domingo, 25 de dezembro de 2016

MAIS UMA OBRA DE TEMER: ORGULHO DE SER BRASILEIRO EM BAIXA RECORDE



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-recorde-negativo-do-indice-de-orgulho-dos-brasileiros-e-mais-uma-obra-de-temer-por-kiko-nogueira/



Segundo Ibope, só 34% se dizem orgulhosos do Brasil



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Uma pesquisa realizada pelo Ibope realizada entre os dias 8 e 12 de dezembro traz um dado que não deve surpreender ninguém sobre o cenário pós-golpe.
Apenas 34% dos entrevistados declararam ter orgulho de ser brasileiro. Em 2001, aqueles que declaravam ter “muito orgulho” representavam 58% da população.
Quem tinha “pouco” ou “nenhum” passou de 19% para 30%. Os dados foram publicados na coluna de Lauro Jardim, no Globo.
Michel Temer é o símbolo maior dessa vergonha.

Com rejeição recorde, dono de um discurso estúpido sobre as vantagens de ser impopular, ele representa um fundo do poço moral.
Em seu pronunciamento no Natal, conseguiu mentir mais uma vez. Referiu-se aos “pouco mais de 100 dias e poucos meses” em que ele está no poder.
Temer conta desde 31 de agosto, quando assumiu de fato — e não a partir da interinidade, quando já chegou chegando, impondo uma agenda oposta à da chapa pela qual foi eleito.
A conversa mole da “herança maldita” não convence ninguém. A confiança do mercado não voltou, a recessão se aprofundou, o desemprego piorou, a corrupção mata um ministro por mês.
Não é citar Dom Paulo, de cujo velório ele fugiu, que vai resolver alguma coisa. Colocaram no comando um sujeito capaz disso.
Temer enterrou qualquer vestígio de motivo que o brasileiro pudesse ter para sentir amor próprio. É o mensageiro do caos e da desesperança, a trombeta da apocalipse sem pescoço e com as mãozinhas mais estranhas do hemisfério sul.
Como se sentir orgulhoso diante dessa obra? Que esperança esse biltre poderia injetar nas pessoas?
Até que ele saia, seremos essa pátria envergonhada.
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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Os vazamentos e a pós-verdade da Lava Jato



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/os-vazamentos-e-a-pos-verdade-da-lava-jato









O Ministério Público Federal está empenhado em demonstrar que não apenas não vaza, como não tem interesse em vazamentos – apesar do vazamento ser peça central na estratégia da Lava Jato, como comprova trabalho do juiz Sérgio Moro sobre a Operação Mãos Limpas.
Recentemente, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot bradou inocência. Outros procuradores surgiram com alegações cartesianas sobre a razão do vazamento não interessar a eles.
O procurador Deltan Dallagnol divulgou em seu Facebook artigo da procuradora de Justiça Luciana Asper, analisando os vazamentos de delações premiadas. É uma boa maneira de apurar como o MPF monta suas narrativas de defesa, depois de se saber, à exaustão, como monta suas narrativas condenatórias. E um bom exemplo da profundidade da lógica que impressiona Dallagnol.
Vamos comparar o artigo da procuradora com o vazamento da delação de Marcelo Odebrecht, segundo a Folha de São Paulo (https://goo.gl/fOLplp).
A matéria é um cozidão de fatos conhecidos com obviedades ao alcance de todos. Mas descreve, com todas as letras, uma informação que diz constar da delação de Marcelo Odebrecht (que está em curso): “O ex-presidente e herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, relatou a procuradores da Lava Jato que uma espécie de conta que a empresa mantinha em nome de Luiz Inácio Lula da Silva tinha o objetivo de manter o petista influente depois que saísse da Presidência da República”.
A reportagem é de repórteres com amplo acesso aos procuradores. Além de informações de conhecimento geral, traz um pouco do estilo Lava Jato: diz que três delatores afirmaram que a Odebrecht pagou R$ 12 milhões pela nova sede do Instituto Lula. “Um ponto a ser esclarecido nas apurações é o fato de a sede do instituto não ter sido instalada no terreno da rua Dr. Haberbeck Brandão, na zona sul, mas em um edifício no bairro do Ipiranga”. Mas isso é um mero detalhe.
Vamos ver como essa reportagem se insere no teste “a quem interessa” proposto pela promotora:

"A quem interessa vazar colaborações premiadas?

1.      Ao Ministério Público?
- Há um número restrito de colegas trabalhando na operação lava jato, já que todos os outros jurisdicionados também precisam de sua atuação e os prazos correm.
- Há uma dedicação árdua de muitos meses de negociação para se fechar os termos de uma colaboração premiada e são centenas de investigados procurando celebrar o acordo.
- Quando se consegue fechar o termo, dali saem importantes linhas de investigação: quem serão os próximos investigados?; quais serão as próximas buscas e apreensões, escutas e diversas diligências que, para terem resultado, dependem do SIGILO?
Uma vez vazadas, estas estratégias caem por terra porque os investigados vão destruir ou ocultar indícios e provas. Qual seria o interesse em se colocar todo este trabalho e linha de investigação no lixo? Qual seria a vantagem de destruir o caminho necessário para a responsabilização dos culpados?
Resposta – como bem detalhado no trabalho de Sérgio Moro sobre a Operação Mãos Limpas, a vantagem seria criar um movimento de opinião pública que consolide a presunção de culpa do réu. Muitas vezes, para contornar a falta de provas objetivas.
OU 2. Aos que insistem em buscar uma terceira via para a lava jato?
Hoje os envolvidos na lava jato vislumbram em regra duas opções: 
A)     submeter-se ao curso normal do processo, devolver o dinheiro identificado como desviado e suportar anos e anos de cadeia; ou
B)     colaborar trazendo informações que elucidem ainda mais os crimes de corrupção, devolver 100% do dinheiro roubado e ainda assim ir pra a cadeia, mesmo que por um tempo menor - a cadeia ainda é regra.
Para quem estava acostumado com a certeza da impunidade nenhuma destas duas opções parece muito interessante, de modo que poderiam, pelo menos hipoteticamente, estar buscando, com muita criatividade, uma TERCEIRA VIA: a tão almejada IMPUNIDADE. Poderia ter a ideia de se apresentar como "colaborador", vazar para grandes veículos da imprensa o teor da colaboração, imputar aos investigadores os vazamentos e com isso tentar minar o imenso apoio popular e credibilidade da força tarefa, criando um espaço de menos resistência para aprovação de leis de "abuso de autoridade" que poderiam inviabilizar a continuidade dos trabalhos de investigação, impor "práticas impróprias" agora aos investigadores e quem sabe conseguir as tão almejadas anulações pontuais das investigações ou condenações na Justiça, renascendo o que já parecia uma opção distante: IMPUNIDADE.
(...) O que parece um "truque de mestre" para uns, pode ser "subestimar a inteligência" para outros. Nas suas rodas de conversa, perguntem: "a quem interessa vazar as colaborações premiadas?" e deixe que cada um tire suas próprias conclusões."
Resposta – segundo o juiz Sérgio Moro, em discurso nos Estados Unidos, é o apoio da opinião pública que protege a Lava Jato de sabotagens (https://goo.gl/JHD9SB). E os vazamentos se constituem no ponto central da estratégia de ganhar a opinião pública. Logo, interesse diretamente ao MPF.

Conclusão

Basta conferir o vazamento da delação de Marcelo Odebrecht. Interessaria a ele, depois de tanto custo imposto à Odebrecht, correr o risco de melar a delação por conta de vazamentos?
Os vazamentos são peças essenciais da Operação Lava Jato. Há procuradores sinceramente convencidos de seus malefícios sobre a corporação. E aqueles que, tendo o “complexo de vira-latas” apelam para a velha malandragem brasileira, de culpar a vítima.
Ao Procurador Geral, como não dispõe de nenhum ascendência mais sobre a tropa, resta lamentar e culpar os outros. É a maneira de se livrar da responsabilidade de não dar contas dos seus.
Afinal, foi o próprio Janot que permitiu a midiatização do trabalho do Ministério Público, criando poços de vaidade – como Deltan Dallagnol – que, já hoje em dia, conspiram contra a seriedade do trabalho de toda a corporação.
Aliás, o álibi do vazamento para anular delação foi utilizado apenas uma vez: um vazamento sem a menor relevância para a revista Veja, que foi utilizado como álibi por Janot suspender o acordo com o presidente da OAS, cuja delação ameaçava comprometer próceres tucanos e a não confirmar a novela da venda do tríplex para Lula.

PEC DA MORTE VAI TER QUE CORTAR MAIS




FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/economia/pec-da-morte-vai-ter-que-cortar-mais



Barbosa: PEC significa medo de eleição

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Por Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento do governo Dilma, no Estadão:
A chamada PEC do Teto estabelece que o gasto primário da União poderá crescer no máximo de acordo com a inflação por até 20 anos. Do ponto de vista econômico isso significa reduzir o gasto primário por habitante em termos reais. Mesmo que ocorram reformas amplas nos gastos obrigatórios – como Previdência Social e pagamento de servidores – ainda assim o limite proposto gerará uma queda real do gasto social per capita nos próximos anos. Em um país com demanda crescente por serviços públicos universais, a PEC do Teto é simplesmente um grande retrocesso econômico e social. 

Do ponto de vista político a PEC do Teto é ainda mais problemática, pois ela significa restringir o poder dos representantes eleitos pela população – tanto para a Presidência quanto para o Congresso – de determinar o tamanho do orçamento público por até 20 anos. É perfeitamente possível controlar o gasto público sem aplicar tamanho golpe contra os eleitores. Afinal, se a proposta da PEC do Teto é tão boa quanto dizem seus defensores, certamente ela seria endossada por todos os candidatos eleitos em 2018, 2022, 2026, 2030 e 2034. Por que então tentar congelar o gasto real por 20 anos? Quem tem medo de eleição? O prazo da PEC do Teto reflete um medo do voto, típico de uma abordagem tecnocrata de política econômica que voltou a predominar no Brasil. 

Pelo bem da democracia e pela estabilidade social, sem a qual não haverá estabilidade fiscal, nós economistas não devemos ter receio de submeter nossas propostas à avaliação periódica da população. (...) em 2017 podemos estar na estranha situação de ter que cortar gastos, mesmo com o gasto total estando em linha com o determinado pela PEC do Teto, devido ao crescimento insuficiente da receita. Essa é a forma pela qual a economia responde a propostas equivocadas.

JANIO: ANDRADE MENTE DESCARADAMENTE



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/janio-andrade-mente-descaradamente



Executivo inventou encontro com ministro


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Por Janio de Freitas, em artigo na Fel-lha:
À falta de resposta no Painel do Leitor, volto aos depoimentos contraditórios do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo.

Seu advogado, Juliano Breda, disse em carta à Folha que "a mudança no seu [de Azevedo] depoimento perante o TSE ocorreu em razão da análise de uma prestação de contas dos partidos que se mostrou equivocada, e não em razão de um fato do qual ele teria conhecimento direto".

O despacho 84/2016 da Procuradoria Geral Eleitoral, de 16.12.2016, diz que no depoimento para a Justiça Eleitoral em 17.11.2016 Azevedo "apresentou versão com traços divergentes em relação às afirmações feitas no depoimento prestado em 19.9.2016", à Lava Jato.

Neste depoimento, Azevedo apresentou a história de um encontro seu com Edinho Silva e outro petista para acertar a doação de R$ 1 milhão à campanha de Dilma. Nas palavras da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), está claro que são duas declarações explícitas e contraditórias.

A segunda, quando em novembro Azevedo foi indagado pela PGE sobre a divergência, depois que a defesa de Dilma desmentiu-o e apresentou cópia do cheque de R$ 1 milhão nominal a Michel Temer. A Azevedo só restava desdizer-se.

Breda diz ainda que "os encontros com Edinho Silva realmente aconteceram, fato que o próprio ex-ministro já admitiu".

O plural não estava no artigo. E o encontro para Edinho Silva pedir (e receber) R$ 1 milhão foi inventado por Otávio Azevedo: Edinho e seu acompanhante o negaram e, mais importante, a negação está implícita no reconhecimento de Azevedo de que o dinheiro não foi dado para Dilma, mas a Temer.

O despacho 84 foi mais longe, ao questionar a possibilidade de "desatendimento aos termos daquele acordo" (de delação premiada, com a Lava Jato). Por isso, e por ser assunto criminal, não eleitoral, remeteu a ação contra Otávio Azevedo "à Procuradoria da República em Brasília, para a adoção das medidas que entender cabíveis", e à Procuradoria Geral da República.

Ainda há o caso da declaração de Otávio Azevedo, aos procuradores da Lava Jato, de doação a Aécio Neves de R$ 12,6 milhões, que depois reconheceu serem, na verdade, R$ 19 milhões. O primeiro valor dava cobertura ao declarado na (também falsa) prestação de contas da campanha de Aécio.

Temer e Skaf esvaziam os galpões de SP



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/economia/temer-e-skaf-esvaziam-os-galpoes-de-sp



38 mil m² vagos em duas rodovias


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Como se sabe, o Impoluto Skaf, presidente da FIE P, não tem indústria.
Ele quebrou a que herdou.
Ele é um "industrial" de galpão!!!
Ou era...
Galpões vagos somam 38 mil m² em SPCom encolhimento das empresas, índice de ociosidade desses imóveis disparou e taxa de vacância atingiu 23,8% no Estado no 3º trimestre

Um dos retratos da crise na economia está estampado ao longo das estradas paulistas. Num raio de mais de 100 quilômetros da capital, percorridos pelo ‘Estado’ entre as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, há centenas de placas de alugam-se galpões, além de áreas industriais e rurais à venda e painéis vagos à espera de anunciantes num dos principais corredores logísticos do País. É o reflexo concreto da mais longa e profunda recessão, que fez inúmeras empresas encolherem ou fecharem as portas.

Pela primeira vez desde que o setor de galpões logísticos começou a se desenvolver no País em 2010 houve neste ano devolução de imóveis pelos inquilinos. Só no Estado de São Paulo 38 mil metros quadrados foram entregues aos locadores no terceiro trimestre, nas contas da Cushman & Wakefield, consultoria especializada em serviços imobiliários.

(...) Essa vacância nos galpões é quase o triplo da registrada em 2011, quando a economia estava em rota de crescimento e o setor corria para entregar novos empreendimentos.

Trensalão do PSDB: três anos e nenhum condenado



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/economia/trensalao-do-psdb-tres-anos-e-nenhum-condenado



Cartel no metrô de SP foi denunciado em 2013

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No PiG cheiroso:
Três anos de investigações e nenhum preso por cartel dos trens em SP

Investigado há três anos, o esquema de formação de cartel em contratos de trem e metrô do governo do Estado de São Paulo não levou ninguém para a prisão até agora. O Ministério Público denunciou cerca de 30 pessoas, entre empresários, lobistas e ex-funcionários das estatais paulistas que cuidam do transporte sobre trilhos em oito processos diferentes. Já as ações que investigam a participação de políticos no esquema não provocaram a acusação formal de nenhuma pessoa.

(...) O cartel dos trens foi descoberto após uma mudança no comando da multinacional Siemens, que decidiu assinar um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2013, denunciando as irregularidades que aconteceram desde 1995, durante os governos dos tucanos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. 

(...) A Siemens combinava, com outras empresas, como a Alston, a Bombardier, a Mitsui e a Tejofran, o resultado das licitações de contratos para reformas de vagões e equipamentos utilizados na operação dos trens. Emails apreendidos com executivos dessas empresas mostram que valores, parcerias e contratações de empresas menores eram acertadas previamente. Executivos e funcionários públicos recebiam propina para garantir o funcionamento do esquema, segundo a investigação. Só nas cinco primeiras ações, estima-se que R$ 557 milhões foram desviados para pagar os acordos irregulares.

“É quase impossível que essas empresas tenham ganhado as licitações daquele jeito sem apoio político. Analisando os documentos dessas licitações, fica claro que há uma combinação e acho pouco provável que quem trabalha diretamente com isso não perceba”, afirma Mendroni. O promotor diz acreditar que ainda existam carteis atuando no governo de São Paulo, de forma mais sofisticada do que fizeram nas últimas décadas.

Golpe elimina metade dos consumidores



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/economia/golpe-elimina-metade-consumidores



E quem compra compra lembrancinha

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Reprodução: Tijolaço
Conversa Afiada reproduz brilhante e brizolista análise do mestre Fernando Brito:
O retrato do fracasso neoliberal é o povo que sumiu das ruas do Natal

Nenhum texto, reportagem ou análise econômica, pode ser tão expressivo do que se passa no Brasil que o par de fotos estampados hoje na capa do Estadão. 

O repórter fotográfico Márcio Fernandes, com extrema precisão, conseguiu reproduzir a foto feita por seu colega Leonardo Fernandes, há seis anos. 

Tudo é perfeitamente igual na Rua 25 de Março, centro de comércio popular da cidade de São Paulo. 

Tudo, menos o fato de que há na rua, menos da metade das pessoas que havia há seis anos, naquele 2010 do qual muita gente já esqueceu. 

Esta metade, feita de gente – gente com família, crianças, amigos, pais idosos, gente que é tão cheia do direito de viver quanto eu ou você – sumiu. Tornou-se invisível, saiu, em maior ou menor grau, da roda da economia. 

A sua ausência não é acidental. Seu desaparecimento é um projeto, um programa, uma estratégia da perversidade neoliberal. 

Não existindo, eles não compram. Se eles não compram, a demanda cai e os preços não sobem. Se os preços não sobem, produz-se o “milagre” da redução do processo inflacionário e da corrosão de valor da moeda e adensa-se o sangue que se sugará da Nação pelo rentismo, pelos juros. 

O cerne do projeto neoliberal é este: fazer “desaparecer” uma parte da população. Que não vai à 25 de março, que não vai mais ao hospital, ou irá a um mais precário, como mais precária serão suas escolas, suas periferias, suas casas lá onde a elite não as vê. 

O Brasil desta gente é como a 25 de março, basta metade existir. A outra metade é um problema, jamais uma solução. 

E nunca seus irmãos. 

O que nos dão hoje as imagens de Leonardo e Márcio, como nos versos do Chico Buarque, é uma foto que não era para capa, era mera contracara, a face obscura. Mostram mais que que o frio número de queda de 4% estimada nas vendas pela Confederação Nacional do Comercio, que a reportagem de Marcia Chiara registra

E olhe que, em 2010, Leonardo fez a foto no dia 11. Faltavam duas semanas para o Natal e o 13°, para a maioria, ainda não havia sido pago. Márcio a fez agora, quando tudo deveria estar a pleno vapor. 

O Brasil dos Levy, dos Meirelles, dos Moro e Dallagnóis é assim, bem mais civilizado. 

A metade. 

A outra metade que vá para a selva da barbárie e da exclusão.

Stycer: Globo já viu que perdeu



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/pig/stycer-globo-ja-viu-que-perdeu



Audiência continua a migrar para novas mídias

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Na Fel-lha, por Maurício Stycer:
Globo admite que não há como trazer espectadores de volta à TV tradicional

Demorou um pouco, mas a Globo, finalmente, aceitou que não há mais como trazer para a televisão linear parte do público que a trocou pela internet. O ano de 2016 se encerra com acenos explícitos a este espectador desinteressado em seguir a grade rígida da emissora.

No último domingo (18), no início da tarde, no intervalo de "A Cara do Pai", a Globo informou aos espectadores que o seu aplicativo on-line iria exibir às 16h30 um programa especial sobre os bastidores do "Melhores do Ano", uma atração que a emissora programou para as 17h30.

Ou seja, convidou o público a trocar a própria Globo, no momento em que estaria exibindo um filme, "O Espetacular Homem-Aranha", pelo Globo Play (acessível via laptop, smartphone ou mesmo o próprio aparelho de TV), onde poderia ver o blogueiro Hugo Gloss entrevistando atores da emissora.

A emissora também passou a antecipar, em seu aplicativo, a exibição de episódios inéditos de suas séries.

Não que a Globo tenha desistido da TV aberta. Muito pelo contrário. Ela ainda é, no Brasil, o principal motor da indústria audiovisual, na qual estão concentrados os maiores investimentos em publicidade e os principais esforços de criação.

Mas me parece altamente simbólico o reconhecimento de que é preciso competir no mesmo campo em que outras gigantes já estão nadando de braçada.

A Amazon, por exemplo, acaba de lançar o seu serviço de vídeo por streaming em 200 países. Ainda que o conteúdo oferecido deixe a desejar, convém lembrar, como fez o jornalista Andre Mermelstein, do Teletime, que o faturamento da Amazon é 15 vezes superior ao da Netflix - e, portanto, a sua capacidade de investir em conteúdo próprio e licenciamento é enorme.

Nos Estados Unidos, a "velha mídia" já se deu conta, há mais tempo, da necessidade de se adequar aos novos tempos. O anúcio da compra da Time Warner pela AT&T em outubro, por US$ 85,4 bilhões, foi o sinal mais recente -e eloquente- de que é preciso se armar para a guerra.

Como disse Randall Stephenson, principal executivo da AT&T, assumir o controle da HBO e da Warner Bros., entre outros ativos, vai permitir à empresa oferecer conteúdo de vídeo on demand de maneira a compensar as perdas com a divisão de TV via satélite do grupo, a DirecTV.

Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, a legislação brasileira não permite que uma mesma empresa atue na produção de conteúdo e na sua distribuição, o que obrigará a AT&T, caso a fusão seja aprovada, a vender a Sky no Brasil. Trata-se da segunda maior empresa de TV por assinatura no país, com 5,3 milhões de assinantes.

No final de novembro, a AT&T lançou nos EUA o DirecTV Now, um serviço de streaming com 60 canais, incluindo alguns considerados indispensáveis, como ESPN e Disney, por US$ 35 mensais (cerca de R$ 115).

Como observou o "New York Times", é um serviço claramente dirigido aos "cortadores de cabo", ou seja, consumidores que desistiram de pagar por TV a cabo (ou satélite), mas dispõem de internet banda larga.

A associação entre plataformas que oferecem conteúdo audiovisual e provedores de internet, sem vinculação a operadoras de TV paga, é outra tendência dando seus primeiros passos no Brasil. A HBO lançou o seu serviço, seguida pela Crackle, ambas ainda limitadas a alguns Estados.

A crise econômica ainda ajuda quem aposta no atraso, mas o ritmo das mudanças parece mais acelerado do que nunca.

Traíra falou para seu ego no Natal



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/traira-falou-para-seu-ego-no-natal




Frio, inconvincente, desdenhoso... Um desastre!

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Por Fernando Brito, no Tijolaço:
Temer na TV foi o Temer no Governo: um desastre

Se o objetivo de Michel Temer ao falar, numa hora totalmente imprópria e com não apenas baixa audiência como baixíssima atenção, em meio já aos encontros de família da noite de Natal, era recuperar um pouco de sua credibilidade, que perca as esperanças. 

Temer foi o que sempre é, quando fala: frio, inconvincente, desdenhoso. 

Aliás, o texto que lhe prepararam só o ajudou a ser como é. 

Troca a oportunidade de pedir licença para falar na noite de Natal, não se refere ao fato de as pessoas estarem reunidas em confraternização, não se coloca como parte neste encontro. Troca-o por dizer o óbvio (“dirijo-me a você nesta noite de Natal para transmitir mensagem”) e o formal (“de renovada esperança”). Melhor que isso só aquele “sirvo-me destas mal-traçadas linhas”. 

Do ponto de vista objetivo, começa a fala dizendo que “a inflação caiu e voltou a ficar dentro da meta, o que vai colocar um freio na carestia que você sente no supermercado”. Errado, Temer, é no supermercado o único lugar onde as pessoas sentem uma certa “aliviada” da inflação, pela relativa estabilidade dos preços dos alimentos e bebidas. Mas é um momento péssimo para falar em queda da inflação, quando o cidadão de classe média se prepara para um janeiro de contas: IPTU, matrícula escolar, conta de luz (pelo consumo aumentado) e por tudo o que muda de preço com a mudança de ano, que os economistas do meu tempo chamavam de “inflação gregoriana”, por causa do calendário. 

Aliás, do meu tempo também a a tal “carestia” que Temer usa. Até eu, que sou do tempo do “ronca”, estranhei. 

Depois vem um enxurrada de “obras” que estão – algumas, para a sorte dele – distantes da vida das pessoas, ainda: o corte dos gastos, a reforma do ensino médio, a nova lei de estatais. E de coisas das quais as pessoas percebem na realidade, o inverso: o desemprego irá recuar e “os juros estão caindo e cairão ainda mais”. 

E um otimismo de fé: “o próximo Natal será muito melhor que este”, único momento em que ele – implicitamente – reconhece que este é um desastre. 

Mas televisão não é só texto, é imagem. E na imagem, Temer consegue a proeza de revelar-se nos gestos que acompanham a sua fala. 

O primeiro, ainda que sem levantá-la, a mão com o dedo em riste. A segunda, as “espanadas” de mão, num gesto de desdém. Pode parecer bobagem, mas compõem o entendimento do que se diz com autoritarismo e desprezo, traindo o que ele tem, mas tenta esconder. 

Por último, como não poderia faltar, a abjeção da “carona” na morte de D. Paulo Evaristo Arns, com uma musiquinha triste ao fundo, é a régua para medir a pequenez de um presidente que sequer teve o ato de lhe prestar uma homenagem póstuma, com medo de vaias. 

Até mesmo na despedida, ao final da fala, Temer não se aproxima das pessoas e do momento em que o ouvem. Diz “muito obrigado a todos” e um imbecil “boa noite, Brasil”. 

Talvez uma sinceridade inesperada: um “feliz Natal”, nem pensar. 

Sabem por que? Porque Temer falou não para o povo, mas para seu ego, para mostrar que é capaz de “aparecer em público”. 

É. Quando ninguém está prestando atenção nele. 

PS. Se o estômago e o fígado estiverem bem, o vídeo da fala está abaixo: VEJA CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA



2016: o Golpe da e na Globo



VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ABAIXO


FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/



O #ForaTemer continua em 2017!

Rui Costa encontra Moro no shopping



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/rui-costa-encontra-moro-no-shopping


Golpe é Golpe!

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Conversa Afiada reproduz as serenas e afiadas observações do Governador da Bahia eleito no primeiro turno, como acontecerá na reeleição (a popularidade dele se aproxima do Lula: 70%):
Rui dá indireta para Moro: “Os juízes estão preocupados com aplausos no shopping?”
O governador fez um comparativo da postura de profissionais do judiciário do Brasil, em relação a outros, de “democracias mais maduras”

Durante o lançamento da Revista Mãe Terra, na tarde desta quinta-feira (22), na Concha Acústica do TCA, o Governador Rui Costa destacou as principais ações realizadas por sua gestão no ano de 2016, enfatizando a importância das secretarias para alcançar os objetivos propostos. Entre os avanços, todos catalogados na revista, está a criação de 500 leitos hospitalares no estado.

Durante o evento, o governador aproveitou para criticar o cenário político que o país enfrenta. Primeiramente, Rui fez questão de explicar à imprensa que sua aproximação com o presidente Michel Temer, nos últimos meses não significa que ele esteja apoiando a gestão realizada por Temer: “Eu me sinto como se estivesse em uma partida de futebol, como se eu fosse jogador do Bahia, e o juiz tivesse marcado um pênalti irregular contra meu time. Ou eu me reúno para tentar resolver, ou fico reclamando com o juiz durante toda a partida”.

“Sou contra, acho que o que foi feito no Brasil foi uma grande agressão, violência absurda, segunda grande violência à democracia brasileira, a primeira em 1964 e a segunda em 2016. Mas eu não posso ficar reclamando. Tivemos umas quatro reuniões nos últimos meses [com o presidente], os últimos resultados foram importantes”, o governador destacou entre as pautas, o envio de verbas para o Nordeste.

Além disso, Rui criticou ainda a falta de estrutura nos setores judiciários do país: “A crise econômica só será solucionada quando resolver a crise política e institucional. Enquanto não organizarmos essas instituições, cada um voltar e sentar na sua cadeira, porque cada um levantou e revolveu fazer aquilo que não é a sua responsabilidade […] Quando os personagens institucionais voltarem a ser reconhecidos publicamente, no local ao qual pertencem, ai começamos a organizar as coisas.”

O governador deixou claro que desaprova a postura de alguns juízes e promotores que estão inseridos no processo, deixando subtendido que o juiz Sérgio Moro, enfrenta uma linha ténue entre a vaidade e a realização dentro do que a lei lhe permite. “A reforma política é um processo que também tem que mandar para as instituições jurídicas. Quais são as sociedades mais maduras? Constituições mais sólidas? Como é que funciona suas instituições? Todos devemos fazer essas reflexões. Nessas democracias, os juízes e promotores estão preocupados com aplausos no seu caminhar no shopping, ou estão preocupados com suas consciências, em ter respeito à constituição? Esses juízes fazem questão de ser reconhecidos nas ruas? Ou eles fazem o trabalho com a eficiência da lei? O país está de cabeça para baixo. Precisamos colocar os interesses da população em primeiro lugar”.

Rui Costa disse ainda que neste final de ano o recurso federal não entrou, e que inevitavelmente está havendo redução em todas as áreas, e que o Governo Estadual, consequentemente, precisa espremer para manter os setores funcionando.

"Quarto Poder" do PHA invade a Lava Jato



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/quarto-poder-do-pha-invade-a-lava-jato



Por que a Globo pôde entrar na latrina do Dirceu?

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Reprodução: GloboNews
Na GloboNews:
VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DS FONTE ACIMA

Janot e Moro serviram Tio Sam



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/janot-e-moro-serviram-tio-sam



Cruvinel descreve ação deliberada para entregar o ouro ao bandido


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Conversa Afiada reproduz artigo de Tereza Cruvinel:
A Lava Jato e o Tio Sam

Agora é a Odebrecht, mas outras dez empresas brasileiras estão sendo investigadas por autoridades americanas. Entre elas a Petrobrás, a Eletronuclear e outras grandes empreiteiras. Como a Odebrecht, que pagará multa de R$ 1,3 milhões aos Estados Unidos e à Suíça (mais R$ 5,3 milhões no Brasil), elas também foram sangradas pela Lava Jato e ainda têm muito o que sangrar em acordos de leniência para se livrar de processos que só foram possíveis graças à cooperação dos procuradores brasileiros com as autoridades estrangeiras, realizada em desacordo com as normas da cooperação jurídica internacional, atropelando a autoridade central, que é o Ministério da Justiça e ferindo a soberania nacional.

Num tempo em que o sentido real dos fatos é sempre distorcido, o que ouvimos agora são aplausos à “competência” americana ao deslindar as ações ilícitas internacionais da Odebrecht e da Braskem. Em algum futuro, Rodrigo Janot, Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato poderão responder por estas ações contra o interesse nacional. Por crime de lesa-pátria, na definição do deputado Paulo Pimenta, que já prepara medidas jurídicas neste sentido.

É preciso porém dizer que os procuradores foram tão longe na relação bilateral com autoridades estrangeiras porque o governo Dilma, para não se indispor com a Lava Jato, deixou o barco correr.

A cooperação internacional sempre existiu, mas é uma instituição recente no que tange ao combate à corrupção, ao crime organizado e à recuperação de ativos desviados. Foi no primeiro governo Lula que o então ministro da Justiça Marcio Thomas Bastos começou a tomar providências para inserir o Brasil no sistema de cooperação, criando o DRCI – Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, ligado à pasta. A cooperação internacional pressupõe a existência, em cada país, de uma “autoridade central”, que no caso do Brasil é o ministério da Justiça, com apoio do DRCI. O órgão recuperou, por exemplo, recursos desviados por Paulo Maluf e Jorgina Mattos. Mas não foi assim que aconteceu a cooperação da Lava Jato com o Departamento de Justiça americano, o DOJ. Foi uma relação direta, com oferta de delatores e entrega de documentos contra empresas brasileiras.

A “autoridade central” foi sumariamente atropelada, embora o site do Ministério da Justiça defina muito bem sua importância na cooperação internacional, quando diz: “A Autoridade Central é o órgão responsável pela boa condução da cooperação jurídica internacional. No Brasil, o Ministério da Justiça exerce essa função para a maioria dos acordos internacionais em vigor, por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional da Secretaria Nacional de Justiça e Cidadania (DRCI/SNJ). A Autoridade Central é um conceito consagrado no Direito Internacional e visa a determinar um ponto unificado de contato para a tramitação dos pedidos de cooperação jurídica internacional, com vistas à efetividade e à celeridade desses pedidos. A principal função da Autoridade Central é buscar maior celeridade e efetividade aos pedidos de cooperação jurídica internacional penal ou civis. Para isso, recebe, analisa, adequa, transmite e acompanha o cumprimento dos pedidos junto às autoridades estrangeiras. Essa análise leva em conta a legislação nacional e os tratados vigentes, bem como normativos, práticas e costumes nacionais e internacionais”. Mas a Lava Jato fez como quis.

A ofensiva da Lava Jata contra a Petrobrás, a Eletronuclear e outros empreiteiras brasileiras pareceu, no início, decorrência inevitável da mais ousada iniciativa de combate à corrupção, numa quadra em que a população já vinha de uma longa indigestão com os sucessivos escândalos. A Petrobrás foi massacrada, as empreiteiras demitiram milhares de pessoas, perderam grandes obras dentro e fora do Brasil, projetos importantes foram interrompidos. Inclusive, para desgosto dos militares, o do submarino nuclear, que envolvia a Odebrecht. Havia também o propósito, alcançado este ano, de contribuir para o impeachment da ex-presidente Dilma. O golpe passou mas a Lava Jato seguiu seu curso e a cooperação com os estrangeiros avançou. Há cerca de um mês, soube-se que dois delatores haviam firmado acordos para colaborar com as investigações americanas.

Tudo parece ter começado em fevereiro de 2015, quando Rodrigo Janot foi aos Estados Unidos com um grupo de procuradores e tiveram os primeiros contatos com vistas à cooperação. As coisas não se passavam de forma ortodoxa, disseram alguns observadores, solenemente ignorados. Os procuradores, e não o Ministério da Justiça, é que estavam dialogando com outro país sobre empresas brasileiras, inclusive sobre a maior empresa estatal do pais, sem a participação do Ministério da Justiça, do Itamaraty ou da AGU. Mas, se o próprio governo (Dilma), em nome do Estado brasileiro, nada estranhava, quem poderia se opor? 

Logo depois da viagem de Janot, a Lava Jato arrancou uma delação contra o almirante Othon Luiz Pereira da Silva, presidente da Eletronuclear, considerado o pai do programa nuclear brasileiro. Em segjuida ele foi preso na Operação Radioatividade, por fatos relacionados com a construção da usina de Angra III, não relacionado com o esquema da Petrobrás, que tem Moro como juiz responsável. Angra III hoje é um projeto condenado pela crise econômica e pelo escândalo.

O Brasil, de potência emergente e líder sul-americano, voltou a ser um país bananeiro. As grandes empresas de infraestrutura estão em frangalhos. A economia, na UTI. A projeção internacional do país, obtida na Era Lula, esmaeceu completamente. O governo Temer solicitamente atende aos interesses do capital financeiro hegemônico, “aproveitando a impopularidade” para tomar medidas impopulares, socialmente regressivas. E a principal liderança do campo da esquerda, Lula, está sob o fogo da Lava Jato, para que não seja candidato. Para os interesses geopolíticos americanos, fatura praticamente liquidada. Para o Brasil, Game Over.

Durante a ditadura, por muito tempo foi dada como lenda a participação americana no golpe de 1964. Até que vieram documentos comprovando a participação do embaixador Lincoln Gordon nas conspirações golpistas e o deslocamento, para o Caribe, de uma esquadra que, se fosse preciso, invadiria o Brasil para socorrer os golpistas. Num certo futuro, talvez saberemos também, e documentalmente, como se deu a cooperação da Lava Jato com forças estrangeiras, enquanto boa parte dos brasileiros festejavam o combate à corrupção, a destruição das empresas, a prisão de políticos e a falência da democracia representativa. Neste momento, as palmas são para a eficiência do FMI, ao estimar exatamente o gasto da Odebrecht (US$ 1 bilhão) com o pagamento de propinas em 12 países. Entre estes, não figuram nem os Estados Unidos nem a Suiça mas eles ficaram com 20% do valor total da multa a ser paga pela Odebrecht. Por que mesmo? Porque o dinheiro ilícito teria transitado por instituições financeiras dos dois países, é o que se diz.