Times de Gabi, Dani Lins, Daymi Ramirez e
Fabiana são considerados os favoritos ao
título (Foto: Globoesporte.com)
Nesta segunda-feira,
Brasília
e Valinhos abrem a temporada 2015/16 da Superliga feminina de vôlei, em
confronto às 20h (de Brasília), na capital federal, jogo antecipado da
11ª rodada. Na terça, Osasco e Rio do Sul têm duelo da 3ª rodada. Além
das quatro equipes, outras oito, que estreiam sexta-feira e sábado,
estão na briga pelo título do maior campeonato do país, que promete ter
uma equilibrada disputa nesta 22ª edição. Por conta dos Jogos Olímpicos
de 2016, o torneio será um pouco mais curto do que o habitual, e a final
esta marcada 3 de abril (em 2014/15 foi no dia 26 de abril).
Atual tricampeão, o Rio de Janeiro é o time a ser batido. Com a base de
outros anos, jogadoras de seleção brasileira e os reforços da oposta
Monique e da levantadora americana Courtney Thompson, as comandadas de
Bernardinho seguem apontadas como as favoritas.
- Será meio
natural que todos queiram vencer o atual campeão. Temos que saber não
cair nesta armadilha. Vamos continuar fazendo o que sempre fazemos. Será
uma guerra - disse Natália, ponteira do Rio e da seleção brasileira.
Monique, Courtney Thompson e Lorene: as
três novidades apresentadas pela equipe
carioca (Foto: Márcio Rodrigues)
Atual
vice-campeão, o Osasco é considerado o adversário mais perigoso. Dani
Lins, Thaisa, Adenízia e Camila Brait receberam as companhias da oposta
belga Lise van Hecke e da ponteira Suelle (ex-Sesi-SP) e prometem fazer
de tudo para acabar com a dinastia carioca. A levantadora usou o tempo
com a camisa verde e amarela para ser uma espécie de espiã. Ela era a
única representante do clube paulista na terceira fase e etapa final do
Grand Prix, enquanto treinava e atuava com as cariocas Gabi, Natália,
Juciely, Carol e Monique, todas do arquirrival.
- Eu estava
sempre brincando com elas: "Ih, gente, estou sozinha desse lado". Era
difícil, seis, sete contra uma (Roberta e Mayhara estavam no banco).
Querendo ou não, elas me conhecem muito bem, e eu as conheço muito bem.
Dizem que levantadora tem tique e observa mais, tomara - declarou Dani
Lins.
A belga Lise van Hecke (à esquerda) vai
tentar ajudar o Osasco a destronar o Rio
(Foto: Fabio Leme)
Sesi-SP
e Praia Clube correm por fora e são apontados por técnicos e atletas
como outros postulantes ao troféu. Atual terceiro colocado, o clube
paulista mudou bastante da temporada passada, mas manteve a bicampeã
olímpica Fabiana e trouxe outra, Jaqueline.
- Como todas as
temporadas, a gente tem uma expectativa muito grande. Todos podem
esperar uma equipe guerreira, com força total, querendo aprender,
crescer cada vez mais, uma equipe de jogadoras novas, e a Jaque e eu
como as mais experientes - disse Fabiana.
Com projetos maiores
do que os resultados obtidos, o Praia Clube acredita ter montado o
elenco mais equilibrado de sua história na Superliga. Além de manter a
cubana Daymi Ramirez, a diretoria mineira trouxe a campeã olímpica
Walewska, a americana Alix Kilneman, a levantadora Claudinha e repatriou
a ponteira/passadora Michelle Pavão.
- A cada ano que passa a
Superliga fica mais forte, mais equilibrada. Não vai ser nada fácil.
Rio e Osasco são os favoritos. O Sesi-SP está com um time muito forte
também. E ainda tem o Minas. Estamos trabalhando para chegar ao melhor
resultado do Praia na competição. Tem tudo para ser um ótimo campeonato -
afirmou Michelle.
Fabiana e Jaqueline são as bicampeãs
olímpicas do Sesi-SP (Foto:
Everton Amaro / Fiesp)
Na
véspera das Olimpíadas, a maior preocupação da comissão técnica da
seleção brasileira é que as jogadoras se cuidem e evitem lesões. Porém, a
proximidade com o maior evento esportivo do mundo não deve mudar o dia a
dia das selecionáveis e nem a qualidade da Superliga, na visão da
capitã Fabiana.
- A gente sabe que é um tempo corrido, sempre
antes de Olimpíadas é um tempo curto. Mas, sinceramente, eu não vejo
tanta diferença, não. Como as equipes estão bem equilibradas, acho que
vai dar um campeonato forte.
A possibilidade de ginásios
cheios, pressão e visibilidade externa são fatores considerados
positivos como preparação para os Jogos do Rio.
- O bom é que
estamos jogando em casa, vamos nos acostumando com torcida e também dar
mais visibilidade para o Brasil. O mundo todo está com os olhos aqui.
Todo mundo vai querer jogar um pouco a mais para ter espaço na seleção -
disse Dani Lins.
Praia Clube montou um elenco forte e
promete dar trabalho aos candidatos
ao título (Foto: Divulgação / Praia Clube)
CONFIRA OS JOGOS DA PRIMEIRA RODADA
Segunda-feira (09/11)20h - Brasília x Valinhos (jogo antecipado da 11ª rodada)
Terça-feira (10/11)19h30m - Osasco x Rio do Sul (jogo antecipado da 3ª rodada)
Sexta-feira (13/11)19h30m - Praia Clube x São Caetano
19h30m - Bauru x Osasco
20h15m - Rio do Sul x Minas
21h30m - Rio de Janeiro x Valinhos - (transmissão do
SporTV e
SporTV Play)
Sábado (14/11)14h - Sesi-SP x São Bernardo
18h - Brasília x Pinheiros
Rio de Janeiro (busca o título)
"Esse
ano, as equipes se reforçaram. O Sesi-SP se reforçou, o Praia também. O
nível da Superliga aumenta a cada ano" - Natália, ponteira.
Osasco (busca o título)
"Todo
o ano que se muda alguma peça, para mim, muda o elenco. Veio a Lise,
Suelle, bastante caras novas. Estamos muito motivadas, assim como
tivemos no Paulista" - Thaisa, central.
Sesi-SP (busca o título)
"Nosso
objetivo é igual ao objetivo de todo mundo e estar em cima do pódio,
conquistar uma medalha. Mas ainda está no início, tem muita coisa para
acontecer" - Fabiana, central.
Praia Clube (busca o título)
"O
Praia está com um time muito equilibrado para essa temporada. Estamos
treinando bastante para nos entrosarmos e chegarmos ao nosso objetivo de
fazer uma semifinal e, quem sabe, até uma final" - Michelle Pavão,
ponteira.
Minas (sonha com semifinal)
"É
um time jovem, que fez uma grande campanha no ano passado e chegou à
semifinal. Perdemos a Jaque, mas trouxemos jovens talentos. Nosso
objetivo é estar entre os líderes - afirmou Paulo Coco, técnico do
Minas. Rio e Osasco são os eternos favoritos. O Rio acima de todos, por
causa do conjunto. O Sesi-SP tem duas bicampeãs (Fabiana e Jaque), o
próprio Praia Clube, com quem jogamos a final do mineiro, um time muito
bom. Acho que no segundo escalão, será a Superliga mais equilibrada" -
Paulo Coco, técnico.
Pinheiros (sonha com semifinal)"Nossa
equipe passou por um processo de renovação, 12 jogadoras chegaram e
precisamos de tempo para arrumar em quadra e achar a melhor formação.
Precisamos ajustar as levantadoras com as atacantes, entrosar. Vai dar
trabalho, mas o grupo é bom. Rio, Osasco são os favoritos, mas o Praia
Clube está bem estruturado e o Sesi-SP manteve boa parte de sua base e
ainda trouxe a Jaque para atuar com a Fabiana. Também tem o Brasília que
se reforçou. Será uma boa disputa - destacou o técnico Wagão, do
Pinheiros" - Wagão, técnico.
Brasília(chegar aos playoffs)
"É
uma ansiedade boa para todo mundo. Ansiedade de quem quer jogar,
trabalhar. Tivemos esse problema com a antecipação que, apesar de
parecer que já estamos aqui há muito tempo, sempre há como melhorar
alguma coisa. Agora vamos para a festa, o momento que todos estavam
esperando" - Manu Arnaut, técnico.
São Caetano - (chegar aos playoffs)
"Estamos
buscando uma melhor colocação esse ano (o time foi oitavo na edição
passada), evoluindo, conseguimos chegar na semifinal do Paulista, apesar
de acharmos que foi pouco, queríamos a final. Um time novo de
jogadoras, mais experiente e com bastante vontade de chegar o mais
longe que conseguir" - Thaisinha, ponteira.
Rio do Sul (permanecer na elite)
"É
uma equipe aguerrida, que joga muito bem dentro de casa, com uma
torcida quente. Eu vejo o Rio do Sul como um representante de toda a
região sul do país, principalmente para sua cidade, que sofreu muito com
as enchentes. O vôlei tem que trazer um pouco de alegria ao povo.
Ficamos uma semana sem treinar. Seria um grande desafio ficarmos entre
os oito primeiros. Rio, Osasco e Praia vêm fortes esse ano, o Praia com
seu melhor elenco de todos os anos, acharam o equilíbrio. Também tem a
liderança do Talmo no Sesi-SP" - Spencer Lee, treinador.
São Bernardo (permanecer na elite)
"Será
novamente uma Superliga bem disputada, com duas novas equipes, e
estamos vindo com muita vontade. Nosso time é bem jovem, por isso,
estamos mesclando essa juventude com experiência. Sabemos que é um
campeonato longo e sem jogo fácil", Renatinha, oposta, ao Guia Oficial
da Superliga.
Bauru (chegar aos playoffs)
"As
expectativas são as melhores possíveis, estamos treinando para caramba,
Bauru está nos recebendo muito bem, o projeto é muito legal, mas
precisamos de tempo. jogamos o Paulista, mas ainda é pouco para uma
equipe que foi montada esse ano, cada uma vindo de um canto. Vai levar
um tempo, mas é natural. Nosso primeiro objetivo é ficar entre os oito
melhores, já vai estar de bom tamanho" - Ana Tiemi, levantadora.
Valinhos (permanecer na elite)
“A
expectativa é muito grande. Tenho certeza que será uma competição de
muito aprendizado. Estamos estreando e será minha primeira Superliga
como treinador. Vamos aproveitar esse momento, dar experiência para as
jogadoras e crescer como grupo. Queremos nos manter entre as 10 melhores
para seguir na competição no próximo ano" - André Rosendo, treinador.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2015/11/todos-contra-um-superliga-comeca-e-tricampeao-rio-e-o-time-ser-batido.html