Lado sentimental do jogador tem atrapalhado durante a carreira
Elkeson falou em coletiva sobre supostas baladas em 2011 (Foto: Gilvan de Souza)
LANCEPRESS!
Publicada em 12/01/2012 às 07:30
Rio de Janeiro (RJ)
A palavra sério tentar guiar Elkeson em 2012. De acordo com o
Dicionário Aurélio, ela pode significar "algo que merece cuidado" ou
"sisudez". Mas as duas definições ainda não se encaixam perfeitamente
para o jogador, que até tenta ser mais reservado emocionalmente, porém
não consegue.
Nesta quarta-feira, em sua primeira entrevista na
temporada, o meia-atacante nem de longe lembrava aquele atleta que
comemora seus gols com dancinhas. Elkeson iniciou a coletiva com
expressão tímida, reflexo da baixa no fim de 2011, mas não se conteve
com o passar das perguntas, explodiu e caiu em um erro: se expor.
–
Estão falando da minha expressão. Então... Realmente estou mais sério.
Esse é o meu padrão esse ano, levar as coisas mais a sério. Fui acusado
de ir em balada, fiquei chateado com certos comentários ano passado.
Isso me atrapalhou – comentou.
Em uma declaração, Elkeson
resgatou supostos problemas extracampo e a insegurança em 2011, tudo o
que gostaria de ter deixado para trás publicamente. Quem o conhece há
tempos, diz que isso é recorrente.
– Elkeson é um menino de bom
coração, que não é de balada. Porém, precisa ser mais frio. É só alguém
fazer uma cara mais de bravo, uma pergunta mais quente, que ele logo se
irrita. Esse desequilíbrio o atrapalha demais como jogador – destacou o
jornalista Moisés Suzart, do jornal "A Tarde", da Bahia, que acompanha
Elkeson desde o seu início pelo Vitória, no Estadual de 2009.
No
Rubro-Negro baiano, Elkeson viveu entre altos e baixos, começando bem e
depois indo para a reserva. Pelo Botafogo, a trajetória periga ser
parecida. O próprio atleta sabe que é momento de reagir:
– Agora
estou com 22 anos, maduro para certas coisas. Fui morar na sede por
conta própria. Quero que o meu ano seja tranquilo, com o nível mantido
até o fim.
O Botafogo venceu o São José de virada após estar perdendo por 2x0 aos 6 minutos de jogo. Épico? Heróico? De arrepiar?
Adjetivar
a equipa desse modo e escrever-se que praticou um ótimo futebol [portal
do BFR] é enfiar a cabeça na areia, ignorar a realidade e,
consequentemente, ser incapaz de corrigir os erros e as deficiências.
Tenho
escrito aqui que o Botafogo jogou dois desafios contra equipas fracas,
ganhando por 2x0 com gols apenas no segundo tempo, e que não havia sido
verdadeiramente testado. Que o seu ataque ainda não configurava
consistência, que tecnicamente não mostrava grande capacidade e que os
destaques eram a organização imposta por Eduardo Húngaro, o desempenho
de Sassá e as movimentações de Wellington e Dedé.
Nos
dois primeiros desafios as equipas entraram para não perder e pelo
menos visavam empatar durante o primeiro tempo; no jogo de ontem o São
João entrou para tentar resolver o desafio na base da surpresa e colocou
2x0 aos 6 minutos.
Se
nos jogos anteriores o Botafogo dominara do princípio ao fim, mas com
um futebol ‘mole’ que aguardava vencer o adversário pelo cansaço, ontem
teve que ir à procura de virar um resultado muito desfavorável.
Desfavorável
porque o Botafogo não previu o esquema arrasador dos primeiros minutos
do São José, a garotada atrapalhou-se e a defesa botafoguense,
finalmente testada, é uma autêntica peneira. Que só não deitou tudo a
perder porque o resto da equipa reagiu e, diga-se a verdade, o São José
vale tanto quanto os outros dois adversários que defrontámos, isto é,
muito pouco.
Após
o ‘foguetório’ inicial o São José parece que achou que estava terminada
a sua missão de atacar e dedicou-se a defender o 2x0, que é um
resultado que, como se sabe, em campeonatos de equipas inconsistentes,
pode não valer nada. E estando Sassá inspirado, tal como esteve no
primeiro jogo quando entrou para resolver a partida, 13 minutos depois
diminuía para 2x1 e recolocava o Glorioso na partida, com um gol muito
oportuno feito com a coxa à boca da baliza.
Porém,
o São José continuou recuado, satisfeito com o resultado, e até os
gandulas faziam cera por volta dos 25 a 30 minutos (!) na reposição de
bola. Entretanto, o Botafogo foi enredando o adversário, porque é uma
equipa muito superior no Grupo W, e aos 39 minutos Sassá marcou
novamente, desta vez com um tiraço da intermediária que bateu
inapelavelmente o goleiro adversário. Estava feito o empate e
configurava-se a vitória alvinegra, porque nas oportunidades em que a
defesa permitiu que o São José marcasse, Andrey estava lá para salvar
quase milagrosamente. Seis minutos depois ocorreu o intervalo e o nível
de motivação de ambas as equipas era muito diferente.
No
segundo tempo, ao invés de um Botafogo altivo viu-se uma equipa a
controlar a bola, a privilegiar a sua posse para quebrar o ritmo do
adversário e a jogar no erro do São José. Por um lado mostra que o
Botafogo não tem grande confiança no seu ataque e, por outro lado,
evidencia uma cautela talvez não exagerada porque de cada vez que o São
José pegava a bola em contra-ataque a defesa do Glorioso estremecia na
sua enorme fragilidade.
No
entanto, a tática deu resultado porque a vitória aconteceu. Mas deve-se
realçar que o momento do jogo foi o minuto 58. O São José contra-atacou
mais uma vez e Andrey foi absolutamente formidável: defendeu uma bola à
queima-roupa, levantou-se, tornou a defender no alto o rebote de cabeça
feito por um atleta paulista, e ainda escorou a bola para escanteio ao
terceiro remate (em que o árbitro assinalou tiro de meta). E no ataque
seguinte do Botafogo, Sassá endossou a bola a Wellington que, à boca da
baliza, deu um toque precioso para o fundo das redes ao minuto 59.
Estava consagrada a vitória saída das mãos de um goleiro.
Os
goleiros são, inúmeras vezes, os responsáveis por resultados positivos,
superando as falhas flagrantes dos atacantes que perdem gols cara a
cara com esses mesmos goleiros. Se os goleiros deixassem entrar metade
das bolas que os atacantes perdem, não haveria goleiros vivos e as
regras do futebol até talvez mudassem para permitir balizas sem guarda. O
bode expiatório das torcidas é, não raras vezes, o último reduto da
equipa para a ineficiência atacante. Eis uma boa razão para que o meu
ídolo máximo tenha sido sempre o Manga.
Feita
a virada, o São José estava aniquilado (mas não os comentadores do PFC,
que mesmo quando foi feito o 4x2 ainda não consideravam o Botafogo
classificado, coisa que só reconheceram aos 87 minutos de jogo!). Três
minutos após o 3x2 o Botafogo marcava facilmente o 4x2, por Octávio, que
se limitou a empurrar a bola para o fundo das redes em bola espalmada
para a frente pelo goleiro adversário.
De
modo geral o Botafogo dominou a maior parte do jogo, mas mostrou
inúmeras fraquezas na defesa (exceto o ‘guarda-meta’, o ‘guarda-redes’, o
‘guardião’, o ‘arqueiro’, o ‘goleiro’ Andrey, mais uma revelação nas
balizas botafoguenses, tendo no final do jogo ensaiado um futuro à
Rogério Ceni: foi à entrada da área, cobrou uma falta quase perfeita e
fez a bola embater estrondosamente no travessão).
Em
suma, um jogo em que o Botafogo soube reagir (como se esperava), mas
contando muito com a inspiração de Sassá e as defesas de Andrey, quer na
1ª quer na 2ª parte. Um Botafogo com esquema de jogo, mas sem a
plasticidade que ao fim de três jogos deveria possuir; que pode ser
surpreendido devido à lentidão e ao mau posicionamento da defesa.
Os
destaques do Botafogo foram Andrey e Sassá; o realce negativo vai para o
comportamento generalizado de meias e atacantes do Botafogo que
vencendo por 4x2 uma equipa destroçada, faziam cera na cobrança de bolas
laterais e de faltas (o que valeu um cartão amarelo) e, sobretudo,
atiravam-se para o chão por qualquer coisa, cavando grandes penalidades
inexistentes e faltas que atrasassem o andamento de um jogo ganho. É
aqui, nas bases, que esses comportamentos devem ser veementemente
condenados, sob pena dos futebolistas brasileiros sofrerem o que sofrem
quando vão para o estrangeiro e estes comportamentos paupérrimos não se
adequam a equipas mais competitivas e são penalizados fortemente pelas
arbitragens.
Se
o Botafogo não arrumar a sua defesa não será campeão da Copinha. Se
arrumar, pode ser candidato ao título com dois ou três destaques
individuais numa equipa que devia valer sobretudo pela entreajuda de
conjunto.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 4x2 São José
» Gols: Sassá 19’ e 39’, Wellington 59’ e Octávio 62’ (Botafogo); São Bento 3’ e Alan 6’ (São José)
» Competição: Copa São Paulo de Futebol Júnior
»
Botafogo: Andrey; Gilberto, Kazu, Dória e Allano; Jadson, Dedé, Octávio
(Rômulo) e Gegê; Wellington (Sidnei) e Sassá. Técnico: Eduardo Húngaro.
Vídeo e imagens gentilmente cedidas pelo nosso leitor e amigo Aurélio Moraes [http://aureliojornalismo.blogspot.com/2012/01/sao-jose-perde-de-virada-para-o.html].
Americana é uma das fortes candidatas ao título do primeiro Slam de 2012
Por GLOBOESPORTE.COMMelbourne, Austrália
Serena Williams gosta de atenção e não esconde isso. A americana se
divertiu nesta quinta-feira fazendo pose sexy para revelar o vestido que
usará no Australian Open. O primeiro Grand Slam da temporada 2012
começa na próxima segunda-feira - noite de domingo no Brasil.
Apesar de preferir a satisfação de ser
campeão, atacante do Botafogo, 'louco' também por estatísticas, fica
ainda mais atento após lista da IFFHS
Por André Casado e Thales SoaresRio de Janeiro
Loco Abreu trabalha na pré-temporada do Botafogo(Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Aos 35 anos, Loco Abreu tem muita história para contar. Sempre um
personagem de destaque, o uruguaio vestiu camisas de 17 clubes, além da
seleção de seu país. Fez gol em decisão por pênalti em Copa do Mundo,
virou ídolo no Uruguai, onde comanda um programa de televisão,
e defendeu o Nacional, sua paixão. Hoje, no Botafogo, se preocupa com o
legado que deixará para seus quatro filhos, principalmente os gêmeos
Facundo e Franco, de apenas três anos de idade, que terão poucas chances
de vê-lo em ação.
Por isso, Loco se apega aos números para mostrar os feitos de sua
carreira. Décimo maior artilheiro de primeira divisão em atividade,
segundo a Federação Internacional de História e Estatística de Futebol
(IFFHS), o atacante planeja voos ainda maiores na reta final de sua vida
útil como jogador de futebol. Pretende assumir o primeiro lugar.
- Para minha felicidade, aos 35 anos, estou nessa lista. Isso significa
muita coisa. Alguns jogadores fazem gols em uma temporada e ficam
outras sete sem fazer. Isso é uma motivação para continuar jogando,
fazendo gols e, daqui a pouco, ser o primeiro colocado - afirmou Loco
Abreu, que marcou 236 gols em 421 jogos de primeira divisão, em
entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.
- O legal para mim é que os gêmeos só vão saber o que eu fiz na minha
carreira pelos números e vídeos. É importante que eles saibam o que o
pai deles fez.
Para realizar o feito de assumir a liderança da lista, Loco se apega
aos números. Muitos dos rivais estão perto do fim de carreira e apenas
dois deles são mais novos: Raúl, do Schalke 04, e Henry, que voltou ao
Arsenal. Eles têm 34 anos e marcaram 250 e 249 gols, respectivamente,
atualizados até o dia 31 de dezembro do ano passado. Em média, com 0,56
por jogo, o uruguaio os supera e, novamente, ocupa a terceira colocação,
atrás de Duric, do Tampines Rovers, com 0,73 e 41 anos, e Gruznov, do
JK Trans Narva, com 0,66 e 37 anos
.
Loco Abreu distribui autógrafos depois do treinamento do Botafogo (Foto: Jorge William / O Globo)
- Com todo respeito, só considero dois jogadores na minha frente (Raúl e
Henry), que disputam campeonatos tão disputados quanto o Brasileiro,
que é o terceiro mais forte do mundo (também segundo o IFFHS). Depois de
18 temporadas, mostra que valeu a pena todo o sacrifício - afirmou Loco
Abreu, que tem cinco artilharias e 12 títulos em seu currículo.
A preocupação com as estatísticas na vida de Loco Abreu é tão grande
que seu site oficial fornece todos os números de sua carreira. Depois de
acompanhar a ascensão e queda de vários companheiros e ex-jogadores,
entendeu a melhor forma de não ser esquecido quando parar de jogar
futebol.
- A estatística não dá para esquecer. Vi jogadores serem injustiçados.
Eles tiveram uma baita carreira e, por não terem ido bem no fim, seus
números são esquecidos. Quando você olha esses números, lembra dos
feitos. Sempre me preocupei em manter isso de uma forma fácil de ser
acessada. No site, tem tudo e mantenho sempre atualizado - disse Loco
Abreu.
A loucura por números começou com a necessidade de crescer como atleta.
Ex-jogador de basquete, aprendeu que eles poderiam ajudar a melhorar os
fundamentos. Levou a lição para o futebol quando começou a atuar no
campo. Apesar de contabilizar os gols, Loco reconhece que não há
sentimento como o de levantar uma taça.
- A satisfação de ser artilheiro não se compara com a de ser campeão -
afirmou Loco, sem prometer um número de gols para 2012 apesar de sua
corrida para ser o maior goleador em atividade. Faz tempo que não tenho
uma meta de gols em uma temporada. Jogo para ser campeão. Se marcar, é
um algo mais - afirma.
A última vez em que Loco comemorou uma artilharia foi em 2006, no
Torneio Clausura do México. Na época, marcou 11 gols com a camisa do
Dorados, mesma marca do Apertura de 2005, quando também terminou como
artilheiro da competição.
- Depois, bati três vezes na trave. Na Libertadores de 2008, pelo River
Plate, fiz sete e os artilheiros (Cabañas, Palermo e Marcelo Moreno)
tiveram oito. No Carioca de 2010, perdi para o Vagner Love (15 a 11) e,
em 2011, foi para o Fred (10 a 9) - comentou Loco, sem preocupação com o
jejum.
- Não tem problema. Tomara mesmo que eu seja campeão esse ano mais uma vez.
Em cidade arrasada pelas chuvas de 2011,
elenco não esquece traumas e lida com o pânico de novo desastre
enquanto se orgulha do retorno à elite
Por Alexandre AlliattiNova Friburgo, RJ
Faz um ano que Lucas Santos Siqueira acordou assustado com o temporal
que atingiu Nova Friburgo durante a madrugada daquele 12 de janeiro de
2011. Por mais que pesasse no ar a impressão de que algo além do
aceitável havia ocorrido, ele não podia imaginar que a cidade estava
destruída. Não podia imaginar que sua namorada havia sido arrastada pela
correnteza - sobrevivido em um último esforço. Não podia imaginar que
sua sogra, com apenas 37 anos, estava morta. Lucas é volante titular do
Friburguense. Ele ajudou a colocar a equipe serrana novamente na elite
carioca. E, passado um ano, lida com o pânico natural por nova tragédia.
Faz um ano que Marcos Guindani Soares, o Bidu, acordou assustado com o
temporal que atingiu Nova Friburgo durante a madrugada daquele 12 de
janeiro de 2011. Por mais que pesasse no ar a impressão de que algo além
do aceitável havia ocorrido, ele não podia imaginar que seu bairro
estava devastado. Não podia imaginar que parentes haviam perdido a casa.
Não podia imaginar que amigos de infância e conhecidos de décadas
haviam perdido a vida. Bidu é volante titular do Friburguense. Ele
ajudou a colocar a equipe serrana novamente na elite carioca. E, passado
um ano, lida com o pânico natural por nova tragédia.
Bidu,
titular do Friburguense, sempre preocupado com as águas que invadem seu
bairro de infância, palco de mortes em janeiro de 2011 (Foto: George
Magaraia / Globoesporte.com)
A semelhança é inevitável. A diferença está em um detalhe aqui, um
acaso ali, um lance de sorte ou um lamento de azar acolá. De resto, as
histórias da dupla de volantes do Friburguense são quase cópia uma da
outra. O drama as deixou parecidas – entre si e entre aquelas vividas
por todos os habitantes de uma cidade que caminha devagar para voltar a
ter pedras sobre pedras. O porém é que Bidu e Lucas são protagonistas de
um símbolo de renascimento. No pior ano da história de Nova Friburgo, o
clube da cidade venceu. Tirou esperança do meio da lama. Voltou para a
Primeira Divisão. Vai disputar o Campeonato Carioca. E acredita que
poderá ir mais longe, munido das cicatrizes daquele 12 de janeiro de
2011. Para onde olha, Bidu encontra tristeza
Igreja é reconstruída em cidade ferida pela lama
(Foto: George Magaraia / Globoesporte.com)
Bidu, 31 anos, primeiro volante, marcador, sujeito que carrega no DNA a
responsabilidade do desarme, foi desarmado quando deu de cara com uma
Nova Friburgo arrasada. A primeira coisa que ele pensou, um ano atrás,
foi retornar ao bairro onde crescera - e de onde, por sorte, saíra menos
de um ano antes. Sua mulher e seu casal de filhos estavam em segurança,
em uma área mais alta da cidade. Restava saber o que ocorrera com as
demais pessoas próximas a ele. A resposta seria um golpe que ele jamais
esqueceria.
A primeira missão de Bidu foi saber como estava seu sogro. Ele
precisava acalmar sua esposa, desesperada por notícias do pai dela. O
jogador levou quatro horas e meia para percorrer um trajeto que costuma
fazer em 20 minutos. No meio do caminho, a cada metro percorrido de
carro ou a pé, encontrou o caos. Corpos espalhados. Casas destruídas.
Ruas devastadas. Naquele momento, ele soube que havia perdido parte das
pessoas com quem conviveu por três décadas no bairro de Conselheiro
Paulino
.
O sogro de Bidu estava bem. Os parentes diretos do volante também
haviam sobrevivido. A partir desta certeza, o jogador levou mais quatro
horas para retornar até onde estava sua esposa e tranquilizá-la. Não
havia comunicação na cidade. O jeito foi percorrer o caminho de volta,
falar rapidamente com ela e retornar mais uma vez a Conselheiro Paulino.
Ele precisava doar suas forças ao bairro.
- Vi pessoas cavando com as mãos. Ajudei como podia. Quando percebia
que havia um corpo, ficava mais longe. Não podia ver aquilo. Vai ficar
marcado para sempre – disse o jogador.
Os corpos espalhados pelo bairro eram de pessoas conhecidas dele. Por
um simples motivo: ele conhece todos que moram lá. Na terça-feira, o
jogador percorreu as ruas de Nova Friburgo com a reportagem do
GLOBOESPORTE.COM. Foi comentando o que via, descrevendo o caos.
- Aqui acharam um carro com quatro caveiras dentro.
- Aquela barreira matou vários amigos meus.
- Aqui morreu muita gente.
- Aquele morro ali está condenado. Meus tios moram ali. Quando começa a chover, sai todo mundo
.
Sempre que cai uma chuva mais forte em Conselheiro Paulino, o bairro
mergulha em apreensão. As águas invadem as ruas – depois, as casas. Bidu
passou a virada do ano ali. Chovia. Ele ficou horas e mais horas
vigiando o rio, como que a marcá-lo - primeiro volante que é.
Lucas não consegue esquecer a catástrofe
Lucas e a chuva: preocupação é constante
(Foto: George Magaraia / Globoesporte.com)
A exemplo de Bidu, Lucas, 23 anos, só teve a real noção do que havia
ocorrido horas depois da tragédia. Quando tentou ir para o Centro da
cidade, ele sofreu um baque. Viu um cenário de guerra. Foi aí que
descobriu que perdera amigos, conhecidos. E a sogra.
Lucas namora com Maiana. Ela estava em casa com a mãe dela quando a
chuva foi mais forte. De repente, houve um estrondo nos fundos da casa.
Jeise, 37 anos, se levantou para ver o que era. Foi seguida por Maiana. E
aí o mundo ruiu.
Um deslizamento varreu o lugar. Jeise não resistiu. Maiana foi levada
pela correnteza. Por metros e mais metros, seguiu o fluxo da água. Para
sobreviver, ela juntou forças e se agarrou ao meio-fio. Conseguiu subir
até um ponto onde a correnteza era menor. Horas mais tarde, depois de
ser atendida pela Defesa Civil, foi levada por Lucas para um ponto mais
seguro
.
- Ainda é difícil de lembrar. Está bem recente. Faz um ano agora. Para
onde você olha, tem barreira caída. Não dá para esquecer. Foi uma
tragédia. Foi muito forte – resumiu Lucas. Volta por cima
O Friburguense p
assou 13 anos na elite carioca. Foi rebaixado em 2010
para, em uma ironia do destino, disputar a Série B justamente no ano da
tragédia. A preparação foi atrapalhada pelas águas. Treinamentos e
amistosos foram cancelados. O gramado do estádio Eduardo Guinle serviu
como heliporto, para remoção de feridos. O ginásio foi usado para
estocar doações. E o clube reagiu.
Orgulho no futebol: elenco comemora retorno à elite carioca (Foto: George Magaraia / Globoesporte.com)
O primeiro jogo na Série B foi em 13 de fevereiro, contra a Portuguesa.
Também foi o primeiro grande evento na cidade desde o desastre de um
mês antes. E ali o Friburguense já deu um sinal de que ajudaria a
aliviar a dor de seus simpatizantes. Goleou por 6 a 0.
Foi uma campanha de 40 jogos e apenas duas derrotas. O Frizão chegou à
última rodada podendo ser campeão. Mas empatou por 2 a 2 com o Serra
Macaense. Ficou como vice do Bonsucesso. Lucas, apesar de volante, foi
um dos grandes destaques da equipe, com nove gols.
- A nossa responsabilidade aumentou muito com tudo que aconteceu na
cidade. Viramos uma referência de alegria, de falarem coisas boas de
Nova Friburgo. O Friburguense fez muito bem isso no ano passado. As
pessoas sempre comentavam na rua, satisfeitas com o que fazíamos – disse
Lucas.
Bidu referenda o que diz o colega. Acostumado com a cidade, ele percebeu um ambiente diferente no decorrer do ano passado.
- Eu sou nascido e criado em Friburgo. Vi uma situação que não via há
muito tempo: o estádio cheio de torcedores. Foi devido a esse fato, a
essa tragédia. Conseguimos trazer um pouco de alegria a nosso povo.
Ainda vemos muita tristeza, um povo muito sofrido, e ficamos felizes por
ter feito nosso povo torcer, sorrir – afirmou Bidu.
A equipe usou a tragédia como motivação. Os jogadores tentaram se valer do futebol para alegrar Nova Friburgo.
- Foram feitos filmes da cidade, do jeito que estava, e o grupo comprou
a ideia de dar uma felicidade para o povo, mesmo que em uma dose
pequena. Foi gostoso ver o estádio lotado, com a torcida gritando o nome
do time – comentou o técnico Gerson Andreotti, que assumiu o comando do
Frizão em meio à disputa.
Medo constante
Invasão da água é sempre um temor na cidade
(Foto: George Magaraia / Globoesporte.com)
Enquanto joga bola, o elenco lida com o medo. E é um medo externo, que
ultrapassa as barreiras das quatro linhas do campo. Os jogadores vivem a
mesma rotina dos demais moradores da cidade: olham para cima, analisam
as nuvens, torcem para que não chova. Nova Friburgo está em constante
estado de temor. Quando a chuva é mais forte, vira pânico.
- Essa época é de chuvas. Fica todo mundo muito assustado. O rio enche
um pouquinho, e as pessoas não conseguem dormir. Vem à tona aquele risco
de desabamento de novo. Está um pouco difícil. É bem assustador – disse
Lucas.
- Bate medo toda hora. Ficamos revivendo isso o tempo todo, pedindo a
Deus que a chuva pare, que tenhamos um ano feliz e nossa cidade volte a
ser o que era, sem esse medo de enchente, de desabamento, de nada –
completou Bidu.
Na cidade, são reincidentes as reclamações de que pouco foi feito para
evitar novas tragédias e reconstruir o que foi destruído. Dermeval
Barboza Moreira Neto, prefeito de Nova Friburgo na época da tragédia,
foi afastado do cargo, sob suspeita de desvios de recursos em obras que
serviriam justamente para amenizar os efeitos do desastre.
Esperança na primeira divisão
Lucas, volante de nove gols na Série B, é arma do
time (Foto: George Magaraia / Globoesporte.com)
O Friburguense retorna à Primeira Divisão esperançoso de fazer bonito.
Foi mantida a base do elenco que garantiu o acesso. É um grupo muito
jovem, com pinceladas de atletas mais experientes. O caso mais
emblemático é o zagueiro Cadão, de 40 anos.
De jogos contra equipes da Série A carioca, na Copa Rio, o Frizão tirou
a sensação de que pode encarar os clubes da elite. Gerson Andreotti
está otimista.
- Tivemos um acesso, fomos finalistas, subimos. Logo em seguida, teve a
Copa Rio, e fizemos um parâmetro com as outras equipes. Fomos
finalistas de novo. Achou-se por bem dar continuidade a 95% do grupo por
causa da campanha feita. Não há necessidade de mexer tanto. O objetivo é
dar continuidade à Primeira Divisão. A partir daí, o que vier será bom
para nós – disse o treinador.
A manutenção do time é um trunfo, na visão dos profissionais do Friburguense. A confiança é visível.
- Temos um time forte, com uma base muito boa, que joga junto há
bastante tempo. É um diferencial de nossa equipe. Podemos encarar de
igual para igual os times grandes – apostou o volante Lucas.
Chuvas atrapalham
Bidu mergulha em gramado molhado: rotina nos treinos (Foto: George Magaraia / Globoesporte.com)
Mas a preparação não é simples. A frequência das chuvas fez com que o
elenco se deslocasse, repetidas vezes, para Cachoeiras de Macacu, cidade
vizinha a Nova Friburgo. Na terça-feira, estava previsto o primeiro
treinamento no gramado do Eduardo Guinle. Mas choveu, e os atletas
acabaram trabalhando em um campo sintético.
- Quando conseguimos treinar, eu tento fazer um pouco de cada um dos
aspectos da preparação com os atletas. Temos que otimizar o tempo –
comentou Andreotti.
Os atletas também enfrentam problemas. O atacante Ricardo pretendia
treinar na segunda-feira. Não conseguiu. Ele estava em Além Paraíba,
cidade mineira que também sofre com as chuvas. A estrada foi
interrompida. A casa de uma das avós dele foi invadida pela água – como
que a lembrar a rotina de Nova Friburgo.
Equipe vence em casa por 3 sets a 0 e se aproxima do quarto colocado Minas. Elisângela é destaque com 22 pontos
Por GLOBOESPORTE.COMSão Paulo
Depois de três derrotas seguidas na competição, o Sesi voltou a vencer
na Superliga Feminina. Na noite desta terça-feira, o time contou com uma
grande atuação de Elisângela para derrotar o Pinheiros por 3 sets a 0,
parciais de 25/19, 25/17 e 25/22, no Ginásio da Vila Leopoldina.
- Esse jogo era importantíssimo para a gente, para colocar a gente na
briga pelas primeiras posições. A gente vinha de uma sequência ruim e
falou que era para começar 2012 diferente, começar subindo na
classificação - afirmou Elisângela, que marcou 22 pontos no confronto
desta terça, 20 deles em ataques.
Elisângela comemora com suas companheiras na vitória do Sesi sobre o Pinheiros (Foto: Divulgação)
O Sesi agora soma 11 pontos, mas segue na quinta posição, agora a dois
pontos do quarto colocado Minas.O Pinheiros, com quatro pontos, foi
ultrapassado pelo São Bernardo e caiu para a nona posição.
Na próxima rodada, o Sesi viaja até Santa Catarina onde enfrenta o Rio
do Sul no ginásio Artenir Werner, na sexta-feira, às 20h (de Brasília).
No mesmo dia e horário, o Pinheiros recebe o líder Vôlei Futuro no
Ginásio Henrique Villaboim.
Confira os resultados da sexta rodada da Superliga Feminina:
Vôlei Futuro 3 x 0 Minas (25/15, 25/21 e 25/15) Osasco 3 x 0 Macaé (25/20, 25/20 e 25/21) Rio de Janeiro 3 x 0 Praia Clube (25/10, 25/17 e 25/19)
São Caetano 1 x 3 São Bernardo (27/25, 16/25, 19/25 e 12/25)
Rio do Sul 0 x 3 Mackenzie (15/25, 23/25 e 23/25) Sesi 3 x 0 Pinheiros (25/19, 25/17 e 25/22)
Tal como La Ni, tenista bielorussa vai à decisão do torneio australiano após consagradora vitória de virada
Por GLOBOESPORTE.COMSydney, Austrália
Depois de assistir à classificação de La Ni, que reagiu diante da tcheca Petra Kvitova,
a tenista bielorussa Victoria Azarenka repetiu a façanha e se garantiu
na final do WTA de Sydney. Por 2 sets a 1 (parciais de 1/6, 6/3 e 6/2), a
número 3 do mundo venceu de virada a polonesa Agnieszka Radwanska, na
manhã desta quinta-feira, e enfrentará a chinesa da decisão do torneio
australiano.
Azarenka também mostrou poder de reação e decidirá com Na Li o WTA de Sydney (Foto: Reuters)
A primeira parcial foi inteiramente de Radwanska, que não encontrou a
menor resistência e fechou em incontestáveis 6/1, repetindo, para
Azarenka, o sombrio panorama da partida anterior, quando Na Li sofreu o
mesmo revés.
Assim como a tenista oriental, Victoria Azarenka partiu para
irresistível reação, vencendo os sets seguintes de forma implacável e,
em 1 hora e 57 minutos, garantindo também sua presença na final do WTA
de Sydney.
Confira as partidas das semifinais do WTA de Sydney
Na Li (CHN) 2 x 1 Petra Kvitova (TCH) – 1/6, 7/5 e 6/2
Victoria Azarenka (BLR) 2 x 1 Agnieszka Radwanska (POL) – 1/6, 6/3 e 6/2
Equipe catarinense ganha confronto apertado por 3 sets a 1 e sobe do quarto para o segundo lugar da competição
Por GLOBOESPORTE.COMFlorianópolis
O Florianópolis conseguiu emendar uma sequência de três vitórias e
consolidou seu crescimento na Superliga Masculina. Contando com o apoio
de sua torcida na noite desta quarta-feira, o time catarinense fez um
duelo equilibrado com o Cruzeiro, mas venceu por 3 sets a 1, parciais de
25/19, 18/25, 25/22 e 26/24. Com o resultado, ganhou duas posições e
subiu para a vice-liderança da competição, deixando a equipe mineira no
quarto lugar.
Rivaldo comemora muito durante a vitória do Florianópolis nesta quarta (Foto: Cristiano Andujar/VIPCOMM)
A equipe da casa começou o jogo melhor e, contando com os erros
adversários, aproveitou bem os contra-ataques para fechar o primeiro set
com tranquilidade por 25/19. O segundo set foi justamente o oposto. O
Cruzeiro voltou mais ligado e, com o Florianópolis errando muito, fez
25/18 para empatar o duelo.
O confronto ficou mais equilibrado a partir do terceiro set. Os
catarinenses até saíram na frente, mas o Cruzeiro encostou no placar e
dificultou a vida dos anfitriões que, mesmo assim, conseguiram ficar
mais uma vez à frente, fechando a parcial por 25/22. No quarto set,
foram os mineiros que começaram em vantagem, mas o Florianópolis tomou a
dianteira. Os visitantes venderam caro, mas não conseguiram evitar que
os donos da casa fizessem 26/24, colocando um ponto final na partida.
O Florianópolis volta a jogar no sábado, às 21h (de Brasília), quando
encara o líder e atual campeão Sesi, no Ginásio Vila Leopoldina, em São
Paulo. No mesmo dia, mas às 17h (de Brasília), o Cruzeiro terá pela
frente o clássico contra o Minas, no Ginásio do Riacho, em Contagem.
Confira os resultados da 7ª rodada da Superliga Masculina: São Bernardo 3 x 1 Rio de Janeiro (21/25, 25/22, 27/25 e 26/24) Campinas 3 x 0 Volta Redonda (25/22, 25/16 e 25/21)
Montes Claros 1 x 3 Sesi (25/23, 16/25, 21/25 e 17/25) Minas 3 x 1 Vôlei Futuro (25/20, 21/25, 25/22 e 25/17)
Londrina 1 x 3 Juiz de Fora (24/26, 29/27, 15/25 e 20/25) Florianópolis 3 x 1 Cruzeiro (25/19, 18/25, 25/22 e 26/24)
Dia, horário e local dos jogos ainda não
foram divulgados pela Federação Paulista de Futebol. Destaque para
Corinthians x Goiás e Botafogo x Vitória
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
Os confrontos da segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Junior foram
definidos nesta quarta-feira. A Federação Paulista de Futebol (FPF), no
entanto, ainda não definiu os dias, horários e locais dos 16 jogos, o
que provavelmente deve acontecer nesta quinta-feira.
Dentre os últimos classificados, destaque para o Taubaté, que eliminou o
Vasco vencendo de virada, por 2 a 1, aos 46 minutos do segundo tempo,
após gol contra da defesa cruz-maltina. Olé Brasil e Fluminense se
enfrentaram, e a equipe paulista bateu o Tricolor das Laranjeiras por 3 a
2, avançando em primeiro no Grupo C. O Flu passou como o quarto melhor
segundo colocado. Já o Santos derrotou sem dificuldade o Inter de
Limeira por 3 a 0 e se manteve na luta pelo título.
Confira os confrontos:
Cruzeiro x Atlético-PR
Olé Brasil-SP x Uberlândia
Palmeiras x Monte Azul-SP
Santo André x Paulista
São Carlos x RB Brasil
América-MG x São Bernardo
Corinthians x Goiás
Taubaté x Primeira Camisa
Santos x Guarani
Desportivo Brasil x São Caetano
Grêmio x Juventus-SP
Bahia x Fluminense
Barueri x Internacional
Coritiba x Mirassol
Botafogo x Vitória
Figueirense x Rondonópolis-MT
Após ser aniquilada no primeiro set,
chinesa parte para reação irresistível e carimba passaporte. Derrota faz
tcheca adiar sonho de liderar o ranking
Por GLOBOESPORTE.COMSydney, Austrália
Com uma reação sensacional, a chinesa Na Li bateu a tcheca Petra
Kvitova por 2 sets a 1 (parciais de 1/6, 7/5 e 6/2), na manhã desta
quinta-feira, e se classificou para a final do WTA de Sydney, na
Austrália. A tenista oriental (5ª do ranking) aguarda agora a vencedora
do confronto entre a bielorussa Victoria Azarenka (3ª) e a polonesa
Agnieszka Radwanska (8ª) que duelam na outra semifinal.
A chinesa Na Li mostrou grande poder de recuperação e avaçou à final do WTA de Sydney (Foto: Reuters)
No primeiro set, a avassaladora vitória de Kvitova (2ª do mundo)
indicava que a tcheca estava muito próxima da decisão e, com isso, firme
na luta para ultrapassar Caroline Wozniacki na liderança do ranking.
Na Li, no entanto, ressurgiu disposta a reverter a situação na parcial
seguinte e conseguiu o objetivo. A mudança no panorama da partida pode
ser vista com nitidez no set decisivo, quando a chinesa não deu a menor
chance à rival, selando o grande triunfo e, consequentemente, a
classificação para a final em Sydney.
No dia em que completou uma semana de trabalho comandando a
pré-temporada alvinegra, Oswaldo de Oliveira teve um prazer especial.
Antes do treino da tarde desta quarta-feira, o treinador pôde conhecer a
casa do Botafogo, o Stadium Rio, onde depois comandou atividade com
todo o elenco no campo anexo.
“É a primeira vez que venho aqui no Engenhão. Aproveitei e fui lá olhar o
campo e conhecer o ambiente. Pela televisão já me parecia muito bonito.
Ao vivo, é um estádio bem aconchegante, bem moderno. Estamos nos
preparando para dar um primeiro passo vitorioso aqui”, disse o treinador
alvinegro, que já pensou em como aproveitar tudo que o estádio oferece.
“Gostei muito das instalações e o ambiente é muito bom. Tem bastante
espaço até para uma expansão futura se for o caso. É a casa do Botafogo,
então isso cria um clima muito favorável e esse convívio aqui nos deixa
mais à vontade para o momento da competição”, explicou o comandante.
Oswaldo aproveitou a ocasião para traçar um rascunho da equipe que deve
começar jogando no jogo-treino de domingo contra o Boavista, em
Saquarema. O comandante realizou uma espécie de ataque contra defesa,
com times de oitos jogadores se enfrentando em uma das metades do campo.
O time sem colete, formado pelos prováveis titulares, com exceção de
Fábio Ferreira e Antônio Carlos, atacava o gol protegido por Renan e a
equipe de laranja, que se limitava a defender. Agitado, o treinador
orientava os atletas de dentro do campo, paralisando a todo momento a
atividade para explicar o que queria.
A base do time titular escalado por Oswaldo na atividade contava com
Lucas, Márcio Azevedo, Renato, Marcelo Mattos, Renato, Andrezinho,
Elkeson, Maicosuel e Loco Abreu. Já o time “reserva” tinha em suas
fileiras Gabriel, Brinner, Matheus, Renan Lemos, Lucas Zen, Felipe
Menezes, Jobson e Caio. Enquanto isso, os zagueiros Fábio Ferreira e
Antônio Carlos faziam trabalho específico com o preparador Ricardo
Henriques e os outros jogadores praticavam finalizações com os goleiros.
De volta aos treinos, Herrera correu na pista de atletismo.
A equipe viaja na noite deste sábado para Saquarema, onde ficará
hospedada no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de
Voleibol e realizará a reta final de sua pré-temporada. O primeiro
compromisso do Glorioso na Região dos Lagos será o jogo-treino contra o
Boavista, às 16h de domingo, no Estádio Eucy Resende.
Chileno deve assinar contrato de três anos com o clube carioca
Por André Casado e Thales SoaresRio de Janeiro
José Rojas foi capitão do Universidad de Chile em
2011 (Foto: Mariana Kneipp / Globoesporte.com)
Depois de semanas de conversas e contrapropostas, o Botafogo ofereceu o
pagamento à vista por Rojas, mas com uma redução do valor da multa
rescisória de cerca de R$ 2,2 milhões, aceito pela diretoria da
Universidad de Chile, que se reuniu nesta quarta-feira. O
lateral-esquerdo já foi informado do desfecho e falou como jogador do
Alvinegro à rádio Cooperativa, de seu país.
- Estou feliz pelo que pode acontecer, mas com sentimentos diferentes
por todos os momentos que passei na La U. Estou feliz por esse novo
desafio. Vou com a intenção de crescer e espero estar muito tempo no
Brasil - afirmou.
O Alvinegro ofereceu um parcelamento em quatro vezes e ouviu uma
negativa da primeira vez. Mas a diretoria do atual campeão da Copa
Sul-Americana reconsiderou após a contraproposta, e o anúncio oficial
pode sair já nesta quinta. Os salários estão acertados e giram na casa
dos R$ 80 mil. Rojas é capitão da La U, tem 28 anos e pode jogar como
zagueiro também, o que contornaria outra necessidade
.
A partir deste aval dos chilenos, é questão de tempo até o Glorioso
combinar o depósito, iniciar a troca de documentos e receber o jogador
para exames médicos no Brasil. O Campeonato Carioca começa no dia 22
para o Botafogo, e a inscrição de Rojas teria de ser feita logo para
garanti-lo na Taça Guanabara. Como estava em ação até o Natal com a
equipe que o revelou, o provável reforço chegaria em boas condições
físicas.
Rojas chega ao Botafogo para preencher o lugar deixado por Cortês,
vendido ao São Paulo. O chileno foi contratado para ser titular na
equipe. Marcio Azevedo ficará como opção no banco.