segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Minala nega ser "gato", esquece idade de irmão e admite parecer mais velho

Após gerar polêmica na Itália, camaronês de 18 anos diz ser fã do São Paulo e demonstra maturidade em entrevista exclusiva, mas se enrola sobre idade de irmão


Por Direto de Bari, Itália

Um garoto simpático e maduro. É a primeira impressão que deixa Joseph Marie Minala. Não é só fisicamente que o jogador do Bari (emprestado pelo Lazio por uma temporada) aparenta ser mais velho que os 18 anos escritos na sua carteira de identidade - o próprio admite parecer mais velho . Também no seu discurso, Minala não se parece com um comum jogador que acabou de passar da base para um time profissional e se acostuma a dar respostas curtas e discretas. O camaronês fala pelos cotovelos, sabe o que diz e tem quase todos os detalhes da sua história na ponta da língua. Só escapou um. Um detalhe que alimenta ainda mais as dúvidas em relação à sua idade. Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com em Bari, no sul da Itália, Minala recordava os tempos difíceis que viveu na África e a influência de um dos seus 11 irmãos (10 homens e uma mulher) na sua carreira. Mas, quando questionado sobre a idade desse irmão, o meia ficou sem resposta:

- É mais velho que eu (pensativo…). É o terceiro da família. Quantos anos ele tem não eu  saberei lhe dizer exatamente... - afirmou Minala, depois de muita hesitação, no gramado do estádio San Nicola.


Joseph Minala, jogador do Bari (Foto: Claudia Garcia)
Agora no Bari, Joseph Minala diz que 
gostaria de jogar pelo São Paulo um 
dia (Foto: Claudia Garcia)


Dos seus 11 irmãos, o camaronês sabe apenas identificar a ordem de idades, mas não o número exato de anos de vida de cada um. Embora, não saiba a sua diferença de idade para este irmão, Minala o considera a sua maior referência.

- Se hoje estou aqui e sou jogador profissional é porque ele me incentivou a correr atrás do meu sonho e me protegeu. No meu país, eu pensava só em sair à noite e me divertir. Não queria saber de mais nada. Queria fazer o que faziam os mais velhos. O meu irmão me dava um tapa na cara para impedir que eu saísse e falava que eu deveria aproveitar o dom que tinha, que eu era diferente dos outros porque tinha algo que mais ninguém tinha ali e não poderia desperdiçar essa oportunidade. Ele me ajudou a seguir o caminho certo, me trancava no quarto, não me deixava sair. Foi muito importante para mim. Por isso, quando eu entrei para a base do Napoli, ele foi a primeira pessoa a quem eu liguei para agradecer.


Os adversários fazem piadinha com a minha idade
Minala

Questionado sobre sua idade, o camaronês garantiu que não está mentindo na carteira de identidade, mas reconheceu que aparenta ser mais velho do que realmente é:

- Continuam a não acreditar. Mas eu cheguei na Itália com 13 para 14 anos. Não sei se a vida me fez maduro, como cresci, como vivi... Sempre senti esta coisa.


Perdido na Itália, camaronês foi disputado por clubes da Serie A

O meia do Lazio nasceu em Yaoundé, capital de Camarões. A data de registro do seu nascimento é 24 de agosto de 1996. Com apenas 13 anos, portanto há cinco anos, Minala diz ter chegado na Itália com o sonho de se tornar jogador de futebol. Teria desembarcado com um suposto empresário do Senegal que lhe prometeu um teste no Milan, o que nunca aconteceu.


Joseph Minala no Bari (Foto: Divulgação)Minala está emprestado pelo 
Lazio para jogar a Série B no Bari (Foto: Divulgação)


- Fizemos um projeto, me ofereceu um dicionário e eu já fui aprendendo um pouco de italiano. Mas quando chegamos em Roma, ele me deixou na estação de trem central (Termini). Me disse que ia no banheiro ou ia fazer qualquer coisa e voltava logo, mas não voltou. Fiquei ali sozinho, sem dinheiro e com as minhas malas. A única coisa que pensei é que tinha de ir à polícia e contar a verdade.

Com apenas 13 anos e sem falar bem o italiano, Minala foi capaz de se dirigir a um policial e, com toda a frieza, explicar o que se passava pedindo uma solução. Ele foi levado até um hospital da cidade, onde passou por exames de rotina, e de lá foi encaminhado a um centro que acolhe meninos estrangeiros sem família e menores de idade chamado “Città dei Ragazzi” ("Cidade dos Meninos"). No local, Minala começou a estudar e a jogar futebol no time da comunidade. Mantinha pouco contato com a família, tentava se virar como podia e ia colecionando amigos “egípcios e marroquinos”.

Não demorou muito até que o seu talento com a bola, velocidade e força física chamassem a atenção de alguns clubes. Passou por alguns times regionais até ser chamado para a base do Napoli, onde ficou por oito meses mas sem nunca ter jogado. Segundo a imprensa italiana, o Napoli demorou muito tempo para inscrever o jogador, que por ser menor de 16 anos e sem passaporte da União Europeia, tinha difíceis burocracias pela frente. Minala confirma que passou por outros testes em clubes da Serie A e que todos se interessaram na sua contratação, como Inter de Milão e Roma, mas foi o Lazio que levou o garoto e conseguiu inscrevê-lo no seu elenco em menos de dois dias. Este é outro dos capítulos obscuros da história de Joseph Minala. O Lazio justifica que na data em que se interessou no meia, o jogador já tinha completado os 16 anos, o que facilitou o processo. Nos juniores do time de Roma, Minala começou recebendo cerca de 1.500 euros por mês (R$ 4.200 mil), dinheiro que usava para ajudar a sua família.
- Eu dou grande parte do meu dinheiro para ajudar a minha família. O meu pai não trabalha, minha mãe vai fazendo algumas coisas, mas não se pode dizer que tenha um trabalho sério. Dos meus irmãos, só um é que trabalha a sério. Na África é assim, as pessoas vão vivendo como pedem e eu espero me firmar no futebol italiano para poder ajudar mais a minha família - disse o meia, sem querer contar detalhes sobre os trabalhos que fazem os seus familiares em  Camarões.


Joseph Minala no Bari (Foto: Divulgação )
Camaronês em sua apresentação no 
Bari: empréstimo de um ano, mas 
ainda sem estreia confirmada (
Foto: Divulgação )

Dúvida sobre Idade ajuda na popularidade do jogador
Depois de ser o protagonista da conquista do Lazio na Copa Itália de juniores na temporada passada, Minala passou a integrar o elenco principal. O brasileiro Felipe Anderson, no Lazio desde 2013, reconhece que ficou espantado com a idade do ex-companheiro assim que viu Minala.

- Ele realmente não parece ter a idade que tem. Até pela experiência dele em campo, ele parece mais velho. Mas todo o ser humano é diferente do outro. O Minala é um garoto honesto, é meu amigo e tem um grande futuro esse menino. O Lazio o emprestou ao Bari para ter mais sequência de jogos, mas vocês vão ouvir falar muito dele nos próximos anos - afirmou o ex-santista, que está com 21 anos e, embora não aparente, é três anos mais velho que o amigo africano.


mosaico minala lazio (Foto: Editoria de Arte)
Brincadeiras de internautas 
sobre a idade do jogador 
vão de frase de personagem 
do filme "Máquina 
Mortífera" a montagens 
como bebê ainda ao lado 
de Zé Roberto, de 40 anos, 
atualmente no Grêmio, 
(Foto: Editoria de Arte)

Pelos corredores do estádio San Nicola, casa do Bari, a idade de Minala também virou assunto recorrente de conversa. Funcionários do clube e outros companheiros duvidam dos 18 anos do camaronês. Mas Minala diz estar acostumado aos boatos.

- Os adversários fazem piadinha com a minha idade. Quando atuava nos juniores do Lazio provocavam muito, perguntavam o que é que eu estava fazendo ali, que já não tinha mais idade para jogar com eles. Mas eu não dava bola. Acho que isso acontece, porque eu estou acostumado a vencer, sou bom e os adversários não lidam com isso - respondeu Minala, tentando desvalorizar os episódios, embora haja relatos de uma briga sua em campo com um adversário que duvidou da sua idade durante um jogo dos juniores.


Vida nova, mesmos questionamentos
No início da temporada europeia, Minala aceitou de bom grado o empréstimo de um ano ao Bari, onde tem garantias de jogar com regularidade. Mas ainda não estreou: o meia chegou machucado e a origem da lesão permaneceu em segredo durante algumas semanas. Mais um mistério na história de Joseph Marie Minala. Só nesta semana é que o seu empresário revelou à imprensa italiana se tratar de uma hérnia umbilical. O jogador deverá ser operado, em princípio, nas férias de Natal. Até lá, os torcedores aguardam ansiosos pela estreia de um jogador que se tornou fenômeno de popularidade na Itália não só pelos seus dotes no campo, mas principalmente pelas dúvidas em relação à sua idade.


Ele realmente não parece ter a idade que tem
Felipe Anderson

A Federação Italiana deu por encerrada a polêmica, confirmando os 18 anos de Minala, depois de uma investigação que averiguou apenas a data de registro de nascimento em Camarões (24/08/1996). A dúvida que surge agora é se o jovem Minala foi mesmo registrado no dia em que nasceu ou só algum tempo depois? O que não é uma conduta rara em países africanos. Só uma investigação mais profunda baseada em exames clínicos poderia confirmar a idade de Minala, mas nem o Bari, nem o Lazio e nem a própria federação italiana, que dizem já estar de olho no jovem craque, estão interessadas em vasculhar o caso. Para todos os efeitos, Minala tem 18 anos e ideias muito claras sobre o seu futuro.

- Se um dia obtiver a cidadania italiana poderia pensar em jogar pela Itália. Mas agora só tenho a de Camarões, que é o meu país. O meu sonho é vestir a camisa do meu país, que é a mais importante do mundo - disse Minala.

E quem sabe uma passagem pelo futebol brasileiro? O camaronês deixa em aberto a possibilidade:
- Acho que me daria bem jogando no Brasil. Assisto muito ao Campeonato Brasileiro, é muito técnico e atrativo. O meu time? O São Paulo - respondeu o jogador, desta vez sem hesitar.


Joseph Minala, jogador do Bari (Foto: Claudia Garcia)
Minala reconhece que aparenta ser 
mais velho do que os 18 anos da 
carteira de identidade 
(Foto: Claudia Garcia)


FONTE:

Após ser demitido, Juvenal Juvêncio ataca Carlos Miguel Aidar: "Imbecil"

Ex-presidente foi desligado do cargo de diretor das categorias de base e não poupa críticas ao seu sucessor: "Os remédios estão afetando os seus neurônios"


Por São Paulo

 
JUVENAL JUVÊNCIO TOUR PELO MORUMBI (Foto: Marcos Ribolli)Juvenal foi demitido por Carlos Miguel Aidar nesta segunda-feira (Foto: Marcos Ribolli)


O ex-presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, não deixou barato sua demissão do cargo de diretor das categorias de base do clube. O atual mandatário, Carlos Miguel Aidar, confirmou a saída do seu antecessor em nota divulgada horas depois de uma tensa reunião entre os dois.   
 
Em entrevistas ao site do jornal “O Estado de São Paulo” e depois ao canal "Fox Sports", Juvenal foi duro ao atacar Aidar. Chamou o presidente de  “maluco”, "imbecil", e disse que Aidar tenta “empurrar” jogadores para Muricy Ramalho. 

- O Carlos Miguel é um predador e vai acabar com o São Paulo. Ele está demitindo todo mundo como um maluco. É capaz até de demitir o Muricy, porque o Muricy não aceita aquele monte de jogadores que ele tenta empurrar. Lá dentro, todo mundo sabe que ele é assim. É um maluco - afirmou o ex-presidente.   

Sobre as acusações de Aidar de que ele deixou o clube quebrado, Juvenal foi duro.

 
saiba mais

- (Ele falou isso) porque é imbecil. Fechamos todos os anos com superávit. Desde o meu primeiro mandato, temos a CND (Certidão Negativa de Débito). Ele está querendo derrubar o Juvenal. Quando vai dormir, ele olha debaixo da cama para ver se eu estou lá. É muito pequeno - disse.

 Juvenal disse ainda que se sente traído pelo sucessor, a quem apoiou nas eleições de abril.

- A traição é um processo terrível do ser humano. Ele está traindo todos que o apoiaram.   
 
O ex-dirigente também criticou a tentativa de Aidar de aprovar o projeto de cobertura do Morumbi. Segundo Juvenal, o atual presidente está tentando atropelar o processo.

- Ele quer aprovar um projeto que ninguém sabe qual é, quais são as empresas, quanto vai custar. Nada. Eu disse a ele: "Carlos Miguel, você está fazendo um tratamento de beleza, e os remédios estão afetando os seus neurônios."
Por fim, Juvenal admitiu estar extremamente arrependido de ter indicado Aidar à sua sucessão e prometeu trabalhar para tirá-lo de lá.

- Estou arrependido até a morte. Tivemos uma reunião hoje (nesta segunda) e eu falei para ele: "Você é um péssimo presidente. Não está administrando bem o clube. Fica preocupado com fofocas. Eu não vou me afastar do clube. Coloquei ele lá. Preciso trabalhar para consertar isso.


FONTE:

Reunião no São Paulo termina, e Aidar ganha apoio dos diretores

Presidente explicou os motivos que o fizeram demitir Juvenal Juvêncio e, com exceção do vice-presidente Roberto Natel, todos apoiaram a decisão


Por São Paulo


Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo (Foto: Leandro Martins / Futura Press / Agência Estado)Carlos Miguel Aidar ganhou apoio de diretores(Foto: Leandro Martins / Futura Press / Agência Estado)

Horas após demitir Juvenal Juvêncio do cargo de diretor da base, o presidente Carlos Miguel Aidar reuniu todos os outros diretores para explicar o que estava acontecendo no clube. O encontro foi realizado na sala da presidência, no estádio do Morumbi. O encontro terminou por volta das 21 horas. 

Com exceção do vice-presidente, Roberto Natel, que entregou a carga de demissão por não concordar com a demissão de Juvenal, todos os outros diretores mostraram apoio ao mandatário são-paulino, que agora vai pensar no que fazer para administrar o CT de Cotia, já que, além de Juvenal, foram demitidos os outros dois dirigentes e aliados do ex-presidente, Geraldo Oliveira e Marcos Tadeu, que cuidavam do local de treinos da base.


saiba mais

- O presidente saiu da reunião satisfeito porque, com exceção do Natel, todos apoiaram a decisão. Apesar de reconhecerem a importância do Juvenal na história do clube, o momento é outro, o modelo de administração é outro e ninguém é maior do que a história gloriosa do São Paulo - afirmou uma fonte do clube ouvida pelo GloboEsporte.com.

Aidar explicou os motivos de ter mandado Juvenal embora. Para o atual presidente, seu antecessor é centralizador e tem dificuldades para se reportar. Além disso, presidente e ex-presidente tinham ideias completamente diferentes sobre como administrar o CT Laudo Natel, que Juvenal considera a maior obra de sua gestão.

O mandatário, por enquanto, não vai se manifestar publicamente. Chegou a se cogitar uma entrevista coletiva, mas Aidar foi convencido de que não era o momento de falar. Resta saber agora quais serão os próximos capítulos da história.


FONTE:

Ex-motoboy e "afilhado" de campeão mundial, Lipe faz "bicos" de pintor

Representante da elite do vôlei de praia, atleta fala da relação com Franco e revela sonho: "Ser campeão de uma etapa do Brasileiro. Fui para duas finais"


Por Rio de Janeiro



Lipe volei de praia (Foto: Arquivo Pessoal)
Lipe fez "bico" de pintor em Campo 
Grande antesde estrear no 
Brasileiro (Foto: 
Arquivo Pessoal)


Ele já trabalhou na confecção de calçados e sacolas, foi motoboy, entregador de pizza e poderia até ter seguido a carreira como dançarino de banda de forró se o vôlei de praia não tivesse cruzado o seu caminho. Apadrinhado por Franco, campeão mundial e medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1999, em Winnipeg, no Canadá, Lipe Rodrigues é um exemplo de perseverança. Após se arriscar no futebol, o cearense de Fortaleza deu os primeiros passos nas areias para cumprir uma promessa que fez à mãe, antes de sua morte. Ela queria ver o filho como jogador de vôlei profissional, seja na quadra ou na praia. Lipe ia se virando como podia. Viajava só com a passagem e a roupa do corpo, e  contava com a boa vontade de desconhecidos que se sensibilizavam com a sua situação. Aos poucos, foi conquistando o seu espaço e hoje faz parte da elite do vôlei de praia brasileiro.

O espírito guerreiro ainda é uma de suas marcas. Quando há um intervalo grande entre as etapas do Circuito Brasileiro, ele dá sempre um jeitinho para pagar as contas do fim do mês. Há algumas semanas, Lipe fez um "bico" de pintor em Campo Grande (MS). Orgulhoso por ajudar duas senhoras de idade, vizinhas de sua "família adotiva", o jogador surpreendeu os amigos nas redes sociais com um registro do trabalho inusitado. Deixou de treinar por dois dias e conseguiu juntar R$ 1.000 pela pintura de suas casas.

- Quando o intervalo é grande, a gente procura alguma saída por fora para quitar as dívidas, mas esse serviço surgiu assim, avulso. Fiz mais para ajudar as duas senhoras, na amizade, não foi pelo dinheiro. As duas senhorinhas tinham fechado um preço salgado e me perguntaram: "Lipe, tu pinta?" O pintor cobrou R$ 1.500 pela casa de uma delas, que é muito pequena. Eu disse que fazia por R$ 500. O cara tinha cobrado R$ 1.000 para a outra vizinha. Aí eu falei: "Vou fechar um pacote por R$ 1.000, está caro? Vocês compram as tintas e eu faço o serviço da pintura em dois dias". Elas adoraram, deixavam merenda, serviam o almoço. Eu estava visitando a minha família, pude ajudar e fui ajudado. Pô, tirei a nona colocação do Challenger, R$ 1.000 em espécie, deixei a casa delas bem direitinha e acabei ganhando "milzão" - contou Lipe.

Lipe volei de praia (Foto: Arquivo Pessoal)
Lipe conseguiu R$ 1.000 ao fechar um 
pacote para pintar duas casas (Foto: 
Arquivo Pessoal)


Do alto de seus 1,94m de altura e 100kg, o cearense chama a atenção por onde passa. Foi assim que ele conheceu a sua família do coração, como ele mesmo gosta de dizer. Lipe estava dormindo no chão da rodoviária de Campo Grande quando uma mulher o viu vestindo o uniforme do Circuito Brasileiro e o convidou para ir para sua casa.

- Minha história é um pouquinho triste, mas eu acredito que, quando você quer, você tem que ir lá e superar. Fui disputar o campeonato só com a grana para comer, sem dinheiro para pagar o hotel. Acho que eu ia acabar conseguindo arrumar um cantinho, mas estava na rodoviária mesmo quando me chamaram: "Ei, grandão! Você joga vôlei? Estou com uns atletas lá em casa, você não quer vir?" Quando você vê uma senhorinha toda bonitinha te oferecendo um teto, e você está ali sem opção, não tem como negar. Dei muita sorte, foi coisa de Deus. Desde 2005, eles viraram minha família adotiva. Os filhos também jogam vôlei, e eu os chamo de mãe e pai. Sempre que eu posso, vou visitá-los. Tenho muito carinho e amor por eles.

Lipe franco volei de praia (Foto: Divulgação/CBV)
Campeão mundial, Franco é como um padrinho
de Lipe de vôlei de praia (Foto: Divulgação/CBV)


Lipe começou a jogar na quadra, mas migrou para a praia apoiado por um projeto da Federação Cearense. Com o fim do grupo de treinos, ele pensou em abandonar o esporte, mas mudou de ideia graças ao ídolo Franco, que apareceu um dia em sua casa em Fortaleza e o convidou para treinar com ele no Rio de Janeiro. Após disputar algumas temporadas com Beto Pitta e formar uma dupla com Oscar, em 2010, Lipe iniciou o ano de 2011 com Franco, já no fim da carreira. Pouco depois, o cearense voltou a atuar ao lado de Pitta e ainda jogou um período com Anderson Melo até estrear a parceria com Rodrigo Saunders para a temporada 2014/2015.

Campeão de duas etapas do Circuito Sul-Americano de 2007, no Uruguai e no Chile, e outras duas em 2010, na Colômbia e no Brasil, Lipe se espelha no "padrinho" Franco em busca do sucesso nas areias. O principal objetivo é conquistar pela primeira vez uma etapa do Brasileiro.

- Fui atrás do sonho da mãe, que acabou se juntando com o meu. O Franco me ajudou muito. As coisas não estavam andando muito bem no vôlei e ele me chamou para bater bola com ele. Imagina, um ícone do vôlei mundial te chamando para treinar? Ele foi um pai, foi fenomenal, fora do comum. Quando ele ia para o Mundial, deixava grana para eu viajar, pegar ônibus, colocava o técnico dele para me dar treino três vezes por semana... Jogamos ainda seis meses juntos antes de ele parar. Sou muito grato por tudo o que ele fez por mim. Não vivo sem o esporte. No início da carreira, meu maior sonho era disputar uma Olimpíada, mas hoje eu vejo que isso é meio surreal. Meu sonho agora é ser campeão de uma etapa do Circuito Brasileiro. Já cheguei muito perto, fui para duas finais. Quem sabe agora? - vislumbrou o jogador.

Lipe terá a chance de transformar o sonho em realidade na próxima etapa do Circuito Brasileiro, de 18 a 21 de setembro, em Niterói, no Rio de Janeiro. O SporTV transmite ao vivo as semifinais deste sábado, a partir das 18h (de Brasília), e a final, no domingo, às 10h.

Lipe volei de praia (Foto: Divulgação/CBV)
Lipe tem como maior sonho da 
carreira conquistar uma etapa 
do Circuito Brasileiro (Foto: 
Divulgação/CBV)


FONTE:

Bernardinho formaliza protesto no Mundial: "Rasgaram o regulamento"

Único invicto da competição e primeiro de sua antiga chave, Brasil não se beneficia no sorteio e acaba caindo no Grupo da Morte, ao lado de Polônia e Rússia


Por Direto de Lodz, Polônia


O domingo não terminou do jeito que Bernardinho esperava. Além da preocupação com Murilo, Wallace e Sidão, que deixaram a partida contra a Rússia lesionados, o técnico ainda assistiu pela TV ao sorteio que definiria os adversários do Brasil na terceira fase do Mundial da Polônia. Viu o regulamento ser mudado e tratou de formalizar seu protesto. Passou a mão no telefone e falou com um representante da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) - presidida pelo brasileiro Ary Graça -, deixando claro que entendia, mas não aceitava. Com as alterações, a seleção não se beneficiou por ser a única equipe invicta da competição e primeira de sua antiga chave. Acabou caindo no Grupo da Morte, que tem Polônia e Rússia. 

Brasil x Finlândia Mundial vôlei Bernardinho (Foto: Divulgação/FIBV)
Bernardinho diz que Federação fez 
nova trapalhada com o regulamento   
(Foto: Divulgação/FIBV)


Além disso, a tabela indicava que não seria possível ter dois segundos colocados na mesma chave dos triangulares. No entanto, a dos tricampeões mundiais conta com os dois.

- O que vale é a palavra e ela tem que ser honrada. Não respeitaram o que estava escrito. Rasgaram o regulamento. Não podemos colocar isso como um álibi. Nós temos é que jogar. É errado, mas é o que é. O grande pecado e a dor é que fomos o primeiro da chave e não vamos ter o benefício técnico de jogar em dias alternados. Faremos dois jogos diretos, com tempo mínimo de descanso, com jogadores contundidos. Por que escolheram a Polônia jogar em dias alternados? Foi uma pequena vantagem de algo que não foi respeitado. Pode não prejudicar, mas também pode. É mais uma grande trapalhada da Federação em relação aos regulamentos. O de 2010 era vergonhoso. E a Polônia se levantou contra a vergonha daquele regulamento. Mas voltaram a repetir, a não respeitar o que estava programado. Não há treinadores participando da formulação daquilo. Acho também que as fases deveriam ter mais peso e a distância entre as fases deveria ser maior - afirmou.


Mundial de vôlei - treino Brasil (Foto: Danielle Rocha)
Sidão, Murilo e Wallace durante o 
treino na Atlas Arena, em Lodz 
(Foto: Danielle Rocha)


Embora ressalte que um direito tenha sido tirado de seu time, o técnico diz que não pode contaminar os jogadores.

- Eu não quero ficar como aquele que sempre reclama (risos). Mas para mim o que é certo, é certo. Vamos recuperar os jogadores e pegar uma embalada Polônia, grande equipe. É hora do mata-mata e temos que sobreviver. 



saiba mais

A boa notícia é que Sidão, que sentia dores no joelho direito, já está liberado para a partida contra os anfitriões. O central participou de uma parte do treino desta segunda-feira, na Atlas Arena. Wallace, com uma entorse no tornozelo esquerdo, foi poupado. Murilo também. Os exames apontaram um estiramento leve na coxa direita do ponteiro. Os dois ainda são dúvida para o confronto. Uma reavaliação será feita amanhã.

- O Wallace melhorou de ontem pra hoje, mas o Murilo é mais difícil. O Wallace é pouco provável, seria esse o termo. E o Sidão não é problema. Vamos esperar mais 12 horas pra ver a evolução do quadro. O Murilo talvez tenha feito sua melhor partida contra a Rússia e sentiu. É uma pena. Em um momento que começou a se tornar efetivo no ataque.


Ali atrás, ele já tinha destaque. Chegou a ocupar a vice-liderança entre os melhores passadores do Mundial. De olho comprido na quadra, o bicampeão mundial e medalhista olímpico não escondeu o desejo de poder ajudar seus companheiros contra os poloneses. 

- Vou tentar jogar amanhã - disse Murilo.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/09/bernardinho-formaliza-protesto-no-mundial-rasgaram-o-regulamento.html

América-MG perde 21 pontos no STJD e cai para o último lugar na Série B

Clube alviverde é condenado por escalação irregular de lateral Eduardo em quatro partidas da competição. Agora, o Coelho, que irá recorrer, tem 12 pontos na tabela


Por Belo Horizonte


Eduardo, lateral esquerdo do América-MG (Foto: Divulgação/AFC)Coelho perdeu 21 pontos por causa de escalação irregular de Eduardo (Foto: Divulgação/AFC)


O América-MG foi condenado, nesta segunda-feira, pela Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a perda de 21 pontos na Série B do Campeonato Brasileiro, devido a inclusão irregular do lateral Eduardo em quatro partidas do clube na competição. Por quatro votos a um dos auditores, o Coelho perdeu a pontuação e, com isso, caiu para o último lugar da competição (com 12 pontos agora), ficando a dois pontos do Vila Nova-GO, então lanterna. Uma multa de R$ 4 mil ainda foi aplicada ao Alviverde, que ainda poderá recorrer da sentença. A pedido da Procuradoria do STJD, a CBF terá que explicar porque não atestou a irregularidade do atleta. A diretoria informou que irá recorrer da decisão, e que irá se pronunciar em entrevista coletiva, nesta terça-feira.

O julgamento aconteceu no Rio de Janeiro e teve a presença dos auditores Luiz Felipe Bulus Alves Ferreira, Felipe Bevilacqua, Vinicius Augusto Sá Vieira, Paulo Valed Perry e Washington Oliveira. Destes, só o último não votou a favor da perda dos pontos, desclassificando a denúncia, aplicando multa de R$ 2 mil para cada jogo em que ele foi relacionado, totalizando R$ 8 mil. Os demais votaram pela perda de 21 pontos e multa de R$ 4 mil.

A denúncia sobre a irregularidade foi feita pelo Joinville. O clube catarinense, inclusive, mandou o advogado Roberto Pugliese Junior ao julgamento. Após a decisão, o América-MG, em nota oficial, chamou de injusta a decisão do STJD e disse que irá pedir a suspensão da decisão e recorrer ao Pleno do órgão. Se for preciso, segundo o clube, o caso será levado à Fifa.

- O América Futebol Clube reitera sua confiança no superior Tribunal de Justiça Desportiva. Recebeu com surpresa o resultado não unânime de 4 a 1 que o condenou.

O América irá interpor imediatamente pedido de efeito suspensivo e recurso ao Pleno do STJD, onde acredita que a injusta decisão será reformada. Se necessário for, levará o caso até a Fifa, eis que a decisão prolatada contraria frontalmente o regulamento da entidade máxima do futebol - se defendeu o clube em nota oficial.


saiba mais

Entenda o caso
No dia 29 de agosto, a diretoria do Joinville alertou o fato de o jogador americano ter atuado em dois clubes diferentes - São Bernardo e Portuguesa - em competições nacionais na temporada, antes de ter se transferido para o Coelho, pelo qual o atleta jogou em apenas uma partida, mas esteve inscrito em mais outros três jogos pela Série B do Campeonato Brasileiro. A situação infringiria o artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata da escalação de atletas irregulares. 

E também o artigo 49 do Regulamento Geral de Competições 2014 da CBF, que diz que : "um clube não poderá incluir em sua equipe, na mesma temporada, um atleta que já tenha atuado por dois outros clubes, em quaisquer das competições coordenadas pela CBF, com exceção das copas regionais, em consonância com as determinações da FIFA sobre a matéria”. O América-MG, segundo os auditores, infringiu os dois artigos.

Eduardo jogou a Copa do Brasil pelo São Bernardo, e participou das duas partidas do mata-mata com o Paraná Clube, pela primeira fase da competição. Depois, ele se transferiu para a Portuguesa, clube que defendeu em seis oportunidades no Campeonato Brasileiro da Série B, antes de se transferir para o Coelho.

Eduardo, lateral Portuguesa (Foto: Divulgação)
Eduardo defendeu a Portuguesa e o 
São Bernardo em competições 
nacionais na atual temporada (
Foto: Divulgação)

Já no América-MG, Eduardo disputou apenas uma partida, a vitória por 1 a 0 sobre o ABC, pela 14ª rodada, mas foi inscrito na súmula  em outras três oportunidades: contra o Paraná (vitória por 1 a 0), Oeste (vitória por 3 a 0) e América-RN (derrota por 1 a 0). De acordo com o artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): “incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente”. O Coelho teve retirados os nove pontos pelos triunfos conquistados mais 12 pontos referentes aos quatro jogos disputados e que Eduardo constou na súmula, conforme prevê o CBJD no artigo 214.

A denúncia ocorreu quando o América-MG já havia anunciado a rescisão de contrato com Eduardo. Na ocasião, o clube informou que o motivo para saída eram problemas de saúde na família, e que o lateral havia solicitado o desligamento do Coelho.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/america-mg/noticia/2014/09/america-mg-perde-21-pontos-no-stjd-e-cai-para-o-ultimo-lugar-na-serie-b.html

Drubscky cobra mais atitude ao time do Goiás: "Rever alguns conceitos"

Técnico descarta ter havido menosprezo ao Criciúma, que luta contra o rebaixamento, mas admite que o Alviverde entrou em campo um pouco desligado no Heriberto Hulse


Por Criciúma



Quando a bola rolou no estádio Heriberto Hulse, os resultados da rodada deixavam o Criciúma na lanterna da Série A. A má colocação da equipe catarinense, no entanto, não teve influência em campo, já que o Tigre dominou o jogo e venceu o Goiás por 1 a 0. Ricardo Drubscky descarta a hipótese de que o Alviverde pensou que a partida seria fácil. Mesmo assim, admite que faltou um pouco de atitude ao time esmeraldino.

- Não dá para achar que um time que está mal colocado não vai ter chance de ganhar uma partida. Isso não existe no Brasileirão. Não há essa regra. Temos que fazer avaliações, rever alguns conceitos para o próximo jogo - disse à Rádio 730.




saiba mais

No começo da temporada, Drubscky já havia estado no estádio Heriberto Hulse, mas como treinador do Criciúma. O retorno não foi como esperava, já que o Goiás viu quebrada sua série de três jogos invicto. Porém, o treinador minimiza as consequências do revés em Santa Catarina e mira o duelo com o Atlético-MG.

- Agora já temos que analisar o próximo adversário. Vamos nos preparar bem, preparar nosso espírito para poder fazer um bom jogo no Serra. Esperamos o apoio da torcida.

Contra o Galo, Drubscky não poderá contar com dois jogadores de meio-campo: Thiago Mendes e Tiago Real. Ambos receberam o terceiro cartão amarelo e estão suspensos.



Ricardo Drubscky Goiás (Foto: Agência Getty Images)
Ricardo Drubscky: técnico lamenta 
derrota, mas já prega foco no 
duelo com o Atlético-MG (Foto: 
Agência Getty Images)


FONTE:

Vitória “especial” do Criciúma tem a marca da estratégia de Dal Pozzo

Tigre encerra o jejum de 10 jogos sem vencer e treinador consegue seu primeiro triunfo na primeira divisão nacional de acordo com a estratégia montada para a partida


Por Criciúma, SC

 

Acabou o jejum. O Criciúma não apenas encerrou o período de 10 jogos sem vencer, como o técnico Gilmar Dal Pozzo sentiu o gosto do triunfo pela primeira vez na Série A do Campeonato Brasileiro. O 1 a 0 sobre o Goiás, na noite deste domingo, teve um sabor especial ao comandante porque foi uma vitória como ele projetou, de acordo com a leitura que fez do adversário e com o que pediu aos seus comandados.

Dal Pozzo queria um time com maior posse de bola e passes certos, conseguiu 55% e apenas 27 toques errados dos 245 no total (o Goiás errou 21 de seus 101). O gol, num tiro de canhota do lateral-direito Luís Felipe também  foi de acordo com o que planejou.

- Projetamos este jogo para vencer jogando por dentro, porque o Goiás fecha muito pelo lado e não teria espaço. Por isso entrei com Serginho, Rafael Costa, Cleber Santa e Paulo Baier povoando o meio, queria a posse e pedi aos laterais, porque não haveria espaço, que fechassem pode dentro, fizessem infiltrações. Não conseguimos fazer um treino tático para isso, e passei ao Luís Felipe e o ao Giovanni... eles entenderam. O Giovanni teve mais dificuldade para aparecer e não tem a mesma habilidade que o Luís com a outra perna. O Luís Felipe tem a característica de bater com as duas e ele conseguiu.

Na entrevista coletiva após o confronto, o treinador não escondeu a felicidade de alcançar o primeiro triunfo na primeira divisão nacional. Ele a perseguiu em seis jogos pela Chapecoense e no terceiro pelo Tigre – no total de nove na Série A – sentiu o gosto incomum, como o próprio descreve.

- A vitória é muito especial porque só eu sei o quando eu lutei por ela. Mesmo com bons jogos na Chapecoense ela não veio e custou minha permanência. Fizemos um grande jogo contra o Corinthians e não veio, contra o Palmeiras foi equilibrado e perdemos no único erro nosso na partida. Sabia que iria encontrar um adversário qualificado, que ganhou do Flamengo e veio com qualidade. Mas os atletas entenderam o que passei, pois não teve nenhum trabalho tático depois do jogo de quarta. Priorizamos o descanso e eles entenderam tudo que coloquei no quadro. Por isso a vitória veio e estou feliz pela primeira vitória.

Gilmar Dal Pozzo Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC)
Gilmar Dal Pozzo exalta vitória do 
Tigre (Foto: Fernando 
Ribeiro/Criciúma EC)


A seguir, veja a integra da entrevista coletiva.

Avaliação
- Estou feliz pela vitória que foi por merecimento. Eu tinha o meu desafio de organizar e dar uma cara para equipe, uma maneira de jogar, antes mesmo de resultado. O resultado só vem se produzir, e estou satisfeito com entrega dos jogadores nos três jogos. Não somos mais a pior defesa, e tivemos equilíbrio e uma maneira de jogar. O Criciúma tem uma ideia de jogo bem clara: qualidade de posse, ousadia, criação e sem a bola é uma equipe competitiva. Os atletas entenderam a ideia e por isso vencemos, consagrando também o rendimento dos dois jogos anteriores. 


Bom primeiro tempo e apoio da torcida
- No primeiro tempo tivemos quatro situações claras de gol. A equipe não fez e continuou com volume, agredindo, marcando e jogando. Sabia que com a persistência a gente iria encontrar o resultado. Quando fomos para o intervalo torcedor aplaudiu e isso municiou os atletas. Falei que era para seguir produzindo, sendo melhor e assim o resultado viria. Foi pela persistência e vencemos


Desentendimento entre Fábio Ferreira e Zé Carlos antes do jogo
- É deste espírito que precisamos, de muita vontade dos dois. Com este espírito se consegue uma retomada. 


Fim do jejum de gols
- Foi embora a pressão de uma equipe envolvida com a causa, o time extravasou. Na hora eu vi um fato marcante, vi o Eduardo (lateral-direito) abraçando o Luís Felipe, isso mostra o respeito entre eles. Vi o Souza  abraçar o Zé, um colega da mesma posição, e isso enaltece o trabalho. 


Falhas na defesa
- Teve um lance do Gualberto em que saiu jogando por dentro e o Goiás fez pressão e retomou. Não considero que tenha sido uma situação clara, faltou a bola de segurança, um chute longe para frente. No segundo tempo a melhor chance deles foi de bola parada, em que um jogador entrou sozinho. Foram as duas e o adversário tem qualidade, está com pontuação boa e uma equipe que chama atenção pela velocidade. Conseguimos marcar bem e o Serginho esteve bem posicionado, não dando possibilidade do adversário jogar em velocidade. Caso contrário a gente teria muita dificuldade, mas a equipe ficou bem compacta. Precisávamos da vitória e a melhor forma de conseguir é fazer pressão. Tínhamos o calor da torcida, que é bom demais jogar com o torcedor, mas precisava ter atitude e não deixar de usar a qualidade. 


Substituições
- Já estava preparado com o Ricardinho, que tinha feito trabalho tático (na sexta) e deixei ele preparado. Não iniciei com ele porque ele teve um problema particular que ficou um tempo parado, não sei se iria aguentar. Quando ele entrou, deixei o Cleber Santana mais livre. No caso da saída do Baier tem que ter lucidez, ele não estava mais produzindo, chegou ao limite e deu tudo que tinha e o máximo. O Lucca entrou bem e deu resposta positiva.


Jejum de gols
- Foi difícil, o time vinha numa pressão forte por resultado, estava precisando. No primeiro tempo tivemos quatro situações clara e a bola não entrou. Quando a bola entrou no segundo tempo, teve técnico em campo, torcida e jogadores extravasaram.  Mas é compreensível, o gol veio e tem que comemorar. 


Próximo jogo: Figueirense
- Ainda vamos analisar o desgaste físico e vamos forte para o clássico. Sei a maneira que o Argel joga e vamos para fazer um grande jogo, Mas temos produzir para conquistar a vitória.


FONTE:

Criciúma bate o Goiás e acaba com jejum de dez partidas sem vencer

Após dominar o primeiro tempo, Tigre consegue achar gol com o arremate de canhota do lateral-direito Luís Felipe, vence e respira no Brasileiro


 A CRÔNICA


por João Lucas Cardoso


O Heriberto Hülse vibra e balança por causa de um gol e uma vitória do Criciúma. Fazia tempo que a cena não ocorria. O Tigre bateu o Goiás por 1 a 0 neste domingo e encerrou o jejum de dez partidas sem vencer e de 699 minutos sem balançar as redes no Campeonato Brasileiro. Graça ao gol de canhota do lateral-direito Luís Felipe. Apesar de acabar com a recuperação que os goianos viviam na competição, o time catarinense não conseguiu sair da zona de rebaixamento.

O placar foi curto diante do domínio dos mandantes no primeiro tempo, freado pelo goleiro Renan, que parou as investidas principalmente de Baier. Na etapa final, o Goiás truncou o meio e teve chance nos vacilos do Criciúma, que escorregava no nervosismo de mais um jogo sem vencer. Foi quando o lateral trocou o cruzamento pelo tiro cruzado de fora da área, e de canhota. Luís Felipe fez o estádio criciumense chacoalhar.

Ainda no Z-4, na 17ª colocação, o Criciúma volta a campo na quarta-feira, às 21h, para encarar o Figueirense no Orlando Scarpelli. O Goiás vai para casa e enfrenta o Atlético-MG às 19h30 de quinta-feira, no Serra Dourada. A equipe goiana está no 12º lugar.

Giovanni criciuma x goias (Foto: Fernando Ribeiro/Futura Press/Agência Estado)
O Criciúma fez 1 a 0 sobre o Goiás 
e pôs fim ao jejum de 10 partidas 
sem vitórias no Brasileirão
(Foto: Fernando Ribeiro/
Futura Press/Agência Estado)


O jogo

Apenas um volante de origem, três meias, dois atacantes e Paulo Baier próximo do gol. O Criciúma queria encerrar o jejum de 10 jogos sem vencer e entrou jogando no campo de ataque. A intermediária esmeraldina foi ocupada por jogadores de camisa preta, uniforme 3 do Tigre que estreou neste domingo. Não à toa terminou a primeira etapa com 60% de posse de bola. Foram cinco chances reais de gol para os mandantes, a maioria num duelo particular entre Baier e o goleiro Renan, que levou a melhor e manteve a rede intacta. A equipe de branco jogava por uma bola. No primeiro tempo teve apenas uma mesmo, num cochilo seguido de passes errados na defesa do Carvoeiro que Samuel botou fora.

Ainda que tivesse dois atacantes, o Goiás jogava no 4-1-4-1 em que o próprio Samuel era figura isolada e as duas linhas não estiveram bem fechadas. Foi por meio delas que passaram as jogadas do Criciúma, ou na ousadia de Silvinho, atuando como um ponta. A torcida da casa reconheceu o empenho e cantou alto na saída do Tigre para os vestiários no intervalo. O Goiás voltou com o meio reforçado pela entrada do volante Amaral e truncou o espaço em que o adversário tramava suas jogadas, neutralizou a pressão.

Foi por isso que o técnico Gilmar Dal Pozzo mandou o atacante Lucca e o meia Ricardinho saírem do banco, para que a equipe tivesse três atacantes e melhora no passe. Não deu resultado, mas o Criciúma conseguiu balançar a rede e acabar com a esperança do Goiás, que teve chances a partir de falhas do Tigre. Depois de ter deixado seu lado sem cobertura, Luís Felipe apareceu na frente e fez o que o Carvoeiro pouco faz, bater de longe. Ele foi feliz, e a maioria dos 8.113 torcedores também. O resultado poderia ser maior caso a arbitragem tivesse assinalado uma penalidade máxima em que um defensor esmeraldino botou a mão na bola. Não fez falta, aos mandantes bastava a vitória, independentemente do placar.~





FONTE:

Elenco lamenta chances perdidas, e Edno crava: “Serão 17 decisões”

Vitória vacila diante do Atlético-PR, perde por 2 a 0 na Arena da Baixada, e volta para a lanterna do Campeonato Brasileiro. Na próxima quarta, Leão vai enfrentar o Flu


Por Curitiba



O Vitória voltou a falhar em lances pontuais e perdeu mais uma pelo Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro baiano caiu diante do Atlético-PR por 2 a 0, na Arena da Baixada, na noite deste domingo (assista aos melhores momentos da partida no vídeo acima). No fim do jogo, o atacante Dinei lamentou as chances perdidas e as falhas na marcação.

- Acho que estamos passando por uma situação ruim. O começo do jogo foi fundamental. O professor Ney Franco falou com a gente sobre o contragolpe deles, mas, infelizmente, não soubemos marcar. Tivemos algumas oportunidades, como na bola do Marcinho, no primeiro tempo. Se tivéssemos feito o gol, seria diferente. Agora temos que trabalhar forte para voltar a vencer – disse.

O meia-atacante Edno também lamentou a chance perdida. Minutos antes do segundo gol do Furacão, o jogador teve nos pés a chance do empate e desperdiçou. Para ele, o time foi apático.

- Voltamos melhor no segundo tempo. Eu tive uma boa chance, mas a bola me enganou no quique, e chutei em cima do Weverton. Logo em seguida, tomamos o gol. Nossa equipe lutou, mas a equipe deles foi mais agressiva. Nosso time foi apático e não jogou como contra o Inter – disse.

Para Edno, o Vitória terá que encarar todos os seus próximos jogos como finais.

- Agora são 17 decisões. Temos que encarar e manter a cabeça no lugar. Temos um objetivo, que é livrar o clube do rebaixamento. Todos estão trabalhando para livrar o Vitória do rebaixamento. E é com trabalho e com sacrifício dentro de campo que temos que nos impor. Vamos jogar em casa para vencer, e fora temos que conseguir pelo menos um ponto, senão ganhar. Agora vamos trabalhar para pegar o Fluminense dentro de casa – disse.


Clique aqui e assista a vídeos do Vitó
ria


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vitoria/noticia/2014/09/elenco-lamenta-chances-perdidas-e-edno-crava-serao-17-decisoes.html

Claudinei destaca vitória 'convicente' do Atlético-PR e faz elogios a Marcelo

Treinador do Atlético-PR destaca atuação de atacante e eleva importância da vitória após seis jogos de jejum. "Ganhar jogando um bom futebol é fundamental", disse


Por Curitiba



Depois de seis jogos sem vitória, uma sensação de alívio para o técnico Claudinei Oliveira. Mais que isso, satisfação pelo desempenho de seus jogadores no triunfo do Atlético-PR por 2 a 0 sobre o Vitória, na Arena da Baixada, pela 21ª rodada do Brasileirão (assista aos melhores momentos no vídeo acima). 

Além de quebrar uma série incômoda de resultados negativos nos últimos confrontos, o treinador ficou satisfeito com a atuação da equipe.

- O sentimento é muito bom, ganhar sempre é bom. Meu terceiro jogo à frente do Atlético-PR, segundo jogo na Arena, e conseguir uma vitória, conseguir uma vitória no meu modo de ver convincente. Acho que corremos poucos riscos, tivemos algumas situações de bolas alçadas a área, mas o adversário não nos envolveu na troca de passes. Mas a gente criou, colocamos a bola no chão, diminuímos o número ligações diretas. Estou satisfeito no geral. Ganhar é sempre importante, mas ganhar jogando um bom futebol é fundamental - disse o treinador ao GloboEsporte.com.

Claudinei Oliveira, técnico do Atlético-PR (Foto: Monique Silva)
Claudinei Oliveira: "Com essa 
vitória vamos trazer a torcida 
para o nosso lado" 
(Foto: Monique Silva)


Confira abaixo outras declarações do treinador:

TRÊS ATACANTES
- Eles fizeram o que nós propusemos a eles. Conversei com eles no treinamento de sábado que a ideia era colocar o que tem de melhor para jogar. Por ser em casa, achei que hoje seria importante contar com três atacantes, são jogadores que preocupam os adversários. Falei que se eles quisessem jogar os três juntos teriam que se dedicar na marcação, senão ficaríamos com um time muito exposto. E foi o que eles fizeram, se doaram. Tiveram algumas falhas, esquecem de marcar, até porque não é o feitio deles, não estão acostumados a fazer, mas na prática vamos corrigindo.


ALTERAÇÕES
- A entrada do Willian (Rocha) se deve também aos três atacantes, já que jogando assim optamos por um lateral que tem boa marcação, e faz bem uma linha de quatro defensiva, que jogou bem como zagueiro. Não que o Natanael tivesse jogado bem, mas é um jogador mais agudo. Como a gente tinha três atacantes não tinha tanto a necessidade de os laterais passarem toda a hora a linha da bola. Então optamos por um lateral com marcação um pouco mais forte, com qualidade no passe, e jogo aéreo bom. Com relação ao Bady, precisava de um meia que fosse de passagem, de meter a bola para os atacantes, e acho que ele tem essa características. Primeiro tempo não foi tão bom, melhorou no segundo, e estou satisfeito com as substituições. 


MARCELO
- O Marcelo é um ídolo do clube aqui, fez um Campeonato Brasileiro maravilhoso no ano passado, eleito a revelação, jogou muito bem. É um jogador muito agudo, que faz a diferença. A gente tem resgatar a motivação, não pode perder. Quando cheguei procurei ele para conversar e ver onde ele se sentia melhor para trazer aquele Marcelo do ano passado, como ele rendia mais, até pela importância dele. A gente está procurando colocá-lo em uma função confortável para ele em campo, hoje com três atacantes ele teve que se comprometer um pouco mais na marcação. O gol coroou o esforço dele. É um cara muito comprometido e traz alegria ao elenco, sempre brincando com todo mundo. O astral dele está bom. Quando alguém está feliz e fazendo o que gosta as coisas acontecem. Foi premiado com um belo gol hoje.


saiba mais


VITÓRIA  E APOIO DA TORCIDA
- O acerto hoje foi ter estudado o adversário e ter corrigido os erros contra o Grêmio, além de os jogadores terem feito o que a gente pediu. O ganho maior foi a gente reconquistar o torcedor com essa vitória. Com essa vitória vamos trazer a torcida para o nosso lado. É difícil para o adversário jogar aqui, a Arena realmente é um caldeirão. E a gente com a torcida ao nosso lado, o tempo todo, com os jogadores correspondendo, a tendência é nos jogos em casa sermos fortes. Agora é buscar essa força fora.
Após o triunfo sobre o Vitória, o Atlético-PR se prepara para enfrentar o líder Cruzeiro, na próxima quarta-feira, no Mineirão.


FONTE:

Atlético-PR bate o Vitória em casa e volta a vencer depois de seis jogos

No duelo das piores defesas, Furacão leva a melhor na Arena da Baixada e se reabilita no Brasileiro. Ameaçado, Leão da Barra assume a lanterna


 A CRÔNICA


por Monique Silva


O Atlético-PR mandou para longe a sequência de seis jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro. Jogando na Arena da Baixada neste domingo, o Furacão se impôs e venceu o Vitória por 2 a 0, em jogo válido pela 21ª rodada. O atacante Marcelo e o volante Hernani anotaram os gols da vitória rubro-negra em Curitiba e reabilitaram a equipe atleticana na competição.


saiba mais

Com o resultado, o Atlético-PR sobe para a 11ª posição, agora com 28 pontos na tabela. Já o Vitória continua complicado no Brasileiro, estacionando nos 18 pontos e segurando a lanterna do campeonato.

Na próxima rodada, os dois times jogam na quarta-feira, às 19h30. O Furacão visita o líder Cruzeiro no Mineirão, enquanto o Vitória recebe o Fluminense no Barradão.

Jogadores do Atlético-PR comemoram gol (Foto: Getty)
Marcelo comandou o trio ofensivo do 
Atlético-PR e abriu o placar na 
Arena da Baixada  
(Foto: Getty)


Com domínio do jogo, Furacão sai na frente
Com uma formação ofensiva, com Dellatorre, Douglas Coutinho e Marcelo, o Atlético-PR começou a partida pressionando o Vitória e levando perigo pelos lados. Em oito minutos foram duas grandes chances para abrir o placar na Arena da Baixada, primeiro no chute de primeira de Bady, e depois no desvio de Douglas Coutinho. Mais organizado e trocando mais passes em campo, aos poucos o Vitória conseguiu diminuir o ímpeto do Furacão.
Mas a tranquilidade dos baianos durou até os 30 minutos. Após um cochilo da zaga, Marcelo disparou pela direita, saiu cara a cara com o goleiro Roberto Fernández e finalizou forte para as redes, abrindo o placar em Curitiba. Mesmo com maior posse de bola (54% contra 46% dos paranaenses, o Vitória não conseguiu assustar o Furacão, que jogou de forma compacta e saiu de campo em vantagem para a etapa final.


Vitória assusta, mas Atlético-PR amplia
Superior no primeiro tempo, o Atlético-PR voltou com tudo para o segundo tempo, mas perdeu o atacante Dellatorre, que saiu lesionado de campo e obrigou o técnico Claudinei Oliveira a fazer a primeira substituição na equipe, colocando Mosquito no jogo. E foi o camisa 25 que quase ampliou o placar para o Furacão, aos 21. Bastaram mais quatro minutos para a equipe atleticana reencontrar as redes.
Aproveitando a falta de rendimento do Vitória, o Rubro-Negro paranaense marcou o segundo com o volante Hernani, após chute certeiro de longe. Com dificuldades para chegar ao ataque, o Vitória continuou com maior posse de bola, mas abusou dos constantes erros no último passe e amargou a 11ª derrota no Campeonato Brasileiro, do qual agora é o lanterna.




FONTE: