Atacante afirma que conheceu outra realidade no clube carioca, mas que experiência foi positiva para a sequência da sua carreira. Emerson foi demitido no mês de outubro
Campeão brasileiro por Flamengo, Fluminense e Corinthians nos anos de 2009, 2010 e 2011, Emerson viveu seu auge no Timão, onde conquistou também uma Libertadores e um Mundial em 2012 e um Paulistão e uma Recopa em 2013. No ano passado, porém, passou em branco.
Emprestado ao Botafogo por conta de um problema de relacionamento com Mano Menezes, que assumiu a equipe no intervalo de duas passagens de Tite, o atacante não conseguiu evitar o rebaixamento do clube carioca, até porque acabou sendo demitido antes do fim do torneio.
O Botafogo veio me mostrar o outro lado.
O lado que de 80% a 90% dos jogadores de nível nacional passam. O Corinthians é a
realidade do Corinthians, o futebol como um todo não é isso aqui
Sheik
- Depois da saída do Tite e da vinda de outro treinador, essa parceria acabou não dando certo.
Com a saída, tive algumas opções. Tinham clubes que estariam brigando por títulos e dois clubes do Rio de Janeiro. Sou um cara que as pessoas mais próximas sabem do amor que tenho pelos meus filhos, que me cobravam para estar mais próximo. Junto do Reinaldo Pitta, meu empresário que é torcedor do Botafogo, decidimos por isso, mas sabendo da dificuldade, de ter um elenco limitado, uma parte financeira comprometida. Mas eu não perderia, pois o Corinthians pagaria parte do salário. Não me arrependo, foi uma baita experiência para mim porque voltei ao Brasil e pude atuar em clubes que disputavam títulos: em 2009 o Flamengo com um time que encaixou, o Fluminense com um time com Muricy e o Corinthians, que tudo certo. O Botafogo veio para me mostrar o outro lado. O lado que de 80% a 90% dos jogadores de nível nacional passam. O Corinthians é a realidade do Corinthians, o futebol como um todo não é isso aqui. Precisava ver o outro lado. Foi muito bom, uma baita experiência - destacou.
Contratado pelo Bota em abril de 2014, Sheik foi demitido em outubro junto de Bolívar, Julio Cesar e Edílson por entrar em rota de colisão com o presidente Maurício Assumpção. Na época, o clube vivia uma grande crise dentro e fora de campo, já que os salários estavam atrasados.
Segundo o atacante, as dificuldades fizeram com que ele visse o futebol de outra forma.
saiba mais
- Não ter campo para treinar, ver atleta não ter dinheiro para gasolina, faltar uma meia para treinar. Não me arrendo de nada, sou muito grato ao Botafogo por ter me recebido e me presenteado com uma camisa histórica no clube, me senti honrado. Depois saí em uma situação complicada, mas os quatro dispensados nunca faltaram a uma sessão de fisioterapia, a um treinamento, ajudavam além do que deveria, foi uma opção do presidente que até hoje não conseguimos entender. Mas foi uma passagem muito interessante na carreira porque pude aprender muito ali - destaca.
De volta ao Timão neste ano, Sheik tem sido titular e peça fundamental na equipe de Tite. No domingo, contra o Capivariano, marcou um dos gols da vitória por 3 a 2. Nesta terça-feira, diante da Portuguesa, em Itaquera, será poupado por conta da sequência de jogos.
Sem arrependimento, Emerson Sheik lembra
passagem agitada que teve no Botafogo
(Foto: André Mourão / Ag. Estado)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário