sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Argel cita Sérgio Moro em crítica à arbitragem: "São falhas grotescas"




VITÓRIA


Vitória empata em 2 a 2 com o Fluminense e mantém posição no Z-4 do Brasileirão. Equipe baiana critica penalidade marcada para o adversário; lance foi fora da área




Por
Rio de Janeiro




Com um gol aos 42 minutos do segundo tempo, Vitória arrancou um empate contra o Fluminense, na noite desta sexta-feira, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Embora com um ponto conquistado nos últimos minutos e fora de casa, o gol não satisfez inteiramente a equipe baiana, que reclama de um pênalti marcado para o Flu ainda no primeiro tempo. No lance, o árbitro Nielson Nogueira Dias marcou falta de Victor Ramos em Wellington. A jogada, contudo, ocorreu fora da área. [Confira os melhores momentos do jogo no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo ]

Em entrevista coletiva concedida após a partida, o técnico Argel Fucks reclamou do lance e da escolha do árbitro, que é de pernambuco, para apitar a partida.

- Arbitragem está se encontrando em um momento difícil. Têm coisas que não entendo no futebol. A coerência, por exemplo. Não pode ter um jogo como o do Sport e Ponte Preta e um baiano apitar. Não pode um jogo importante, um pernambucano apitar. Precisam ter coerência no futebol. Sã falhas grotescas. Falhas que colocam um trabalho por água abaixo. Lance simples, lance de hoje. O árbitro estava a dez metros, ele viu que foi falta. Foi escutar o bandeira, que estava a 40 metros. Isso é muito triste para o futebol, reflexo do país, que parece que não tem impunidade nenhuma. Se reúnem para fazer punição em treinadores, jogadores, e a arbitragem segue a mesma. Não vejo arbitragem sendo punida. Não posso trabalhar no jogo seguinte se criticar a arbitragem. No jogo de hoje, desestabiliza a equipe emocionalmente com o pênalti que foi marcado. O Fluminense está há cinco jogos sem ganhar, a pressão também está no lado deles. Pênalti claro, não precisa nem conversar. Queremos saber se vai ter punição no bandeira. O árbitro é quem manda do jogo, não pode deixar para o bandeira. A arbitragem acaba piorando, define campeonato. Foi um lance tão claro, o árbitro estava a dez metros. O gramado ficou marcado. Não sei se acontece algo diferente dentro da arbitragem, se escolhe jogo, não sei. Se formos analisar quantos erros tiveram no campeonato, é uma vergonha. Hoje, se a gente não toma o gol, é outro jogo. A partir do momento que toma o gol como foi, mexe no emocional, desestabiliza. Aí tem que acalmar todo mundo no intervalo para não perder jogador expulso. Deveria se apegar apenas na parte tática, mas tem que acalmar jogador - reclamou Argel.

Pierre Fluminense x Vitória (Foto: André Durão)Empate com o Fluminense mantém o Vitória na zona de rebaixamento (Foto: André Durão)


Durante as críticas à arbitragem, o treinador citou Sérgio Moro, juiz federal que comanda a Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras.
- Não vou me estender muito nesse lance. O Brasil inteiro viu. Precisamos ter coerência. Por isso o Brasil está do jeito que está. Ou o Brasil muda, dá condições ao árbitro, tira uma fatia do direito da televisão e repassa ao árbitro... Mas não pode acontecer o que está acontecendo. Não foi apenas um jogo. O jogo hoje foi mais um. São muitos erros, erros fáceis que são muito simples, não precisa ter tecnologia, entrar imagem. Lance simples fora da área. Está marcado no campo. Já é difícil jogar contra o Fluminense no Maracanã, brigando pelo G-6, poder de investimento, e ainda ter que brigar contra o Bandeira. O Bandeira ainda fala durante a partida que isso acontece, que passou, que não tem mais o que chorar. Não é comportamento de assistente. Não pode falar isso para o jogador no calor do jogo. A gente espera que a arbitragem possa tomar rumo diferente. Entra comandante, sai comandante, em vez de melhorar, piora. Vamos esperar que tenham coerência. Hoje poderia vir um árbitro paulista apitar. “Ah, mas o árbitro pernambucano poderia ter feito um grande jogo”. Poderia, mas não fez. Dá margem e possibilita suspeitar de tudo. Futebol não se joga só dentro de campo. Ainda mais agora, que é briga de cachorro grande. O mínimo que a gente quer é uma arbitragem segura, honesta. A responsabilidade era do árbitro, não do bandeira. Agora vamos ver se tem punição. E como é em Brasília. Quem sabe a gente traz o Moro para tomar conta e as coisas podem melhorar. A primeira coisa que tem que se fazer é dar condição para a arbitragem. Vamos concentrar os árbitros, vem antes. O árbitro tem que ser profissional, como na Inglaterra. Lá os erros são muito difíceis. O árbitro é preparado, estuda os jogadores que vai apitar. Senão vai continuar acontecendo isso aí, erro em cima de erro. E o campeonato perde credibilidade - continuou o técnico do Vitória.
Quanto ao jogo, Argel reconheceu que o time não fez um bom primeiro tempo e vacilou no gol de cabeça de Cícero, já no final da etapa inicial. O técnico, contudo, elogiou a postura do time no segundo tempo.
- Marinho é jogador que faz falta. Fundamental para o nosso sistema de jogo. Não fizemos um bom primeiro tempo tecnicamente. Controlamos, saímos na frente, logo após tomar o gol de empate no pênalti que não houve, tivemos uma chance clara com o Kanu. O goleiro do Fluminense fez uma defesa fantástica. Não conseguimos armar as jogadas. Faltou qualidade dos armadores. Nosso primeiro tempo não foi bom tecnicamente. Fomos penalizados em uma jogada que falamos a semana inteira. O Cícero é um dos melhores cabeceadores do futebol brasileiro. Tem um tempo de bola muito bom. Ele entra como centroavante. Já vi o Levir usar o Cícero de centroavante, e ele finaliza bem. Tivemos uma falha coletiva, não marcamos o homem, marcamos a bola. Voltamos para o segundo tempo com qualidade diferente. Pressionamos mais, agredimos mais.
Com o empate, o Vitória foi a 36 pontos e se manteve na 17ª posição do Brasileirão, abrindo a zona de rebaixamento da competição. A próxima partida da equipe está marcada para o dia 6 de novembro, quando vai enfrentar o Atlético-PR, no Barradão.

SAIBA MAIS
Marinho "acha estranho" pênalti marcado e celebra retorno com gol
Marinho marca no fim e dá empate ao Vitória contra o Flu
Fique por dentro das notícias do esporte baiano
Clique aqui e assista a vídeos do Vitória



Confira outros trechos da entrevista coletiva de Argel Fucks:

POSTURA NO SEGUNDO TEMPO
- A derrota era um castigo alto em nível de pontuação, anímico, por isso abrimos o time. Tiramos o Amaral, que não estava mal, colocamos um jogador mais rápido, o David. Depois, um pouco mais à frente, tiramos o Cárdenas para colocar o Serginho, que entrou bem. Deu acréscimo de qualidade, armou muito mais a equipe. Ele assumiu a responsabilidade de ser o armador, o maestro da equipe. Essa é a função do camisa 10. Serginho entrou bem. Depois demos a última cartada, ficamos com apenas um volante. Não temos medo de ser feliz, merecemos o empate, não foi por acaso. Antes disso colocamos o Fluminense em dificuldade. Foi um jogo aberto, franco. Fomos premiados pela ousadia, pela vontade, determinação, pela fúria que a gente tinha pelo erro da arbitragem. A equipe comprou esse barulho e foi uma equipe melhor tecnicamente. A substituição aumentou a qualidade de jogo.
Não empatamos por acaso.

ERRO DE ARBITRAGEM
- Ele deu o pênalti e erra duas vezes. Não estou passando a mão. Deu o pênalti e não expulsou o Victor Ramos. O futebol é assim, tivemos um lance parecido contra o Sport. O Matheus Ferraz tinha amarelo, fez um pênalti, um carrinho no nosso jogador, e não foi expulso. Foram dois erros. Isso passa por dizer o que foi o resultado do jogo. A gente sabe quando erram para o nosso lado, mas não é por isso que não vamos falar. Se deu o pênalti, expulsa. Errou a primeira e a segunda.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2016/10/argel-cita-sergio-moro-em-critica-arbitragem-sao-falhas-grotescas.html

Levir lamenta erros e analisa novo tropeço do Flu: ''Ficamos devendo''




FLUMINENSE



Treinador reconhece que trocas do Vitória surtiram efeito em igualdade de 2 a 2 no Maracanã. Tricolor não ganha há cinco jogos e continua fora do G-6 do Brasileiro




Por
Rio de Janeiro



Já são cinco jogos sem vitória. Na noite desta sexta-feira, o Fluminense deu sequência à sua má fase no Campeonato Brasileiro. Diante do Vitória, empate por 2 a 2 com direito a gol do adversário aos 42 minutos do segundo tempo (confira os melhores momentos no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).

 Ao analisar o resultado, o técnico Levir Culpi disse que o Tricolor não soube administrar a vantagem e mais uma vez culpou os erros nas finalizações. Segundo o comandante, o time ficou devendo no retorno ao Maracanã.

Nos 90 minutos, o Flu finalizou 15 vezes ao gol de Fernando Miguel. Teve sete chancas claras de gol. Balançou a rede com Richarlison, de pênalti, e com Cícero, de cabeça. Porém, a defesa foi vazada em cruzamentos para a área. Marcelo e Marinho marcaram ao adversário.

- Tivemos as oportunidades, fomos bem até certo ponto do jogo e não soubemos administrar estando na frente. Contundentes os ataques, como deveriam ser, mas o Vitória foi crescendo. As substituições do Vitória surtiram mais efeito. Não coloquei o time para trás. Faltou mais uma vez aproveitar as oportunidades. Certo é que ficamos devendo e precisamos pagar no próximo jogo - avisou Levir.
O Flu é o oitavo colocado do Brasileirão com 48 pontos. No complemento da rodada, Grêmio e Ponte Preta podem ultrapassar o time carioca. O Tricolor só volta a campo no próximo dia 6 de novembro, diante do Cruzeiro, em Belo Horizonte.



Confira a íntegra da entrevista de Levir:

MARACANÃ
Muito legal voltar, importante. Ficamos devendo para o torcedor. Era jogo para vencer. Tínhamos seis jogos. Precisávamos de quatro vitórias e um empate. Agora diminuiu. Temos que ganhar quatro. A conta é essa. Como conseguir? Focando no próximo adversário.

SEQUÊNCIA
Temos mais cinco jogos. Todos terão. Há tempo ainda para reagir. Não é que tenha faltado empenho. Tem parte emocional, tática, técnica, o andamento do resultado do jogo. Certo é que ficamos devendo. Deveríamos jogar mais do que jogamos. Precisamos pagar no próximo jogo.

Levir Culpi Fluminense x Vitória (Foto: André Durão)
Levir observa o time do Flu no Maracanã: 
quinto jogo seguido sem vitória no 
Campeonato Brasileiro (Foto: André Durão)



PÓS-JOGO
Clima de velório. Torcida veio, deu força, primeiro jogo no ano no Maracanã. Se perguntar para o Vitória o que eles vieram fazer aqui, a gente até aceita. É um resultado ruim, porque a iniciativa tinha que ser a nossa, a pressão tinha que ser a nossa. Não foi como queríamos.

ACOMODAÇÃO?
Não acredito. Conversamos sobre isso, surgiram chances de contra-ataque e tínhamos condições físicas para puxar. O Vitória se posicionou bem, as substituições deles funcionaram, conseguiram o resultado. Foi um jogo muito difícil para os dois, ambos precisavam do resultado.

PÊNALTI
Me falaram que a falta foi fora da área. Eu ainda não vi. Me parece que foi um erro de arbitragem. Se colocarmos os erros que prejudicaram o Flu, teríamos mais pontos do que temos hoje.

VITÓRIA
O Vitória não me surpreendeu. Pode ter surpreendido os outros que não acompanham. Flu voltou ao Maracanã, primeiro jogo no ano, eram ingredientes que deveríamos ter aproveitado. Jogamos abaixo do nosso nível. O time estava legal, clima ótimo. Mas 99% dos times estão no mesmo nível. Precisam ganhar para não cair ou para classificar. O nível é muito parecido, não tem ninguém disparado. Não produzimos o que poderíamos produzir. Sentimos o peso da responsabilidade. Pode ter acontecido sim. É uma falha do conjunto. nossa, principalmente minha que tenho de deixar o time preparado.

SÉRIE SEM VITÓRIAS
Podemos jogar mais. As derrotas às vezes são coincidências. Jogamos algumas partidas melhor que o adversário e perdemos. Faz parte. O fato é que a somatória de resultados negativos implica na saída do técnico, na troca de jogadores, várias coisas.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2016/10/levir-diz-que-flu-nao-administrou-jogo-e-volta-culpar-erros-nas-finalizacoes.html

Marinho marca no fim e dá empate ao Vitória contra o Flu: 2 a 2 no Maracanã




BRASILEIRÃO SÉRIE A 2016

33ª RODADA


Tricolor não entra no G-6 e Leão não consegue sair do Z-4, em partida com placar ruim aos dois times. Lance de gol de empate do time carioca teve dois erros do árbitro



Por
Rio de Janeiro



O Fluminense queria vencer para entrar no G-6. O Vitória, para escapar do Z-4. O empate em 2 a 2, na noite desta sexta-feira, no Maracanã, foi ruim para os dois times, que não alcançaram o objetivo na 33ª rodada do Brasileirão. Porém, o sabor menos amargo ficou com o time baiano: Marinho garantiu o placar ao marcar aos 42 minutos do segundo tempo.

A volta ao Maraca, após 11 meses, portanto, não foi como a torcida tricolor imaginava. Agora, a sequência sem vencer no campeonato é de cinco jogos. O Flu é o oitavo, com 48 pontos. O Leão, em 17º, soma 36 pontos. Vive um período igual sem ganhar.

Cícero e Marinho Fluminense x Vitória (Foto: André Durão)
Cícero e Marinho disputam lance no Maracanã: 
Fluminense e Vitória empatam pelo Brasileirão 
(Foto: André Durão)


O jogo começou truncado, com muitas faltas. As duas equipes demoraram a buscar o jogo, embora ambas precisassem do resultado. A bola rolou apenas 23 minutos, uma mostra da dificuldade em atacar. O Vitória saiu na frente, com Marcelo, após cobrança de falta de Marinho: o gol de cabeça mostrou a dificuldade tricolor em bolas levantadas. O Flu empatou com pênalti convertido por Richarlison, um lance com dois erros do árbitro Nielson Nogueira Dias. O atacante foi derrubado por Victor Ramos fora da área e o zagueiro deveria ter recebido o segundo amarelo. A virada, com Cícero, de cabeça, após cruzamento de Wellington Silva, premiou o time que atuou um pouco melhor.  
O Vitória não tinha mais nada a perder: partiu para o ataque. Argel Fucks fez trocas que deixaram o time mais ofensivo: entraram Serginho, Tiago Real e David. Por vezes, a equipe esteve desorganizada. Mas levou perigo, especialmente, em arrancadas de Marinho. Henrique evitou gol, ao cortar cruzamento de David, que Marinho iria completar. O Flu tentou manter a bola, mas não teve muito sucesso. Atacou pouco. Levir Culpi mandou a campo Marcos Junior e Magno Alves, mas a bola pouco chegou ao ataque. Scarpa, de fora da área, obrigou Fernando Miguel a fazer boa defesa. Até que Marinho marcou o 2 a 2: bateu rasteiro, após driblar Gum, em cruzamento de Euller. Cícero, nos descontos, de voleio, quase deu a vitória do Tricolor.


FONTE:

Eduardo aponta cochilo da Ponte em nova derrota fora: "Pagamos o preço"



PONTE PRETA


Treinador diz que o gol do Sport surgiu em um "lance solto" e avisado ao elenco da Macaca; comandante ainda afirma ser "opção técnica" não ter relacionado Galhardo



Por
Campinas, SP



(OBS. DO BLOG:
VEJA O VÍDEO CLICANDO NO 
LINK DA FONTE NO FINAL DA 
MATÉRIA ABAIXO)



"Um resultado justo". Foi assim que o técnico Eduardo Baptista analisou a derrota da Ponte Preta, por 1 a 0, para o Sport, em Recife, na abertura da 33ª rodada do Brasileiro. O treinador, que antes do jogo ficou emocionado com a recepção do torcedor rubro-negro, na Ilha do Retiro, apontou que um cochilo da defesa foi determinante para o resultado. Para ele, se o duelo terminasse empatado ou com a vitória da Macaca, também por 1 a 0, seria justo da mesma maneira pelo equilíbrio.

– A Ponte Preta poderia ter vencido por 1 a 0. (O gol do Rogério) Foi um lance solto. Avisamos bastante que a bola longa iria acontecer. Cochilamos e pagamos o preço. Foi um resultado justo, bem como seria justo uma vitória por 1 a 0 ou ainda o empate – falou o técnico da Macaca.

VEJA TAMBÉM:
Falha da defesa impede o fim da má fase da Ponte como visitante; análise

Eduardo Baptista, técnico da Ponte Preta (Foto: Reprodução SporTV)Eduardo acredita que momento de é começar a pensar em 2017 (Foto: Reprodução SporTV)


O jejum de quatro meses sem vencer fora de casa continua. Isso porque, a última vitória foi diante do Santa Cruz, no dia 30 de junho. Eduardo considera essa situação ruim para os planos na reta final, mas sabe que agora é melhorar e começar a pensar na qualificação do elenco de olho na temporada 2017.

– A gente joga bem. É um passo a mais. Montamos o elenco dentro do campeonato, achar um sistema e fizemos. Transformamos em gol dentro de casa, mas ainda sentimos fora. Temos que buscar os resultados neste final e qualificar para o ano que vem – disse Eduardo.

Chamou a atenção a ausência de Galhardo no banco de reservas. O meia, um dos destaques da Macaca, sequer viajou com a delegação para Recife. Eduardo justificou que o momento era para dar oportunidade aos garotos formados na base. Ravanelli foi um deles. Ele entrou no decorrer do segundo tempo, mas deixou o campo com uma lesão no ombro.

SAIBA MAIS:
Atuações da Ponte: Reinaldo sente pressão em campo e leva pior nota

– Foi uma opção minha. O próprio Ravanelli vinha treinando bem. Resolvi dar uma oportunidade a ele, assim como estava programada uma chance também para o Matheus Jesus ao longo do jogo. Foi opção técnica mesmo – completou.

A derrota deixou a Ponte com menos chances de alcançar o G-6. Com 45 pontos, a Macaca segue na décima colocação. A distância para o Corinthians permanece em quatro pontos, mas o time de Campinas tem um jogo a menos que os demais concorrentes pela vaga na Libertadores de 2017.

 FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/futebol/times/ponte-preta/noticia/2016/10/eduardo-aponta-cochilo-da-ponte-em-nova-derrota-fora-pagamos-o-preco.html

Paulista reconhece dificuldade, mas exalta vitória do Sport: "Gigantesca



SORT



Em vez de justificar atuação não tão boa da equipe rubro-negra, Daniel Paulista preferiu exaltar dificuldades impostas pela Ponte Preta, durante os 90 minutos, na Ilha




Por
Recife



(OBS. DO BLOG:
VEJA O VÍDEO CLICANDO NO 
LINK DA FONTE NO FINAL DA 
MATÉRIA ABAIXO)



O Sport esteve longe de dar espetáculo, na noite desta quinta-feira, na Ilha do Retiro. Correu muito e suar mais ainda para vencer a Ponte Preta, por 1 a 0, e somar mais três pontos na tabela de classificação da Série A do Campeonato Brasileiro. Apesar da atuação mediana, o técnico Daniel Paulista classificou o triunfo como "gigantesco" para as pretensões do Leão.  

- Vitória gigantesca. Conseguimos dar um salto dentro da classificação e já entramos na casa dos 40 pontos. Isso é muito importante, mas sabemos que tem muita coisa ainda e muitos pontos a jogar.

Daniel Paulista Sport x Ponte Preta Série A (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)
Daniel Paulista comemorou muito a vitória do 
Sport sobre Ponte Preta, pela Série A 
(Foto: Marlon Costa / PE Press)


Ao justificar a atuação não tão boa do time, Daniel Paulista exaltou as dificuldades impostas pela Ponte Preta durante os 90 minutos. 
  
- Foram três pontos importantes, mas temos que enaltecer o trabalho da equipe adversária, que fez um jogo que dificultou muito nossas ações. Tivemos muitas dificuldades e erramos muitos passes no primeiro tempo, mas no segundo tivemos uma postura diferente.


O jogo contra a Ponte Preta foi o terceiro de Daniel Paulista no comando do Sport. Já havia batido o Vitória, também por 1 a 0, e perdido para o Palmeiras, por 2 a 1, mas nas duas oportunidades a equipe se apresentou melhor. Para o treinador, o rival desta noite foi o mais difícil até agora.

- Na minha opinião, enfrentamos o adversário mais organizado dos três. Isso dificultou. Já sabíamos disso e era um jogo que não poderíamos desistir.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/pe/futebol/times/sport/noticia/2016/10/paulista-reconhece-dificuldade-mas-exalta-vitoria-do-sport-gigantesca.html

Sport joga simples diante de arrumada Ponte, vence e vê Z-4 mais de distante



BRASILEIRÃO SÉRIE A 2016

33ª RODADA



Rogério fez gol único de partida equilibrada entre pernambucanos e paulistas, na Ilha



Por
Recife




(OBS. DO BLOG:
VEJA O VÍDEO CLICANDO NO 
LINK DA FONTE NO FINAL DA 
MATÉRIA ABAIXO)




Numa noite marcada por reencontros e, novamente, com uma Ilha do Retiro lotada, o Sport deu mais um passo para se distanciar da zona de rebaixamento da Série A do Campeonato Brasileiro. Como no confronto diante do Vitória, os torcedores rubro-negros lotaram o estádio para ver o Leão vencer, por 1 a 0, a Ponte Preta do técnico Eduardo Baptista, Felipe Azevedo e Wendel - todos vestiram a camisa do Sport recentemente. Frente a uma equipe bem arrumada, que valorizou o confronto, o gol do Leão foi feito por um dos poucos da equipe que não havia trabalhado com Baptista: o atacante Rogério.

Com a vitória, o Sport chega aos 40 pontos e assume, de forma provisória, a 14ª colocação. Pode perder duas posições com o decorrer da rodada e retornar à 16ª, mas, no mínimo, mantém a diferença de dois pontos para a zona de rebaixamento. A Ponte segue em 10º, mas pode cair duas casas ao fim dos confrontos.

Ponte Preta e Sport terão uma folga na tabela. Agora, só voltam a campo nos dias 5 e 6 de novembro, respectivamente. O time de Campinas recebe o Santos, no Moises Lucarelli, enquanto os pernambucanos viajam para enfrentar o Grêmio, em Porto Alegre.

Sport x Ponte Preta Série A (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)
Sport x Ponte Preta foi um jogo tenso na Série 
A (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)


Com dois treinadores com características parecidas, Sport e Ponte Preta praticamente se anularam no primeiro tempo. Em casa, o Leão tentou chegar mais no ataque, mas foi barrado pelo eficiente sistema defensivo da Macaca. A equipe do técnico Eduardo Baptista assustou em contra-ataques, como o de Clayson, aos 42 minutos. O Leão levou perigo duas vezes. Uma com Rodney, que mandou uma bomba de fora da área e obrigou Aranha a fazer uma boa defesa, e a outra com Rogério, que tentou encobrir o goleiro, mas errou a mira.

+++ Veja tudo que aconteceu no jogo entre Sport x Ponte Preta, pela Série A

Ao contrário do primeiro tempo, quando tentou pressionar e não achou espaços, o Sport contou no início da etapa final com uma falha de Fábio Ferreira e abriu o placar. Aos 8 minutos, o zagueiro deixou a bola passar e viu Rogério invadir a área e fuzilar o goleiro Aranha: 1 a 0. Aos 23 minutos, Diego Souza teve a chance de garantir o placar num lance parecido com o do gol de Rogério, mas errou o chute e prorrogou o sofrimento do torcedor. Sempre presente no confronto, a Ponte Preta tinha uma melhor saída de jogo e, organizada, marcou território no campo rubro-negro. Deu sustos, mas, no fim, a Ilha pôde respirar e contar com mais três pontos.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/pe/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2016/10/sport-joga-simples-diante-de-arrumada-ponte-vence-e-ve-z-4-mais-de-distante.html

Com dificuldade, Praia vence Valinhos em abertura da Superliga Feminina




SUPERLIGA FEMININA DE VÔLEI



Time mineiro comete muitos erros no início e encontra atacantes do Valinhos inspiradas, mas controla partida e vence por 3 sets a 1, em São Paulo



Por
Valinhos, SP



(OBS. DO BLOG:
VEJA O VÍDEO CLICANDO NO 
LINK DA FONTE NO FINAL DA 
MATÉRIA ABAIXO)


O saque inicial da Superliga Feminina de vôlei 2016/17 foi dado. Na partida de abertura da temporada, o Praia Clube visitou o Valinhos e teve dificuldades para vencer as anfitriãs por 3 sets a 1 (parciais de 25/19, 16/25, 25/18 e 25/18), em 2h de partida, nesta quinta-feira, no ginásio Pedro Ezequiel da Silva, em São Paulo. Apesar do começo nervoso, com muitos erros, o time mineiro controlou o jogo e somou os três primeiros pontos na competição. A ponteira Michelle, do Praia, recebeu o Troféu VivaVôlei.

Na próxima rodada, o Valinhos enfrenta o Rio de Janeiro, no Tijuca Tênis Clube, às 21h45, no dia 3 de novembro. No dia seguinte, às 19h30, o Praia Clube, por sua vez, faz a estreia como mandante contra o Bauru, na Arena Praia.

Valinhos x Praia Clube, Superliga Feminina de vôlei, ginásio Pedro Ezequiel da Silva (Foto: Reprodução/SporTV)
Valinhos recebeu o Praia Clube no jogo de 
abertura da Superliga e dificultou a vida 
das mineiras (Foto: Reprodução/SporTV)


O jogo
O Praia Clube começou nervoso e cometeu muitos erros de recepção e ataque. O Valinhos se aproveitou disso e abriu vantagem logo no início em 6 a 2, após bloqueio de Flávia em Ramirez.. A diferença chegou a cinco pontos, mas o time mineiro melhorou a recepção. Com Michelle no saque, o Praia virou o set em 12 a 11. As equipes trocaram pontos e a liderança no placar até bloqueio de Fabiana fazer 18 a 15. Apesar dos bons ataque de Fran Lemos, as mineiras controlaram a parcial e fecharam o primeiro set com ataque na saída de rede de Alix: 25/18.

No segundo set, muitos ralis, erros dos dois lados e porta fechada no Valinhos. Apesar dos erros de saque, o time paulista abriu quatro pontos em ace de Flávia: 9 a 5. Atrás do placar e com recepção ruim, Claudinha teve seu jogo marcado e o Praia parou nos bloqueios. No ataque para fora de Carla, a diferença subiu para oito pontos: 21 a 13. Com Valinhos liderando o placar, Fran Lemos deu números finais ao set com bola na entrada de rede e deixou tudo igual: 25/16.

Valinhos x Praia Clube, Superliga Feminina de vôlei, Ginásio Pedro Ezequiel da Silva (Foto: Reprodução/SporTV)
Com passe na mão, Claudinha conseguiu deixar 
as atacantes do Praia em boas condições 
(Foto: Reprodução/SporTV)


No terceiro set a história foi diferente. O Praia Clube liderou o marcador desde o início. Com Walewska no saque e Alix bem nos ataques, o time mineiro se distanciou. Após ataque para fora de Carla Sousa, abriu cinco pontos: 7 a 2. Essa diferença se manteve e os times trocaram pontos. Fran Lemos atacava e Walewska respondia. A recepção do Praia melhorou, Claudinha teve a bola na mão e conduziu a equipe até fechar o terceiro set: 25/18.

No quarto set, as equipes seguiram iguais até Claudinha pontuar com uma bola de segunda: 9 a 7. A diferença aumentou quando Michelle foi acionada e resolveu com bloqueios e ataques firmes para o Praia: 16 a 9. O placar deu tranquilidade ao time mineiro, que administrou a vantagem e não deu chances aos ataques de Fran Lemos e Lids. Em bola de Alix pela entrada de rede, o Praia fechou o set em 25/18 e o jogo em 3 sets a 1.


FONTE:

Estrelado Sesi-SP estreia com vitória tranquila sobre o Maringá fora de casa



SUPERLIGA MASCULINA DE VÔLEI



Mesmo jogando no interior do Paraná, Bruninho, Murilo, Lucão e companhia não tiveram dificuldades para fazer 3 a 0 em cima do time de Ricardinho, pela Superliga




Por
Maringá, PR



(OBS. DO BLOG:
VEJA O VÍDEO CLICANDO NO 
LINK DA FONTE NO FINAL DA 
MATÉRIA ABAIXO)



Um  dos principais candidatos a destronar o Cruzeiro na Superliga deste ano, o estrelado Sesi-SP estreou bem na temporada. Jogando fora de casa nesta quinta-feira, a estrelada equipe paulista não teve grandes dificuldades para bater o Maringá por 3 sets a 0, parciais de 25/18, 25/16 e 25/20.
Com quatro campeões olímpicos no elenco - Bruninho, Lucão, Serginho e Douglas -, o Sesi se impôs desde os primeiros minutos do jogo, não dando chances aos donos da casa. Levantador e presidente do Maringá, o veterano levantador Ricardinho chegou a levantar a torcida com alguns lances de muita habilidade, mas não foi suficiente para evitar a derrota diante do fortíssimo time paulista.

O Sesi-SP volta a jogar na próxima quinta-feira, contra o Canoas, em São Paulo. Já o Maringá pega o Taubaté fora na segunda rodada, no dia 5 de novembro. 

Sesi venceu o Maringá na estreia na Superliga masculina de vôlei (Foto: Reprodução/Twitter/Sesi)
Sesi venceu o Maringá na estreia na Superliga 
masculina de vôlei (Foto: Reprodução/
Twitter/Sesi)



O jogo
A superioridade técnica do Sesi-SP ficou exposta desde o início do jogo. Com Bruno explorando bem todas as armas, o ataque do time paulista começou impecável. O saque forçado também dificultou o passe do Maringá, que viu os visitantes abrirem 10/5 rapidamente. No talento, Ricardinho comandou um esboço de reação dos paranaenses, que chegaram a cortar a diferença para dois (13/11). Mas durou pouco. O Sesi retomou o controle com bons ataques de Aracaju e caminhou tranquilo para fechar o set em 25/18.

O Maringá iniciou a segunda parcial abrindo 3/1 e levantando a torcida. Uma sequência de jogadas polêmicas gerou muita reclamação de ambos os lados na sequência e o árbitro precisou advertir os dos times. Com os ânimos mais calmos, o Sesi-SP entrou novamente nos trilhos e retomou a ponta (9/8). Mais uma vez, os esforços de Ricardinho e do Maringá não foram suficientes para evitar que o time paulista deslanchasse no placar para fechar em 25/16.

No terceiro set, Ricardinho, que completa 41 anos em novembro, foi para o banco descansar e deu lugar a Pedro. O levantador de 26 anos até entrou bem, mas não o suficiente para mudar o panorama do jogo. Muito consistente, o Sesi-SP continuou cometendo poucos erros e fez 25/20, garantindo a vitória por 3 sets a 0.

Bruninho levanta a bola durante a vitória do Sesi sobre o Maringá na estreia na Superliga (Foto: Divulgação)
Bruninho levanta a bola durante a vitória do 
Sesi sobre o Maringá na estreia na Superliga 
(Foto: Divulgação)


FONTE:

Finito: Serra trocou o sonho da presidência pelo medo de acordar com o Hipster da Federal. Por Kiko Nogueira


FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/finito-serra-trocou-o-sonho-da-presidencia-pelo-medo-de-acordar-com-o-hipster-da-federal-por-kiko-nogueira/


por : 


Finito

Teremos condução coercitiva do chanceler José Serra? Teremos show ao vivo?
Não precisa. Teremos justiça?
De acordo com a delação de executivos da Odebrecht, ele recebeu R$ 23 milhões de reais (R$ 34,5 milhões em dinheiro de hoje) de caixa 2 na campanha eleitoral de 2010.
Os dois delatores afirmam que têm os recibos da conta na Suíça. Quem operou foi Ronaldo Cezar Coelho, ex—PSDB, atualmente no PSD, irmão do Arnaldo da Globo, escada do Galvão.
José Serra, diz a Folha, é chamado de “vizinho” e “careca” nos documentos.
A resposta dele à reportagem é um assombro. A assessoria avisa que JS “não vai se pronunciar sobre supostos vazamentos de supostas delações relativas a doações feitas ao partido em suas campanhas”. Ele “reitera que não cometeu irregularidades”.
O texto é a cara de Serra, aquela mistura explosiva de arrogância e egolatria que marcou sua carreira e vem dando o tom do ministério que ocupa.
Serra não tem mais condições de permanecer no cargo. É uma humilhação para o país. E, se fosse coerente com sua história e com a imagem que vê no espelho, ele pediria o chapéu.
Em seu livro de memórias, Fernando Henrique Cardoso faz a definição mais precisa do amigo. Vou resumir. Uma recepção importante estava marcada. Serra avisou que não ia. Todos estranharam.
FCH explicou a atitude do colega: Serra não vai a lugar nenhum onde não seja o convidado principal.
Lula está sendo submetido a um massacre, mas há algo que o ajuda nesses momentos: ele sempre esteve na mira, com intervalos de calmaria. Serra, não.
Passou por um exílio no Chile, onde conheceu a ex-mulher, Monica, e depois teve toda a blindagem e o auxílio necessários para que ficasse sossegado para fazer o que sempre quis.
Só virou manchete, agora, porque tudo tem limite. Até ele.
A ambição de disputar a presidência em 2018 era a razão para suportar um sujeito que ele reputa desprezível como Michel Temer e a corja do PMDB. Alckmin está rindo em algum lugar. FHC também. Aécio não ri porque sabe que sua situação não é melhor.
Serra sabe que está liquidado. Uma coisa era sonhar com a presidência em 2018. Outra é pensar em acordar com o Hipster da Federal.

Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui.
Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Odebrecht detalhou depósito eleitoral para Serra na Suíça, em delação da Lava Jato


FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/odebrecht-detalhou-deposito-eleitoral-para-serra-na-suica-em-delacao-da-lava-jato





Jornal GGN - A doação eleitoral que a Odebrecht fez à campanha presidencial de José Serra em 2010 via caixa dois foi detalhada em pelo menos dois delatores da Lava Jato, segundo relatos da Folha de S. Paulo desta sexta-feira (28). O montante teria abastecido não só o caixa eleitoral de Serra, mas também de outros candidatos tucanos.
"Um deles é Pedro Novis, presidente do conglomerado de 2002 a 2009 e atual membro do conselho administrativo da holding Odebrecht S.A. O outro é o diretor Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, que atuava no contato junto a políticos de São Paulo e na negociação de doações para campanhas eleitorais."
Novis e Paschoal já estão com os termos fechados há duas semanas, faltando apenas definir o valor da multa a ser paga. Não haverá regime fechado para nenhum dos dois colaboradores, assim como para Emílio Odebrecht, pai de Marcelo Odebrecht, que deve cumprir, no máximo, seis meses em regime domiciliar e mais seis meses em regime aberto.
Segundo a delação contra Serra, a primeira da Lava Jato, parte dos recursos doados em 2010 foi depositado em uma conta na Suíça, sendo que o interlocutor do tucano era o ex-deoputado Ronaldo Cesar Coelho (fundador do PSDB, atualmente no PSD). O jornal não especificou quanto foi enviado ao exterior.
Já no Brasil, o repasse foi negociado com o também ex-deputado estadual Márcio Fortes (PSDB), próximo de Serra. Ele é o homem que arrecada para campanhas presidenciais tucanas. Fez o mesmo por FHC na década de 1990 e Aécio Neves, em 2014.
A Odebrecht afirma que tem como comprovar os depósitos, e afirmou, ainda que fez o acordo do caixa dois com a direção nacional do PSDB, que depois distribuiu o montante na Suíça a outras candidaturas.
No Tribunal Superior Eleitoral, a Odebrecht doou oficialmente ao PSDB, em 2010, R$ 2,4 milhões, para a campanha de Serra.
Na delação, de acordo com o jornal, os executivos disseram que o caixa dois não estava vinculado a nenhuma contrapartida. Teria sido apenas o atendimento a um pedido do PSDB.
Na planilha da Odebrecht, Serra aparece como "careca" ou "vizinhO", por ter morado muito próximo de Pedro Navis e manter relações com ele.
Serra, disse, por meio de sua assessoria, que "não vai se pronunciar sobre supostos vazamentos de supostas delações relativas a doações feitas ao partido em suas campanhas". Cesar Coelho também negou as acusações. Fortes e Odebrecht não se manifestaram.

Procurador admite que acordo da Odebrecht é ameaçado por governo Temer



FONTE:
merhttp://jornalggn.com.br/noticia/procurador-admite-que-acordo-da-odebrecht-e-ameacado-por-governo-te




Jornal GGN - Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos principais procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, afirmou que o acordo de delação premiada da Odebrecht pode levar ainda, pelo menos, alguns meses ou sequer ser finalizado. Um dos braços de Sérgio Moro nas investigações assumiu que interesses do governo de Michel Temer podem interferir.
 
"Não tenho confiança absoluta em fechar um acordo, porque estamos num ambiente de instabilidade institucional no Brasil. (...) Não sei se há interesse do governo federal em que essas colaborações se efetivem. Boa parte do que é falado nessas colaborações, e não estou falando só da Odebrecht, se refere a personagens políticos que foram ou são do governo", admitiu o procurador.
 
"Não há um acordo firmado com a Odebrecht, não há nenhum acordo. Existem muitos detalhes para resolver", disse o procurador à agência de notícias Reuters. Segundo a reportagem, o aguardado acordo de delação de Marcelo ou outros executivos da empreiteira com os investigadores, a nível da Justiça Federal do Paraná, pode não ser fechado "devido à resistência de políticos". 
 
A negativa ocorre após notícias darem conta de que os depoimentos de executivos, como o de Pedro Novis, ex-presidente da Odebrecht, recaírem sobre o tucano José Serra, ministro de Relações Exteriores, além de outras delações envolvendo o próprio governo de Michel Temer e sua grande base aliada.
 
"Todas essas negociações são muitos complexas, demoram muito para terminar porque envolvem muitos fatos, muitos pessoas", negou Lima, nesta quinta-feira (27) em entrevista ao jornal em seu escritório em Curitiba, onde a Polícia Federal, procuradores e o juiz federal Sérgio Moro vêm conduzindo a Lava Jato.
 
Em mais de uma vez, o procurador da República negou que haja avanços no acordo com a Odebrecht, seja com os funcionários e ex-executivos, seja de leniência a nível do Ministério Público Federal com a empresa. A reportagem consultou os advogados da Odebrecht, que afirmaram que não poderiam falar sobre negociações em andamento com os investigadores.
 
Após inicialmente negar colaborar com a Lava Jato, desde a sua prisão em 2015, Marcelo Odebrecht resolveu informar o que sabe, com o intuito de abrandar a sua pena de 19 anos em prisão em Curitiba.
 
Lima, que vê possibilidades de conseguir boas informações na Lava Jato, admitiu que acordos desse tipo que interferem membros do governo Temer podem representar uma ameaça para o próprio andamento da investigação.
 
Citou como exemplo o projeto de Lei de Abuso de Autoridade, em tramitação no Congresso e defendida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Estão, na verdade, desincentivando que as pessoas investiguem, é muito simples", disse Lima. 
 
"Não tem realmente proteção em relação a sua investigação e não ser ameaçado pelo poder político, e isso vai impedir que novos casos apareçam. Por que eu vou arriscar e fazer isso se eu ganho o mesmo salário no final do mês se eu não fizer absolutamente nada?", completou.

Com ajuda de Renan, Gilmar tenta emplacar sócio de sua esposa no CNJ


FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/com-ajuda-de-renan-gilmar-tenta-emplacar-socio-de-sua-esposa-no-cnj






Jornal GGN - Com ajuda de Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, tenta emplacar no Conselho Nacional de Justiça o jovem advogado Henrique Ávila, sócio de sua esposa, Guiomar Feitosa, em uma banca de Brasília. "O CNJ é um lugar capaz de complicar juízes, daí Calheiros [que já rejeitou dois pedidos de impeachment de Gilmar] querer apadrinhar gente por lá." As informações são da CartaCapital.
Por André Barrocal
Na CartaCapital
 A prisão de policiais e o recolhimento de equipamentos do Senado capazes de descobrir escutas clandestinas escancararam a existência de uma aliança entre o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo de vários inquéritos na Operacão Lava Jato, e o ministro Gilmar Mendes, comandante da subdivisão do Supremo Tribunal Federal (STF) encarregada de examinar processos surgidos da operação.
O senador, que em setembro engavetou dois pedidos de impeachment de Mendes, um por crime de responsabilidade, outro por partidarismo (pró-PSDB), irmanou-se ao ministro em uma campanha por uma lei de abuso de autoridade, tentativa de enfraquecer a Lava Jato.
E agora, numa espécie de ação entre amigos, eles lutam juntos para preencher uma vaga disponível no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão fiscalizador de tribunais e juízes.
O candidato da dupla é o jovem advogado Henrique Ávila, de 33 anos. Que vem a ser sócio em Brasília de uma banca chefiada na cidade pela esposa de Mendes, Guiomar Feitosa. Trata-se de uma filial do escritório do advogado Sergio Bermudes, sediado no Rio, responsável por defender clientes graúdos, com Eike Batista, Odebrecht, Vale. Bermudes orgulha-se de chamar Mendes de “irmão”.
O CNJ é um lugar capaz de complicar juízes, daí Calheiros querer apadrinhar gente por lá. Em virtude da prisão dos policiais do Senado e da apreensão dos aparelhos anti-escuta, o peemedebista resolveu denunciar ao órgão o juiz que autorizou a chamada Operação Métis, Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, taxado pelo senador de “juizeco”.
Na campanha em favor da candidatura de Ávila, cuja indicação ao CNJ precisa ser aprovada pelo Senado, Mendes tem se esmerado nas articulações. Outro dia ofereceu um jantar em casa a reunir senadores. Um destes elogiou a picanha do casal Gilmar e Guiomar, e graças a isso foi embora com uma peça crua debaixo do braço.
O ministro não discrimina prontuários na hora de cabalar votos. Foi buscar apoio para Ávila junto a um senador processado no Supremo e que vive situação delicada. Foi buscar e conseguiu.
A candidatura de Ávila ao CNJ foi formalmente proposta no Senado em julho por Fernando Collor (PTB-AL), conterrâneo e velho parceiro de Calheiros, tendo sido este um dos líderes de Collor no Congresso ate o então presidente sofrer um impeachment em 1992.
Consta que depois de dada a largada na campanha de Ávila, a ministra do STF Cármem Lúcia, presidente da corte desde setembro, aderiu à candidatura do sócio da mulher do colega de tribunal.
Ávila tem um oponente na disputa, outro jovem advogado, Octavio Orzari, nome defendido pelo antecessor de Carmem Lúcia na direção do STF, Ricardo Lewandowski. Os dois competidores foram sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado no dia 5 de outubro e aguardam o dia de seus nomes serem levados em votação no plenário.
Consta que Calheiros quer um dia de casa cheia, talvez a coincidir com a votação da proposta do governo Michel Temer de congelar por 20 anos as verbas sociais, para facilitar a vitória do seu Ávila.

TEMER RASGA A CLT COM A MÃO DO STF



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/temer-rasga-a-clt-com-a-mao-do-stf


Moro já desempregou 1.500 mil trabalhadores!

Bessinha Temer Saúva.jpg
PHA: 
Eu entrevisto Vagner Freitas, presidente da CUT. 
Vagner, o que você acha dessa decisão do Supremo Tribunal Federal de mandar cortar o ponto de servidor desde o primeiro dia de greve?
Vagner: O Supremo fica tomando ares de Governo. Isso me preocupa muito! Na realidade, precisa ter uma negociação entre Governo e movimento sindical para que os trabalhadores tenham direito a negociação e direito a greve. Eu não sei se todos sabem, mas o Brasil não ratifica a Convenção 151 da OIT, que dá o direito de negociação aos trabalhadores do serviço público. Por incrível que pareça, o Brasil não é seguidor dessa norma. Então, o que acontece com os trabalhadores do serviço público é que boa parte das greves são feitas para abrir negociação com governador, prefeito, Presidente da República ou com qualquer órgão público. É por isso que tem tanta greve no serviço público. Não há negociação direta, não há um entendimento direto entre as partes. Primeiro, o Supremo não tem que legislar; quem tem que discutir relação de trabalho é a negociação direta entre patrão e empregado. O que o Brasil precisa fazer é ratificar a Convenção 151 da OIT. Aí, os trabalhadores do serviço público, ao invés de fazerem 30 dias de greve para abrir a negociação, vão poder, talvez, em entendimento, chegar a um acordo.
PHA: Acontece que se houver uma negociação entre a categoria e o empregador é possível que seja pago o dia parado, não é isso?
Vagner: Faz parte da negociação. Os bancários acabaram de fazer quase 30 dias de greve. Como tem negociação coletiva entre os banqueiros e os bancários, no desfecho da negociação ficou acertado o pagamento dos 30 dias de greve, em negociação. Ou pode acontecer que não seja - o empregador também não é obrigado a concordar com isso. Depende da capacidade e da força do sindicato na negociação. No setor público, isso não tem, porque não tem negociação. Aí, quando o Supremo vai e toma uma medida como essa, ele aposta no retrocesso. Não incentiva a negociação coletiva, não incentiva a resolução do conflito. O que ele faz é aumentar o conflito. Não ache o Supremo que sindicatos ligados à CUT vão ficar com medo de fazer greve por conta disso! Nós fazemos greve não porque gostamos, e sim, porque não temos condições de ver nossos direitos e nossas reivindicações atendidas. Fizeram greve na época da ditadura militar, não vão fazer agora? Vão fazer, sim, se for necessário e o trabalhador aprovar em assembleia ! O Supremo não precisa ficar aumentando o conflito. Acho que não foi uma boa medida.
PHA: Você deve ter visto uma declaração de um dos juízes do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes, que disse assim: "O Brasil é psicodélico. Em nenhum lugar do mundo há greve de servidor público". Você acabou de mencionar a OIT e a relação entre trabalhadores e o serviço público. O Brasil é o único lugar do mundo em que há greve de servidor público?
Vagner: O Brasil vive uma situação psicodélica, mesmo. Até porque você tem um Governo Golpista no poder - que não foi eleito -, um Poder Judiciário que se arvora a governar o Brasil, um juiz de primeira instância que pode prender, pode pressionar e incriminar, procuradores que não têm provas, mas acham que têm evidências e, por isso, podem condenar um Presidente da República... Neste sentido, eu concordo com o Gilmar Mendes. Em relação à greve, é um desconhecimento dele. Greve de trabalhador do serviço público existe no mundo inteiro. Há poucos dias, a França estava numa greve geral com a participação dos trabalhadores do setor público. Todos os trabalhadores têm direito à greve, em todas as partes do mundo onde há Democracia. É que o Brasil vive em um regime de exceção, e isso me preocupa. Talvez o direito à greve seja só mais um dos direitos que percamos. Eu espero que não percamos a liberdade de expressão, também.
PHA: Outra questão, já que estamos falando em direitos: você deve, evidentemente, estar acompanhando a tramitação, no próprio Supremo, de uma ação de um operário de uma usina de açúcar em Pernambuco, que deve chegar agora a votação no Pleno. É possível que o Supremo decida que o negociado vale mais que o legislado. Ou seja, que o Supremo rasgue a CLT. O que você acha dessa tramitação ? Qual é a sua expectativa sobre a decisão do pleno do Supremo?
Vagner: Eu acho que o Supremo não deve se manifestar sobre esse tema, porque esse é um tema que deve ser negociado na sociedade. Se o Governo entende que vai ter o negociado se sobrepondo ao legislado, nós da CUT não concordamos e temos que fazer a disputa na sociedade. O que está acontecendo é que o Supremo está fazendo o papel do Governo, e ele vai legislando e aliviando - me parece num conluio - a função que seria do Governo Golpista da retirada de direitos. Daqui a pouco, o Temer não vai nem precisar ser julgado pela História como aquele que tirou os direitos dos trabalhadores, porque o Supremo faz isso no seu lugar. Tenho a impressão de um conluio, de um entendimento entre eles, com o objetivo de retirar direitos dos trabalhadores. Isso nos leva à greve geral, isso nos leva ao enfrentamento - porque não há diálogo. Porque a questão do negociado sobre o legislado, para acontecer, só se for acima do que a Lei determina. O que não pode é você rasgar a CLT e o trabalhador só ter direito aquilo que for negociado entre as partes, já que não há condições iguais para negociação coletiva entre patrão e empregado no Brasil hoje. Inclusive porque muitos trabalhadores não podem ser sindicalizados porque serão demitidos, porque os sindicatos não têm acesso aos trabalhadores nos locais de trabalho, porque a legislação, hoje, garante mínimas coisas para os trabalhadores. Isso é um equívoco no Brasil! O Brasil tem a judicialização da política, e aí o Poder Judiciário - até a Suprema Corte - acaba com o debate coletivo na sociedade. Nós não aceitaremos isso de maneira nenhuma! Acho que o Supremo deveria devolver esse assunto ao Congresso Nacional, porque existe um Congresso eleito (deputados e senadores) para legislar sobre questões referentes à sociedade como um todo. E é desnecessário que o Supremo fique se arvorando sobre  o Poder Legislativo e o Poder Executivo. É a ditadura da toga. Isso leva o Brasil ao atraso. 
PHA: Mas não existe a possibilidade de haver um acordo tácito para fazer com que o Supremo...
Vagner: Eu acho que há um acordo tácito...
PHA: Para o Supremo fazer o trabalho que o Legislativo não quer fazer... O Legislativo não quer sujar as mãos rasgando a  CLT e deixa isso para Ministros do Supremo ? Não é possível haver esse acordo?
Vagner: Eu concordo com você, plenamente. Acho que, como o Governo não tem credibilidade, tem 10% de aceitação,  um Presidente frágil, acusado e acuado em vários flancos, em plena Lava Jato e outras coisas mais, como eles querem retirar direitos dos trabalhadores, acabam fazendo isso via Poder Judiciário, num conluio. Porque sabem que não conseguem aprovar na sociedade esse tipo de questão. Isso é muito ruim, o Brasil passa por um momento muito duro e, lamentavelmente, o direito dos trabalhadores foi o motivo do Golpe. O Golpe contra a Presidenta Dilma não foi pura e simplesmente contra ela e o PT, mas tinha por objetivo diminuir os direitos dos trabalhadores, diminuir o valor do salário no PIB... E nós vamos fazer um enfrentamento contra isso no Brasil, não tenha dúvida nenhuma!
PHA: E o que você acha dessa decisão, também do Supremo, de promover a desaposentação?
Vagner: É outro absurdo! O trabalhador hoje no Brasil vive a seguinte questão: ele se aposenta, mas a aposentadoria dele não dá para pagar as contas (porque, quando se aposenta, ele perde uma série de direitos que ele tinha quando estava no mercado de trabalho). Aí ele acaba voltando a trabalhar. Só que não tem, depois da volta ao trabalho dele, redimensionado o que ele paga à Previdência para que ele receba depois como aposentadoria. É um absurdo! Então, ele trabalha, contribui e não pode ter revistos os seus benefícios se ele, por acaso, tenha tido empregos com renda maior e que poderiam alterar depois os benefícios que ele recebe. Isso não tem cabimento! É você lesar o trabalhador. O que deveria acontecer é que ele tivesse uma aposentadoria no valor necessário para ele poder continuar provendo a sua família e a ele próprio, para que ele não precisasse voltar a trabalhar, liberando a vaga para outro trabalhador. Mas não é o que acontece no Brasil.  Então o trabalhador acaba tendo que, mesmo aposentado, voltar a trabalhar para garantir a sua renda e não passar necessidade. E aí agora o Supremo entende que, se ele trabalhou mais 10 anos depois que se aposentou, esses 10 anos não contam para o recálculo da aposentadoria dele. Nós vamos entrar com uma ação e vamos também na construção do nosso dia 11 de novembro, que é o Dia Nacional de Greve para nós, tratar desse assunto. Vamos ter que fazer um enfrentamento que, na minha opinião, vai chegar à greve geral, para a gente impedir que esses direitos dos trabalhadores continuem sendo retirados pelo Supremo em conluio com o Governo.
PHA: Sobre a possibilidade de 182 mil processos de desaposentação sobre trabalhadores que podem ser obrigados a pagar aquilo que receberam a mais...
Vagner: Eu acho que sim, porque já que você já teve esses 182 mil julgados e já tiveram o seu processo de desaposentação garantido. Agora, como o Supremo vai e diz que essa lei não vale, só espero que eles não exijam que os trabalhadores devolvam o dinheiro. Inclusive, acho que a legislação não permite isso. Mas como no Brasil de hoje a Lei interessa apenas aos mais ricos - e os trabalhadores não estão nisso -, isso talvez aconteça. Seria mais um absurdo, mais uma arbitrariedade. 
PHA: Uma última questão, a questão do desemprego: você viu que o desemprego, oficialmente, chegou a 12%. Mas, se você incluir aí os desalentados, aqueles que não procuram mais empregos, é possível que esse número seja de 19%. Qual é a sua expectativa sobre o futuro do emprego no Brasil? E você poderia responder, nesse contexto, quantos metalúrgicos foram demitidos pela destruição da Indústria Naval do Brasil, promovida pelo Juiz Moro e a nova administração da Petrobras?
Vagner: A Lava Jato e o Juiz em questão são responsáveis, na nossa avaliação, por 1,5 milhão a 2 milhões de desempregados no Brasil, por conta da quebra da cadeia Petrobras - não só em relação aos estaleiros da Indústria Naval, mas também da construção civil, com a quebra das empreiteiras. Então, são quase 2 milhões de pessoas desempregadas. Lula, quando foi Presidente da República, tinha elevado a quantidade de trabalhadores e metalúrgicos em mais de um milhão - pelo aquecimento da Indústria Naval e de outros setores da Economia. Esses todos foram demitidos com a crise econômica. E a crise econômica acontece também por causa da crise política, muito por conta da Lava Jato. Porque ninguém vai investir no Brasil, um país que não cumpre seus contratos, onde contratos são quebrados a todo momento. O Governo Golpista diz que o Brasil está tendo um desenvolvimento. Não está tendo desenvolvimento! O Brasil vive uma crise maior do que a que vivia há três, quatro meses. O desemprego aumenta - e não 12%, mas 19%, mesmo! Por que acontece isso? O Governo não tem credibilidade! O Brasil não tem estabilidade política. Eles dizem que vão trazer investimentos estrangeiros, mas isso é uma balela, uma mentira! O próprio Robson (de Andrade), presidente da poderosa CNI, diz que não está havendo investimento estrangeiro no Brasil, porque não há credibilidade do Governo, não há tranquilidade interna para que possa haver investimentos estrangeiros. Quem sofre com isso são os trabalhadores. O Brasil precisa passar por essa crise política para ter alternativa econômica. Pode ter certeza: aumentou o desemprego, a inflação aumentou, a qualidade de vida das pessoas diminuiu muito e não há perspectiva futura. 
SOBRE A DECISÃO DO SUPREMO DE AUTORIZAR O CORTE DE PONTO NA GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS
O legislativo, que apoiou e incentivou o golpe parlamentar, diante de um governo fraco quer acumular as funções dos outros poderes constitucionais, aviltando escandalosamente a nossa carta maior. Mais do que interpretar a lei, já legisla na interpretação e exerce funções executiva quando vislumbra a admissibilidade prévia de uma greve pública como abusiva, autorizando o corte de ponto de servidores públicos no início de uma greve.
A greve no serviço público sempre foi criticada, porque não sofria dos mesmos rigores no corte de ponto como no setor privado. Nesse furacão do avanço da direita após o golpe, esta confusão interpretativa passa à população desinformada como uma questão de justiça. E mais uma vez o senso comum, provocado pela mídia, mostra-se equivocado fazendo coro com a direita ensandecida e seu apetite para destruir todos os avanços de conquistas sociais.
Ora, ocorre que a greve no serviço público é COMPLETAMENTE diferente da greve do setor privado. Nela não se encontra a oposição capital / trabalho. No setor privado o trabalhador vende a sua força de trabalho e faz greve quando não está satisfeito com esta exploração, medindo forças com o capital para paralisar a produção. Neste embate o capital pode cortar o ponto e ganha quando a correlação de forças lhes é favorável. Em situação de desemprego, por exemplo. Daí as greves serem escassas nesses momentos. Entretanto, em situação favorável ao trabalho, a greve pode ser vitoriosa com atenção às reivindicações (diminuição de jornada de trabalho, aumento de salário) até a reposição dos dias parados. A greve no setor privado é sempre um confronto entre o capital e o trabalho dentro da possibilidade de aumentar ou diminuir a mais-valia. Um cabo de guerra representativo da luta de classes.
No setor público não é esse o embate. A maioria dos serviços públicos (como saúde e educação, por exemplo) são investimentos que o Estado faz nos seus cidadãos – notadamente aos mais carentes – tirando dos impostos da produção uma quantia para diminuir a injusta distribuição de renda. Por isso o capital briga por um estado mínimo e os trabalhadores necessitam de um estado forte. Governo não está alheio à luta capital/trabalho do setor privado. Ora favorece ao capital (movimentos de direita do governo), ora protege aos trabalhadores (movimentos à esquerda). O governo deveria ser mediador. O centro nas democracias capitalistas. Ocorre que a pressão das forças produtivas leva esse centro à direita forçando a menos investimentos no serviço público, redução de salários dos servidores, mal atendimento à população. Como na aprovação da PEC 241. Se nesse momento irrompe uma greve, ela visa o governo, para que ele retorne mais ao centro, talvez chegar mais à esquerda. O interesse dos grevistas deverá ser mudar a correlação de forças. Cobrar mais investimentos nos programas sociais. Mexer com a posição do estado. Forçar que ele aumente o seu tamanho para abarcar aos mais pobres. Quanto mais o estado se torna mínimo – como quer o capital – mais as políticas sociais são abandonadas. A greve no setor público visa o aumento do papel protetor do estado.
Já participei de greves públicas como servidor e como gestor. No interesse maior, muitas das vezes o gestor público está favorável ao movimento. Também pode acontecer que os movimentos sindicais extrapolem nas questões corporativas do servidor em detrimento ao bem-estar da clientela pública. Cabe o gestor, em situações de excepcionalidade, cortar o ponto. A lei já facultava tal medida. E o gestor pode negociar a radicalidades de situações corporativas com o atendimento à população. Geralmente os dias descontados nesses extremos são devolvidos com a volta da normalidade.
O que o Supremo decidiu ontem foi a admissibilidade preventiva de que toda greve no setor público é ilegal. Tentam comparar uma luta por mais investimentos públicos, de um estado que se rende ao capital, à greve da luta pura e simples da luta de classes entre o capital e o trabalho.
Ledo e ivo engano de entendimento do senso comum. Melhor dizer má-fé dessa politização do judiciário. O judiciário assim deixa a sua função de árbitro para tomar partido descarado do capital e inibir o direito constitucional de protesto do servidor público para a melhoria do estado no seu papel de protetor dos mais desfavorecidos.
Uma atitude golpista por excelência. E há os que insistem dizer que estamos numa normalidade. O estado de direito acabou!
Edmar Oliveira, médico, servidor aposentado do MS, escritor, colaborador do C Af