segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Para fugir de Cunha, Temer quer dar a Moreira Franco um ministério e o foro privilegiado. Por Kiko Nogueira



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/para-fugir-de-cunha-temer-quer-dar-a-moreira-franco-um-ministerio-e-o-foro-privilegiado-por-kiko-nogueira/


por : 

Eles
Eles


Na coletiva após sua cassação, Cunha deixou claro que tinha elegido seu alvo preferencial dali em diante.
“Todo mundo sabe que, na verdade, há uma articulação porque no governo hoje tem uma eminência parda. Quem comanda o governo é o Moreira Franco, que é sogro do presidente da Casa [Rodrigo Maia]”, disse.
“Então o sogro do presidente da Casa fez uma articulação que fez com que fosse feita uma aliança com o PT e, consequentemente, a minha cassação estava na cara”.
Moreira, afetando tranquilidade, devolveu que não ia ficar “zangado”. Mentira. Como apontou um parlamentar peemedebista, “quem tem cunha tem medo”. Na véspera de sua prisão, Cunha se dedicava, com força e com vontade, ao capítulo sobre o desafeto.
É uma guerra de facções que não vai deixar muito em pé.
O que faz o governo Temer, então? Demite? Jamais. Articula para Moreira Franco o cargo de ministro e, portanto, o foro privilegiado.
Oficialmente, Moreira se auto elogia afirmando que sua secretaria de Parcerias de Investimento não exige a estrutura de um ministério, “o que contribui com o enxugamento da máquina”.
Você precisa ser um idiota completo para acreditar que um homem com a folha corrida de MF está preocupado com isso.
Agora: onde está a histeria coletiva com esse ministério?
Quando Lula foi convidado para a Casa Civil, o mundo caiu. Gilmar Mendes, sempre ele, acabou concedendo liminar para impedir sua posse alegando “desvio de finalidade”. Ela conduziria a “resultados absolutamente incompatíveis” com a finalidade constitucional.
“É muito claro o tumulto causado ao progresso das investigações pela mudança de foro. E ‘autoevidente’ que o deslocamento da competência é forma de obstrução ao progresso das medidas judiciais”, declarou.
Com Moreira vai ser diferente? Pode apostar que sim.

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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

GOLPISTA SINCERO: CRISTOVAM CONFESSA QUE IMPEACHMENT FOI PELA PEC 241



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/golpista-mas-sincero-a-confissao-de-cristovam-de-que-impeachment-foi-para-passar-a-pec-241-por-kiko-nogueira/



Senador fez admissão em plenário




Cristovam
Cristovam vive


Cristovam Buarque fez uma confissão no plenário do Senado que, em circunstâncias normais, estaria causando um barulho absurdo.
Como não vivemos circunstâncias normais, mas o marasmo de uma república bananeira, o que o senador falou passa em brancas nuvens, como mais uma blague no meio da piada trágica que viramos.
Foi num embate com Gleisi Hoffmann. No final de sua insuportável peroração, naquele tom subprofessoral que deve deixar seus antigos eleitores em coma, Cristovam falava da “credibilidade necessária do governo” para a PEC 241 ser efetivada.
— Essa credibilidade não vem da cara do Temer. A cara do Temer é a cara da Dilma, gente. Ficaram dez anos juntos, conta ele.
— Pra que vocês mudaram, então?, devolve Gleisi. Pra que fizeram o impeachment?
— Pela PEC do Teto, que a senhora não quer votar.
Gleisi pondera o óbvio: se esse projeto fosse posto em votação por qualquer candidato, não seria eleito. “Desculpe”, é o máximo que Buarque consegue responder.
Cristovam já ultrapassou há muito tempo a barreira do cinismo e da desfaçatez. Talvez esteja beirando o alambrado da loucura, mas isso é dar-lhe indulgência pelo que faz.
A admissão de Cristovam é tenebrosa. O fato de ele não estar nem aí para isso é emblemático do momento nacional.
O golpe foi dado para que uma proposta de emenda constitucional que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos seja aprovada sem o incômodo de passar pelo crivo popular.
Já temos um presidente inepto que mente na maior sobre uma reunião que não teve com Putin na cúpula dos BRICS em Goa. Nada acontece.
Cristovam, ao menos, é verdadeiro em sua imensa, facinorosa, cara de pau.

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Sobre o Autor

Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

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Ex-prefeito tucano promete delatar esquema maior que Lava Jato sobre Alckmin



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/ex-prefeito-tucano-promete-delatar-esquema-maior-que-lava-jato-sobre-alckmin



Geraldo Alckmin tomando cafe com Acir Fillo e sua esposa. Foto: Arquivo pessoal


Jornal GGN - Afastado da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, o ex-tucano Acir Filló promete divulgar todos os detalhes de um esquema de corrupção no governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
 
Filló foi expulso do PSDB em agosto, após se tornar alvo de investigação sobre fraude em licitações e corrupção. Na última segunda-feira (17), o prefeito afastado procurou espontaneamente o Ministério Público de São Paulo, com o objetivo de firmar um acordo de delação premiada.
 
O esquema que o ex-tucano disse poder detalhar é o que envolve o Fundo Metropolitano de Financiamento e Investimento (Fumefi), que financia projetos na Grande São Paulo, chegando a contratar R$ 132 milhões em obras para 14 cidades, em 2014. "Se tiverem a coragem de aceitar minha delação vão começar um procedimento que acabará maior do que a Lava Jato", afirmou.
 
No documento enviado ao procurador-geral Gianpaolo Smanio, o ex-prefeito menciona "ilegalidades envolvendo o PSDB na esfera estadual". 
 
Apesar de não ter provas materiais, o prefeito afastado e ex-afilhado de Alckmin já levou suas denúncias sobre o governo paulista, em agosto deste ano, à Corregedoria do Estado. "Minha palavra é um documento. Convivi por dentro, sei todos os detalhes. Se soubesse o que fariam comigo teria gravado tudo", disse.
 
Outras acusações
 
Filló também acusa dirigentes tucanos do município e da esfera estadual de o ameaçarem e o achacarem. Em um desses episódios, após afastado da Prefeitura pela Justiça, tentou dialogar com o partido para voltar a concorrer à reeleição. O presidente municipal do PSDB de Ferraz, Clóvis Caetano, teria pedido suborno em troca.
 
Os pedidos também teriam partido do vice-presidente do PSDB estadual, Cesar Gontijo, que o teria abordado, solicitando que "ajudasse" e que "não teria outro jeito", fazendo referência à vontade de Filló de se recandidatar.
 
O ex-prefeito de Ferraz chegou a registrar, em boletim de ocorrência, o pedido de suborno. No documento, Filló descrevia que Caetano queria entre R$ 250 mil e R$ 500 mil. Os tucanos negam a acusação.
 
Alvo de investigação
 
Filló foi afastado da Prefeitura de Ferraz em dezembro de 2015, acusado de agir para interferir em investigações, escondendo documentos. Ele é acusado de planejar esquema de fraude em contratação de uma empresa de coleta de lixo da cidade.
 
Acusado de enriquecimento ilícito e fraude em licitações, entre outros processos, Filló teria dificultado o andamento das investigações, com "perseguição aos colegas, afastamentos", disse um procurador que investigava o caso. "Eu fui afastado do exercício das funções, ameaçado também, eu tive minha família ameaçada. Somo isso a falsificação de documentos. O prefeito usava todas as artimanhas possíveis para sonegar informações", completou.
 
O ex-prefeito também é o autor de uma biografia sobre Geraldo Alckmin, publicada em 2006, quando o governador concorria à Presidência. Hoje, ele se sente abandonado pelo tucano. "Geraldo deixou um companheiro na rua", disse.

RENAN CHAMA MINISTRO DE CHEFETE DE POLÍCIA



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/renan-chama-ministro-de-chefete-de-policia



"Juizeco de primeira instância"... Nem na ditadura militar!

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Que segredo o Moraes sabe do Traíra? (Reprodução: O Globo)
No Globo:
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse na tarde desta segunda-feira que vai entrar com uma ação amanhã para definir competências dos Poderes. Agentes da Polícia Legislativa da Casa foram presos após terem sido acusados de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, ao fazer varredura em busca de escutas ambientais em imóveis dos senadores.

— Estou repelindo essa invasão — disse Renan, completando:

—A Polícia do Senado não é invenção de ninguém, como tentam aparentar. É constitucional. De 2013 a 2016, foram 17 varreduras em residências de senadores, a pedido. Fazer varredura para detectar grampos ilegais, a pedido dos senadores, é rotina.

Renan disse que vai ingressar com uma ação nesta terça-feira:

— Amanhã, vamos ingressar com uma ação judicial para fixar as competências dos Poderes. Veja onde chegamos — afirmou o presidente do Senado, que também falou sobre a Operação Lava-Jato:

— A Lava-Jato é sagrada, mas não podemos dizer que não podemos comentar os excessos. Se a cada dia um juiz tomar uma decisão, estaremos passando a um Estado de exceção depois de um estado policialesco, como disse Gilmar Mendes em 2009.

O presidente do Senado fez críticas ao juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, que autorizou as ordens de busca e apreensão no Senado. Visivelmente irritado, Renan disse que não deixará se reagir porque é investigado na Lava-Jato.

— Um juizeco de primeira instância não pode, a qualquer momento, atentar contra um Poder. Busca e apreensão no Senado só pode se fazer por decisão do Supremo e não por um juiz de primeira instância — declarou.

Renan disse que a Polícia Federal agiu com "métodos fascistas". Ele afirmou que nem na ditadura militar ocorreu um episódio como a operação. Também voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes (Justiça), que defendeu a operação e disse que os agentes da Polícia Legislativa tinham extrapolado suas funções:

— O ministro da Justiça está atuando como um chefete de Polícia.

Em outro momento, disse disse que falaria novamente com Temer a respeito, mas afirmou que não cabia a ele pedir a demissão de um ministro.

— É lamentável que isso aconteça num espetáculo inusitado, que nem a ditadura militar o fez, com a participação do ministro do governo federal, que não tem se portado como um ministro de Estado. No máximo ele tem se portando como um ministro circunstancial de governo, chefete de polícia. Estive ontem com Temer e novamente cabe a mim repelir as agressões e não concordar com a extrapolação do ministro. Outro dia o ministro chegou a defender o abuso da autoridade — disse Renan, afirmando:

— Lamento que o ministro tenha se portado sempre da mesma forma, falando mais do que devia, dando bom dia a cavalo.

LUPI CONFIA EM QUE LULA APOIARÁ CIRO


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http://www.conversaafiada.com.br/politica/lupi-confia-em-que-lula-apoiara-ciro


Teve uma hora em que o Brizola recuou...

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ansioso blogueiro entrevistou por telefone (a reconstituição não é literal), nessa segunda-feira, 24/X, o presidente do PDT, Carlos Lupi:
- Por que desde já lançar Ciro Gomes à presidência?
Lupi – Porque um partido se faz em cima de um projeto político. Nas eleições de 2016 o PDT se tornou o quinto maior partido político do país. O Ciro tem uma ligação profunda com o compromisso nacional, com a Petrobras, contra o capital especulativo – como sempre foi o Brizola. Ciro é um nordestino nascido em São Paulo, Pindamonhangaba. É o único candidato de Centro Esquerda com viabilidade eleitoral.
- Mas, quem garante que o PT não queira ter um candidato?
- O desgaste nacional do PT. O PT tem que recuperar a imagem do partido. O PT não pode ter candidato a vida toda. É claro que sou contra esse Tribunal da Inquisição que condena antes de julgar. Mas, é preciso reconhecer que alguns petistas foram para o Governo com um projeto pessoal maior do que o projeto do Partido. O PT perdeu a metade dos votos na última eleição…
Você se lembra que o Brizola perdeu uma eleição (a de 1989) em que, no segundo turno, deu ao Lula 100% dos votos que ele teve no Rio e no Rio Grande do Sul.
Depois, em 1998, ele reconheceu: tenho que recuar, não tenho mais o eleitorado que tinha.
E foi apoiar o mais viável, no campo político dele: o Lula.
E foi vice do Lula em 1998.
E não esquecer que o Brizola apoiou o Ciro quando o Ciro foi candidato em 2002 (e, no segundo turno, ele e Ciro apoiaram Lula).
- O Lula pode apoiar o Ciro?
Tenho esperança disso. O Lula foi o maior depois de Vargas! O Brasil de Lula foi outro! Eu estive lá, no Ministério do Trabalho! Lula tem consciência de que é preciso formar uma frente popular, ampla, de Centro Esquerda.
- O escritor Fernando Morais se pergunta: então, vocês acham que eles deram o Golpe para deixar ter eleição em 2018?
- Aí, vai ter que combinar com os russos, como disse o Garrincha. Eles deram um Golpe de republiqueta, porque a sociedade estava anestesiada pelos escândalos (da Lava Jato). Mas, em 2018, ninguém vai ter essa coragem! Cassar o povo!

Bola de Ouro: que vergonha!!!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/pig/bola-de-ouro-que-vergonha


Por que o FBI desistiu de prender a FIFA?

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Reprodução: YouTube
Acabou de sair a relação dos 30 jogadores que disputam o Bola de Ouro da FIFA, de 2016.
Não que esse seja o melhor conjunto dos trinta melhores jogadores de futebol em atividade.
É uma lista da FIFA...
Não é preciso dizer muito mais.
Porém, ela encerra verdades cruéis.
Não há um único, mísero jogador em atividade no Brasil.
O único brasileiro é o notório Neymar, esse marqueteiro que joga muito bem jogos fáceis ou quando o jogo está fácil...
Cmm a assistência do Messi, até o Galvão marca.
Assim como o mensalão do PT, o Neymar ainda está por provar-se.
A conclusão inevitável da lista dos 30: pratica-se no Brasil um futebol de baixíssima qualidade.
O espectador brasileiro é supliciado por um futebol medíocre, de jogadores medíocres, tecnicos medíocres e analistas de tabela (ou chamados "jornalistas esportivos") mais medíocres ainda - com notáveis exceções, é claro, como, por exemplo, o Calçade e o Tostão...
E por que?
Porque o Brasil é o ÚNICO país do mundo que entregou seu futebol a uma ÚNICA empresa comercial de televisão!
Entregou a seleção nacional a uma ÚNICA empresa de televisão comercial.
Uma empresa comercial de televisão que escala, corta, programa, nomeia técnicos e escolhe os adversários.
E essa empresa comercial se aliou, ou melhor, capturou a Federação de Futebol e seus diversos braços.
Isso só foi possivel graças à deslavada corrupção que o FBI americano começou a desvendar.
Começou, porque logo desistiu.
Quando o FBI se desinteressou pela corrupção na FIFA?
Quando o Putin pôs o bacamarte na mesa e disse que a Copa de 2018 ia ser na Rússia - com Blatter ou sem Blatter.
E quando, aqui, o FBI tropeçou na Globo.
Depois de prender o Marin, o FBI viu que tinha que prender o Ricardo Teixeira, patrão do Marin e ambos empregados da Globo.
Preso o Ricardo Teixeira, o FBI ia ter que prender os filhos do Roberto Marinho.
E o FBI tem chefe!
O chefe do FBI sabe que é do interesse nacional americano manter os filhos do Roberto Marinho tão livres quanto o Padim Pade Cerra, o Aecím, o gatinho angorá...
Liberdade total, incondicional!
Otários somos nós.
Que fazemos parte dessa Pátria de Chuteiras.
E temos que assistir ao campeonato inglês!
PHA

SERRA, HORROR! O PAULO PRETO VAI FALAR!


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http://www.conversaafiada.com.br/politica/serra-horror-o-paulo-preto-vai-falar


Aquele que não se pode deixar na beira da estrada, Cerra?

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Que farra! (Reprodução: Carta Maior)
Na coluna da Vera Magalhães, no Estadão:
Paulo Preto negocia falar sobre sua atuação e apavora tucanos

Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, começou a negociar com o Ministério Público para admitir sua atuação na arrecadação de propina para o PSDB em obras importantes do governo de São Paulo nos últimos anos. O ex-diretor da Dersa foi tragado pela Lava Jato no “recall” dos acordos de delação da Camargo Corrêa, depois de ter sido citado por executivos da Odebrecht. O clima no PSDB paulista é de tensão total.

Mino: medo do Lula instalou um faroeste


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/mino-medo-do-lula-instalou-um-faroeste


Sobre os sabujos dos patrões e o Andrezinho Matarazzo ​

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Conversa Afiada reproduz o editorial de Mino Carta, na Carta Capital desta semana:
Medo de Lula

O ex-presidente deixa um recado para o futuro, valioso para entender o presente

Impecável texto assinado por Luiz Inácio Lula da Silva publicou a Folha de S.Paulo na terça 18, debaixo do título “Por que querem me condenar”. Um documento para a história, altivo e sereno, digno de um estadista, e impecável, repito, na forma e no conteúdo.

ex-presidente da República escreve infinitamente melhor do que a larga maioria dos jornalistas nativos e, ao contrário destes, deita os advérbios no lugar certo. Irretorquível a demonstração das razões da perseguição e da inconsistência das acusações, a não ser que sobrem apenas, como única prova, a política social e a política exterior postas em prática pelo governo Lula em seus dois mandatos. A isto acrescentaria uma verdade factual: o ex-presidente parte favorito de qualquer pleito presidencial.

Inútil acentuar que as razões acima chocam-se de frente com os interesses da casa-grande, admiravelmente defendidos pelo regime de exceção em vigor, graças ao conluio dos três poderes afinados no golpe, a contarem com a força da polícia e a propaganda da mídia. Trata-se de um arremedo fascistoide, adequado ao país da casa-grande e da senzala, como se fossem possíveis acenos de modernidade em plena Idade Média.

Outra prova emerge do texto de Lula, sem contar a ironia da publicação na página 3 doFolhão, o jornal que o convidara para um almoço em julho de 2002, a incluir no cardápio uma entrevista. Bom recordar: o filho do anfitrião Otavio Frias, o Otavinho diretor da redação, cuidou na ocasião de duvidar abertamente da capacidade de um ex-metalúrgico exercer a Presidência da República. O hóspede ergueu-se, jogou o guardanapo sobre a mesa e dirigiu-se para os elevadores. O velho Otávio seguiu o ofendido, ao tentar demovê-lo da decisão de se retirar. Não houve jeito. Mais tarde Lula reconheceu o gesto fidalgo do dono da casa.

Quanto à prova, é de evidência solar: o Brasil é hoje um país sem lei e sem Justiça, uma espécie de faroeste, ou de Chicago na época da Grande Depressão. Carecemos, porém, de jornalistas como aquele de uma das obras-primas de John Ford, O Homem Que Matou o Facínora, impávido defensor da verdade factual. Contamos, em contrapartida, com os porta-vozes iletrados da casa-grande, sabujos dos patrões, dos quais assumem ódio e raiva para externá-los nas páginas impressas, no vídeo, nos microfones, pela internet.

O papel da mídia nativa é oposto àquele da personagem de Ford. Fundamental neste contexto tragicômico bastante peculiar, em que a encenação de uma ópera-bufa se transforma em tragédia e nela se cristaliza. A mídia foi e é decisiva para tornar verdade a mentira, realidade a ficção, ao estabelecer um círculo vicioso entre vazamentos seletivos, delações premiadas, a pronta divulgação do material que a república de Curitiba fornece pontualmente, o retorno aos promotores milenaristas para a solicitação do indiciamento a partir de suas convicções, aceitas de imediato como provas pelo camisa preta Sergio Moro.

Logo se entende por que Michel Temer trata de pagar a conta dos prestadores do mais eficaz serviço a bem do golpe, e o prêmio é imponente como será provado pela reportagem de capa desta edição. Quem dá recebe, e a mídia exorbitou na sua contribuição, determinante, é o caso de dizer. A publicidade governista rega generosamente as hortas midiáticas e lhes traz alento quando as ameaça a aridez do momento, tão incerto, por exemplo, para a imprensa propriamente dita.

CartaCapital é excluída dessas benesses porque o regime é de exceção e quantos praticam o jornalismo honesto e, portanto, denunciam o golpe e condenam o seu resultado, não merecem favores. Pelo contrário, na esperança golpista habilitam-se à morte lenta, tanto mais em tempos de penúria da publicidade privada. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, também sofremos um capitis diminutio neste específico aspecto, graças ao denodado esforço do então ministro Andrezinho Matarazzo.

Quando Lula foi empossado pela primeira vez, janeiro de 2003, chamou-me a Brasília para falar das coisas da vida, as nossas e as do País. Somos amigos há muito tempo, no ano próximo celebraremos 40 anos de convívio bem-sucedido. Vinha eu da deplorável experiência sofrida com FHC e disse ao amigo presidente esperar do novo governo a isonomia na distribuição da publicidade governista. O então chefe da Casa Civil, José Dirceu, que se juntara a nós tão logo o assunto veio à baila, anotou diligentemente o meu pedido.

Isonomia foi. Em termos, só mesmo os governos do PT agiram democraticamente e, às vezes, até exageraram. Deu-se, por exemplo, que lá pelas tantas a revista Exame, da Editora Abril, quinzenal de negócios, tivesse mais anúncios governistas do que a semanalCartaCapital, de política, economia e cultura. Entregues ao dever democrático e republicano, os governos petistas aplicaram com rigor calvinista um certo “critério técnico”, baseado em tiragens e audiências. Há exceções à regra mundo afora, a se levar em consideração a influência do órgão midiático junto a setores da sociedade ou ao próprio poder, onde quer que se situe. 

Exceções não houve, de todo modo. Nem por isso, escapamos à pecha de “revista chapa branca”, levada adiante até o naufrágio da nau de Dilma Rousseff, por jornalistas, colunistas, editorialistas, com intrépida dedicação e irredutível fervor. Havia mesmo quem, a cada edição, fizesse as contas dos nossos anúncios para concluir que, às vezes, em maioria eram do governo, sem falar dos balanços periódicos publicados pelo Folhão.

As calúnias partiam de medíocres recalcados, escribas ou bichos falantes inclinados a iniciar o período com um porém ou um gerúndio, e a banir de vez o uso do subjuntivo, além de alimentarem a certeza de que, por nos agredir, agradavam ao patrão antes do seus egos. Mas os patrões enchiam as burras graças ao PT. Agora, com o governo do golpe, já não corremos o risco de acusações mentirosas. Voltamos ao nosso lugar.

Trata-se de um reconhecimento importante. Da nossa honestidade, do nosso antigolpismo, da nossa independência. Do irredutível respeito que temos pelos leitores. Contra o festival de hipocrisia, prepotência e velhacaria que assola o País, como diria Stanislaw Ponte Preta. Nesta moldura, vale enquadrar a prisão de Eduardo Cunha. A enganação prossegue impavidamente: não passa de uma preliminar da prisão de Luiz Inácio Lula da Silva. 

TUDO O QUE O MORO QUEBROU SÓ NA 2ª FEIRA!



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A Economia brasileira está na cadeia!

O QUE TEM NA CABEÇA QUEM VAI FERRAR OS VELHINHOS



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Morgan, Santander, Gap e BBM vão à festa da previdência privada!

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Caetano não usa a palavra "vagabundos", como fazia o FHC, mas...
Conversa Afiada reproduz afiado artigo de Breno Costa, no Intercept:
PREVIDÊNCIA É UM ASSUNTO complexo desde o nome. O assunto, espinhoso, refere-se ao sistema brasileiro de aposentadorias e outros benefícios garantidos pelo governo aos trabalhadores e vem ganhando espaço na mídia com a reforma previdenciária, que aguarda seu momento para ser enviada ao Congresso tão logo se conclua o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Para comandar esse processo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, escolheu Marcelo Abi-Ramia Caetano, um tecnocrata que critica o modelo distributivo da previdência brasileira, em que a contribuição dos trabalhadores ativos ajuda a manter a aposentadoria dos inativos, e acredita que o ideal seria cada um criar sua própria poupança para a velhice.
The Intercept Brasil debruçou-se sobre artigos, análises, estudos acadêmicos, capítulos de livro e entrevistas concedidas à imprensa por Caetano. Neles, o secretário demonstra ideias muito claras sobre como mudar o sistema de aposentadorias no Brasil, sempre amparado em estatísticas e, principalmente, em comparações com outros países.

Os discursos são sempre fatalistas e trazem a palavra “rombo”
 

Dificilmente você reconheceria Marcelo Caetano se o visse na rua. Aos 46 anos, o economista fez uma carreira ao longo dos últimos 19 anos como especialista em previdência. É um espécime destacado de tecnocrata. Passou boa parte de sua vida adulta estudando números a respeito do tema em uma sala comum no Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas). Vinculado ao Ministério do Planejamento, o instituto reúne ótimos pesquisadores que fazem estudos bastante relevantes, mas que não são obrigatoriamente ouvidos por quem está no comando.
Nos últimos três meses, contudo, Caetano nunca teve tanto poder nas mãos. É em seu gabinete, vinculado ao poderoso Ministério da Fazenda,, de lustradas paredes de madeira, que estão sendo gestados os detalhes das mudanças que Temer quer fazer nas aposentadorias e pensões recebidas pelos brasileiros.
Desde que sua agenda pública passou a ser divulgada, em 20 de julho, Caetano já recebeu, entre outros, representantes dos grupos financeiros J.P. Morgan, Santander, Gap Asset Management e banco BBM – todos potenciais interessados no destino das aposentadorias dos brasileiros diante desse novo governo. Houve também uma reunião com representantes de “confederações patronais” e de emissários da confederação nacional das empresas de previdência privada e da poderosa Confederação Nacional da Indústria. Não havia, até hoje, porém, registros de qualquer reunião com representantes de sindicatos de trabalhadores.
É um mantra do pensamento econômico liberal culpar a previdência social pela fatia mais grossa dos problemas econômicos do país. Os discursos são sempre fatalistas e trazem a palavra “rombo”. Caetano faz parte desse time. Muito se especula sobre a reforma, mas pouco de concreto foi dito. Todos os sinais apontam, no entanto, para uma pancada nos interesses dos trabalhadores que projetam suas carreiras com base nas regras atuais.
The Intercept Brasil verificou que Caetano defende o fim da aposentadoria baseada na quantidade de anos trabalhados, além de acabar com a idade diferenciada para as mulheres se aposentarem. Também empunha a bandeira da interrupção de reajuste para os aposentados com base no salário mínimo, entre outras ideias – todas já encampadas, aqui e ali, por integrantes do núcleo do governo em entrevistas.
Ao Valor Econômico na semana passada, Michel Temer deu a senha do que virá por aí. “As centrais vão acabar não apoiando, seja qual for a reforma. Se não apoiarem, vamos mandar ao Congresso e ver o que acontece”.
A expectativa é de que Temer envie sua proposta para o Congresso logo após concluído o processo de impeachment. Será a prova de fogo dele perante os que apoiaram, no mercado, sua subida ao poder e que estão sedentos por um controle maior das despesas do Estado. E também o teste para saber até que ponto ele consegue controlar sua base no Senado e na Câmara pós-Eduardo Cunha.
Na semana passada, diante do aumento das especulações sobre o grau de impacto da reforma previdenciária nas regras atuais, Valor Econômico e Folha de S.Paulo entrevistaram Marcelo Caetano para tentar pistas sobre quais mudanças o governo vai tentar fazer. Ele não disse nada de objetivo em relação ao teor da reforma – mas deixou o recado: ou a reforma é aprovada ou o governo terá de aumentar os impostos.
Mas o secretário já disse e escreveu muita coisa ao longo dos últimos anos, quando ainda estava longe de um cargo executivo na área da previdência. Uma das críticas centrais e mais recorrentes de Caetano ao sistema adotado no Brasil é a possibilidade de aposentadoria por tempo de serviço. Para ele, somente quem atingisse determinada idade deveria se aposentar, não importando já ter trabalhado por 40 ou 50 anos. Ele apresenta dados estatísticos que mostram que o sistema de aposentadoria por tempo de contribuição provoca um número elevado de aposentadorias precoces (em média, aos 55 anos para os homens e aos 52 para as mulheres).
Com linguagem mais eufemística que os “vagabundos” citados por Fernando Henrique Cardoso, Caetano acredita que o brasileiro tem condição de trabalhar muito mais do que hoje. Foi o que escreveu em 2014, no capítulo de um livro sobre o desenvolvimento do país, publicado pelo Ipea. Para ele, o sistema atual “induz a saída do mercado de trabalho de alguém ainda em plena capacidade para contribuir para a geração de riquezas do país“.
Ele já citou ao menos duas vezes como exemplo positivo a reforma feita na Grécia, com adoção de idade mínima de 67 anos para a aposentadoria – 12 anos a mais do que o existente, na prática, hoje no Brasil. Mais que isso, hoje, os homens, ao nascer, têm expectativa de vida de 71,6 anos, e ainda menor nas regiões Norte e Nordeste. Ou seja, num cenário grego, um trabalhador contribuinte receberia, em média, apenas quatro anos e sete meses de aposentadoria.
“Afinal, o que a Previdência tem a ver com a discriminação de gênero?”
O caso das mulheres é objeto de ainda mais crítica do secretário da Previdência. Ele aponta que, com a aposentadoria na idade média de 52 anos, isso significa que “o tempo de recebimento do benefício iguala-se ao de pagamento de contribuições; isso sem contar com o potencial período de recebimento de benefícios de risco, como as pensões por morte, aposentadorias por invalidez e salário-maternidade”.
Caetano é contra a regra que permite que as mulheres se aposentem mais cedo que os homens. Sua manifestação mais clara sobre isso veio em artigo publicado na “Folha de S.Paulo” no final de 2014.
Embora diga reconhecer argumentos em favor da diferenciação, Caetano escreveu que “problemas de mercado de trabalho devem ser resolvidos por meio de políticas laborais, e não previdenciárias”. E arremata com uma questão: “Afinal, o que a Previdência tem a ver com a discriminação de gênero?”.
Ele vai além e critica indiretamente os políticos que têm receio de mexer nesse vespeiro. “A opção por conceder uma aposentadoria especial para as mulheres é mais cômoda. Agrada ao eleitorado, joga para o futuro a questão da necessidade de financiamento, minimiza a necessidade de elevação dos gastos presentes com creches e ameniza a necessidade de enfrentar questões culturais relativas à divisão do trabalho por gênero”.
Essa diferenciação é histórica dentro do Brasil e sempre teve o viés de proteção da mulher, diante de uma cultura de dupla (ou tripla) jornada de trabalho. A diferenciação foi mantida na Constituição de 1988 e na última reforma da Previdência, feita há 18 anos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Mudanças no sistema de previdência rural

O mesmo argumento é usado também para defender o fim das diferenças entre as aposentadorias para os trabalhadores rurais e para os trabalhadores urbanos. “A Previdência rural deveria ter regras parecidas com a urbana? Acredito que sim. Uma coisa é você considerar um problema de mercado de trabalho, outra coisa é considerar um problema de Previdência”, afirmou Caetano em entrevista também à Folha em fevereiro deste ano, três meses antes de assumir o cargo no governo.
O sistema rural, que não é uma previdência tradicional, foi criado para abranger cidadãos que vivem e trabalham em regiões que continuam longe das proteções do mercado formal. Hoje, o trabalhador que vive na área rural e que vende sua produção numa feira ou que planta apenas para a subsistência de sua família não contribui da mesma maneira que o trabalhador urbano que tem carteira assinada, ou mesmo o empregado de uma empresa rural, também com carteira assinada.
O trabalhador rural paga uma alíquota referente ao valor comercializado de sua produção. Se ele não vende nada, também não precisa pagar nada. Esse sistema de contribuição lhe garante o direito a receber a aposentadoria do governo cinco anos mais cedo, já que sua expectativa de vida é menor do que a de quem vive na cidade. Para Caetano, essa compensação tem que ser repensada.
No estudo em que sugere pontos centrais de uma reforma previdenciária que necessite de alterações na Constituição, ele aponta, além do fim da aposentadoria por tempo de serviço, a necessidade de acabar com o reajuste das aposentadorias vinculado ao crescimento do salário mínimo (“Não só estamos fazendo o contrário como estamos na contramão do mundo”) e uma revisão geral nas regras de concessão de pensão por morte.
A questão da pensão para viúvas e filhos é, entre as mudanças com necessidade de mudança na Constituição, uma das que conta com maior abertura para mudanças. Ainda assim, deve provocar intenso embate, já que pode atingir mulheres de famílias mais pobres. Para Caetano, o Brasil apresenta regras lenientes para a concessão de pensão por morte. A não exigência de um período contributivo mínimo, a possibilidade de receber pensão em qualquer idade, a ausência de necessidade de laço matrimonial ou a manutenção do benefício após novo casamento permitem que o número de beneficiários de pensão por morte seja mais expressivo do que noutras nações”, afirmou em artigo.

Sistema “distributivo” é ruim

Outro ponto ao qual Caetano se opõe é a adoção da fórmula 85/95, sancionada no governo Dilma Rousseff, que criou uma opção de aposentadoria pela soma do tempo de contribuição e com a idade, o que permite evitar os descontos provocados pelo fator previdenciário. Assim como no caso da aposentadoria feminina, o secretário da Previdência afirma que a medida é eleitoreira.
Em comentário para reportagem da Folha, quando o assunto ainda estava em discussão no Congresso, em 2009, ele disse que “politicamente, o governo poderá dizer que atendeu ao apelo dos trabalhadores, criou uma opção menos rigorosa”. Mas ele afirma que a regra não mudaria nada na prática. Mais que isso, no longo prazo, o déficit da previdência cresceria 0,2% do PIB a cada ano.
Na essência de sua visão está a percepção de que o sistema “distributivo”, como ele mesmo coloca em seus estudos, é ruim. Em um estudo publicado em 2008 pelo Ipea, Marcelo Caetano e o colega Roberto de Rezende Rocha argumentaram que “o excesso de dispêndios” na Previdência, comparado a outros países, é, em parte, devido “ao componente distributivo da Previdência no Brasil” e também ao “número excessivo de beneficiários”.
“Ao contrário da experiência de outros países latino-americanos, o Brasil optou por manter o regime previdenciário na forma de repartição simples, ou seja, não trocou a forma de financiamento para capitalização”, escreveu.
Traduzindo, o Brasil não adotou um modelo em que os próprios trabalhadores decidem o quanto poupar para a aposentadoria, geralmente em regimes de previdência complementar. Pela lógica de repartição, atualmente em vigor no país, quem está na ativa contribui para pagar a aposentadoria de outros. No sistema de capitalização, a lógica é totalmente individualista: cada um é responsável por sua aposentadoria.
“Do ponto de vista técnico, seria interessante ter uma transição mais curta, em torno de 15 anos”
 
Nenhuma das mudanças planejadas por Caetano, e que podem ser encampadas politicamente tanto pelo ministro Henrique Meirelles quanto por Michel Temer e seu entourage, seria implementada do dia para a noite. Aí é que entram as também polêmicas “regras de transição”. E nisso Caetano também tem opiniões que causam urticária em sindicatos. O economista defendeu recentemente uma transição de cinco anos.
Em fevereiro deste ano, em entrevista à Folha, Caetano disse que, “do ponto de vista técnico, seria interessante ter uma transição mais curta, em torno de 15 anos”, e ressaltou que isso dependeria “de capacidade política para aprovação”. Em maio, pouco antes de assumir o cargo, ele disse ao Valor Econômico que a transição ideal seria entre cinco e dez anos.
O governo deve enviar a reforma ao Congresso nas próximas semanas. A promessa inicial, após a chegada da nova equipe econômica, era enviar tudo em até 30 dias. Já estamos com 90. O aumento do tempo reflete o clima político sensível com o desfecho do processo de impeachment de Dilma Rousseff e as eleições municipais. Do outro lado, contudo, há a pressão de investidores por sinais mais concretos de reformas institucionais.
Além de Marcelo Caetano, também está debruçado sobre a questão o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, de olho mais no aspecto político da questão e como a proposta poderá estremecer a base de sustentação de Temer. Um dos fiadores da subida de Temer ao poder é o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, a principal central sindical apoiadora do governo. Pelo andar da carruagem, a relação entre Paulinho e Temer passará por dias difíceis.

Cristóvam traiu pela PEC 241!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/


Ou terá sido por uma embaixada em Paris?

VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA

Gilmar e filho de Gandra rasgam a CLT


FONT:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/gilmar-e-filho-de-gandra-rasgam-a-clt


A CLT morre numa Casa Grande. Nabuco, onde estás?
Bessinha CLT.jpg
Excelente reportagem de André Barrocal na Carta Capital- "O brasileiro em liquidação - a reforma trabalhista tramada por Temer com figuras da cúpula do Judiciário ameaça direitos e busca baratear o próprio ser humano" - revela o local do crime: o Supremo Tribunal Federal.
Ali, sem que os congressistas precisem sujar a mão no sangue que verte do pelourinho, será consagrada a liquidação dos direitos trabalhistas, o fim da Era Vargas - o combinado vai valer mais do que a CLT!
E chibata no lombo do pobre!
Barrocal mostra como Gilmar (PSDB-MT) "maquinou" para levar o filho do primeiro parecerista do impítim, o santificado, o que exala cheiro de sacristia, o jurista (sic) Ives Gandra Martins, para o TST.
Como a presidência é por rodízio, cedo ou tarde Gandra sentaria na cadeira de presidente - e aí maquinar, como faz agora, em pas de deux com o Gilmar, a terceirização da mão de obra brasileira!
O Gandra filho tabela com o Gilmar para rasgar a CLT.
Gilmar é o "conselheiro informal" do Traíra, diz Barrocal.
E assim como maquinou a eleição do filho do Gandra, maquina , agora, no Supremo, a prevalência do acordado sobre o legislado.
Isso acontecerá breve, quando a FIE P e a Casa Grande pernambucana pressionarem de forma irresistível: quando o pleno do STF julgar a ação do cortador de cana Moisés Lourenço da Silva, que processou a Usina Central Olho D'Água, de Pernambuco
E tomara que assim seja.
A CLT morrer para beneficiar um usineiro de açúcar!
Oh, Joaquim Nabuco!
Onde estás que não respondes!
Na bastava acabar com a Escravidão!
Era preciso destruir sua obra!
A escravidão que agora ressurge, gloriosa, exuberante, empoderada (quá, quá, quá, gosta de dizer o Gilmar), pelas mãos ensanguentadas do Gilmar e do Ivezinho!
Feitores da Casa Grande!
(Será que o Gilmar está com medo do Moro?)
PHA
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