segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Criciúma bate o Goiás e acaba com jejum de dez partidas sem vencer

Após dominar o primeiro tempo, Tigre consegue achar gol com o arremate de canhota do lateral-direito Luís Felipe, vence e respira no Brasileiro


 A CRÔNICA


por João Lucas Cardoso


O Heriberto Hülse vibra e balança por causa de um gol e uma vitória do Criciúma. Fazia tempo que a cena não ocorria. O Tigre bateu o Goiás por 1 a 0 neste domingo e encerrou o jejum de dez partidas sem vencer e de 699 minutos sem balançar as redes no Campeonato Brasileiro. Graça ao gol de canhota do lateral-direito Luís Felipe. Apesar de acabar com a recuperação que os goianos viviam na competição, o time catarinense não conseguiu sair da zona de rebaixamento.

O placar foi curto diante do domínio dos mandantes no primeiro tempo, freado pelo goleiro Renan, que parou as investidas principalmente de Baier. Na etapa final, o Goiás truncou o meio e teve chance nos vacilos do Criciúma, que escorregava no nervosismo de mais um jogo sem vencer. Foi quando o lateral trocou o cruzamento pelo tiro cruzado de fora da área, e de canhota. Luís Felipe fez o estádio criciumense chacoalhar.

Ainda no Z-4, na 17ª colocação, o Criciúma volta a campo na quarta-feira, às 21h, para encarar o Figueirense no Orlando Scarpelli. O Goiás vai para casa e enfrenta o Atlético-MG às 19h30 de quinta-feira, no Serra Dourada. A equipe goiana está no 12º lugar.

Giovanni criciuma x goias (Foto: Fernando Ribeiro/Futura Press/Agência Estado)
O Criciúma fez 1 a 0 sobre o Goiás 
e pôs fim ao jejum de 10 partidas 
sem vitórias no Brasileirão
(Foto: Fernando Ribeiro/
Futura Press/Agência Estado)


O jogo

Apenas um volante de origem, três meias, dois atacantes e Paulo Baier próximo do gol. O Criciúma queria encerrar o jejum de 10 jogos sem vencer e entrou jogando no campo de ataque. A intermediária esmeraldina foi ocupada por jogadores de camisa preta, uniforme 3 do Tigre que estreou neste domingo. Não à toa terminou a primeira etapa com 60% de posse de bola. Foram cinco chances reais de gol para os mandantes, a maioria num duelo particular entre Baier e o goleiro Renan, que levou a melhor e manteve a rede intacta. A equipe de branco jogava por uma bola. No primeiro tempo teve apenas uma mesmo, num cochilo seguido de passes errados na defesa do Carvoeiro que Samuel botou fora.

Ainda que tivesse dois atacantes, o Goiás jogava no 4-1-4-1 em que o próprio Samuel era figura isolada e as duas linhas não estiveram bem fechadas. Foi por meio delas que passaram as jogadas do Criciúma, ou na ousadia de Silvinho, atuando como um ponta. A torcida da casa reconheceu o empenho e cantou alto na saída do Tigre para os vestiários no intervalo. O Goiás voltou com o meio reforçado pela entrada do volante Amaral e truncou o espaço em que o adversário tramava suas jogadas, neutralizou a pressão.

Foi por isso que o técnico Gilmar Dal Pozzo mandou o atacante Lucca e o meia Ricardinho saírem do banco, para que a equipe tivesse três atacantes e melhora no passe. Não deu resultado, mas o Criciúma conseguiu balançar a rede e acabar com a esperança do Goiás, que teve chances a partir de falhas do Tigre. Depois de ter deixado seu lado sem cobertura, Luís Felipe apareceu na frente e fez o que o Carvoeiro pouco faz, bater de longe. Ele foi feliz, e a maioria dos 8.113 torcedores também. O resultado poderia ser maior caso a arbitragem tivesse assinalado uma penalidade máxima em que um defensor esmeraldino botou a mão na bola. Não fez falta, aos mandantes bastava a vitória, independentemente do placar.~





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