segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Todos contra um: Superliga começa, e tricampeão Rio é o time a ser batido


Osasco, Sesi-SP e Praia Clube são apontados como os principais concorrentes da equipe carioca. Edição 2015/16 tem 12 equipes. Brasília e Valinhos fazem a abertura




Por
Rio de Janeiro


montagem  vôlei Superliga feminina (Foto: Globoesporte.com)
Times de Gabi, Dani Lins, Daymi Ramirez e 
Fabiana são considerados os favoritos ao 
título (Foto: Globoesporte.com)


Nesta segunda-feira, Brasília e Valinhos abrem a temporada 2015/16 da Superliga feminina de vôlei, em confronto às 20h (de Brasília), na capital federal, jogo antecipado da 11ª rodada. Na terça, Osasco e Rio do Sul têm duelo da 3ª rodada. Além das quatro equipes, outras oito, que estreiam sexta-feira e sábado, estão na briga pelo título do maior campeonato do país, que promete ter uma equilibrada disputa nesta 22ª edição. Por conta dos Jogos Olímpicos de 2016, o torneio será um pouco mais curto do que o habitual, e a final esta marcada 3 de abril (em 2014/15 foi no dia 26 de abril).

Atual tricampeão, o Rio de Janeiro é o time a ser batido. Com a base de outros anos, jogadoras de seleção brasileira e os reforços da oposta Monique e da levantadora americana Courtney Thompson, as comandadas de Bernardinho seguem apontadas como as favoritas.

- Será meio natural que todos queiram vencer o atual campeão. Temos que saber não cair nesta armadilha. Vamos continuar fazendo o que sempre fazemos. Será uma guerra - disse Natália, ponteira do Rio e da seleção brasileira.

Monique, Courtney Thompson e Lorene foram as três novidades apresentadas pela equipe carioca (Foto: Márcio Rodrigues)
Monique, Courtney Thompson e Lorene: as 
três novidades apresentadas pela equipe 
carioca (Foto: Márcio Rodrigues)


Atual vice-campeão, o Osasco é considerado o adversário mais perigoso. Dani Lins, Thaisa, Adenízia e Camila Brait receberam as companhias da oposta belga Lise van Hecke e da ponteira Suelle (ex-Sesi-SP) e prometem fazer de tudo para acabar com a dinastia carioca. A levantadora usou o tempo com a camisa verde e amarela para ser uma espécie de espiã. Ela era a única representante do clube paulista na terceira fase e etapa final do Grand Prix, enquanto treinava e atuava com as cariocas Gabi, Natália, Juciely, Carol e Monique, todas do arquirrival.

- Eu estava sempre brincando com elas: "Ih, gente, estou sozinha desse lado". Era difícil, seis, sete contra uma (Roberta e Mayhara estavam no banco). Querendo ou não, elas me conhecem muito bem, e eu as conheço muito bem. Dizem que levantadora tem tique e observa mais, tomara - declarou Dani Lins.

Lise Thaisa Luizomar Dani Lins vôlei Osasco (Foto: Fabio Leme)
A belga Lise van Hecke (à esquerda) vai 
tentar ajudar o Osasco a destronar o Rio 
(Foto: Fabio Leme)


Sesi-SP e Praia Clube correm por fora e são apontados por técnicos e atletas como outros postulantes ao troféu. Atual terceiro colocado, o clube paulista mudou bastante da temporada passada, mas manteve a bicampeã olímpica Fabiana e trouxe outra, Jaqueline.

- Como todas as temporadas, a gente tem uma expectativa muito grande. Todos podem esperar uma equipe guerreira, com força total, querendo aprender, crescer cada vez mais, uma equipe de jogadoras novas, e a Jaque e eu como as mais experientes - disse Fabiana.

Com projetos maiores do que os resultados obtidos, o Praia Clube acredita ter montado o elenco mais equilibrado de sua história na Superliga. Além de manter a cubana Daymi Ramirez, a diretoria mineira trouxe a campeã olímpica Walewska, a americana Alix Kilneman, a levantadora Claudinha e repatriou a ponteira/passadora Michelle Pavão.

- A cada ano que passa a Superliga fica mais forte, mais equilibrada. Não vai ser nada fácil. Rio e Osasco são os favoritos. O Sesi-SP está com um time muito forte também. E ainda tem o Minas. Estamos trabalhando para chegar ao melhor resultado do Praia na competição. Tem tudo para ser um ótimo campeonato - afirmou Michelle.

Time feminino de vôlei do Sesi-SP (Foto: Everton Amaro / Fiesp)
Fabiana e Jaqueline são as bicampeãs 
olímpicas do Sesi-SP (Foto: 
Everton Amaro / Fiesp)


Na véspera das Olimpíadas, a maior preocupação da comissão técnica da seleção brasileira é que as jogadoras se cuidem e evitem lesões. Porém, a proximidade com o maior evento esportivo do mundo não deve mudar o dia a dia das selecionáveis e nem a qualidade da Superliga, na visão da capitã Fabiana.

- A gente sabe que é um tempo corrido, sempre antes de Olimpíadas é um tempo curto. Mas, sinceramente, eu não vejo tanta diferença, não. Como as equipes estão bem equilibradas, acho que vai dar um campeonato forte.

A possibilidade de ginásios cheios, pressão e visibilidade externa são fatores considerados positivos como preparação para os Jogos do Rio.

- O bom é que estamos jogando em casa, vamos nos acostumando com torcida e também dar mais visibilidade para o Brasil. O mundo todo está com os olhos aqui. Todo mundo vai querer jogar um pouco a mais para ter espaço na seleção - disse Dani Lins.

Praia Clube foto oficial vôlei (Foto: Divulgação / Praia Clube)
Praia Clube montou um elenco forte e 
promete dar trabalho aos candidatos 
ao título (Foto: Divulgação / Praia Clube)


CONFIRA OS JOGOS DA PRIMEIRA RODADA

Segunda-feira (09/11)
20h - Brasília x Valinhos (jogo antecipado da 11ª rodada)

Terça-feira (10/11)
19h30m - Osasco x Rio do Sul (jogo antecipado da 3ª rodada)

Sexta-feira (13/11)
19h30m - Praia Clube x São Caetano
19h30m - Bauru x Osasco
20h15m - Rio do Sul x Minas
21h30m - Rio de Janeiro x Valinhos - (transmissão do SporTV e SporTV Play)

Sábado (14/11)14h - Sesi-SP x São Bernardo
18h - Brasília x Pinheiros



Equipes

Rio de Janeiro (busca o título)

"Esse ano, as equipes se reforçaram. O Sesi-SP se reforçou, o Praia também. O nível da Superliga aumenta a cada ano" - Natália, ponteira.


Osasco (busca o título)
"Todo o ano que se muda alguma peça, para mim, muda o elenco. Veio a Lise, Suelle, bastante caras novas. Estamos muito motivadas, assim como tivemos no Paulista" - Thaisa, central.


Sesi-SP (busca o título)
"Nosso objetivo é igual ao objetivo de todo mundo e estar em cima do pódio, conquistar uma medalha. Mas ainda está no início, tem muita coisa para acontecer" - Fabiana, central.


Praia Clube (busca o título)
"O Praia está com um time muito equilibrado para essa temporada. Estamos treinando bastante para nos entrosarmos e chegarmos ao nosso objetivo de fazer uma semifinal e, quem sabe, até uma final" - Michelle Pavão, ponteira.


Minas (sonha com semifinal)
"É um time jovem, que fez uma grande campanha no ano passado e chegou à semifinal. Perdemos a Jaque, mas trouxemos jovens talentos. Nosso objetivo é estar entre os líderes - afirmou Paulo Coco, técnico do Minas. Rio e Osasco são os eternos favoritos. O Rio acima de todos, por causa do conjunto. O Sesi-SP tem duas bicampeãs (Fabiana e Jaque), o próprio Praia Clube, com quem jogamos a final do mineiro, um time muito bom. Acho que no segundo escalão, será a Superliga mais equilibrada" - Paulo Coco, técnico.


Pinheiros (sonha com semifinal)
"Nossa equipe passou por um processo de renovação, 12 jogadoras chegaram e precisamos de tempo para arrumar em quadra e achar a melhor formação. Precisamos ajustar as levantadoras com as atacantes, entrosar. Vai dar trabalho, mas o grupo é bom. Rio, Osasco são os favoritos, mas o Praia Clube está bem estruturado e o Sesi-SP manteve boa parte de sua base e ainda trouxe a Jaque para atuar com a Fabiana. Também tem o Brasília que se reforçou. Será uma boa disputa - destacou o técnico Wagão, do Pinheiros" - Wagão, técnico.


Brasília(chegar aos playoffs)
"É uma ansiedade boa para todo mundo. Ansiedade de quem quer jogar, trabalhar. Tivemos esse problema com a antecipação que, apesar de parecer que já estamos aqui há muito tempo, sempre há como melhorar alguma coisa. Agora vamos para a festa, o momento que todos estavam esperando" - Manu Arnaut, técnico.


São Caetano - (chegar aos playoffs)
"Estamos buscando uma melhor colocação esse ano (o time foi oitavo na edição passada), evoluindo, conseguimos chegar na semifinal do Paulista, apesar de acharmos que foi pouco, queríamos a final. Um time novo de jogadoras, mais experiente e com bastante vontade  de chegar o mais longe que conseguir" - Thaisinha, ponteira.


Rio do Sul (permanecer na elite)
"É uma equipe aguerrida, que joga muito bem dentro de casa, com uma torcida quente. Eu vejo o Rio do Sul como um representante de toda a região sul do país, principalmente para sua cidade, que sofreu muito com as enchentes. O vôlei tem que trazer um pouco de alegria ao povo. Ficamos uma semana sem treinar. Seria um grande desafio ficarmos entre os oito primeiros. Rio, Osasco e Praia vêm fortes esse ano, o Praia com seu melhor elenco de todos os anos, acharam o equilíbrio. Também tem a liderança do Talmo no Sesi-SP" - Spencer Lee, treinador.


São Bernardo (permanecer na elite)
"Será novamente uma Superliga bem disputada, com duas novas equipes, e estamos vindo com muita vontade. Nosso time é bem jovem, por isso, estamos mesclando essa juventude com experiência. Sabemos que é um campeonato longo e sem jogo fácil", Renatinha, oposta, ao Guia Oficial da Superliga.


Bauru (chegar aos playoffs)
"As expectativas são as melhores possíveis, estamos treinando para caramba, Bauru está nos recebendo muito bem, o projeto é muito legal, mas precisamos de tempo. jogamos o Paulista, mas ainda é pouco para uma equipe que foi montada esse ano, cada uma vindo de um canto. Vai levar um tempo, mas é natural. Nosso primeiro objetivo é ficar entre os oito melhores, já vai estar de bom tamanho" - Ana Tiemi, levantadora.


Valinhos (permanecer na elite)
“A expectativa é muito grande. Tenho certeza que será uma competição de muito aprendizado. Estamos estreando e será minha primeira Superliga como treinador. Vamos aproveitar esse momento, dar experiência para as jogadoras e crescer como grupo. Queremos nos manter entre as 10 melhores para seguir na competição no próximo ano" - André Rosendo, treinador.



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2015/11/todos-contra-um-superliga-comeca-e-tricampeao-rio-e-o-time-ser-batido.html

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