Com Macaca em alta neste início de Brasileirão, técnico trabalha lado psicológico para elenco manter foco e pede apoio da torcida para evitar ilusões com bom início
Guto
Ferreira mede bem as palavras para falar do bom começo de Campeonato
Brasileiro da Ponte Preta. O orgulho pelo desempenho inicial do time é
abafado pelo discurso cauteloso. O sonho de chegar longe aparece
comedido entre uma fala e outra pautadas pela prudência. A intenção do
treinador ao mesclar elogios e ponderações nas declarações é evitar
ilusões e também blindar o elenco alvinegro da empolgação externa.
Guto
não quer que a Macaca vire refém do próprio sucesso. Não quer que a
largada positiva se transforme em peso para a sequência da competição.
Tampouco que a torcida, hoje encantada com o futebol praticado pela
equipe, aumente o nível de exigência e, consequentemente, a
responsabilidade sobre os jogadores. Contra a zona de conforto e as
falsas expectativas, Guto usa a oratória para trabalhar o lado
psicológico. De quem entra em campo e de quem torce.
- Não tenho bola de cristal para saber onde vamos chegar. Vivemos o momento. O que não pode é daqui a pouco criar e cobrar expectativas. Temos um time de guerreiros, que se supera a cada jogo, com profissionais competentes e comprometidos com o projeto. Torcedor, mais que criar expectativa, precisamos de você presente e jogando com a gente. Vamos errar também, mas tendo da sua parte uma situação de alento, mais que a vaia, a cobrança e o descrédito, precisamos do apoio, empurrando. Juntos, somos mais forte e podemos surpreender. Claro que eu gostaria de chegar onde todo mundo sonha. Se vamos (chegar), é difícil dizer.
Com oito pontos e ainda invicta (duas vitórias e dois empates), a Ponte é uma das sensações neste início de Brasileiro, principalmente para quem entrou com o compromisso de se manter na elite nacional. Ficar entre os dez melhores e conquistar uma vaga à Sul-Americana também faz parte dos planos. O que vier além disso, passa a ser lucro. É assim que Guto quer que o torcedor também pense.
- Nosso compromisso é a manutenção. O compromisso do grupo é ficar no Top 10 e buscar a Sul-Americana. Acima disso, é lucro. Espero que o torcedor entenda e não cobre mais do que isso. Se acredita (em algo além), venha jogar junto. Quando a expectativa é grande e acaba frustrada, você descarrega no grupo, que sente. Mas quando acaba surpreendido, a satisfação é ainda maior. Torcedor, jogue junto, seja o 12º torcedor, venha para o estádio, seja sócio-torcedor, se engaje nesse momento da Ponte. Vamos, juntos, construir um grande campeonato.
Pelo jejum de título nos 114 anos, é inegável que o alvinegro passe a alimentar a esperança a cada começo positivo, mas Guto freia qualquer sinal de empolgação. Até porque ainda vê a Macaca com muito a evoluir. E, se o elenco achar que já está tudo certo, a tendência é o nível cair.
- Claro que eu gostaria que o time evoluísse muito mais, com mais firmeza, mais imposição, maduro, focado, que nada extracampo influenciasse. Seria fantástico. Quando você começa a andar bem, é natural ouvir elogios, receber tapinha nas costas. Aí, se você treinava com intensidade 10, começa a treinar 9,5, 9... Se treinava 40 minutos, começa a treinar 40 minutos, começa a ficar "dodói", quer que massageie seu ego. É natural. Então, temos de ficar o tempo todo cobrando para que não entre na zona de conforto. A zona de conforto é o momento da queda - concluiu.
O próximo teste da Ponte acontece nesta quarta-feira, às 19h30, contra o Vasco, em São Januário
FONTE:
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Guto Ferreira trabalha o lado psicológico para
Ponte manter o nível no Campeonato Brasileiro
(Foto: Marcos Ribolli)
- Não tenho bola de cristal para saber onde vamos chegar. Vivemos o momento. O que não pode é daqui a pouco criar e cobrar expectativas. Temos um time de guerreiros, que se supera a cada jogo, com profissionais competentes e comprometidos com o projeto. Torcedor, mais que criar expectativa, precisamos de você presente e jogando com a gente. Vamos errar também, mas tendo da sua parte uma situação de alento, mais que a vaia, a cobrança e o descrédito, precisamos do apoio, empurrando. Juntos, somos mais forte e podemos surpreender. Claro que eu gostaria de chegar onde todo mundo sonha. Se vamos (chegar), é difícil dizer.
Com oito pontos e ainda invicta (duas vitórias e dois empates), a Ponte é uma das sensações neste início de Brasileiro, principalmente para quem entrou com o compromisso de se manter na elite nacional. Ficar entre os dez melhores e conquistar uma vaga à Sul-Americana também faz parte dos planos. O que vier além disso, passa a ser lucro. É assim que Guto quer que o torcedor também pense.
- Nosso compromisso é a manutenção. O compromisso do grupo é ficar no Top 10 e buscar a Sul-Americana. Acima disso, é lucro. Espero que o torcedor entenda e não cobre mais do que isso. Se acredita (em algo além), venha jogar junto. Quando a expectativa é grande e acaba frustrada, você descarrega no grupo, que sente. Mas quando acaba surpreendido, a satisfação é ainda maior. Torcedor, jogue junto, seja o 12º torcedor, venha para o estádio, seja sócio-torcedor, se engaje nesse momento da Ponte. Vamos, juntos, construir um grande campeonato.
Pelo jejum de título nos 114 anos, é inegável que o alvinegro passe a alimentar a esperança a cada começo positivo, mas Guto freia qualquer sinal de empolgação. Até porque ainda vê a Macaca com muito a evoluir. E, se o elenco achar que já está tudo certo, a tendência é o nível cair.
- Claro que eu gostaria que o time evoluísse muito mais, com mais firmeza, mais imposição, maduro, focado, que nada extracampo influenciasse. Seria fantástico. Quando você começa a andar bem, é natural ouvir elogios, receber tapinha nas costas. Aí, se você treinava com intensidade 10, começa a treinar 9,5, 9... Se treinava 40 minutos, começa a treinar 40 minutos, começa a ficar "dodói", quer que massageie seu ego. É natural. Então, temos de ficar o tempo todo cobrando para que não entre na zona de conforto. A zona de conforto é o momento da queda - concluiu.
O próximo teste da Ponte acontece nesta quarta-feira, às 19h30, contra o Vasco, em São Januário
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