Bueno. O assistente técnico
assumiu o posto de Vágner Mancini, demitido após a derrota da equipe
para o então lanterna Figueirense no último fim de semana.
Na estreia do time no Brasileiro, o desafio de Gustavo Bueno foi o de
recuperar o Sport depois da perda do estadual e a demissão do técnico
Mazola Júnior. Agora, a missão é ainda mais complicada. Há sete jogos, a
equipe não sabe o que é vencer e vê a zona de rebaixamento cada vez
mais próxima. O Leão é o porteiro da área de degola, pois está na 16ª
colocação, com 14 pontos – um a mais que o Palmeiras, que abre o grupo
dos clubes que estariam rebaixados.
A partida terá transmissão do Premiere FC. O GLOBOESPORTE.COM acompanha
todos os lances da partida em Tempo Real, com vídeos exclusivos.
Botafogo: depois de deixar Seedorf no banco de
reservas no empate em 1 a 1 com a Portuguesa, no Canindé, na rodada
passada do Campeonato Brasileiro, o técnico Oswaldo de Oliveira colocará
novamente o jogador como titular. Ele não poderá contar com Márcio
Azevedo e Amaral, suspensos. Com isso, o time entrará em campo com
Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Lima; Jadson, Renato,
Seedorf, Andrezinho e Fellype Gabriel; Elkeson. Sport: a entrada de Gustavo Bueno no lugar de Vágner
Mancini não representou apenas uma mudança de peças. Com convicções
táticas diferentes, o interino mudou radicalmente a equipe, que sai do
esquema 4-5-1 para atuar no 4-4-2. Tentando melhorar o sistema
defensivo, o técnico promoveu a volta de Naldinho ao time titular. Com
isso, o Leão atuará com três volantes, na seguinte formação: Magrão;
Moacir, Aílson, Diego Ivo e Rivaldo; Tobi, Rithley, Naldinho e Hugo;
Marquinhos Gabriel e Felipe Azevedo.
Botafogo: Marcelo Mattos, submetido a uma cirurgia no
púbis, e Lucas Zen, que rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo,
seguem desfalcando o time. Além deles, Oswaldo não poderá contar com
Vítor Júnior, com uma lesão na coxa direita, e Márcio Azevedo e Amaral,
suspensos. Sport: para a partida contra o Botafogo, Gustavo Bueno não terá nenhum desfalque.
Botafogo: Andrezinho, Fábio Ferreira, Lennon, Lucas e Vítor Júnior. Sport:Ailson, Bruno Aguiar, Moacir e Tobi.
Antônio Rogério Batista do Prado (SP) apita a partida, auxiliado por
Carlos Nogueira Júnior (SP) e Bruno Salgado Rizo (SP). Antônio Batista
arbitrou um jogo no Brasileirão, marcou 46 faltas, aplicou seis
amarelos, nenhum vermelho e nenhum pênalti. O campeonato tem média de
4,6 amarelos, 0,2 vermelho, 36,1 faltas e 0,2 pênalti.
Botafogo: poupado no empate em 1 a 1 com a Portuguesa,
domingo, Seedorf volta a ser titular. Ele atuou pouco mais de 20 minutos
no último jogo, entrando no segundo tempo do confronto, disputado no
Canindé. Sport: após participar da estreia do clube, contra o
Flamengo, o volante Naldinho perdeu espaço na equipe e chegou a ser
cogitado para deixar o Sport. Agora, o atleta terá uma nova oportunidade
e sua missão será dar mais velocidade a saída de bola do Sport.
Fellype Gabriel, meia do Botafogo: "Acho
que a gente vem jogando bem em casa, mas não temos feito os gols. Falta
ter um pouco mais de atenção e caprichar no último passe. Temos que
cobrar mesmo e falar muito dentro de campo para mudar isso e conseguir
uma arrancada, pois é o que estamos precisando no campeonato". Gustavo Bueno, técnico do Sport: “Certamente não
será uma partida fácil. O Botafogo possui uma equipe muito qualificada,
com jogadores de muita habilidade, porém não iremos apenas pensando na
marcação. Vamos buscar o resultado e, quando a bola estiver nos nossos
pés, vamos jogar".
* Quem tem vantagem? Confira o histórico do confronto na Futpédia.
* Oito dos 21 jogos entre Botafogo e Sport pela Série A do Campeonato
Brasileiro foram disputados no Rio de Janeiro. Em casa, o Bota obteve
cinco vitórias e dois empates, com apenas uma derrota. A única vitória
do Sport no Rio foi expressiva, vencendo por 5 a 2 no Caio Martins, pelo
Brasileiro de 94.
* Esta é a quarta vez que Botafogo e Sport se enfrentam no Engenhão.
Nos três primeiros jogos, todos pelo Campeonato Brasileiro, duas
vitórias dos alvinegros (3 x 1/2007; 2 x 0/2008) e um empate (2 x
2/2009).
* Apenas uma partida disputada entre Botafogo e Sport na história do
Campeonato Brasileiro terminou sem abertura de placar. O único 0 x 0 do
confronto aconteceu dia 01/08/99, no Caio Martins.
Botafogo e Sport voltam a se enfrentar depois de quase três anos. A
última partida disputada entre as equipes aconteceu pela Série A do
Brasileiro. Na oportunidade, dia 5 de setembro de 2009, vitória
pernambucana por 2 a 1 na Ilha do Retiro, gols de Fabiano e Wilson, com
Juninho descontando para os visitantes, diante de 22.479 torcedores. O
técnico Péricles Chamusca escalou o Leão com Magrão, Elder Granja
(Juliano), Igor, Durval e Dutra; Andrade, Fabiano, Sandro Goiano (Zé
Antônio) e Luciano Henrique (Isael); Wilson e Arce. .Já Estevam Soares
mandou o Glorioso a campo com Flávio, Alessandro, Juninho, Wellington e
Thiaguinho (Eduardo); Leandro Guerreiro, Fahel (Ricardinho), Michael
(Jônatas) e Lucio Flavio; Victor Simões e André Lima. FONTE: http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2012/08/panela-de-pressao-botafogo-e-sport-vivem-clima-de-tensao-no-engenhao.html
Quatro clubes aos 20 anos e a chance de
jogar com Seedorf. Lateral ganha primeira oportunidade como titular no
confronto com o Sport, nesta quarta
Por Fred Huber e Thales SoaresRio de Janeiro
Com apenas 20 anos de idade, o lateral-esquerdo Lima já está em seu
quarto clube. A trajetória começou no Criciúma, aos 15 anos, quando foi
levado pelos professores Plínio e Orlei para fazer testes no clube.
Ficou, cresceu e se tornou titular do time principal aos 17, disputando a
Série C do Campeonato Brasileiro. Despertou o interesse do
Internacional, que o contratou. Emprestado ao Paraná, destacou-se na
Série B do ano passado e o Botafogo apareceu em seu caminho ao fim de
seu contrato com o clube gaúcho em julho.
Filho de Valdecir e Janete, Lima nasceu em Estação, no interior do Rio
Grande do Sul, mas ainda menino foi morar em Tapejara, uma cidade
próxima. Nos seus primeiros passos com a bola no pé, atuava como meia,
mas virou lateral com a camisa do Criciúma. Agora, depois de morar na
concentração do clube catarinense e lutar por seu espaço, assinou um
contrato longo com o Botafogo, até julho de 2017, e recebeu a chance de
jogar ao lado de Seedorf.
O holandês Seedorf e Lima treinam lado a lado no Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
- Ele (Seedorf) é um cara que se entrosa fácil com as pessoas, tem
facilidade para se aproximar. Vem conversando bastante e passando
bastante intrução. Tenho procurado aprender o máximo possível com ele.
Fala muito sobre as jogadas de bola parada, o posicionamento na defesa,
da hora certa para sair. É dinâmico e orienta todo mundo sempre que pode
- comentou Lima.
Se o holandês tem servido como tutor em campo, fora dele o lateral
espera pela chegada dos pais no fim da próxima semana. Eles passarão um
tempo com Lima no Rio. O jogador escolheu a Barra da Tijuca para morar e
tem se virado bem sozinho no Rio. Em Curitiba, deixou a namorada Aline,
a quem promete dedicar um gol.
Saí de casa cedo e nunca tive problemas de adaptação. Claro que a
gente sente saudade, não conhece nada no começo. Mas estou sempre em
contato com meus pais. Eles estão ansiosos, ligam todo dia e acompanham
todos os jogos"
Lima
- Se o gol sair, vou dedicar a ela e meus pais. Saí de casa cedo e
nunca tive problemas de adaptação. Claro que a gente sente saudade, não
conhece nada no começo. Mas estou sempre em contato com meus pais. Eles
estão ansiosos, ligam todo dia e acompanham todos os jogos. Na próxima
sexta-feira (dia 24), eles chegam para ficar comigo um tempo - comentou
Lima.
Nos seus dois primeiros jogos com a camisa do Botafogo, o lateral
sofreu duas derrotas, ambas para o Palmeiras. Ele entrou no decorrer dos
confrontos, substituindo Márcio Azevedo, que está suspenso para o jogo
desta quarta-feira, contra o Sport, no Engenhão, pelo Campeonato
Brasileiro. Será a chance de mostrar que o crescimento no futebol não
aconteceu à toa.
- Meus professores me levaram para o Grêmio primeiro, mas não vingou.
Depois, fui para o Criciúma e consegui ficar. Quando estava na Série C,
sabia que era um momento de projeção. Comecei cedo como titular do
Criciúma e isso dá uma visibilidade. Por isso, o Internacional me viu e,
então, me levaram para lá. Agora, se Deus quiser, vai dar tudo certo e
vamos sair com essa vitória que vai ser importante para o Botafogo no
Brasileiro - disse Lima.
Com presença de campeões de 1958,
Seleção joga no palco da primeira conquista em Copas para recuperar
autoestima após prata em Londres
Por Márcio Iannacca e Rafael MaranhãoDireto de Estocolmo, na Suécia
Após a prata em Londres, Seleção inicia preparação
para a Copa das Confederações (Foto: Mowa Press)
Será um jogo em tom de despedida. A última partida entre seleções no
estádio onde o Brasil conquistou a sua primeira Copa do Mundo, em 1958.
Mas o confronto entre a seleção brasileira de Mano Menezes e a Suécia,
nesta quarta-feira, às 15h (de Brasília), no Estádio Rasunda, pode ser
mais do que isso. Uma virada de página após a decepção pela perda do
ouro olímpico ou combustível para mais críticas em caso de novo
insucesso do time canarinho. O confronto será transmitido ao vivo pela
TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM. O site também acompanha em Tempo
Real.
A partida tem um tom de remodelação. Não de estilo, mas de peças. Um
trabalho de transformação na construção da equipe que vai chegar à Copa
das Confederações de 2013, no Brasil. Até mesmo o uniforme tem um quê de
recomeço. Será uma réplica do utilizado na conquista da Copa de 1958,
sem estrelas em alusão aos títulos mundiais.
- Se não tivéssemos esse jogo, o pensamento (na derrota para o México)
ficaria por muito mais tempo. Agora temos uma chance para tentar
esquecer o que passou. Depois das Olimpíadas precisamos dar sequência no
trabalho, num jogo histórico, mas que dentro de campo não terá nada de
festa - afirmou Thiago Silva.
A vitória significa um alívio para a comissão técnica. Uma derrota,
porém, coloca ainda mais lenha na fogueira de especulações sobre a
permanência ou não de Mano Menezes. O presidente da CBF, José Maria
Marin, e o diretor de Seleções, Andrés Sanches, deram um voto de
confiança ao comandante, que seguirá no comando da equipe mesmo após a
perda do título do torneio olímpico.
- O Mano é o treinador da seleção brasileira. Vamos parar de pegar
nessa história do treinador. Se tivesse sido campeão, ele não seria o
salvador da pátria. E como perdeu, não é o culpado. Todos têm a sua
parcela. Os jogadores também precisam saber que devem dar um pouco mais
para a Seleção crescer. O trabalho está no caminho certo – disse o
dirigente.
Vitória
trará alívio para a sequência do trabalho. Por outro lado, resultado
negativo pode significar mais lenha na fogueira quanto a especulações
sobre permanência de Mano (Foto: Mowa Press)
No confronto desta quarta-feira, os jogadores brasileiros e suecos que
participaram da final de 1958 serão homenageados pela CBF e pela
confederação local. Pelo lado brasileiro, Pelé, Zito, Pepe e Mazzola
viajaram até Estocolmo para receber a honraria e fazer parte do último
suspiro do Rasunda em partidas internacionais. Mano coloca Thiago Silva como dúvida para amistoso desta quarta
Thiago Silva treinou e deve enfrentar a Suécia:
'Dentro de campo, nada de festa' (Foto: Reuters)
Apesar de a equipe estar praticamente confirmada, Mano Menezes preferiu
não confirmar o time de maneira definitiva. A dúvida fica por conta de
Thiago Silva, que havia reclamado de dores na parte posterior da coxa
direita, mas treinou normalmente na última terça-feira.
Com a chegada dos atletas convocados para o amistoso, Mano pôde dar
mais experiência à equipe. Fez quatro alterações em relação à base das
Olimpíadas. Colocou o lateral-direito Daniel Alves, o zagueiro David
Luiz e os volantes Ramires e Paulinho entre os titulares. Sacou Rafael,
Juan e Sandro. Marcelo, que sequer viajou para Estocolmo por estar
suspenso, é o outro que deixa a equipe.
Com isso, o time titular terá: Gabriel, Daniel Alves, Thiago Silva,
David Luiz e Alex Sandro; Rômulo, Paulinho, Ramires e Oscar; Neymar e
Leandro Damião. Camisa 1
A não convocação de um goleiro com idade acima dos 23 anos gerou
questionamentos sobre a dificuldade para encontrar um arqueiro já
pensando na Copa de 2014.
- Temos algumas posições em que precisamos encontrar jogadores
definitivos cada vez em menor número. Não vou falar especificamente do
gol. O cuidado de não chamar um novo goleiro foi em função do corte de
Rafael, que fizemos durante as Olimpíadas. A intenção era de passar a
confiança para quem estava lá. A manutenção do Gabriel no gol nessa
partida passa muito por isso.
A seleção sueca tem apenas uma dúvida para a partida desta
quarta-feira, a presença do craque da equipe, o atacante Zlatan
Ibrahimovic, que se recupera de uma pancada no pé direito. Mas o jogador
do Paris Saint-Germain garantiu que fará o possível para ter a chance
de atuar pela última vez no Rasunda.
Principal estrela sueca, Ibrahimovic é dúvida para o amistoso (Foto: Agência AFP)
- Eu não quero ficar fora deste jogo. Vamos enfrentar alguns dos
melhores jogadores do mundo e quero deixar o Rasunda com boas lembranças
- afirmou.
A Suécia terá várias mudanças em relação à equipe eliminada na primeira
fase da Eurocopa. As principais delas na zaga, com a saída de Olof
Mellberg, que se aposentou da seleção, e no ataque, onde Ola Toivonen
deve fazer companhia a Zlatan Ibrahimovic no lugar de Johan Elmander,
que se recupera de lesão. SUÉCIA X BRASIL
Local: Estádio Rasunda, em Estocolmo (Suécia)
Horário: 15h (de Brasília)
Árbitro: Viktor Kassai (Hungria)
Auxiliares: Robert Kispal (Hungria) e Tibor Vamos (Hungria)
Transmissão: Assista ao confronto na TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM. O site acompanha a partida em Tempo Real. SUÉCIA
Isaksson; Larsson, Granqvist, Olsson e Safari; Wernbloom, Holmen, Elm e
Wilhelmsson; Ibrahimovic e Toivonen. Técnico: Erik Hamren BRASIL
Gabriel, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Alex Sandro; Rômulo,
Paulinho, Ramires e Oscar; Neymar e Leandro Damião. Técnico: Mano
Menezes.
Após ser contratado pelo Manchester United em 2003, não demorou muito para Cristiano Ronaldo
debutar na seleção portuguesa principal. Quatro dias depois da primeira
partida pelos Red Devils, o gajo estreou num amistoso contra o
Cazaquistão (vitória de 1 a 0,no dia 20 de agosto). E um brasileiro
testemunhou de perto a evolução do jogador. Felipão, então comandante de
Portugal, apostou em Ronaldo, xará de craques que haviam brilhado com a
amarelinha sob o seu comando, como o substituto de Luís Figo até vê-lo
se tornar capitão da equipe nacional quatro anos depois.
- Os dois Ronaldos com quem havia trabalhado – o Fenômeno e Ronaldinho
Gaúcho - foram espetaculares. E aí eu dizia que iria formar um ataque
"3R". Mas, obviamente, pensei isso de brincadeira. Todo o técnico que
estivesse no comando da seleção de portugal o convocaria naquela
oportunidade. Participar do seu sucesso me deixa muito feliz.
Cristiano Ronaldo e Felipão na seleção de Portugal em 2008 (Foto: Getty Images)
Um dos maiores da história"
Felipão, sobre Cristiano
O estrelato veio rápido. Cristiano Ronaldo assumiu a condição de
protagonista do Manchester United. Estava rico. E logo tratou de ajudar
toda sua família: tirou a mãe do trabalho, comprou uma loja de roupa
para a irmã mais velha, Elma, e ajudou a mais nova, Cátia, a lançar um
CD.
Veio a Eurocopa de 2004. Anfitrião da competição e favorito ao título,
Portugal fez uma excelente campanha, mas foi derrotado pela Grécia
justamente na final do torneio por 1 a 0. Em Lisboa, o Estádio da Luz,
palco da grande decisão, ficou pequeno para tanta desilusão. Ronaldo
chorou como uma criança, lembrou o goleiro Ricardo, companheiro do
craque na seleção.
Cristiano Ronaldo no seu ano de estreia na
seleção portuguesa em 2003 (Foto: Getty Images)
- Perder a Eurocopa na nossa casa foi muito triste, e Cristiano ficou
muito chateado. Mas ele, sem dúvida alguma, conseguiu dar a volta por
cima, atingiu o alto nível e fico muito feliz por isso. Quando chegou à
seleção, ele era o mais novo do grupo e nós (os jogadores) víamos que
ele tinha um potencial fantástico. Era uma figura muito carismática. E
desde então, pudemos acompanhar de perto sua evolução. Creio que ainda
poderá ir além de suas metas como atleta e conquistar tudo o que
desejar.
Mesmo com a frustração da perda do campeonato, Ronaldo seria figura
constante nas convocações seguintes. Pela seleção, o jogador ainda
disputou as Copas do Mundo de 2006 e 2010 e as Eurocopas de 2008 e 2012.
Cristiano Ronaldo na partida de Portugal contra a Grécia na Eurocopa 2004 (Foto: Getty Images)
Cristiano Ronaldo ao lado do pai aos 13 anos
(Foto: Arquivo pessoal)
Fora de campo, no entanto, o destino foi cruel com o jogador. Em
setembro de 2005, Diniz Aveiro, pai do atleta, morreu em Londres, vítima
de uma crise renal. E coube a Scolari dar a notícia do falecimento ao
atleta.
- Foi muito triste e emotivo. Sabia o quanto o Cristiano gostava do pai – contou Felipão.
- Foi um momento muito complicado. Aconteceu nas vésperas da partida
contra a Rússia, pelas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de
2006. O Felipão foi conversar com ele para dar essa triste notícia e,
portanto, cabia a nós jogadores fazermos de tudo para que ele pudesse
suportar essa dor da melhor forma possível. Talvez por isso, depois,
chegamos tão longe no mundial. Nosso grupo era unido – completou o
goleiro Ricardo.
Cristiano Ronaldo deu apoio a Cristiano Ronaldo após a morte do pai do jogador (Foto: Getty Images)
Títulos e mais títulos
A morte do pai, entretanto, não abalou Cristiano Ronaldo, que ganhou
vários títulos no Manchester United. Com as honrarias coletivas chegaram
também os prêmios individuais. Em 2008, o meia-atacante tornou-se o
segundo jogador na história a conquistar, em uma mesma temporada, o
prémio de Melhor Jogador do Mundo da Fifa, a Chuteira de Ouro (foi o
maior artilheiro europeu com 31 gols anotados) e a Bola de Ouro da
Revista France Football. Um feito até então só alcançado por outro
Ronaldo, o Fenômeno, em 1997.
Cristiano Ronaldo em ação pelo United
(Foto: Agência Getty Images)
- O mais importante é que ele queria e conseguiu. Ver o Cristiano
brilhando cada vez mais é motivo de orgulho, ainda mais por ser seu
amigo e saber o quanto se dedica a melhorar. Mas para que ele tivesse
todo este sucesso, muitos outros, antes de mim e depois de mim, o
ajudaram. É um dos maiores jogadores da história, sim – disse Felipão.
Mais maduro, o jogador português passou a ser um exemplo para os mais
jovens. Nessa época, os laterais brasileiros Fábio e Rafael já começavam
a dar seus primeiros passos na equipe principal dos Red Devils. Fábio,
emprestado recentemente ao Queens Park Rangers, agradeceu o que Ronaldo
fez pela dupla.
- Quando subimos para o time principal (em 2008), ele já era o melhor
do mundo e um grande espelho para nós. Éramos bem novinhos. Foi uma
pessoa que nos ajudou bastante no início da carreira. Principalmente, na
adaptação. O idioma (o português) facilitava bastante a nossa
comunicação com ele. Sem dúvida alguma, ele teve uma pontinha de
participação na nossa história. E nós o agradecemos por isso.
Cristiano Ronaldo e Ruud Van Nistleroy com a taça da Copa da Inglaterra em 2004 (Foto: Getty Images)
Confira nesta quinta-feira a "Era Galáctica" de Cristiano
Ronaldo na última parte da série sobre os dez anos de profissional do
craque português do Real Madrid.
Bom resultado da Grã-Bretanha no quadro
de medalhas de Londres é regra entre anfitriões desde Seul 1988, com
exceção da Grécia, em Atenas 2004
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
A história mostra que sediar os Jogos Olímpicos quase sempre significa
alcançar uma boa campanha ao fim da competição. Desde a primeira edição
do evento na Era Moderna, em Atenas 1896, apenas cinco países que
receberam as disputas terminaram fora dos dez primeiros lugares no
quadro de medalhas: Suécia (Estocolmo 1912), Grã-Bretanha (Londres
1948), México (Cidade do México 1968), Canadá (Montreal 1976) e Grécia
(Atenas 2004).
Em Londres 2012, a Grã-Bretanha não fugiu à regra e encerrou as
disputas na terceira colocação, com 29 ouros e 65 medalhas no total, seu
melhor resultado em 100 anos. Os principais responsáveis pela marca
foram os esportes individuais, que trouxeram 19 conquistas douradas para
os donos da casa. E é justamente no exemplo britânico que o Brasil quer
se inspirar para manter a tradição dos anfitriões que atingem
desempenhos vitoriosos em Olimpíadas.
Bandeira britânica esteve 29 vezes no alto do pódio
nos Jogos de Londres (Foto: Getty Images)
A opção britânica em se reforçar nos esportes individuais - que têm
maior número de medalhas em disputa - ocorreu imediatamente após a
nomeação oficial para receber esta edição das Olimpíadas. A partir de
2005, a Grã-Bretanha passou a apostar nessas modalidades e estima-se que
o gasto tenha sido de 264 milhões de libras (aproximadamente R$ 834
milhões). Deu certo. Em 2012, ciclismo e atletismo, por exemplo, foram
responsáveis por nove ouros, quase um terço do total de 29.
Apesar de ter investido R$ 1,7 bilhão no ciclo olímpico, mais que o
dobro do que os donos da casa, o Brasil não foi tão bem quanto imaginava
nos esportes coletivos e encerrou sua participação em 22º lugar geral,
com 17 medalhas (três de ouro, cinco de prata e nove de bronze). Desse
total, 11 vieram de esportes individuais (cerca de 65% do total):
natação (prata e bronze), judô (ouro e três bronzes), ginástica (ouro),
boxe (prata e dois bronzes) e pentatlo moderno (bronze), sendo que
nestas duas últimas modalidades com alguns atletas que até então não
eram o foco principal e, por isso, não receberam os mesmos incentivos
financeiros que seus colegas de delegação.
Com tantos exemplos favoráveis aos esportes individuais em 2012, o
Comitê Olímpico Brasileiro (COB) já admite mudar o rumo dos
investimentos e olhar com atenção para estas modalidades. E a nova
estratégia tem uma missão: ver o Brasil entre os dez primeiros colocados
nos Jogos do Rio 2016. Para isso, conta com os altos investimentos que
normalmente são feitos nos países-sede, que buscam boas apresentações
diante de seu próprio público. A tradição de anfitriões com campanhas
vitoriosas passou a ganhar força a partir de Seul 1988, quando a Coreia
do Sul recebeu as Olimpíadas e alcançou o quarto lugar, sua melhor
colocação na história (12 de ouro num total de 33). Depois foi a vez da
Espanha, que, com o sexto lugar geral em Barcelona 1992, também
conseguiu sua marca mais positiva na competição: foram 13 medalhas de
ouro, oito a mais do que havia conquistado em toda a sua história
olímpica.
Yane
Marques (pentatlo moderno), Sarah Menezes (judô) e Esquiva Falcão
(boxe): representantes dos esportes individuais que trouxeram
conquistaram medalhas nos Jogos de Londres (Foto: infoesporte)
Mesmo os Estados Unidos, com uma performance muito acima da média de
seus adversários, experimentou um aumento no número de pódios em Atlanta
1996. Nesse evento, os americanos consolidaram a hegemonia no esporte
mundial, com 101 medalhas (44 de ouro). Quatro anos depois, foi a vez de
a Austrália registrar sua melhor participação em 44 anos, com o quarto
lugar (16 de ouro). A Grécia também viveu esse aumento, ainda que menor,
passando de 14 medalhas, obtidas em Sydney 2000, passando para 16 em
casa (com seis de ouro que fizeram o país subir duas posições no quadro
geral, de 17º para 15º).
Para os Jogos de Pequim 2008, os chineses decidiram investir pesado nas
modalidades individuais e seguiram à risca o roteiro de anfitriões com
boas campanhas. Com 100 medalhas conquistadas (51 de ouro), sobraram na
ponta e tiraram os EUA do topo do esporte mundial pela primeira vez após
três Olimpíadas consecutivas (posto que os americanos retomaram neste
ano).
(Foto: Arte / Globoesporte.com)
Mais do que participar, o objetivo agora é ganhar. E essa constatação
fica explícita na declaração ao jornal inglês "The Guardian" do atleta
japonês Hiroshi Hoketsu, que participou dos Jogos de Tóquio (1964) e aos
71 anos competiu na prova de adestramento dos Jogos de Londres:
- Naquela época, participar era o mais importante para todos nós
(japoneses). Mas agora eu acho que medalhas são muito mais importantes,
não só para atletas, mas também até mesmo para a política. Colaborou Rodrigo Cunha, com a supervisão de Luiz Cláudio Amaral FONTE: http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/fator-pais-sede-quase-sempre-ajuda-no-desempenho-nas-olimpiadas.html