Brasileirão 2015 - SÉRIE A - 34ª RODADA
Dátolo marca aos 45 minutos do segundo tempo, mantém diferença de 11 pontos para o time paulista e segue vivo na luta pelo título; Figueirense vê Z-4 ainda de perto
O
torcedor do Atlético-MG não consegue se desgrudar do grito de guerra
“Eu acredito”. Na tarde deste domingo, era fácil perder a esperança no
estádio Orlando Scarpelli. Até os 45 minutos do segundo tempo. Foi aí
que Dátolo, com a frieza argentina que lhe convém, bateu para o fundo
das redes do Figueirense e, com 1 a 0 no placar, frustrou a festa do
Corinthians para garantir pelo menos mais uma rodada de emoção no
Brasileirão 2015. Os 11 pontos de diferença ainda parecem impossíveis de
tirar nas quatro rodadas restantes. Mas o Galo vingador ainda não se
entregou.
A vitória em Florianópolis teve altas
doses de drama. Diante de um Figueirense valente e apoiado por mais de
11 mil pessoas, o vice-líder do Brasileiro sofreu para assustar e teve
de se defender a todo custo. Em uma tarde que teve de milagres de "São
Victor" a expulsão anulada de Leonardo Silva, o Atlético-MG conseguiu o
que queria: impedir que o Corinthians festejasse o hexa neste domingo.
Agora o Galo tem 65 pontos, contra 76 do Timão, e já está garantido na
Libertadores de 2016.
Agora,
o Brasileirão tem uma pausa de dez dias por conta das partidas das
Eliminatórias da Copa do Mundo. Na próxima rodada, a 35ª, o Figueirense
encara a Ponte Preta, no estádio Moisés Lucarelli, na quarta-feira, dia
18 de novembro, às 21h. O Atlético-MG enfrenta, novamente fora de casa, o
São Paulo, no estádio do Morumbi, no dia 19, às 22h.
Dátolo marca no fim do jogo (Foto: Cistiano
Andujar/AGIF/Estadão Conteúdo)
Figueirense
e Atlético-MG precisavam da vitória a qualquer custo e correram atrás
dela desde o primeiro minuto. Talvez por isso o jogo tenha ficado tão
truncado e disputado. Tudo o que cercou a partida em Florianópolis pesou
sobre os ombros dos jogadores alvinegros. Desde os primeiros momentos, o
Galo manteve a bola nos pés. Mas foi o contra-ataque do Figueira que
assustou mais. Clayton e Thiago Santana, sempre ligados, por vezes
roubavam a bola no campo defensivo e iniciavam uma jogada perigosa.
Assim foi aos 12 minutos e também aos 20, com a finalização de Clayton
sobre o gol de Victor.
Em um primeiro tempo de pouco
espaço e oportunidades, o que mais chamou a atenção foi a arbitragem do
paulista Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza. Aos 22 minutos, o zagueiro
Leonardo Silva, ao tentar cortar um cruzamento, na visão do árbitro,
tocou a bola com a mão, próximo à risca da área. Falta marcada e,
consequentemente, o segundo amarelo para o capitão do Galo. Mas a bola
bateu na barriga, e a reclamação foi geral: com o pedido de pênalti por
parte dos jogadores do Figueirense, e pelo entendimento pelos atletas do
time mineiro que nem falta deveria ter sido marcada. Após muita
discussão e a consulta a um dos auxiliares, Marcelo Aparecido Ribeiro de
Souza decidiu pela anulação da falta e também do cartão amarelo de
Leonardo Silva, que continuou em campo.
Embalado pela
torcida, o Figueirense, na etapa final, lançou-se ao ataque e
pressionou o Atlético-MG, que adotou uma postura mais defensiva nos
primeiros minutos. Carlos Alberto, em duas oportunidades, perdeu chances
incríveis. Na primeira, aos nove minutos, Jemerson salvou de cabeça
quase em cima da linha. Na segunda, o goleiro Victor fez um verdadeiro
milagre ao espalmar chute cara a cara.
O Galo, a
partir daí, acordou para o jogo. Ao ficar com a bola nos pés, assustou
em chutes de Leandro Donizete e subidas de Patric, pela direita. Aos 37
minutos, a principal chance do Atlético-MG: cruzamento da esquerda e
cabeceio do pequenino Luan. A bola passou raspando o poste direito de
Alex, que apenas olhou. Porém, o Galo não desistiu e, aos 44 minutos,
Dátolo recebeu bola na área em passe açucarado de Luan. Com frieza,
limpou os zagueiros do Figueira e decretou o placar de 1 a 0 e a
manutenção do sonho atleticano na taça do Brasileirão.
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