domingo, 4 de janeiro de 2015

Na reedição da última final, Arsenal volta a bater o Hull City na FA Cup

Com gols de Mertesacker e Alexis Sánchez, Gunners estreiam com vitória na competição e avançam à quarta fase na defesa do título


Por
Londres, Inglaterra

Na final da última Copa da Inglaterra, o Arsenal derrotou o Hull City para ser campeão. Na estreia da competição desta temporada, os Gunners novamente tiveram o rival pela frente e outra vez venceram. Com gols de Mertesacker e Alexis Sánchez, o time de Londres venceu em casa por 2 a 0 e avançou para a quarta fase do torneio.

Alexis Sanchez comemora gol do Arsenal contra o Hull City (Foto: Agência Reutes)
Alexis Sánchez comemora depois de marcar um 
belo gol contra o Hull City (Foto: Agência Reutes)


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O Arsenal partiu para cima desde o início e deu trabalho ao goleiro Harper logo aos 3 minutos de jogo, quando Joel Campbell recebeu na cara do gol, mas parou na defesa do camisa 22. A inciativa dos Gunners foi recompensada aos 19, quando Alexis Sánchez cobrou escanteio, e Mertesacker aproveitou sua altura para ganhar no alto e cabecear para o gol.

O time da casa ficou bem perto de ampliar ainda no primeiro tempo, mas McShane salvou o chute de Alexis Sánchez depois que o chileno driblou o goleiro, e Harper fez grande defesa depois que uma cobrança de escanteio desviou em Sagbo, atacante do Hull City.

O time visitante deixou a partida mais equilibrada no segundo tempo, mas o Arsenal seguia tendo as melhores chances. Novamente titular após um ano, Theo Walcott perdeu boas oportunidades, inclusive uma cara a cara com Harper. Coube então a Alexis Sánchez usar seu talento para definir a partida. Cazorla tocou na entrada da área para o chileno, que girou em cima da marcação e bateu com categoria para fazer 2 a 0.


Mertesacker, Arsenal x Hull City (Foto: EFE)
Mertesacker comemora depois de abrir o placar 
na vitória do Arsenal sobre o Hull City 
(Foto: EFE)


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Willian marca, Chelsea dispara no 2º tempo e avança na Copa da Inglaterra

Meia brasileiro e Diego Costa entram no intervalo e comandam vitória por 3 a 0 sobre o Watford, garantindo classificação para a quarta rodada da competição


Por
Londres, Inglaterra


Willian e Diego Costa começaram o jogo deste domingo na reserva, mas entraram em campo no intervalo para mudar a partida. O meia brasileiro abriu o placar com um belo gol, o atacante naturalizado espanhol participou do lance do segundo gol, e o Chelsea venceu o Watford, da segunda divisão, por 3 a 0 para avançar à quarta rodada da Copa da Inglaterra.

Willian, Chelsea x Watford (Foto: Richard Heathcote / Getty Images)
Willian e Ramires comemoram o gol do Chelsea 
sobre o Watford (Foto: Richard Heathcote 
/ Getty Images)


Willian precisou de 13 minutos em campo para abrir o placar. Logo no início do segundo tempo, o brasileiro recebeu passe de Remy fora da área, ajeitou e bateu com categoria no ângulo para fazer um belo gol.

Aos 25, Diego Costa tabelou com Drogba e chutou, mas foi travado pela defesa. A sobra ficou com Loïc Remy, livre na área, que bateu sem deixar a bola cair para fazer o segundo. Dois minutos depois, o Chelsea matou o jogo. Azpilicueta cruzou, e Kurt Zouma cabeceou para fazer 3 a 0.

Quem não teve um domingo muito bom foi a camisa de Didier Drogba, rasgada por um adversário quando a partida ainda estava por 0 a 0. O lance obrigou o marfinense a trocar de camisa na beira do gramado.

- Sem pênalti, sem cartão amarelo, a única coisa que consegui foram dois minutos fora de campo porque… eu tive que mudar minha camisa - reclamou Drogba nas redes sociais.

Drogba, Chelsea x Watford (Foto: EFE)
Drogba reclama após ter a camisa rasgada 
por um jogador do Watford (Foto: EFE)


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Torcedores enchem estádio para receber Torres no Atlético de Madrid

Cerca de 50 mil pessoas acompanham apresentação oficial do atacante, que retorna ao clube após quase oito anos longe: "Espero ganhar títulos aqui"


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Madri, Espanha


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Quase oito anos depois, Fernando Torres voltou a vestir a camisa do Atlético de Madrid. E o retorno foi em grande estilo, com direito a estádio cheio e status de ídolo. Não foi um jogo de futebol, mas sim a apresentação de El Niño no clube colchonero. Impressionado com a recepção, o atacante reconheceu que terá uma responsabilidade maior em sua segunda passagem.

Fernando Torres apresentado no Atlético de Madrid (Foto: Reuters)
Fernando Torres é apresentado no Atlético de 
Madrid (Foto: Reuters)

- Estou aqui para somar. Entendo que tenho uma responsabilidade extra pelo que estou vendo das pessoas. Desejo começar a jogar. Quero colocar a camisa e ir à torcida – disse o centroavante, que utilizará o número 19 no uniforme.

Cerca de 50 mil torcedores foram ao estádio Vicente Calderón para receber Torres, número que superou até mesmo a expectativa do Atlético. Com a camisa colchonera, ele saudou os fãs, autografou bolas que chutou para a arquibancada e foi muito aplaudido. 

Fernando Torres apresentado no Atlético de Madrid (Foto: AP)
Devidamente uniformizado, Torres controla a 
bola no gramado do Vicente Calderón (Foto: AP)


Revelado pelo Atlético de Madrid, Torres foi embora em 2007, quando foi negociado ao Liverpool por cerca de 20 milhões de libras (aproximadamente R$ 82,5 milhões na cotação atual). Depois, passou por Chelsea e Milan antes de retornar. Mais maduro, explicou que percebeu que precisava deixar os colchoneros para que ele e o clube evoluíssem.

 - Fora de campo aconteceram muitas coisas. A nível pessoal, é um momento maduro e mais feliz. A nível esportivo, também houve mudanças. Com 24 anos entendi algo muito duro: eu precisa sair do Atlético para que o clube pudesse crescer. Foi o momento mais duro da minha carreira. O clube cresceu, e o tempo nos deu razão. Quero ganhar títulos aqui.

Fernando Torres apresentado no Atlético de Madrid (Foto: EFE)
Fernando Torres exibe camisa com o número 
19 em sua apresentação (Foto: EFE)


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CR7: agente descarta PSG e United, mas deixa portas abertas para MLS

Jorge Mendes garante que craque vai encerrar a carreira no Real Madrid, mas muda o tom quando indagado sobre possibilidade de Cristiano jogador nos Estados Unidos


Por
Madri


O futuro de Cristiano Ronaldo, ao que tudo indica, é o Real Madrid. O craque português, que completa 30 anos no início de fevereiro, pretende encerrar a carreira no clube espanhol, segundo o empresário Jorge Mendes, responsável pela carreira do jogador.   

Em entrevista ao programa “Téléfoot”, da emissora francesa “TF1”, o agente de Cristiano minimizou o interesse do Paris Saint-Germain e descartou um especulado retorno ao Manchester United. Mendes ainda garantiu que o atacante encerrará a carreira no Real Madrid.

- É impossível. Ele vai terminar a carreira no Real Madrid – disse Jorge Mendes. 

Jorge Mendes, empresario Cristiano Ronaldo (Foto: Reprodução / Facebook )
Jorge Mendes (dir.) assegura que Cristiano 
Ronaldo permanecerá por muitos anos no 
Real (Foto: Reprodução / Facebook )


O tom seguro quanto ao futuro do jogador só mudou quando o assunto foi a Major League Soccer (MLS). Indagado se Cristiano Ronaldo poderia jogar um dia nos Estados Unidos, Jorge Mendes já não demonstrou a mesma confiança de que o craque encerrará a carreira em Madri. 
- Não sei. Deus decidirá.
Por fim, Mendes ainda exaltou seu cliente. Para o empresário, Cristiano Ronaldo é o melhor jogador do mundo e nunca será igualado por outro jogador.

- Ele é uma máquina, o melhor jogador do mundo. Nenhum outro será como ele. É impossível. Não podemos fazer comparações com outros jogadores. Seria injusto, porque ele é o extremo.
Em 2013, Cristiano Ronaldo renovou com o Real Madrid e estendeu o vínculo até 2018. O atacante recebe anualmente € 17 milhões (R$ 51 milhões) líquidos (sem impostos). Ele está no clube desde 2009.


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Neymar e Messi saem do banco, mas não impedem derrota do Barcelona

Luis Enrique põe astros na reserva e vê Real Sociedad vencer em casa por 1 a 0, fazendo Barça desperdiçar chance de encerrar a rodada como líder do Espanhol


Por San 
San Sebastián, Espanha


O Barcelona perdeu uma ótima chance de tomar a liderança do Real Madrid neste domingo. 
Após o rival ser derrotado pelo Valencia, bastava uma vitória ao clube catalão diante do Real Sociedad para encerrar o fim de semana na ponta do Campeonato Espanhol, mas a visita ao Anoeta saiu pior do que o esperado. Com Neymar, Messi e Daniel Alves começando como reservas e indo para o jogo apenas na etapa final, os blaugranas foram derrotados por 1 a 0, com um gol contra de Jordi Alba no primeiro minuto de partida.

O resultado mantém o Barça na segunda colocação do Campeonato Espanhol, com 38 pontos, um a menos que o líder Real Madrid, que tem um jogo a menos. Por sua vez, o Real Sociedad chega a 18 pontos, na 14ª colocação. Na próxima rodada, os blaugrana recebem o Atlético de Madrid, no dia 11, enquanto os bascos visitam o Granada no mesmo dia.

Comemoração do Real Sociedad contra o Barcelona (Foto: Agência AFP )
Real Sociedad surpreende e derrota o 
Barcelona (Foto: Agência AFP )


O Barcelona viu que teria dificuldades novamente no Anoeta logo no começo da partida, quando foi surpreendido por um grande ímpeto ofensivo do Real Sociedad. Ainda no primeiro minuto, após dois escanteios consecutivos, Canales cruzou pela direita e viu Jordi Alba cabecear para o fundo do próprio gol quando tentou fazer o corte: 1 a 0. Aos poucos, a vantagem fez os donos da casa recuarem e deu ao Barça a posse de bola - porém, sem muita criatividade.


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Claramente sentindo falta de Messi e Neymar ao seu lado, Suárez buscou espaços no ataque, mas ficou isolado. No meio de campo, Xavi e Iniesta pouco produziram, fazendo com que o time de Luis Enrique abusasse dos cruzamentos e lançamentos longos, sem sucesso. No fim da etapa inicial, o Real Sociedad ainda se arriscou no ataque e quase aumentou a diferença com Canales, após drible em Montoya.

O Barça retornou para o segundo tempo com Messi no lugar de Munir, e logo mostrou maior criatividade, usando menos os cruzamentos. Suárez passou a tabelar com o argentino, mas logo o Real Sociedad conseguiu neutralizar as tentativas mais constantes de finalização. Neymar veio para o jogo aos 12 minutos, quando os donos da casa tentavam assustar Bravo em contra-ataques que deram trabalho à zaga do Barça.

Na última tentativa de mudar o jogo, Luis Enrique colocou Daniel Alves em campo, tirando o pendurado Mathieu. O Barcelona seguiu tentando criar, mas não mostrou a mesma criatividade de outros dias. Rodando a bola ao redor da área, o time de Luis Enrique buscava espaço para as finalizações e quase marcou duas vezes com Suárez nos minutos finais. Porém, duas belas defesas de Rulli impediram o empate e sacramentaram a estreia com derrota em 2015 para os blaugrana.

Messi, Real Sociedad X Barcelona  (Foto: Getty Images)
Messi começou o jogo no banco, assim como 
Neymar (Foto: Getty Images)


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Com milagre de Diego Alves, Valencia vira e encerra série invicta do Real

Goleiro salva no fim, e Los Che vencem merengues por 2 a 1, dando fim à chance do time de Carlo Ancelotti ultrapassar recorde do Coritiba de 24 vitórias seguidas


Por
Valencia, Espanha


Para a torcida do Valencia, o primeiro jogo de 2015 foi final de campeonato. Aplausos, vaias, pressão no árbitro... barulho o tempo inteiro, em uma atuação nas arquibancadas que motivou a equipe da casa a conseguir uma virada sobre o Real Madrid, campeão do mundo semanas antes: 2 a 1, com gols de Barragán e Otamendi. Um resultado que encerrou a série de 22 vitórias (em jogos oficiais) do time de Carlo Ancelotti, dando fim às chances de quebrar o recorde que pertence ao Coritiba, com 24 triunfos em sequência. O gol merengue foi de Cristiano Ronaldo, artilheiro com 26 gols e que ainda poderia ter feito outro, mas foi impedido por um verdadeiro milagre do goleiro brasileiro Diego Alves, no fim do jogo.

Sem perder desde 13 de setembro, o Real Madrid segue líder do Campeonato Espanhol com 39 pontos em 16 partidas, mas pode ser ultrapassado pelo Barcelona, que tem 38 pontos e o mesmo número de jogos e atua ainda neste domingo contra o Real Sociedad. O Valencia segue na terceira colocação, com 34, quatro a menos que o Atlético de Madrid.

Antonio Barragan, Real Madrid x Valencia (Foto: AP)
Valencia vence o Real Madrid no primeiro 
jogo oficial após título mundial (Foto: AP)


A cordialidade entre os adversários ficou reservada ao começo da partida, quando os jogadores do Valencia aplaudiram os merengues na entrada em campo, em uma homenagem pelo título mundial diante do San Lorenzo. Desde o apito inicial, a atmosfera do jogo foi tensa, acompanhada atentamente por uma torcida barulhenta no Mestalla. A rivalidade foi potencializada com uma chegada dura de Orbán em Bale, aos 12, e um pênalti marcado no minuto seguinte, após um passe do galês bater na mão de Negredo dentro da área. Cristiano Ronaldo cobrou e marcou o seu primeiro gol no ano, o 26º no Campeonato Espanhol.


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Em uma batalha no meio de campo, com muitos desarmes e passes errados, o Real Madrid teve maior domínio, mas só trouxe perigo em uma chance perdida por CR7 aos 25 minutos. Enquanto isso, ocorria um festival de faltas duras e cartões amarelos: Mustafi, Parejo, Enzo Pérez, Gayá, Alcácer, Sergio Ramos e Isco foram punidos, em uma atuação confusa do árbitro Gil Manzano.

Os donos da casa retornaram para a etapa final com maior ímpeto ofensivo e encurralaram o Real Madrid nos primeiros minutos. André Gomes assustou Casillas com um chute ao lado do gol logo no primeiro lance, mas foi Barragán quem empatou aos seis, quando recebeu de Gayá e chutou pela direita - a bola enganou Casillas após desvio em Pepe. Só então os merengues reagiram e voltaram ao ataque, com Bale perdendo oportunidade sozinho, cara a cara com Diego Alves.

A chance desperdiçada pelo galês fez falta. Empolgado com a festa da torcida, o Valencia seguiu dando trabalho no ataque e conseguiu o empate usando a bola parada, com Otamendi marcando de cabeça após cobrança de escanteio, aos 19. Minutos depois, Barragán jogou para fora a chance de consolidar a vitória, enquanto Carlo Ancelotti tirou Bale, James e Benzema para dar espaço a Khedira, Jesé e Chicharito. Os madridistas melhoraram na criação, mas não conseguiram superar a defesa adversária - Cristiano Ronaldo teve cabeçada salva em um milagre de Diego Alves no fim do jogo.


FONTE:
http://glo.bo/1At8zpL

Seedorf não descarta volta ao Brasil e diz confiar no Bota: "História vai pesar"

Em visita ao Rio de Janeiro, técnico conta como foi acompanhar de longe o ano trágico do Alvinegro e diz que não se arrependeu de sair: "Fiz o que tinha que fazer


Por
Rio de Janeiro


Especial Seedorf (Foto: André Durão)
Seedorf é muito popular no Rio de Janeiro 
(Foto: André Durão)


Há um ano, Seedorf se despedia do Botafogo para encarar a missão de ser técnico do Milan. Apesar de ter conquistado bons resultados no meio de uma reformulação na equipe italiana, ele não permaneceu no cargo, apesar de ainda ter contrato com os rossoneros. Enquanto estuda possibilidades para o futuro, o craque holandês tem aproveitado o tempo livre para viajar, cumprir suas funções como embaixador da Uefa e disputar amistosos beneficentes.

No dia 27 de janeiro, Seedorf foi um dos convidados de Zico no Jogo das Estrelas e mostrou que está em boa forma, fruto da rotina de exercícios que mantém mesmo após pendurar as chuteiras. Foram três dias para matar a saudade do Rio de Janeiro, se afastar do frio europeu e rever amigos. E o ex-camisa 10 alvinegro não descarta voltar a fazer do Brasil sua casa novamente, agora na função de técnico. (Confira a reportagem do Esporte Espetacular no vídeo abaixo)


- Claro. Eu não fecho portas para nada - afirmou.


Sentado de frente para um dos principais cartões portais cariocas, a Lagoa Rodrigo de Freitas, Seedorf comentou também sobre como foi ter acompanhado de longe o terrível ano do Botafogo. Ele lembrou de problemas vividos quando ainda estava no clube, mas mostrou otimismo sobre a possibilidade de o Alvinegro se recuperar.

- A história do Botafogo vai pesar na Série B.
Mosaico Seedorf (Foto:  André Durão)
Seedorf confia na recuperação 
alvinegra dentro do cenário 
nacional (Foto: André Durão)


Confira a entrevista completa com Seedorf:

GLOBOESPORTE.COM: 

Como é voltar ao Brasil após um tempo fora?SEEDORF: Muito bom. Me sinto em casa, é sempre bom voltar e rever os amigos. É muito legal.


Depois de deixar o Milan, você recebeu muito carinho dos fãs. Quando os torcedores que te admiram vão poder vê-lo em ação novamente?

Nunca se sabe, o futuro está em aberto. Como todos sabem, ainda tenho contrato com o Milan. Então, ainda tenho tempo para pensar antes de voltar a trabalhar. O futebol exige uma carga forte. Estou observando, aprendendo, viajando... Vamos ver.


Você considera a possibilidade de ser técnico no Brasil?

Claro. Eu não fecho portas para nada.


Qual tem sido sua principal atividade desde que saiu do Milan?

Tenho viajado para conhecer outras culturas, principalmente na Ásia. Durante a carreira não se tem tempo para fazer muitas coisas. Tenho assistido muitos jogos, principalmente da Liga dos Campeões e dos campeonatos Italiano, Espanhol e Inglês. Tenho passado mais tempo com a família também. É um momento de reflexão, e a programação futura vai acontecer naturalmente. Depois de 23 anos anos uma paradinha também não faz mal.


Quando você chegou ao Milan, o time passava por dificuldades, mas as poucos conseguiu bons resultados na reta final da temporada. Sua experiência no Brasil, até como uma espécie de auxiliar do Oswaldo de Oliveira, o ajudou neste primeiro trabalho?
Sim, todos os treinadores com quem trabalhei me ajudaram em alguma coisa. Minha experiência no Botafogo com o Oswaldo de Oliveira foi muito importante e me ajudou neste processo. Consegui ver de perto a outra parte. Sempre tive uma ligação forte com meus técnicos. No Botafogo nós criamos um grupo especial, acredito que qualquer time que tenha sucesso pensa da mesma maneira, segue as ideias do treinador. Dentro de campo, a equipe consegue superar os aspectos individuais em função do time. Foi um processo muito legal. Todos os grupos vitoriosos na minha carreira tinham essas características. Como técnico, este foi meu principal objetivo, criar um grupo que joga um pelo outro. A união é a base. Só com talento não dá...já vimos vários exemplos.


Qual foi o maior obstáculo nesta transição de dentro do campo para a beira dele?

O grande desafio é conseguir criar este aspecto psicológico, sabendo que agora não posso mais entrar em campo. Tenho que delegar, usar outras armas. Foi muito bonito. Amo fazer isso. Como treinador você consegue influenciar ainda mais. É fundamental que os jogadores principais acreditem no que você quer fazer. Foi uma maravilha trabalhar com ex-companheiros.


Os treinadores brasileiros normalmente não têm o mesmo status dos jogadores brasileiros fora do país. Por que isso acontece?

Olha, não é fácil para ninguém. Na Espanha é um lugar que ainda existem técnicos estrangeiros. Na Itália, a maior parte são italianos mesmo. Então, é uma coisa geral. O Scolari conseguiu, o Vanderlei Luxemburgo também, porque mostraram coisas boas na Seleção. Não dão muito tempo, a pressão é muito alta em cima dos estrangeiros. Mas o Brasil tem bons treinadores, não temos que comparar com os europeus. O Oswaldo de Oliveira para mim é um excelente treinador, de alto nível. Teve sucesso no Japão também. E há outros que fazem um bom trabalho no Oriente, como o Caio Júnior. Não é falta de conhecimento. Técnico hoje em dia não inventa mais nada, vai da capacidade de criar um grupo, uma filosofia, harmonia... Nisso Oswaldo de Oliveira foi excelente.


A estrutura dos clubes brasileiros em sua maioria faz com que a vida dos técnicos e até dos jogadores seja mais difícil aqui no país?

Existe um problema estrutural geral, vemos que quase todos os clubes têm problemas financeiros, e quando contratam não conseguem pagar. São problemas do passado que não deixam os clubes fazerem um planejamento. No Brasil, investir na base sempre foi um aspecto importante para revelar jogadores. É preciso uma mudança estrutural para que o futebol brasileiro possa crescer. Se conseguir usar essa paixão do brasileiro de uma forma correta, transparente, vai influenciar positivamente.

Especial Seedorf (Foto: André Durão)
Seedorf é praticamente um carioca, e a Lagoa 
Rodrigo de Freitas é um dos cartões-postais 
que gosta (Foto: André Durão)


Nos amistosos que você tem disputado, ainda tem mostrado muita qualidade técnica, como nas partidas com as lendas do Real Madrid, Global Footbal Legends, e mais recentemente no Jogo das Estrelas, organizado pelo Zico. Ainda mantém uma rotina de atleta?
(Risos) Mas eu não posso parar, foram 23 anos como jogador. Seria ruim até para minha saúde, meu coração. Estou fazendo até menos atividade do que gostaria. O fisioterapeuta que me acompanha desde o início da carreira continua me ligando para eu não parar de fazer os trabalhos. Sempre que posso, aceito os convites para jogar, como foi no Jogo das Estrelas, do Zico.

Você nunca escondeu que tinha vontade de ser técnico quando decidisse parar de jogar, mas ficou algum tipo de frustração ou arrependimento de não ter participado da Libertadores com o Botafogo?
Eu sinto que fiz o que tinha que fazer. Eu cheguei um ano depois do que estava programado, não tinha tanto tempo quanto eu queria. A saída do treinador (Oswaldo de Oliveira) foi uma coisa importante. A estrutura interna, a parte de fisioterapia, preparação física... Quando a coisa vem bem e muda, tem que recomeçar. Depois, não sei dizer o que aconteceu. Foi um momento triste (o rebaixamento), não só porque joguei lá. Ver clubes que têm uma história importante cair, é triste. Agora é preciso olhar para frente, levantar de novo, trabalhar forte e unido. A torcida precisa apoiar o time para essa volta, muitos clubes grandes passaram por isso. A história do Botafogo vai pesar na Série B.


Existe a sensação no clube de que sua saída foi determinante para que as coisas piorassem e o time perdesse o rumo. Concorda?

Pode ser que eu tenha feito falta, mas quando a gente constrói uma coisa... Tinham outros jogadores experientes lá dentro, esperava que eles pudessem continuar o mesmo caminho, porque não fiz nada sozinho. Em vários momentos do ano foram outros jogadores que tomaram decisões importantes. Só dividindo esse papel que tomos remam junto com o treinador.


A crise do Botafogo em 2014 era previsível?

Já tínhamos dificuldade, mas o grupo fez a escolha de superar, fazer o máximo dentro de campo. Claro que não é fácil, não deveria ser assim. Um mês (de atraso no salário), dois meses... viram cinco, seis, sete... nove como ouvi falar. E não só no Botafogo. Não se pode controlar os jogadores, que têm família, responsabilidades. É um stress que acompanha as pessoas no dia a dia, é preciso pagar as contas. Infelizmente não dá para pedir a essa pessoa o máximo do rendimento. Vira um círculo vicioso que não vai ter fim se não criarem uma lei, uma mudança forte para o futebol brasileiro. O Botafogo foi um dos que sofreu. Se olhar bem, o clube tinha receita para pagar, mas o dinheiro que entrava ia para pagar contas anteriores. E assim tem vários clubes.
Técnico hoje em dia não inventa mais nada, vai da capacidade de criar um grupo, uma filosofia, harmonia... Nisso Oswaldo de Oliveira foi excelente".
Seedorf, fã de Oswaldo


Qual recado mandaria para a torcida do Botafogo neste início de 2015?
Estando longe é difícil falar. Mas os torcedores têm amor ao clube, e é isso que é preciso para sair das dificuldades, não só no futebol, mas no dia a dia. Espero muito que o Botafogo consiga voltar para a Primeira Divisão.


Você acompanhou a Copa do Mundo de perto. Qual avaliação faz e como explicaria a derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha e 3 a 0 para a Holanda?

Cada um tem uma explicação. Futebol é assim. Às vezes leva de seis, sete... A Alemanha estava em grande forma. Enfrentaram o time errado no momento errado. Nenhum jogador quer perder desta maneira, mas faz parte. Não é o resultado em si, mas a falta de talentos técnicos. Neymar apenas. Antes, tinham mais jogadores representando o país em alto nível na Europa. A estrutura do futebol não pode ser igual há 20 anos, o mundo mudou e é preciso mudar, senão os outros renovam, como fez a Alemanha. Muito importante que o Brasil abra o olho neste sentido. Já perdi de seis contra o Valencia, ninguém quer que aconteça. O 3 a 0 do Brasil contra a Holanda acho que foi consequência do 7 a 1 contra a Alemanha. Normal. Não tinha mais condição de reagir. Acho que vem uma mudança forte no futebol brasileiro, e acho que pode conseguir se as pessoas que estiverem no comando quiserem.


Como recém nomeado Embaixador Global da Uefa da Diversidade e a Mudança, como pretende ajudar a combater os casos de racismo? No Brasil houve alguns casos neste ano, acredita que demos um passo atrás nesta questão?

A crise mundial mostrou a realidade para todos. O racismo existe, os números deixam claro. Em um evento que fizemos com a Uefa na Holanda há alguns meses, as estatísticas de três universidades mostravam que o máximo percentual de minorias era de 3% no futebol europeu (cargos como técnico e de gerência). No Brasil, lembro que também se falava nesse assunto. É preciso dar chances iguais para todos. No meu papel dentro da Uefa, vamos começar um trabalho bem estruturado para tentar mudar esta situação. Nos Estados Unidos, existe algo chamado "Rooney Rule" que implantaram na NFL. Mudou a cara do esporte. Obrigando a todos os clubes a, quando contratar, entrevistar uma pessoa de outra etnia, de cor negra. Depois de anos, existem mais treinadores negros e com bons resultados. Criaram dentro dos clubes também em outros cargos, como os gerentes. Foi muito forte lá, e não temos que inventar de novo o que já está inventado. O futebol é um espelho da sociedade, e pode ajudar muito a melhorar os aspectos do dia a dia. Precisamos de mais gestos para aumentar a integração, e o futebol é um misto de etnias. Em janeiro, vamos nos encontrar na Uefa para falar sobre a estratégia e depois poderei falar com mais detalhes.
Pode ser que eu tenha feito falta, mas quando a gente constrói uma coisa... Tinham outros jogadores experientes lá dentro, esperava que eles pudessem continuar o mesmo caminho, porque não fiz nada sozinho".

Seedorf, respondendo se sua saída contribuiu para a queda do Glorioso

No Brasil você sentiu algum tipo de discriminação?
Senti um pouco. Se você é atleta, é mais difícil de ver essas coisas. Mas nos cargos de mais poder é que fica mais claro. As estatísticas europeias mostram que 95% dos técnicos são brancos. É preciso quebrar essa coisa.


Como aconteceu esta nomeação de Embaixador? Ficou orgulhoso?
Foi um reconhecimento muito bonito e importante. Encontrei com o Platini na Europa e ele estava procurando uma pessoa. Me ofereceu e deu duas semanas para eu responder se aceitava. Não é um trabalho, não me pagam para isso (risos). É um cargo para tentar melhorar o futebol neste aspecto da integração. Muita gente tem vontade de ajudar.


Este ano você recebeu alguns prêmios no Suriname, onde nasceu. Virou "Doutor Honoris Causa" por sua liderança, capacidade de comunicação e filosofia de vida e também recebeu o prêmio da "Estrela Amarela", a maior condecoração dada pela presidência. Está orgulhoso deste reconhecimento também em seu país?
Para mim, o importante é sempre tentar melhorar a vida no que eu posso. Agradeço por todos esses reconhecimentos. É preciso caminhar olhando à frente.


FONTE:
http://glo.bo/149qkh6

Terceiro reforço fechado: Bota acerta contratação de Roger Carvalho

Zagueiro defenderá Alvinegro por uma temporada e se junta a Alisson e Diego Jardel, atletas que devem ser anunciados oficialmente nesta segunda-feira


Por
Rio de Janeiro

 
Roger Carvalho; Vitória (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Vitória)Roger Carvalho atuou em 18 partidas pelo Vitória (Foto: Felipe
Oliveira/Divulgação
/EC Vitória)


O Botafogo finalizou a contratação de mais um atleta, o terceiro para a temporada 2015. Trata-se do zagueiro Roger Carvalho, 28 anos, que disputou o último Brasileirão pelo Vitória. A negociação, iniciada ao final do ano passado, foi concretizada neste sábado e existe a possibilidade de o anúncio ser feito na segunda-feira, dia da apresentação oficial de Antônio Lopes como gerente de futebol.  
Além de Roger, outros dois atletas estão acertados com o Bota: Alisson, zagueiro do Paraná, e Diego Jardel, meia do Avaí. Todos assinarão contrato de um ano.  

Roger Carvalho começou a se destacar em 2009, quando atuava pelo Figueirense. As boas atuações renderam transferência ao Genoa, da Itália, no início de 2012. Em julho do mesmo ano, o defensor foi emprestado ao Bologna, mas pouco atuou por causa de uma grave lesão na coxa direita.  

No ano passado, Roger Carvalho foi contratado pelo São Paulo, mas fez sua estreia somente em fevereiro de 2014, no Campeonato Paulista. Dois meses depois, acabou deixando de fazer parte do grupo principal e foi emprestado ao Vitória para o Brasileirão. No clube baiano, finalmente pôde atuar com regularidade, mas sofreu uma fratura na face na semana do jogo contra o Santos, pela última rodada do Brasileiro, sendo submetido a uma cirurgia. Disputou 18 partidas, e não marcou gol.


FONTE: