futebol internacional
Na terceira matéria sobre os dez anos de profissional do atacante, Felipão relembra do gajo: ‘Participar do seu sucesso me deixa muito feliz’
- Os dois Ronaldos com quem havia trabalhado – o Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho - foram espetaculares. E aí eu dizia que iria formar um ataque "3R". Mas, obviamente, pensei isso de brincadeira. Todo o técnico que estivesse no comando da seleção de portugal o convocaria naquela oportunidade. Participar do seu sucesso me deixa muito feliz.
Cristiano Ronaldo e Felipão na seleção de Portugal em 2008 (Foto: Getty Images)
Um dos maiores da história"
Felipão, sobre Cristiano
Veio a Eurocopa de 2004. Anfitrião da competição e favorito ao título, Portugal fez uma excelente campanha, mas foi derrotado pela Grécia justamente na final do torneio por 1 a 0. Em Lisboa, o Estádio da Luz, palco da grande decisão, ficou pequeno para tanta desilusão. Ronaldo chorou como uma criança, lembrou o goleiro Ricardo, companheiro do craque na seleção.
Cristiano Ronaldo no seu ano de estreia na
seleção portuguesa em 2003 (Foto: Getty Images)
seleção portuguesa em 2003 (Foto: Getty Images)
Mesmo com a frustração da perda do campeonato, Ronaldo seria figura constante nas convocações seguintes. Pela seleção, o jogador ainda disputou as Copas do Mundo de 2006 e 2010 e as Eurocopas de 2008 e 2012.
Cristiano Ronaldo na partida de Portugal contra a Grécia na Eurocopa 2004 (Foto: Getty Images)
Cristiano Ronaldo ao lado do pai aos 13 anos
(Foto: Arquivo pessoal)
(Foto: Arquivo pessoal)
Fora de campo, no entanto, o destino foi cruel com o jogador. Em setembro de 2005, Diniz Aveiro, pai do atleta, morreu em Londres, vítima de uma crise renal. E coube a Scolari dar a notícia do falecimento ao atleta.
- Foi muito triste e emotivo. Sabia o quanto o Cristiano gostava do pai – contou Felipão.
- Foi um momento muito complicado. Aconteceu nas vésperas da partida contra a Rússia, pelas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2006. O Felipão foi conversar com ele para dar essa triste notícia e, portanto, cabia a nós jogadores fazermos de tudo para que ele pudesse suportar essa dor da melhor forma possível. Talvez por isso, depois, chegamos tão longe no mundial. Nosso grupo era unido – completou o goleiro Ricardo.
Cristiano Ronaldo deu apoio a Cristiano Ronaldo após a morte do pai do jogador (Foto: Getty Images)
A morte do pai, entretanto, não abalou Cristiano Ronaldo, que ganhou vários títulos no Manchester United. Com as honrarias coletivas chegaram também os prêmios individuais. Em 2008, o meia-atacante tornou-se o segundo jogador na história a conquistar, em uma mesma temporada, o prémio de Melhor Jogador do Mundo da Fifa, a Chuteira de Ouro (foi o maior artilheiro europeu com 31 gols anotados) e a Bola de Ouro da Revista France Football. Um feito até então só alcançado por outro Ronaldo, o Fenômeno, em 1997.
Cristiano Ronaldo em ação pelo United
(Foto: Agência Getty Images)
(Foto: Agência Getty Images)
Mais maduro, o jogador português passou a ser um exemplo para os mais jovens. Nessa época, os laterais brasileiros Fábio e Rafael já começavam a dar seus primeiros passos na equipe principal dos Red Devils. Fábio, emprestado recentemente ao Queens Park Rangers, agradeceu o que Ronaldo fez pela dupla.
- Quando subimos para o time principal (em 2008), ele já era o melhor do mundo e um grande espelho para nós. Éramos bem novinhos. Foi uma pessoa que nos ajudou bastante no início da carreira. Principalmente, na adaptação. O idioma (o português) facilitava bastante a nossa comunicação com ele. Sem dúvida alguma, ele teve uma pontinha de participação na nossa história. E nós o agradecemos por isso.
Cristiano Ronaldo e Ruud Van Nistleroy com a taça da Copa da Inglaterra em 2004 (Foto: Getty Images)
* Sob a supervisão de Marcos Felipe
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/08/uma-decada-de-cr7-protagonismo-no-united-e-chegada-na-selecao.html
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