terça-feira, 24 de março de 2015

Praia Clube devolve resultado, vence Minas em BH e decide vaga em casa

Assim como na primeira partida, confronto mineiro termina em 3 sets a 2, desta vez para o time de Uberlândia. Vaga na semi será decidida em Uberlândia, na sexta-feira


Por
Belo Horizonte

 
Equilíbrio é a palavra que define a série entre Praia Clube e Minas pelas quartas de final da Superliga Feminina. No primeiro jogo, o Minas venceu fora de casa por 3 a 2. Na segunda partida, em Belo Horizonte, nesta terça-feira, as praianas devolveram nos mesmos moldes: venceram por 3 sets a 2, com parciais de 16/25; 25/17; 26/24;17/25 e 15/9. A igualdade deixa a rivalidade mais acirrada e provoca o terceiro jogo entre os times para definir quem avança à semifinal da Superliga Feminina.


saiba mais

A maior pontuadora do jogo foi Jaqueline, do Minas, com 24 pontos. O troféu Viva Vôlei ficou com Ju Costa, do Praia Clube. Praia Clube e Minas voltam a se enfrentar pelas quartas de final da Superliga. A próxima partida será em Uberlândia, na Arena Praia, na sexta-feira, às 21h30, com transmissão do SporTV e vai definir qual time vai representar Minas Gerais nas semifinais da competição e enfrentar o Rio de Janeiro.

Minas Praia Clube Superliga Feminina 2015 (Foto: Orlando Bento/Minas)
Mesmo bem marcada, cubana Ramirez conseguiu 
ser decisiva no tie-break (Foto: Orlando 
Bento/Minas)


Uma partida tensa como mandava o figurino. Os times jogando pressionados para chegar à semifinal. A pressão fez com que os erros tomassem conta do início do jogo. O Minas teve três erros de saque seguidos. O Praia Clube, por sua vez, era facilmente parado pelo bloqueio das centrais Carol Gattaz e Walewska. Um duelo que o detalhe faz diferença. Sem Tandara e com Sassá, por opção técnica de Ricardo Picinin, a equipe visitante conseguiu encaixar um jogo depois da primeira parada técnica. Karine Guerra explorou a oposta Ramirez e a central Natália. Com isso, o time abriu quatro pontos. Mas o Minas tinha Jaqueline. Em qualquer momento do jogo, pode confiar na ponteira que ela vira as jogadas e dá mais equilíbrio ao jogo. 

Quem também fez a diferença no set foi Mari Paraíba. Com Mari e Jaqueline não encontrando problema para superar o bloqueio do Praia Clube, a equipe da capital fechou fácil o primeiro set: 25 a 16.

Praia Clube Sesi Superliga Feminina 2015 (Foto: Orlando Bento/Minas)Jaqueline fez 24 pontos no jogo, mas não evitou a derrota (Foto: Orlando Bento/Minas)


O Minas foi para cima. Percebeu que o Praia Clube estava abatido desde o primeiro set, quando o time fez 10 pontos seguidos. Mari Paraíba e Jaqueline continuaram se destacando. A equipe minastenista ainda ganhou a companhia de Carla, que mesmo com baixa estatura, tinha velocidade e potência no saque. Mas na série entre Minas e Praia Clube, sair na frente não tem significado muito. Desde o primeiro jogo e no início dessa partida, as viradas foram constantes. Quando uma equipe está próxima de administrar uma vantagem, ela acaba se perdendo. E foi assim com o Praia Clube, que depois de perder por cinco pontos, conseguiu virar, abrir três e só aumentou a vantagem. A equipe visitante, aproveitou os 10 erros do Minas, e o bom aproveitamento da central Natasha para vencer por 25 a 17.

Confiante pelo segundo set, o Praia Clube começou melhor o jogo. O bloqueio e contra-ataque funcionaram e dificultaram a vida do ataque Minas. O técnico Márcio Queiroga pediu paciência à equipe para não se complicar no terceiro set diante dos seis pontos abertos pelo Praia Clube. Como de praxe, houve reação do Minas. O time de Belo Horizonte chegou a empatar o jogo e os times ficaram se alternando no placar na reta final do set. Equilíbrio total na parcial, e melhor para o Praia Clube que fez 26 a 24.

Minas e Praia Clube voltaram para quarto set sem nenhum time conseguir abrir uma boa vantagem. A diferença estava nos detalhes e nos erros não forçados. Como por exemplo, erros de saque em sequência, que fez o time de Belo Horizonte abrir quatro pontos. A falta de aproveitamento do Praia Clube na parcial facilitou ainda mais o trabalho do Minas. Quando não eram os erros de passe que comprometiam os contra ataques do Praia Clube, as uberlandenses no paredão o paredão chamado Waleswka. Tudo igual: 2 sets a 2 após as donas da casa fecharem em 25 a 17.

No tie-break, o set é mais curto e quanto menos erro cometer melhor. O Praia Clube começou parando duas vezes Jaqueline e acertou um bom saque para abrir 3 a 0. Se a principal atleta do Minas, junto com Mari Paraíba, estavam bem marcadas sobrou para as centrais Natália e Natasha levarem vantagem e o time de Uberlândia abriu seis pontos. Porém, um lance duvidoso, gerou dois pontos seguidos ao Minas. Natasha não concordou com a arbitragem e recebeu amarelo. Continuou reclamando, e recebeu o vermelho. No quarto set, Picinin já havia sido advertido. Esse problema não abateu ao Praia Clube, que continuou na frente e empatou a série: 15 a 9.


FONTE:


"Marco importante", "Um dia a mais": os atletas e os 500 dias para os Jogos

Com expectativa ou sem dar tanta importância, responsáveis por levar o Brasil ao top 10 do quadro de medalha no Rio 2016 falam o que a marca representa para eles


Por
Rio de Janeiro
HEADER 500 dias Rio 2016 (Foto: infoesporte)

Daqui a 500 dias, eles serão responsáveis por levar o Brasil a um patamar inédito na história olímpica: o top 10 do quadro de medalhas. O GloboEsporte.com perguntou para alguns dos principais atletas do país o que o marco representa. Para a maioria, é sinal que os Jogos estão chegando. zJosé Roberto Guimarães diz que "fica muito apreensivo com o tempo". O ginasta Sérgio Sasaki se preocupa com a recuperação da cirurgia no ligamento do joelho direito. Para a campeã mundial de handebol, Duda Amorim, é mais um dia de treino, e para a judoca Rafaela Silva, também campeã mundial, não tem tanta importância.

Infográfico: veja como estão as instalações olímpicas

Confira o que representa a marca para os atletas.

José Roberto Guimarães técnico Brasil x Canadá Mundial feminino de vôlei (Foto: Divulgação / FIVB)José Roberto: ansiedade 
(Foto: Divulgação / FIVB)


"Para o treinador é uma marca importante. Eu conto os dias sempre ao contrário. É mais um dia que passou e menos um dia de preparação. E mais um dia de expectativa, porque eu pergunto como é que fulano está, se tem jogo ou não, fico antenado no mundo inteiro. Para mim o tempo é muito curto. De repente, você está dentro da Olimpíada. Por isso a gente tem que aproveitar cada minuto, dia e mês para construir uma base. Eu, como treinador, fico muito apreensivo com o tempo. O tempo é muito sagaz. A gente sempre acha que não vai dar tempo" - José Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina de vôlei, três vezes campeão olímpico.  

"É um marco importante. Vamos tentar seguir a programação. Não vamos poder jogar a Copa do Mundo. Vamos tentar fazer a melhor preparação possível. Estamos na preocupação de montar o time da melhor maneira possível nestas duas pequenas temporadas: 2015 e início de 2016 até a Olimpíada, em agosto" - Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei e campeão olímpico.


De repente, você está dentro da Olimpíada. Por isso a gente tem que aproveitar cada minuto, dia e mês para construir uma base" 
José Roberto Guimarães

"Desses 500 dias em diante vamos continuar fazendo o nosso passo a passo, tentando não pular etapas, para chegar aos Jogos Olímpicos bem preparadas. Dependendo do ponto de vista pode faltar pouco ou muito tempo, mas é um grande evento esportivo vindo por aí. Vivemos uma grande expectativa" - Kahena Kunze, iatista campeã mundial.

"Esse ano é de muita preparação para a gente. Principalmente pelo fato de que no ano passado tivemos resultados excelentes. A gente sabe que é difícil repetir isso, mas como está bem próximo dos Jogos, a gente continua dando o nosso máximo. É um período de muita preparação, tanto psicológica quanto física, mas estamos tranquilas. Nossos objetivos seguem no topo. Se tudo der certo, a gente chega bem preparada em 2016" -  Martine Grael, iatista campeã mundial.




Martine Grael e Kahena Kunze - Vela Olímpica (Foto: André Durão )
Martine e Kahena: passo a passo até chegar às 
Olimpíadas (Foto: André Durão )



"É um marco importante, estamos nos aproximando bem rápido das Olimpíadas. É um período importante, pois ainda dá tempo de nos prepararmos, mas ao mesmo tempo já não estamos mais no começo do ciclo olímpico, o que não nos deixa com tanto tempo assim. O ano de 2015 é muito importante para nós, temos muita coisa pela frente. Temos Mundial, Jogos Pan-Americanos e evento-teste. Preciso velejar muito no Rio de Janeiro ainda, e me sentir cada vez mais à vontade para quando o grande dia chegar" - Robert Scheidt, iatista bicampeão olímpico. 


Se os Jogos fossem hoje eu estaria preparada. Espero que o tempo passe" 
Sarah Menezes

"É mais simbólico do que outra coisa, mas mostra que está chegando" - Jorge Zarif, iatista campeão mundial. 

"Para mim está chegando a hora. Diminui a ansiedade. Se os Jogos fossem hoje eu estaria preparada. Espero que o tempo passe" - Sarah Menezes, campeã olímpica no judô.

"Quando vê já chegou, é muito rápido. O resultado que vai acontecer lá vai ser o que a gente está fazendo agora. Então, tem que se dedicar agora. Tem que ter muita disciplina e planejamento para chegar na hora tranquilo para saber que fez tudo o que tinha que ser feito" - Mayra Aguiar, campeã mundial no judô.   



Rafaela Silva judô teste SP (Foto: David Abramvezt)
Rafaela Silva: marco dos 500 dias sem 
tanta importância (Foto: David Abramvezt)




"Não tem tanta importância porque a gente tem competição importante praticamente todo mês. A gente não trabalha com 500 dias, mas com cada competição. É muito importante cada ponto que a gente faz no ranking  mundial. A gente sente esse "tá chegando" dos Jogos Olímpicos, mas é um passo de cada vez. Para gente falta bastante. Tem muita competição e muita coisa pra rolar" - Rafaela Silva, campeã mundial no judô.  


Quinhentos dias me deixa um pouco preocupado. Quero que a Olimpíada chegue o mais rápido possível, mas quero ter o maior tempo possível para me recuperar" 
Sergio Sasaki

"São 500 dias que passarão muito rápido. Nessa caminhada é importante chegar a 2016 de maneira ascendente. E cada competição neste ano será um desafio. Por ser o ano que antecede as Olimpíadas, todas as competições estão com um nível técnico muito alto" - Rafael Silva, judoca medalha de bronze.

"A gente pensa na Olimpíada, mas na verdade tem o passo a passo. A gente projeta para a Olimpíada, em qual clube e liga eu quero estar e até quando quero chegar, mas é mais uma data em que eu vou estar treinando e ralando para recuperar o meu joelho e chegar bem no Mundial" - Duda Amorim, campeã mundial de handebol.  

"Eu tenho menos dias de preparação. Parece ser muita coisa para quem não é do esporte. Para gente do esporte uma hora, dez minutos a mais no ginásio faz diferença. Eu que venho voltando de lesão estou correndo contra o tempo. Quinhentos dias me deixa um pouco preocupado. Quero que a Olimpíada chegue o mais rápido possível, mas quero ter o maior tempo possível para me recuperar para os Jogos Olímpicos" - Sérgio Sasaki, ginasta campeão pan-americano.   

Marcus Vinícius D'Almeida, do tiro com arco (Foto: World Archery Federation/Divulgação)
Marcus Vinícius: Olimpíada está na cara do gol 
(Foto: World Archery Federation/Divulgação)

"Para mim vai ser mais um dia de treino, mas é importante por tudo o que está acontecendo no Brasil, com os investimentos. Para gente que está recebendo as Olimpíadas é um marco, não pode passar em branco. Está bem perto, na cara do gol - Marcus Vinícius D´Almeida, vice campeão mundial de tiro com arco.  


Marcelinho Huertas seleção brasileira basquete (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)Huertas: orgulho (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)


"Ainda tem muitos dias e treinos pela frente. Sei que vai passar voando, mas para mim tem muita coisa para acontecer" - Fabiane Murer, campeã mundial de salto com vara.

"Quanto mais perto, mais a expectativa aumenta. Eu continuo tranquilo, mantendo o foco no meu treinamento, mantendo a cabeça fria, no lugar" - Isaquias Queiroz, campeão mundial de canoagem de velocidade.

"Os Jogos Olímpicos estão chegando e tenho certeza que serão Jogos inesquecíveis. Vestir a camisa da seleção brasileira é sempre motivo de orgulho e jogar em casa é sempre um prazer a mais, pois teremos a chance de contar com o apoio dos nossos torcedores. As Olimpíadas são uma competição muito importante, têm o seu brilho e sua representatividade histórica. O pensamento é lutar pelo pódio, com a meta de chegar à conquista de uma medalha. No Pan do Rio, em 2007, a torcida brasileira vibrou bastante com a conquista da medalha de ouro e foi uma festa realmente muito bacana. Seria maravilhoso sentir essa sensação novamente" - Marcelinho Huertas, armador da seleção brasileira de basquete.



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2015/03/marco-importante-um-dia-mais-os-atletas-e-os-500-dias-para-os-jogos.html

Baía, mobilidade, segurança, conexão e protestos: cinco desafios a 500 dias

Violência urbana, deslocamento de atletas e dirigentes, internet e manifestações populares estão entre as preocupações para os Jogos Olímpicos do Rio


Por
Rio de Janeiro
 
HEADER 500 dias Rio 2016 (Foto: infoesporte)

A 500 dias de a chama olímpica ser acesa, os Jogos de 2016 tem seus desafios. Começam na segurança e nos transportes, com as peculiaridades de uma cidade que sofre com violência urbana e nós no trânsito. A eles se junta um recente, a tecnologia das telecomunicações, que precisa resolver a falta de sinal na segunda principal área de competição, Deodoro. Para completar cinco metas, duas bastante específicas do Rio: a Baía de Guanabara, cuja missão não é nem chegar mais aos 80% de tratamento do esgoto, como foi prometido no dossiê de candidatura, mas evitar que o lixo comprometa a competição de vela e nenhum atleta fique doente; e o quinto, a possibilidade de manifestações populares. O governo garante que a crise econômica e a operação Lava Jato, que atingiram empreiteiras envolvidas nas obras olímpicas, não afetaram o ritmo dos trabalhos. 


Infográfico: confira o andamento das obras olímpicas

01
Segurança

 O primeiro mês de 2015 registrou 32 pessoas atingidas por balas perdidas. Quatro pessoas morreram, sendo duas crianças. O número de vítimas de bala perdida subiu para 40 no fim de março. A maior parte dos casos aconteceu em regiões com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Na Barra da Tijuca, bairro do Parque Olímpico, tornaram-se frequentes ações de assaltantes em motos nas principais vias. No final do ano passado, as iatistas britânicas Hannah Mills e Saskia Clark foram assaltadas no caminho da Marina da Glória para o hotel, no Aterro do Flamengo, área onde costuma acontecer esse tipo de ação. Arrastões nas praias da Zona Sul foram uma das marcas do verão que terminou na última sexta-feira. 


Polícia Militar treinamento com franceses Olimpíadas 2016 (Foto: André Gomes de Melo/Governo do RJ)
Treinamento da Polícia Militar para as 
Olimpíadas no Maracanã (Foto: André 
Gomes de Melo/Governo do RJ)


Questionado sobre a violência na cidade, no fim do mês passado, durante a visita do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao Rio, o presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman, preferiu dizer que no Brasil não existem atos de terrorismo. O presidente da entidade, Thomas Bach, mostrou confiança nas autoridades do Brasil, dando a Copa do Mundo como exemplo. Ressaltou o trabalho do Centro de Comando e Controle e disse que "os Jogos não podem garantir a segurança da cidade pelos próximos 10 anos", mas lembrou que os equipamentos ficarão como legado. A segurança foi um dos principais temas da conversa do dirigente com Dilma Rousseff, em Brasília. Na ocasião, a presidenta se comprometeu com a integração das polícias federal, militar e civil durante os Jogos.  

Nesta terça-feira, 24 de março, o GloboEsporte.com transmite ao vivo um programa especial para marcar os 500 dias que faltam para as Olimpíadas de 2016. A transmissão começa às 14h. Não deixe de participar!

A integração destas e de cerca de 20 instituições, além das Forças Armadas, é atribuição do Ministério da Justiça, que contará com um orçamento de R$ 350 milhões. A pasta trabalha com a estimativa do Comitê Rio 2016 de 1,5 milhão de torcedores e 20 mil jornalistas. Será preciso garantir os descolamentos de 10 mil atletas e dezenas de chefes de estado pela cidade. Muitos deles estarão na cerimônia de abertura do Maracanã, o que vai demandar um cuidado especial. A preocupação com a segurança nos Jogos Olímpicos cresceu depois do atentado de 11 de setembro de 2001, em Nova York. Mesmo não havendo terrorismo no país, equipes de seguranças estão realizando treinamentos específicos. A Vila dos Atletas e o Centro Internacional de Transmissão (IBC), que vai abrigar emissoras de rádio e TV, são considerados os lugares mais estratégicos.   

Vila dos Atletas Rio 2016 (Foto: Bruno Carvalho / Brasil 2016 - ME)
Vila dos Atletas: área estratégica para a segurana 
dos Jogos Olímpicos (Foto: Bruno Carvalho 
/ Brasil 2016 - ME)


O plano de segurança deverá ser finalizado até julho para ser colocado em prática no primeiro evento-teste do ano, as finais da Liga Mundial de vôlei, no Maracanãzinho. Ainda não se sabe quantos agentes serão utilizados nas Olimpíadas, já que no fim do mês passado o Comitê Rio 2016 transferiu para o governo federal a responsabilidade da segurança dentro das arenas esportivas. O número deverá ser maior do que os 20 mil agentes que atuaram na final da Copa do Mundo. O trabalho é coordenado pelo Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, Andrei Rodrigues.  

- Queremos ter um desenho próximo do plano das Olimpíadas a partir do evento-teste. Se houver necessidade, ele pode sofrer adequações. Vamos fazer projeções de acordo com cada competição, cada nível de atleta e cada país que estiver em ação. Contando com as Paralimpíadas, serão mais de 30 dias para operar 24 horas por dia com milhares de agentes. Assim como na Copa, o grande desafio é pôr em prática o processo que fizemos de integração com as entidades que atuam na segurança. Não é uma ação que seja feita por um único órgão - disse o secretário.  

As Forças Armadas vão cuidar de quatro áreas de atuação: defesa aérea, fiscalização de explosivos, segurança cibernética e prevenção e combate ao terrorismo. Dentre os equipamentos que serão adquiridos estão quatro balões que chegam a 300 metros de altura e registram imagens de alta resolução a grandes distâncias. Também serão adquiridos bombas de efeito moral e sprays de pimenta para combater possíveis protestos (veja no quinto item). 


02
Baía de Guanabara

Imagine um ginásio de basquete com uma goteira bem em cima da quadra. Ou uma pista de ciclismo com buracos escondidos. Problemas que interfiram no desempenho do atleta. A comparação é válida ao se falar da Baía de Guanabara, palco da vela dos Jogos Olímpicos, e área de competição mais problemática do Rio 2016. Da mesma forma que um jogador pode escorregar ao tentar uma enterrada, um iatista corre o risco de perder uma medalha se um saco plástico prender em seu barco.  

Poluição Baía de Guanabara (Foto: AP)
Poluição na Baía de Guanabara: Inea diz que 
áreas das regatas estão dentro do padrão de 
qualidade (Foto: AP)


A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) afirma que em oito anos o tratamento de esgoto na Baía de Guanabara passou de 17% para 49%. O governador Luiz Fernando Pezão admite que a meta de 80% estabelecida no dossiê de candidatura não será alcançada nos próximos 500 dias. Em sua visita mais recente ao Rio, no fim do mês passado, o Comitê Olímpico Internacional mostrou preocupação, mas adotou um tom político e disse que prefere esperar até o fim. Mas pediu que o Comitê Rio 2016 acompanhasse a questão mais de perto. O problema não é apenas o lixo, mas também a qualidade da água. Alguns atletas estrangeiros já tomam precauções. Monitoramentos do Instituto Estadual de Ambiente (Inea), porém, indicam que a qualidade da água nas áreas das cinco raias olímpicas, entre a Ponte Rio-Niterói e o Pão de Açúcar, está de acordo com padrões internacionais.   

Evento teste Vela (Foto: PecciCom)Evento-teste da vela, em 2014 (Foto: PecciCom)


Em março, dois programas que vinham sendo infrutíferos foram suspensos: o trabalho de dez ecobarcos que recolhiam o lixo da superfície e as 14 ecobarreiras instaladas em córregos. Ecobarreiras mais robustas deverão ser instaladas em parceria com o Instituto Grael. Ainda este mês o governo holandês doou um equipamento para monitorar o lixo e ajudar na orientação dos ecobarcos na direção dos lugares mais sujos. Um sistema semelhante já existia no Brasil e foi desenvolvido pelo Coppe/UFRJ, que em recente estudo sobre o legado ambiental dos Jogos Olímpicos deu um prazo de dez anos para recuperar a Baía de Guanabara. O instituto de pesquisa em engenharia, porém, acredita que as águas da baía estão aptas a receber a vela em 2016. 
 
Unidades de tratamento de rio e estações de tratamento de esgoto não funcionam plenamente. Falta coleta de lixo nos 15 municípios banhados pela baía. A SEA diz que pretende conscientizar a população sobre o descarte correto da sujeira. Uma parceria público-privada no valor de R$ 1,2 bilhão para o saneamento de esgoto da Baixada e região metropolitana do Rio deverá ser anunciada em breve. 

Iatistas costumam ser procurados pela imprensa mais para falar (e reclamar) da água da Baía de Guanabara do que sobre um dos esportes que mais dão medalhas olímpicas ao país. As campeãs mundiais Martine Grael e Kahena Kunze, que já estudaram engenharia ambiental, levantam a bandeira pela despoluição de seu local de trabalho. Já pensaram em não competir como forma de protesto contra a poluição. Ricardo Winicki, o Bimba, já defendeu a mudança da vela para Búzios e vários atletas estrangeiros reclamaram da qualidade da água. O bicampeão olímpico, Robert Scheidt, minimiza o problema, já que não chove no período dos Jogos, em agosto. A esperança é que a recuperação da baía não seja deixada de lado depois dos Jogos, a exemplo de Sydney, que concluiu a limpeza de suas águas dez anos depois das Olimpíadas de 2000.    


03
Transporte

O COI teme que nem as faixas exclusivas para atletas, árbitros, dirigentes e convidados da entidade possam impedir transtornos nos deslocamentos. Algumas provas de rua vão fechar vias importantes da cidade por algumas horas em dias da semana. Para reduzir 30% os deslocamentos durante as Olimpíadas e 10% durante as Paralimpíadas, a prefeitura propôs uma série de medidas que serão votadas na Câmara dos Vereadores. A principal delas é mudar as férias escolares do meio do ano de julho para agosto. Servidores públicos e empregados de grandes empresas serão motivados a fazer o mesmo. Dois feriados serão propostos durante os 16 dias de Jogos Olímpicos: dia 5 de agosto, abertura dos Jogos, e dia 18, prova masculina do triatlo. Há também medidas que proíbem obras em vias públicas e impõem horários de cargas e descargas. Em Londres, muitos moradores deixaram a cidade durante os Jogos de 2012, o que aliviou o trânsito.    

Linha 4 do metrô (Foto: Divulgação)
Linha 4 do metrô, que vai da estação General 
Osório até a Jardim Oceânico 
(Foto: Divulgação)


O caminho da Zona Sul até o Parque Olímpico da Barra e de lá até Deodoro está rasgado por obras. Começam na estação General Osório, ponto de partida da linha 4 do metrô. A perfuração feita pelo Tatuzão até a futura estação Nossa Senhora da Paz ficou parada por seis meses depois que uma rua em Ipanema afundou. A máquina alemã que perfura o solo voltou a operar no fim do mês passado e concluiu o trecho. O Tatuzão vai ficar parado até abril para manutenção e depois abre caminho para as estações de Jardim de Alah, Antero de Quental e Gávea. O governo estadual diz que o trecho a ser perfurado, apesar de maior do que o inicial, é menos complicado. De São Conrado até a estação final Jardim Oceânico, os 5 km do túnel abertos a base de explosão já receberam trilhos. O prazo para que a linha 4 comece a operar é o dia 1° de junho de 2016, fora dos horários de pico, e plenamente um mês depois, cinco semanas antes dos Jogos Olímpicos.  

A estação Jardim Oceânico e o terminal Alvorada serão ligados por uma linha de BRT, cuja construção já toma a Avenida das Américas. Da Alvorada, o BRT já existente faz a ligação até o Parque Olímpico e a Vila dos Atletas, onde as avenidas Salvador Allende e Abelardo Bueno estão sendo ampliadas. Dali sai a Transolímpica, via de 26 km que vai até Deodoro, segunda área esportiva mais importante dos Jogos. A ampliação do elevado do Joá também é feita a base de explosões, que desviam o trânsito duas vezes por dia. As duas pistas vão tentar desfazer o gargalo entre São Conrado e Barra.


04
Conectividade

Segunda área mais importante dos Jogos Rio 2016, depois do Parque Olímpico, o Complexo Esportivo de Deodoro sofre com a falta de sinal de celular. Resolver este problema durante as disputas esportivas é um dos maiores desafios da área de tecnologia do Comitê Rio 2016. Para conectar a cidade "a qualquer hora, em qualquer lugar”, como prometeu o dossiê de candidatura, será preciso um trabalho em conjunto da Claro/Embratel, patrocinadora dos Jogos, com as outras três grandes operadoras do Brasil - Vivo, Oi e Tim. Diretor de tecnologia do Comitê Rio 2016, Elly Resende prefere não concentrar as dificuldades em Deodoro, mas admite os problemas da área:

- Não deveríamos nos limitar a Deodoro. Estabelecemos uma linha de trabalho que negocia com as outras operadoras para fazer os ajustes necessários para ter uma cobertura adequada em todos os locais dos Jogos. A própria Anatel está fazendo uma verificação de qualidade. É um esforço de todos. Em Deodoro tem um pouco mais de sombras de cobertura, mas em outros locais bem atendidos é preciso uma atenção. Quando se coloca muita gente em um local você pode ter problemas - explicou Resende.

maracanã selfie flamengo x botafogo (Foto: André Durão)
Torcedora usa o celular no Maracanã: trabalho 
para oferecer rede WiFi durante os 
Jogos (Foto: André Durão)


O compromisso de conectar a cidade será atingido, mas ficará restrito aos profissionais que vão trabalhar nos Jogos. Para os cerca de 20 mil jornalistas credenciados haverá acesso à rede WiFi "best effort", abaixo da "high quality". A rede mais capacitada para transmitir arquivos pesados, como fotos em tamanho original e vídeos, terá acesso pago. Caberá às operadoras ou ao governo fornecer acesso à rede WiFi ao público nos locais de competição, como aconteceu nos estádios da Copa do Mundo.  

Deodoro (Foto: Leonardo Filipo)
Centro de Tiro em Deodoro: região sofre 
com dificuldade de sinal para celular 
 (Foto: Leonardo Filipo)


- O que foi dito no dossiê era que nós atenderíamos aos profissionais das operações dos Jogos com serviço dedicado e isso seria complementado com as redes disponíveis na cidade de 3G e 4G. Não nos comprometemos em oferecer serviço gratuito na cidade toda. Estamos trabalhando com as operadoras e com os programas de acesso gratuito dos governos para viabilizar WiFi. Nos Jogos de Londres, a British Telecom comercializava o WiFi, mas de vez em quando liberava o acesso - comparou Resende.

Outra missão importante do serviço de tecnologia dos Jogos, que terá cerca de 700 profissionais envolvidos, será transmitir as informações internas dos Jogos. Em caso de falha em um ponto, será preciso estabelecer uma solução rápida. As informações que vão circular por meio de 10 mil rádios vai depender de uma frequência protegida pela Anatel.


05
Manifestações populares

Os focos de insatisfação contra as Olimpíadas são pequenos. Por enquanto, nada parecido com o "Não vai ter Copa", surgido nas manifestações de junho e julho de 2013. Naquela ocasião, a revolta contra a falta de "padrão Fifa" na saúde e educação, junto com os seguidos estouros nos orçamentos dos estádios, se juntaram às diversas pautas, como aumento das passagens dos transportes públicos, combate à corrupção e à violência policial, entre outros. 

Protesto contra o COI Rio (Foto: Leonardo Filipo)
Protesto contra o COI na porta de um hotel em 
Copacabana no Rio (Foto: Leonardo Filipo)


Sem estouros nos orçamentos, os focos de manifestações contrárias aos Jogos se concentram nas obras do campo de golfe e da Marina da Glória. Inspirados no Occupy Wall Street, manifestantes criaram o "Ocupa Golfe" e o "Ocupa Marina". O primeiro está desde o início de dezembro em frente ao terreno da Barra da Tijuca onde a instalação está quase pronta. A ação começou depois da Justiça negar o pedido do Ministério Público para suspender a licença ambiental da obra. O grupo já sofreu algumas tentativas de expulsão da Guarda Municipal.

Em fevereiro, o movimento "Golfe Para Quem?" entrou com uma ação no mesmo MP para investigar um possível favorecimento do prefeito à construtora que vai construir o campo de golfe. Já o "Ocupa Marina" surgiu depois do corte de quase 300 árvores na obra de revitalização do local da vela em 2016. Ambos os movimentos pedem o embargo das obras. 

Altair Antunes Guimarães, líder comunitário da Vila Autódromo (Foto: Thierry Gozzer)
Altair, líder comunitário da Vila 
Autódromo (Foto: Thierry Gozzer)


Na última sexta, a prefeitura desapropriou 58 imóveis na Vila Autódromo, vizinha ao Parque Olímpico. Os proprietários não entraram em acordo para deixar suas casas, agora consideradas bens de utilidade pública. Os valores das indenizações serão definidos pela Justiça. Das quase 600 famílias, 280 tiveram que sair para as obras de duplicação das avenidas Salvador Allende e Abelardo Bueno. A maioria aceitou ir para o Parque Carioca, condomínio popular a cerca de 2km dali.

Saiba mais: Filme narra a luta da comunidade Vila Autódromo, vizinha das Olimpíadas

Professor do Ippur, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ, Carlos Vainer acredita que o crescimento para a Zona Oeste é equivocado. Atende a interesses de proprietários de terras na região da Barra da Tijuca, caso do campo de golfe e de empreiteiras que se beneficiam das obras. Vainer não se arrisca em dizer se haverá novas manifestações nas ruas, mas diz que a situação do país é pior do que em 2013.

- Como o povo vai reagir, isso é difícil de prever. Mas as razões e causas que provocaram aqueles movimentos permanecem. E agravadas por uma crise econômica, que não acontecia em 2013. A temperatura sobe, o doente pode ficar com febre e decidir se permanece deitado ou levanta - comparou Vainer. 

Aconteçam manifestações ou não, o governo já se preparou comprando cerca de 9 mil granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo, e quase 1.500 sprays de pimenta.

Confira as imagens aéreas das instalações olímpicas!




FONTE:

Jade mira Pan e admite ansiedade por recuperação total: "Sofrendo com isso"

Ginasta, que passou por uma cirurgia no joelho esquerdo em agosto de 2014, treina com a seleção no Rio de Janeiro e não vê a hora de voltar a treinar sem restrições


Por
Rio de Janeiro

Treino Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina - Jade Barbosa (Foto: Gabriel Frickie)Ginasta de 23 anos não descarta ida ao Pan de Toronto (Foto: Gabriel Fricke)


Em agosto de 2014, Jade Barbosa passou por uma cirurgia no joelho esquerdo e acabou fora do Mundial de Nanning, na China. A fase de recuperação, que completará seis meses na próxima semana, está perto do fim. A ginasta de 23 anos passou por um teste de força após o Carnaval deste ano e está bem perto de ser liberada para treinar sem restrições. Ela trabalha "sem forçar a barra" com o restante das meninas da seleção brasileira no Centro de Treinamento do Time Brasil, na Arena da Barra, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e não esconde a ansiedade para chegar aos 100%. O foco, claro, é o Mundial de Glasgow, na Escócia, em outubro, mas os Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho, também estão na mira.

- Deu uma porcentagem de diferença e não posso ser liberada 100%. É melhor não arriscar porque pode prejudicar tudo. Terei mais um tempo (na recuperação). O médico diz: "Faz, mas não faz muito. 

Se doer, para". Isso já deu uma aliviada na minha cabeça. Não aguento mais, estou sofrendo com isso, né? (O Pan) não está descartado. Tenho boas recordações do Pan, é uma competição importante para mim e tenho muito carinho, é muita emoção. É importante principalmente para as meninas (mais novas) entrarem no cenário internacional, competirem com atletas de alto nível, agora no adulto, para terem essa noção - comentou.

Treino Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina - Jade Barbosa (Foto: Gabriel Frickie)
Jade Barbosa faz atividade no Centro de 
Treinamento do Time Brasil 
(Foto: Gabriel Fricke)


Jade Barbosa se tornou conhecida justamente no Pan. Foi nos Jogos do Rio, em 2007. Ela foi às lágrimas após cometer falhas e perder a chance de medalha no individual geral, mas superou o nervosismo e levou o ouro na prova de salto, quebrando um jejum de 16 anos da conquista de Luísa Parente em Havana 1991. Jade foi ainda medalhista de prata por equipes e de bronze no solo. Em 2011, uma torção a tirou da edição de Guadalajara, no México. Agora, a pouco mais de um ano das Olimpíadas, a ginasta confessa que a edição canadense do Pan terá um fato importante e diferente: a presença das principais atletas americanas.


Vai ser um choque de realidade (para as mais novas) e dar uma noção do ambiente 
Jade

 - No Pan, os Estados Unidos normalmente não levam a equipe principal, mas acho que esse ano vão levar, então é uma coisa boa para ver como elas estão antes do Mundial. Temos meninas boas por aparelho, boas no individual e será a primeira vez que elas vão competir com gente de alto nível mesmo. Vai ser um choque de realidade (para as mais novas) e dar uma noção do ambiente. 

Queremos acertos (no Pan) para ver o que está bom para o Mundial: "Isso está bom, fica. Isso está ruim, sai". Queremos medalha, até porque não tivemos um bom resultado no último Pan (de Guadalajara). Queremos mudar essa imagem até para chegar com outra cara no Mundial, tipo, "os brasileiros voltaram" - relatou.

Apesar de ter apenas 23 anos, Jade é uma atleta experiente. Ela já disputou as Olimpíadas em 2008, em Pequim, na China, tendo conquistado a 10ª posição no individual, melhor colocação nacional até então. Após o término da competição chinesa, foi diagnosticada com uma lesão grave no pulso e esteve prestes a interromper a carreira, mas se recuperou.

A volta às competições ocorreu no Brasileiro de 2009. Jade ficou fora de Londres 2012, mas se prepara para o Rio 2016. Os treinamentos acontecem diariamente no Centro de Treinamento do Time Brasil na Arena da Barra e são exaustivos. A ginasta está morando perto dali com as companheiras de equipe. Pela manhã, elas praticam com a supervisão da comissão técnica. De tarde, Jade tem um período de descanso enquanto as mais novas estudam e, em seguida, segue para a academia. À noite, mais uma rodada de treinos.



saiba mais

Sem escolher rival, Rio busca melhorar para semi: "Batalha até o último ponto"

Bernardinho vê favoritismo do Minas contra o Praia Clube e acredita em próxima fase mais complicada. Por informação, Fabí acha interessante série mineira em três jogos


Por
Rio de Janeiro


Após a segunda vitória contra o São Caetano, o Rio de Janeiro vira a chave e começa a pensar no confronto contra o vencedor de Praia Clube e Minas. Com o primeiro duelo da semifinal da Superliga marcado, previamente, para o dia 3 ou 4 de abril, a comissão técnica carioca tem, no mínimo, nove dias para conhecer mais a fundo o jeito de jogar de um dos rivais mineiros. Nesta noite de terça-feira, Bernardinho e suas comandadas terão outra oportunidade de conferir o clássico de Minas Gerais, o segundo da série, que tem a equipe de Belo Horizonte com a chance de dar números finais, caso alcance mais um resultado positivo. O SporTV transmite, ao vivo, às 18h, na Arena Minas. O Canal Campeão também pode ser visto pelo SporTV Play.


Leia Mais: CBV divulga a tabela das quartas de final da Superliga feminina. Confira!
Leia Mais: Favoritos enfrentam rivais perigosos nas quartas de final da Superliga



- Minas fez 3 a 2 no primeiro jogo e é favorito agora, pois joga em casa a segunda partida. Senti no Praia um pouco de inconsistência no primeiro jogo, mas está em aberto. São duas grandes equipes que investiram e trouxeram gente para chegar (ao título). (A série semifinal) vai ser batalha até o último ponto - declarou Bernardinho.

vôlei, Rio de Janeiro x São Caetano (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)
Natália e Carol sobem alto para tentar frear 
ataque de Silvana. O Rio se classificou à 
semi com vitória sobre o São Caetano 
e aguarda o vencedor do confronto 
entre Praia Clube e Minas 
(Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)


Diferentemente de seu comandante, Fabi prefere não apontar uma equipe com mais chance de ser a rival na fase seguinte. Sem vê vantagem física para o Rio, caso a série mineira vá para três jogos, a líbero diz entender que o principal ponto positivo seria o volume de informações maior com uma vitória do time de Uberlândia logo mais.

- Nenhum prognóstico. O primeiro jogo já foi complicado, o Praia não jogou aquilo que pode, e o Minas vem embalado. O terceiro (jogo) seria interessante não pelo desgaste, mas sim pela informação. Ter o terceiro jogo pode ser bom por isso, você filma mais sobre o time e tem mais informações. Em dois times com jogadoras tão profissionais, não acredito que o desgaste seja um fator determinante para decidir um playoff. Torço para jogos bem disputados, e nós termos o máximo de informações possíveis - ressaltou a camisa 14.

Com duas vitórias sobre Minas (3 a 0 e 3 a 2) e outras duas diante do Praia Clube (3 a 0 e 3 a 1) na fase de classificação, as cariocas garantem não ter preferência por um ou outro adversário.

- Foi um jogão que elas fizeram em Uberlândia, acredito em mais um jogo muito bom. Não sei quem vai ganhar, talvez vá para o terceiro jogo, talvez não, é uma incógnita mesmo. Torço para ser mais um jogo bom para assistirmos e que venha qualquer adversário. Não temos o direito de escolher nenhum - afirmou Natália, eleita a melhor jogadora da vitória sobre o São Caetano.

- Os dois times são tipicamente mineiros, enjoados, que jogam num bom sistema defensivo, um ataque muito forte, sacam bem. De um lado tem a cubana, do outro tem a Jaque. São perigosos. Quem sair dali, vem para brigar com a gente para ir à uma final de Superliga - completou Fabí.
Rali do 3ºset foi considerado um divisor de águas


A vitória sobre o São Caetano (assista aos melhores momentos acima), que classificou o Rio às semifinais da Superliga, foi mais suada do que se anunciava pelo tranquilo primeiro set (25/19). Porém, o apagão no segundo (12/25) e a inconsistência no terceiro deram o direito de a equipe do ABC paulista sonhar com a vantagem por 2 sets a 1 até os momentos finais da terceira parcial.

O placar assinalava 23 a 23, quando as visitantes tiveram três ataques para ter o ponto do set a seu favor. Contudo, três defesas de puro reflexo (uma de Fofão e duas de Fabí) das mandantes permitiram uma paralela de Gabi no fundo de quadra e o set point às donas da casa. A vitória na parcial veio na jogada seguinte com um bloqueio da ponteira. Para os técnicos dos times, o momento foi preponderante para o baque psicológico das paulistas, que entraram atônitas para o quarto set, vencido facilmente pelo atual bicampeão (25/16).

- Fabi foi fundamental, salvou bolas incríveis, aquilo foi importante para a gente ganhar o set. Aquele rali foi um divisor de águas - elogiou Bernardinho.

- Se a gente tivesse vencido, não ia entrar no quarto set tomando quatro pontos seguidos. Quem tivesse vencido aquele set, ia entrar com uma vantagem muito boa. Tentei recuperar (o São Caetano), tentei modificar o panorama de todas as formas. Sem sombra de dúvida, se não tivéssemos perdido aquele terceiro set, o desenvolvimento do jogo seria mais favorável para a gente - ratificou Hairton Cabral.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2015/03/sem-escolher-rival-rio-busca-melhorar-para-semi-batalha-ate-o-ultimo-ponto.html

Rio vence outra sobre São Caetano, confirma favoritismo e vai à semifinal

Atual campeão começa bem, sofre apagão no segundo set, porém é mais frio no terceiro e fecha por 3 sets a 1. Rival sairá do clássico entre Praia Clube e Minas


Por
Rio de Janeiro


Foi mais apertado do que o primeiro set anunciava, com direito a um apagão no segundo e muito sofrimento no terceiro, decidido nos detalhes, mas o Rio de Janeiro confirmou seu favoritismo nesta noite de segunda-feira, no Tijuca, e venceu o São Caetano pela segunda vez consecutiva em quatro dias, acabando com a série melhor de três entre as equipes. A vitória por 3 sets a 1 (25/19, 12/25, 25/23 e 25/16) garantiu ao atual bicampeão uma vaga entre as quatro melhores equipes da Superliga feminina de 2015. Com a derrota, o time do ABC paulista deu adeus ao campeonato.

vôlei, Rio de Janeiro x São Caetano (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)Observada por Gabi, Natália sobparaatacar. O Rio venceu 
o São Caetano e avançou à 
semi (Foto: Marcio 
Rodrigues / MPIX)


- Jogamos abaixo, e o São Caetano jogou bem. O 3 a 0 lá (em São Caetano), não sei se houve algum tipo de relaxamento interno, apesar de termos trabalhado duro. Tecnicamente, jogamos muito abaixo, vamos precisar estudar isso direitinho, pois, certamente, a semifinal vai exigir muito mais da gente - analisou o técnico Bernardinho.

Régis, com 18 pontos, e Natália, com 16 bolas no chão, foram os destaques do time carioca, que sofreu com a noite inspirada de Paula (25 pontos) e Thaisinha (20 pontos), comandantes das ações pelo lado paulista. 

- Nosso time começo bem, arriscando. No primeiro set não deu, o segundo set foi excelente, mas no finalzinho do terceiro faltou emocional ali pra gente para fechar o set e tentar buscar a vitória. Infelizmente, não deu - lamentou Thaisinha.

Agora as cariocas terão, pelo menos, nove dias de preparação até o próximo compromisso pelas semifinais, que ocorrerá ou no dia 3 (sexta-feira) ou no dia 4 (sábado) de abril. O adversário virá do vencedor do clássico mineiro entre Praia Clube e Minas. A equipe de Belo Horizonte lidera por 1 a 0. O segundo jogo acontece nesta terça-feira, às 18h, na Arena Minas.


Rio começa bem, sofre apagão, mas avança

Sem ter nada a perder no campeonato, o azarão São Caetano contou com o poderio ofensivo do trio Mara, Thaisinha e Paula para chegar à primeira parada técnica da partida em vantagem (8 a 6). A situação só não foi pior para as cariocas, pois as paulistas deram a metade dos pontos em erros - nove em toda a parcial. Só que dois bloqueios consecutivos das comandadas de Bernardinho colocaram as favoritas à frente (10 a 8). Com a dianteira, o Rio soube levar o jogo com tranquilidade, mesmo diante do empate do São Caetano (13 a 13), após dois bons saques de Sabrina. Régis teve atuação destacada e foi responsável por seis pontos (3 em ataques, 2 em bloqueios e 1 em saque) na vitória por 25/19, em 28 minutos.

Assim como no set inicial, o Rio não começou bem e viu um São Caetano sólido na defesa e no bloqueio, mas sem repetir os erros nos contra-ataques. Responsável por seis dos oito pontos da sua equipe, Paula reinava absoluta (8 a 2). Irritadíssimo, Bernardinho deu bronca coletiva e sacou Natália e Fofão para as entradas de Andréia e Roberta. A inversão não surtiu efeito, e o São Caetano continuava melhor, agora, com Thaisinha virando tudo (16 a 6). A jovem Drussyla substituiu Gabi, bem marcada. E, em suas duas primeiras bolas, apareceu no bloqueio e no ataque, cortando a desvantagem (16 a 9). Só que o set era mesmo das paulistas, que foram impecáveis no conjunto bloqueio/defesa/contra-ataque e fecharam por 25/12, em 26 minutos.

vôlei, Rio de Janeiro x São Caetano (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)
Cariocas comemoram mais um ponto na vitória 
por 3 sets a 1 sobre o São Caetano (Foto: 
Marcio Rodrigues / MPIX)


Lá e cá, trocas de liderança e imprevisibilidade. O cenário inicial do terceiro set não apontava uma equipe melhor. Enquanto Fofão concentrava o jogo em Natália, Carol distribuía bolas entre as atacantes. A vantagem mínima a favor de São Caetano na parada técnica deixava a premissa clara (8 a 7). Dois pontos consecutivos das visitantes na volta ampliaram a diferença (10 a 7). Contudo, Natália e Régis, as únicas a pontuarem até então para as cariocas, logo trataram de devolver a igualdade (12 a 12). Até o final, nenhum dos time conseguiu abrir mais de dois pontos. São Caetano teve essa chance, quando vencia por 20 a 18, mas Paula, principal pontuadora até aquele momento, atacou duas bolas para fora (20 a 20). O Rio chegou ao set point depois de rali espetacular. Fofão e Fabi, duas vezes, foram buscar bolas quase no chão. Apagada do jogo, Gabi apareceu para fazer os dois últimos pontos, levantar a torcida e dar vantagem às mandantes (25/23).

Dois bloqueios de Natália, a melhor jogadora em quadra, mostrou que o equilíbrio dos dois sets anteriores havia terminado. O fôlego e ânimo do São Caetano ficaram no duro rali perdido do quarto set. Sem depender tanto de Natália, Fofão conseguiu jogar com suas outras companheiras, e a vantagem foi crescendo (10 a 3). Thaisinha e Paula ainda tentaram carregar nas costas o vice-campeão paulista (14 a 10), mas a classificação às semis do Rio era questão de tempo. E ela veio através de um ponto de Carol na rede (25/16).


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2015/03/rio-vence-outra-sobre-sao-caetano-confirma-favoritismo-e-vai-semifinal.html

Com suporte de Alecsandro e Dedé, empresa vira anjo da guarda de atletas

Jogadores de Fla e Cruzeiro aprovam projeto, se associam à dupla do mercado financeiro e auxiliam "boleiros" no Brasil e do exterior com gastos do dia a dia


Por
Rio de Janeiro


montagem Dedé e Alecsandro Flamengo cruzeiro (Foto: Editoria de Arte)
Dedé e Alecsandro são sócios de empresa que 
cuida da vida financeira de jogadores 
profissionais (Foto: Editoria de Arte)


É comum ver no noticiário um jogador que não soube aproveitar o bom momento para fazer um pé de meia e garantir-se para o resto da vida. E foi acompanhando esse tipo de informação e com conhecimento do mercado que o empresário Fabiano Lunz e o assessor financeiro Marcio Cezar decidiram tornar-se "anjos da guarda" da vida financeira de jogadores de futebol. Mas eles não estão sozinhos: o atacante Alecsandro, do Flamengo, e o zagueiro Dedé, do Cruzeiro, decidiram abraçar a ideia e montaram a sociedade.

O jogador rubro-negro tem na ponta da língua os motivos que o levaram a abrir o negócio.
– Errei muito, mas fazendo parte da empresa diminuí muito o erro. Quase zero. Antes, ficava na mão dos bancos. Hoje, tenho a própria empresa que consegue me colocar num bom investimento, no caminho certo – explicou Alecsandro.

Nós, jogadores, não temos a cabeça aberta para questões do mercado financeiro. Muitos pensam que vão ganhar um salário alto para o resto da vida 
Dedé

 Dedé vai além.
– Nós, jogadores, não temos a cabeça aberta para questões do mercado financeiro. Muitos pensam que vão ganhar um salário alto para o resto da vida, e essa não é a realidade. Foi depois que conheci uma consultoria profissional e pessoas sérias que abri a minha cabeça para uma questão importante: preocupar-me apenas com minhas obrigações de atleta.

Mas como surgiu a parceria? A história da empresa começou justamente pela experiência de Lunz e Marcio com atletas profissionais. Enquanto o primeiro foi supervisor do Vasco e trabalhou com Dedé, o outro foi gerente de grandes contas de um banco mundial, trabalhando inclusive com jogadores. A partir daí, até pela necessidade de alguns clientes, os dois perceberam que a empresa poderia iniciar a sua "vida" num ambiente até então pouco explorado.

– A ideia surgiu desde a época que eu trabalhava no Vasco. Via a necessidade de um acompanhamento mais próximo dos jogadores. Fazia isso dentro do clube. Questões básicas de rápida resolução: emissão de passaporte, visto... Coisas do dia a dia. Percebi que não existia alguém no mercado que fazia isso profissionalmente. Os jogadores sempre tinham um motorista ou um segurança que se metiam a fazer alguma coisa, mas tinham dificuldade de resolver. Comecei a pensar: posso sair daqui e montar um negócio mais amplo, mais profissional – contou Lunz.

angel alecsandro dedé (Foto: Marcio Iannacca)
Marcio e Fabiano tornaram-se sócios de Alecsandro 
e Dedé para abrir a empresa Angel Sports 
(Foto: Marcio Iannacca)

Assim nasceu a Angel Sports Management, com sede na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Disposta a facilitar a vida dos atletas, a empresa cuida desde a parte financeira, incluindo investimentos, como compra e venda de imóveis, até o envio de dinheiro do exterior para o Brasil, já que muitos clientes de Lunz e Marcio atuam no exterior. Na lista, além de Alecsandro e Dedé, estão nomes como Rômulo, do Spartak de Moscou, Ari, do Krasnodar, da Rússia, Ramon Motta, do Besiktas, e Douglas, do Dnipro, da Ucrânia.

Errei muito e fazendo parte da empresa hoje, diminuí muito o erro. Quase zero 
Alecsandro, sobre a sociedade na empresa Angel

– Vimos a deficiência do mercado. Detectamos que muitos deles tinham potencial, mas não sabiam como investir e perdiam dinheiro por não saber fazer operações. Esses valores fazem diferença na vida financeira de um atleta lá na frente. Detectamos várias pessoas no mercado que se aproximavam dos atletas para se aproveitar disso. Podemos ser os anjos da guarda deles. Montamos uma empresa para fazer com que eles cresçam. Escutei uma vez de um executivo do futebol: "Faz isso (abrir a empresa) que você vai resolver o meu problema dentro de campo" – explicou Marcio Cezar.

A intenção é que os jogadores se concentrem apenas na carreira. Os serviços abrangem pagamento de contas, aquisição de passagens aéreas e a elaboração correta do imposto de renda dos atletas. De acordo com Lunz e Marcio, muitos clientes não pensam na vida pós-futebol. Para eles, o ideal é que cada cliente tenha consciência de que, ao se aposentar, os ganhos não serão mais os mesmos do período em que estavam em atividade.

– Hoje, um jogador ganha R$ 100 mil, R$ 200 mil... Quando ele parar, esse valor pode cair drasticamente, mas o custo de vida do atleta muitas vezes não muda. A nossa intenção é que ele tenha um pé de meia e garanta vencimentos parecidos com os que ganhava no período em que estavam atuando dentro de campo – exemplificou Marcio.

Rômulo, do Spartak de Moscou, Ari, do Krasnodar, da Rússia, Ramon Motta, do Besiktas, e Douglas, do Dnipro, da Ucrânia (Foto: Editoria de Arte)
Ramon, do Besiktas, Rômulo, do Spartak, 
Douglas, do Dnipro, e Ari, do Krasnodar, 
são clientes da Angel (Editoria de Arte)

A parceria com Dedé e Alecsandro pode-se dizer que foi quase por acaso. O zagueiro do Cruzeiro entrou na sociedade porque já queria investir num negócio próprio. Disposto a abrir uma empresa ligada ao ramo de confecções, o defensor conheceu o projeto e acabou aderindo à ideia. Além disso, o fato de já ter trabalhado no Vasco com Lunz, que em Belo Horizonte foi também seu assessor pessoal, acelerou o processo. 

O caso de Alecsandro foi bem parecido. O jogador foi apresentado ao projeto para transformar-se em cliente da empresa, mas gostou tanto da ideia que pediu para virar sócio. Atualmente, além de ter uma participação na Angel, o atacante do Flamengo é um dos sócios de outro empreendimento: o restaurante Padano, na Barra da Tijuca. Tudo de olho no futuro.

Vendemos o produto para o Alecsandro, que nos disse: "Eu preciso disso. Mas em vez de pagá-los, quero ser sócio. Vamos montar um negócio grande, profissional" 
Marcio Cezar, sobre a entrada de Alecsandro na socidade

– A ideia começou comigo e com o Marcio. Estava num projeto com o Dedé de uma marca. Seria uma grife dele. Diante da necessidade de um espaço físico, procurei a loja para alugar. Falei com o Marcio que tinha a ideia de criar uma assessoria. A ideia começou a sair do papel, e o Marcio tinha um nome: Angel. Vendemos o produto para o Alecsandro, que nos disse: "Eu preciso disso. Mas em vez de pagá-los, quero ser sócio. Vamos montar um negócio grande, profissional." Foi aí que surgiu a ideia do escritório – disse Lunz. 

Mas Lunz e Marcio não estão sozinhos. Desde setembro, quando o projeto começou a sair do papel, a dupla corre atrás de parceiros para ampliar os negócios da empresa e conseguir as melhores oportunidades para os clientes. Fernanda Juliasse, também assessora financeira, é especialista em investimentos internacionais, e Vagner Meneses, conhecido como Fly, é o educador financeiro que ajudará o grupo com palestras sobre o assunto. A intenção é fazer encontros com jogadores das categorias de base dos clubes para mostrar como investir corretamente os vencimentos mensais. 

– Unimos do mercado tudo o que o atleta precisa com o melhor custo-benefício para ele. A maioria deles procura profissionais que não conhecem o mercado e podem trazer transtorno. O barato pode sair caro. A visão é essa. De ser um anjo da guarda mesmo para eles. Protegê-los em todos os sentidos, viabilizando os melhores investimentos. Não temos acesso ao dinheiro deles. Nós os orientamos para não que eles não percam dinheiro, não tenham necessidade de se perder no caminho – contou Marcio.


Confira abaixo alguns exemplos de investimento da empresa:

Para exemplificar, a dupla contou alguns casos de como ajudou um jogador, que já atuou na Europa e recentemente voltou ao Brasil.

– Um atleta queria comprar um estabelecimento, estava fazendo a aquisição e queria pagar 50% à vista e financiar o restante em sete anos. A faixa de juros passava dos dez por cento ao ano. Nessa operação, ele ia pagar 25% a mais no negócio. Esses outros 50% tornariam-se 75%. Conseguimos abrir o olho dele e mostramos que ele poderia pagar os outros 50% em 12 vezes sem juros porque ninguém faria uma proposta dessas, com uma entrada tão elevada. Em uma conta rápida, se pegar o que não gastou e aplicar essa economia que teve, em dez anos, esse valor poderia virar R$ 2 milhões. Para nós, esse tipo de situação é um golaço. 

Em outro caso, um apartamento foi pago dois meses após a aquisição.

– O financiamento imobiliário por um banco sai caro. O cliente queria dar uma entrada e pagar o restante em 20 anos. Oitenta por cento dessa valor é para quitar os juros. Sugerimos que ele fizesse um consórcio. Você paga uma taxa de 15% pelo mesmo período. Dois meses após o início do consórcio, o cliente foi sorteado e pegou o imóvel, que pode ser alugado. Esse valor pode servir para o pagamento das prestações. 

Os envios de divisas para o Brasil por jogadores que atuam no exterior podem render lucros e dividendos. Lunz e Marcio explicam como ajudar os clientes.

– Um atleta queria enviar euro, e nós pedimos para segurar. Nessa coisa de centavos, num volume grande, o jogador ganhou R$ 60 mil a mais de um dia para o outro. Um atleta manda 300 mil euros, o dinheiro chega, eles querem mandar logo para a conta corrente. Estamos de olho nas notícias do mercado. Pedi para ele segurar porque tinha expectativa de alta, e numa operação ele ganhou R$ 90 mil. Quantos gerentes de banco fecham operações e não beneficiam os seus clientes? 


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2015/03/com-suporte-de-alecsandro-e-dede-empresa-vira-anjo-da-guarda-de-atletas.html