segunda-feira, 18 de julho de 2016

Entre Moro e Bolsonaro, Mino prefere o Dallagnol



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/entre-moro-e-bolsonaro-mino-prefere-o-dallagnol



Missionário da catequese e da redenção



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Aragão acha que essas medidas contêm "um certo fascismo"...
Conversa Afiada reproduz editorial de Mino Carta, na edição desta semana de Carta Capital:

O futuro presidente

O jovem promotor Deltan Dallagnol (leia Dallanhol), conspícuo integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato, ao interrogar Marcelo Odebrecht, libera todo seu espírito redentor, olhos de missionário, rútilos, diria Nelson Rodrigues.
Ele informa o interrogado em tom hierático: aqui estamos nós para aliviá-lo do peso que oprime sua consciência, de fato para ajudá-lo a reencontrar o bom caminho, faça a sua confissão e ganhe a paz interior. Algo assim, segundo consta.
Permito-me imaginar, como resultado final da tragédia do ridículo encenada pelo golpe, a candidatura do promotor Dallagnol à Presidência da República, obediente, mais do que qualquer outra, à lógica do absurdo. Há quem prefira o juiz Sergio Moro, ou mesmo o deputado Jair Bolsonaro. No meu canto, não hesito em escalar Dallagnol.
Moro, como o promotor, cultiva o ímpeto da grande missão, carece, porém, no meu entendimento, da vocação da catequese que Dallagnol manifesta radiosamente. Além do mais, o juiz aprecia envergar camisas pretas, de péssima memória.
Já Bolsonaro é um camisa-preta autêntico, poderia ter participado da Marcha sobre Roma. Nem um nem outro buscam redimir os pecadores, e sim puni-los de forma exemplar.
Dallagnol, em contrapartida, é adequado, diria mesmo óbvio, neste nosso teatrinho-bufo, de plateia cada vez mais apinhada por pagadores de dízimo. Ele é capaz de transformar a ribalta em púlpito e, a encarnar o desfecho no último ato, parece-me o mais condizente, em sintonia finíssima com o andamento do entrecho.
Tentemos pôr um mínimo de ordem na orgia farsesca que as circunstâncias nos obrigam a assistir, melhor, a viver, sugeriria o Marquês de Sade, inveterado e irônico pecador. Quais são as chances de vida exitosa de um governo presidido por Michel Temer?
Vale perguntar aos botões se logrará durar até as eleições de 2018. Sobra a evidência de que, a prosseguir impávida a Lava Jato, entre mortos e feridos ninguém vai sobrar. Daí a saída pelo caminho apontado pelo promotor Dallagnol, intérprete inexcedível da estultice reinante. Trata-se, simplesmente, de combater a corrupção pela salvação das almas.
Insisto: há uma lógica na ironia. Certo, inegável, é o caos em que o golpe nos mergulha, em meio a uma crise econômica inescapável para o país exportador de commodities e de indústria em frangalhos.
Ao enxergar o Brasil de hoje, ocorre-me a imagem do pesqueiro escocês ao largo de Aberdeen na madrugada invernal invadida pela cerração mais espessa, privado até do apito por um defeito mecânico.
Não é previsível escapar desta crise no prazo curto e médio, mas o marasmo político, que a situação econômica e social multiplica, se oferece a uma saída clara, indisfarçável, aventada por vozes diferentes e bem-intencionadas.
CartaCapital faz tempo aderiu à ideia da convocação de um plebiscito destinado a conhecer as demandas da Nação, ao que tudo indica desejosa de novas eleições tão logo possível. Se as pesquisas de opinião anularam os votos de 2014, a justificar o complô golpista, as mais recentes, do tempo nebuloso de governo interino, denunciam nitidamente a rejeição de Temer e a aspiração do voto antecipado.
Outra questão está em jogo, segundo CartaCapital, e sua solução correta conforme a lei é a premissa indispensável a um futuro sem traumas: o retorno de Dilma Rousseff ao Planalto, por mais temporário.
Algo me intriga pessoalmente, na qualidade de cidadão e de jornalista: que pensam, que sentem, ao pousarem suas cabeças sobre o travesseiro do sono noturno, os senhores congressistas que votaram a favor do impeachment a despeito das crenças democráticas que costumam proclamar? E que dizer dos senadores que escalaram o muro e lá do alto encaram o horizonte com olhos opacos? E silentes ministros do STF, aos quais caberia o papel de sentinelas da lei?

JOVENS PRÓ E CONTRA O IMPEACHMENT



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/jovens-pro-e-contra-o-impeachment



Mais parecidos do que se pensa...


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Reprodução: Boitempo
A Editora Boitempo acaba de lançar o livro "Por que gritamos golpe - Para entender o impeachment e a crise política no Brasil". Um dos ensaios desse livro é "Uma sociedade polarizada", de autoria de Pablo Ortellado, Esther Solano e Márcio Moretto. O ensaio começa assim:
"Uma das consequências mais dramáticas do processo de impeachment que o Brasil está passando é a binarização social em dois supostos bandos confrontados, não de adversários e, sim, de inimigos. A academia deve ajudar a sair dessa dialética do inimigo, autoritária, que simplifica os fatos, reproduz estigmas falsos, ataca desqualificando e insultando, não confrontando ideias. Nesse sentido, apresentamos nossa última pesquisa para explicar que a polarização 'coxinhas/petralhas' não corresponde exatamente à situação real na qual se encontra a sociedade brasileira, que é muito mais complexa e não responde às simplificações."
Eu vou conversar com um dos autores desse ensaio e dessa pesquisa, Márcio Moretto.
Márcio, a primeira questão que eu gostaria de submeter a você é relativa à presença de jovens com formação universitária, tanto nos movimentos pro-impeachment, de 12 de abril e 16 de agosto de 2015, e o anti-impeachment na manifestação de 31 de março de 2016. O que você tem a dizer sobre isso?
MÁRCIO MORETTO: Aparentemente, as pesquisas que a gente tem feito nas manifestações indicam que as manifestações em torno do tema do impeachment, seja a favor ou seja contra, elas tenderam a atrair manifestantes mais velhos. Então, pra dar um exemplo, tanto nas manifestações pró quanto anti-impeachment, a maioria das pessoas que foi pra rua tinha mais de 30 anos.
Outras duas manifestações que a gente pesquisou foram uma manifestação em apoio aos secundaristas que ocuparam as escolas em 2015, e uma manifestação daqueles que são a favor da legalização da maconha. E elas indicam um perfil muito mais jovem.
PHA: Portanto, você diria que aqueles que se manifestam contra e a favor do impeachment são mais velhos?
MÁRCIO MORETTO: Aparentemente, o tema do impeachment não tem agregado interesse dessa população mais jovem.
PHA: E com relação ao nível universitário e renda familiar, quem vai às manifestações relativas ao impeachment e quem vai, por exemplo, às manifestações dos secundaristas em São Paulo, e os que são a favor da legalização da maconha?
MÁRCIO MORETTO: No caso de formação escolar, não tem muita diferença. No ato dos secundaristas é claro que tem uma diferença de formação, de acesso à universidade, porque eles são muito mais novos, certo?
Em termos de faixa de renda, é sensível também que na manifestação tanto em apoio aos secundaristas quanto a Marcha da Maconha, elas atraíram um público razoavelmente mais pobre. Na verdade, acho que o mais correto seria dizer que, na população que recebe até três salários mínimos, essas manifestações atraíram mais gente dessa faixa.
PHA: Você diria que os setores jovens, efetivamente jovens, e da periferia, ambos tão numerosos, estão sub-representados em manifestações - pró e contra o impeachment?
MÁRCIO MORETTO: Perfeito, Paulo. Eu acho que é exatamente isso. Você leu bem os dados. Eu acho que, tanto nas manifestações pró quanto contra o impeachment, estão muito sub-representados os jovens e as classes de faixa de renda mais baixa, que são muito numerosos no Brasil.
Reprodução: Boitempo
PHA: Com relação aos partidos políticos - estou me referindo agora às manifestações pró e contra o impeachment. Qual é a posição deles em relação aos partidos? Qual é a fidelidade deles, digamos, em relação ao PSDB e PT?
MÁRCIO MORETTO: Aí tem uma diferença, dos pró- e dos anti-impeachment. No caso dos manifestantes pró-impeachment, existe uma grande insatisfação com o sistema político como um todo. É bem evidente a crise do sistema político nos manifestantes pró-impeachment. Nos manifestantes anti-impeachment, isso não é tão acentuado. Muitos dos manifestantes anti-impeachment acreditam, sim, no sistema político, especialmente no PT e grande parte, também, no PSOL.
PHA: Com relação à imprensa, qual a posição dos dois?
MÁRCIO MORETTO: A gente vê uma coisa invertida. No fundo, todas essas manifestações que a gente estudou, elas todas mostram uma enorme crise institucional, generalizada. Tanto com o sistema político, quanto com a imprensa. Se para os manifestantes pró-impeachment a crise aparece mais no sistema político, nos manifestantes anti-impeachment, essa crise aparece mais em relação à imprensa. Eles são muito céticos em relação à imprensa.
Já nos outros dois atos que a gente menciona no texto, que seriam a Marcha da Maconha e o ato em apoio aos secundaristas, a crise aparece dos dois lados. Então são manifestantes que são, ao mesmo tempo, muito céticos em relação ao sistema político, e também muito céticos em relação à imprensa, à grande imprensa como um todo.
PHA: Vocês também trabalharam com a questão dos partidos políticos e, digamos, o legado social do PT. Você diz, por exemplo, que tanto os participantes da Marcha da Maconha quanto os secundaristas mostram grande adesão às duas afirmações: primeiro, que o PT é um partido corrupto, e, depois, que é um partido que permitiu conquistas na área social, como Bolsa Família, o FIES e o Minha Casa Minha Vida. Como é que é possível conciliar essas duas posições?
MÁRCIO MORETTO: É curioso, né? No ato dos secundaristas isso estava muito forte. Na Marcha da Maconha, eles tinham um pouco mais de dificuldade para aceitar esses ganhos sociais do governo do PT. No ato dos secundaristas, isso era bem nítido. Ao mesmo tempo em que eles acreditavam que o PT era um partido corrupto, tinham (realizado) ganhos sociais importantes. Quem associou que não tem como ter ganhos sociais e ter corrupção ao mesmo tempo foram setores da sociedade que não estão associados com esses grupos que estavam se manifestando. Eu acho que, de um lado, a gente teve ganhos sociais e, de outro, a gente tem alguns indícios claros de corrupção no PT. Eu não vejo uma contradição nisso, de nenhuma forma.
PHA: Vocês também localizaram o que vocês chamam de dois "clusters" diferentes de mobilização, razoavelmente separados: aqueles que tratam do impeachment e o "cluster" dos estudantes secundaristas e da Marcha da Maconha, a favor da legalização da maconha. Não há uma sobreposição entre esses dois "clusters"?
MÁRCIO MORETTO: Existe uma clara diferença entre os manifestantes pró-impeachment e o resto, certo? Agora, desse resto, que seriam os manifestantes tanto contra o impeachment, quanto a Marcha da Maconha etc., eles têm uma grande sobreposição. Mas eu imagino que dá pra enxergar, sim, uma diferença entre esses grupos que estão se manifestando por razões independentes do impeachment e os grupos que estão se manifestando contra o impeachment.
PHA: Na conclusão, vocês chegam à tese de que há uma baixa confiança nas instituições, nos partidos políticos e na imprensa, denunciam redes de corrupção, as artimanhas de poder ilegítimo. E vocês falam de uma anomalia política que dá espaço fértil para desenvolver uma solução autoritária. Você tem medo de um tirano, de um Berlusconi, de um fenômeno desse tipo diante dessa anomalia ou dessa descrença que você localiza nas pesquisas?
MÁRCIO MORETTO: Tipicamente, o que se observa nesses momentos de crise é que existem duas possibilidades, duas saídas mais comuns. De um lado, você pode buscar mais democracia e pedir mais participação popular. E, de outro lado, você pode pedir soluções mais autoritárias. E não está muito claro qual é a saída que a gente está aventando agora. O que está bem claro é que a gente está num momento de crise intensa, com uma polarização intensa, e essa crise atinge tanto os partidos políticos quanto a imprensa.
PHA: Eu conversei com Márcio Moretto Ribeiro, que é doutor em Ciências da Computação pelo Instituto de Matemática e Estatística da USP, professor de sistemas da informação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e membro do Grupo de Políticas Públicas em Acesso à Informação. É isso?
MÁRCIO MORETTO: Isso!
PHA: Que idade você tem, Márcio?
MÁRCIO MORETTO: Eu tenho 32 anos.

A democracia está mal representada nos cargos vitalícios ou corporativos do Poder Judiciário


FONTE:
http://www.ocafezinho.com/


por Carlos Eduardo 


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Comentário do leitor Olivires, ao post: O golpe na Turquia e o Brasil
A ideia de que os juízes nomeados pelos petistas apoiariam o governo petista parece uma analogia mal feita dos governos tucanos, já desmentida pelo Eros Grau (nomeado por Lula).
Realmente, em SP e no PR, desembargadores e MPE nomeados pelos governadores do PSDB fazem política a favor do Poder Executivo.
Como fazia o PGR Geraldo Brindeiro na época de FHC, nomeado para os 8 anos de governo, sem nunca sequer figurar entre os 3 primeiros na lista de seus pares.
Não ocorre o mesmo no STF atual. O Gilmar é o Messi dos tucanos, com ele jamais Aécio será investigado, a blindagem é ideológica.
Usa seus votos como palanque eleitoral, e não tem vergonha de aparecer à luz do dia com Jucá, Temer, Serra, Cunha, Paulinho ou qualquer político alinhado.
Toffoli, que poderia ser o sinal trocado de Gilmar, anulando a aberração partidarizada dos seus votos, se tornou assecla do tucano.
No Supremo, o PSDB já começa com 2 x 0 contra qualquer decisão que atinja seus interesses.
Quem tem brilho próprio e independência no STF são apenas Marco Aurélio, Lewandowski, Barroso e Teori, o resto não deveria ocupar a Corte Suprema.
Carmen Lúcia foi receber prêmio e "fazer a diferença" segundo a cartilha da Globo, dos Marinho;
Fux não lê processos, descobre o que acontece seguindo um ou outro voto;
Celso de Mello é um juiz pífio, segundo seu patrocinador, Saulo Ramos.
Rosa Weber precisava do Moro para fazer seus votos, e tem ojeriza a qualquer polêmica;
Fachin se revelou uma decepção, quer se tornar palatável para a mídia das 5 famílias e abandonou seu passado progressista.
Possivelmente, a crítica do comentário tenha relação com os 8 nomeados pelo PT não corresponderem à ideologia dominante na sociedade brasileira, que elegeu governos petistas por 12 anos e deu mais um mandato (golpeado) para petistas.
A democracia está mal representada nos cargos vitalícios ou corporativos no Poder Judiciário e MP, talvez pelo tal "republicanismo" alegado de Lula e Dilma, de sempre escolherem o primeiro em listas tríplices, ou não exigirem alinhamento na hora de indicar membros para os Tribunais Superiores.

Para Kátia Abreu, impeachment foi comprado por R$ 50 bilhões



FONTE:
http://jornalggn.com.br/



Valor sairia dos R$ 170 bilhões de aumento das contas do governo Temer, aprovado no Congresso Nacional
 
 
Jornal GGN - Para a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), a autorização do Congresso Nacional do déficit de R$ 170,5 bilhões nas contas do governo interino de Michel Temer esconde um acordo que comprou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff por R$ 50 bilhões. 
 
Durante uma fala na Comissão de Impeachment, realizada há algumas semanas, a parlamentar lembrou que o déficit das contas públicas proposto pelo governo Dilma era de R$ 96 bilhões, valor profundamente criticado pela imprensa, deputados e senadores de oposição. Entretanto, após Temer assumir o Congresso aprovou, até que com facilidade, um teto ainda maior.
 
“Hoje estamos vendo uma fraude de R$ 170 bilhões…que R$ 50 bilhões foi para garantir o impeachment”, observou. A senadora, única integrante do PMDB que se manteve ao lado da presidenta afastada, afirmou ainda que as propostas de retomada do crescimento econômico do governo Dilma foram barradas pela atuação de Eduardo Cunha, a quem chamou de "escroque internacional". "“Estamos vivendo aqui uma farsa, o inadmissível (...) foram todos os partidos que mamaram, sugaram esse governo durante cinco anos e agora estão do outro lado da mesa (...) A presidente Dilma não é corrupta, é uma pessoa correta", reforçou. 
 
VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA

‘VOCÊ É UM GOLPISTA, COMO SEU PAI’



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/voce-e-um-golpista-como-seu-pai-carta-aberta-a-otavio-frias-dono-da-folha/



Carta aberta a Otávio Frias, dono da Folha


Reacionário e golpista

Reacionário e golpista
Esta é uma da série das Cartas Abertas aos Golpistas. Futuramente, elas poderão ser reunidas num livro que mostre os rostos do golpe. Desta vez, o destinatário é Otávio Frias Filho, dono da Folha.
Caro Otávio:
Duas passagens recentes sobre você me vem à mente.
A primeira foi sua reação destemperada num seminário em Londres no qual uma jornalista britânica disse que os jornais brasileiros são pesadamente conservadores, a Folha incluída.
Sua vaidade pareceu ferida por ouvir que a Folha, uma jovem progressista nas Diretas Já, é hoje uma velha reacionária.
A segunda passagem é a edição que seu jornal deu ao último Datafolha, neste domingo.
Uma coisa está conectada à outra. Como você quer que a Folha não seja considerada reacionária se você edita de forma tão desonesta os resultados do Datafolha?
A Folha apresentou os números de tal forma que pareceu um triunfo de Temer. O objetivo claro é influenciar os senadores na votação definitiva sobre o impeachment.
O destaque da Folha foi: metade dos brasileiros prefere Temer a Dilma.
Ora, ora, ora.
Caro Otávio: por que não o seguinte. Metade não quer Temer?
Na verdade, o levantamento foi péssimo para Temer, mas seu jornal edulcorou descaradamente.
A informação mais importante era que apenas 14% das pessoas aprovam Temer. É um índice miserável sob qualquer aspecto, e tanto mais num início de administração, quando a tolerância da sociedade é muito maior do que no correr dos dias.
Fora isso, a imprensa vem tratando Temer como um príncipe, o exato oposto do que ocorreu com Dilma. Mesmo assim, 14% apenas?
E isso seu jornal escondeu no meio do texto. Tentou tirar a relevância do número ao dizer que era o mesmo de Dilma às vésperas do impeachment.
A Folha só não lembrou a diferença extraordinária das circunstâncias, como se isso fosse secundário. O nome disso é trapaça. Canalhice jornalística.
Outro dado que foi subestimado, e é estarrecedor, é que um terço das pessoas não sabe quem está no governo. É revelador da pequenez, da insignificância de Temer. Ninguém o enxerga, ainda que ele esteja no Palácio do Planalto.
É um Napoleão às avessas.
Não vou nem falar da forma como Lula foi tratado também no Datafolha. Lula apareceu isolado na liderança em todos os cenários, ainda que sob bombardeio ininterrupto da imprensa e de Moro.
Só que foi posto um “mas” para desqualificar Lula. Mas no segundo turno, e blablablá.
Com Temer não houve o truque do “mas”. Metade dos brasileiros o prefere a Dilma, mas metade o quer fora. Mas um terço sequer o conhece. Mas só 15% o aprovam.
Caro Otávio: você não é apenas um editor reacionário de um jornal reacionário.
É um golpista, como foi seu pai. Este pode ser seu epitáfio, aliás: “Foi um golpista, como o pai”.
Sinceramente.
Paulo

Previdência do Fantástico é fantástica



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/economia/previdencia-do-fantastico-e-fantastica


Quem passou da idade de se aposentar foi o Fantástico

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O Fantástico exibiu neste domingo, 17, uma longa reportagem sobre o que eles chamaram de “rombo” da Previdência Social. A única coisa que a matéria deixou claro foi que a TV Globo – e outros órgãos da mídia tradicional – vai continuar manipulando as informações para tentar justificar a retirada de direitos da classe trabalhadora.
O interino Temer está discutindo o aumento da idade mínima para aposentadoria e redução do valor dos benefícios. A mídia, que faz o jogo do mercado, e as instituições financeiras, interessadas em vender planos de previdência privada, aprovam a medida.
Eles insistem no velho e falso argumento de que há déficit da Previdência e que, para equilibrar as contas, é preciso mudar as regras da aposentaria. Isso é um mito. A Constituição brasileira definiu três fontes de financiamento previdenciário: as contribuições de empregados, dos empregadores e a parte bancada pelo Tesouro Nacional. Essa terceira fonte legal de financiamento é sempre ignorada pelos defensores da reforma. Como eles tiram do cálculo os recursos provenientes do Tesouro, em 2015 ficou um rombo de R$ 85 bilhões. Isso está errado!
Além disso, legalmente não existe conta da Previdência separada do Orçamento da Seguridade Social, como expliquei recentemente nesse blog (aqui).
Outra balela é dizer que o Brasil é um dos poucos países que não tem idade mínima para aposentadoria. Desde 1998, a idade mínima para os/as trabalhadores/as urbanos se aposentar é de 65 anos para os homens e 60 anos no caso das mulheres com 60 anos. Isso, desde que tenham contribuído durante pelo menos 15 anos. Detalhe, cerca de 53% das aposentadorias concedidas no Brasil são por idade, dado que a matéria obviamente esconde.
A repórter ou a produção poderiam ter lido a cartilha do Sindicato dos Bancários de São Paulo (clique aqui), que explica de forma clara tudo sobre Previdência Social.
A matéria menosprezou a sonegação de impostos previdenciários e usou um dado errado – R$ 26 bilhões de sonegação. Estudo do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) mostra que a sonegação da Previdência em 2015 foi de R$ 103 bilhões (clique aqui), valor mais do que suficiente para cobrir o suposto déficit.
A Previdência Social, patrimônio do povo brasileiro, é o maior programa social do país, inclui distribui renda, garantindo a sobrevivência de cerca de 90 milhões de pessoas, que consomem e geram renda para comércio, indústria e agricultura, fazendo a economia girar.

NY Times tira um sarro do "poeta" traíra



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/ny-times-tira-um-sarro-do-poeta-traira


Os impulsos golpistas são mais intensos que os carnais?

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Com a morte do excelente Sábato Magaldi, abre-se a vaga que a Globo deveria oferecer ao presidente Trambolho : a de imortal da Academia das Letras!
Conversa Afiada sustenta que, no dia da "posse", não foi à toa que ele deu especial atenção  ao fazedor de reis (e presidentes) da Academia, o inigualável Marcos Vinicius Vilaça, único ponto de ligação do Mendoncinha com a Educação, pois dele é genro.
Traíra se considera poeta.
Como Sarney se diz romancista e Ataulpho Merval, pensador e "cientista" politico...
Quem não leva o poetastro a sério é o New York Times, que debocha das "chamas flamejantes de fogo" e do poema "Vermelho", em que descreve seus impulsos carnais!
O New York Times, que, depois de certa ambivalência, denunciou o Golpe e lembra que Dilma pode voltar.
Até porque o Traíra foi considerado inelegível pela Justiça Eleitoral e o Sérgio Machado se encontrou com ele numa salinha da Base Aerea de Brasilia, para descolar uma grana para a campanha do Chalita.
Nem as chamas flamejantes da volúpia escondem aquele que abriu um propinoduto no porto de Santos.
Além do mais, ele é ridículo...
Em tempo: o Conversa Afiada sugere que o imortal Zuenir Ventura faça o discurso de saudação ao Trambolho, na Academia. E, em cada sentença, aplique uma mesóclise, único assunto de que realmente entende: "o emprego da mesóclise, quando e como". Como o futuro colega de imortalidade.
PHA

PLEBISCITO PARA “BOTAR A CARA” NA DEMOCRACIA



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/plebiscito-para-201cbotar-a-cara201d-na-democracia


Carina: a juventude quer ouvir a voz do Brasil

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Conversa Afiada publica o artigo de Carina Vitral, presidente da UNE:
O momento político do Brasil desperta paixões. Obviamente, não haveria como ser diferente em uma conjuntura de rompimento do pacto democrático, firmado após a ditadura militar, e da ofensiva golpista de um grupo que não aceitou o resultado das urnas. Vivemos um dos momentos mais complexos e mais graves da história nacional, com a peculiaridade de um golpe de Estado sem tanques, mas com a violência autoritária de setores do parlamento, a mão de ferro do judiciário, a ação ilegítima de uma mídia nativa monopolizada, o controle das opiniões e da verdade.
Frente a esse cenário, os movimentos sociais, os setores progressistas da sociedade precisam respirar fundo, entender o que está em jogo, planejar o contra-ataque para recuperar o que foi tomado do país: a democracia. A União Nacional dos Estudantes realizou esse exercício de reflexão e debate no último fim de semana, em São Paulo, durante o seu 64º Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg). O resultado foi a resolução da UNE em apoiar a proposta de um plebiscito para consultar a população acerca da realização de novas eleições. Trata-se de uma luta conjunta, travada ao lado da resistência ao golpe, da denúncia dos desmandos do governo de Michel Temer e a busca pelo retorno da presidenta eleita ao seu cargo.
Para os estudantes e outros movimentos, o pacto que foi rompido e não será restituído com a política de gabinetes, com o desenrolar do contaminado jogo institucional que se apresenta. Um novo pacto qualquer não terá legitimidade sem a participação popular direta, sem o protagonismo dos milhões de brasileiros que se sentem mal representados pela classe política em geral e desejam sua renovação. A fragilidade do atual sistema se mostrou escancarada com a tomada de assalto da República por personagens como Eduardo Cunha, o tirano que dá as cartas sob holofotes ou nos bastidores, manipulando toda a dinâmica do presidencialismo de coalizão e fazendo do futuro do país uma partida sádica de xadrez.
O plebiscito será como a retirada do poder de narrativa dessas figuras como Cunha, Temer e outros cujo projeto é rejeitado pela maioria, entregando-o à população. É o horizonte de uma nova disputa a ser vivida nas ruas, junto aos trabalhadores, aos jovens, pobres, camponeses, às mulheres, negros, indígenas, a população LGBT. Assusta aos golpistas, como os dois citados logo acima, a possibilidade de precisarem defender sua agenda na luz do dia, em uma campanha na qual precisariam justificar o desmonte das leis trabalhistas, os cortes nos programas sociais, na educação, na saúde, a retirada de direitos, a priorização dos grandes interesses econômicos em detrimento do desenvolvimento dos menos favorecidos. O plebiscito é um desafio para “botarem a cara” e dizerem a que vieram.
A cara da UNE já está aqui, esperando os que aceitam o embate sem golpes, sem viradas de mesa, frente a frente com o povo. O plebiscito é uma construção que está amadurecendo entre as diversas correntes da sociedade, a partir do debate respeitoso e de uma nova articulação popular formada pelas bases, como sempre foi nos momentos mais críticos da história do país. É uma proposta que agrega consensos e que acua os inimigos em comum. A juventude quer ouvir a voz do Brasil sobre novas eleições. Você também quer? Vamos juntos.
Carina Vitral
Presidenta
União Nacional dos Estudantes

ELE É CANDIDATO A PRESIDENTE... DA ACADEMIA DAS LETRAS!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/


E os impulsos carnais!


VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA

RANDOLFE TAMBÉM ACHA QUE DILMA ESTÁ LÁ


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/randolfe-tambem-acha-que-dilma-esta-la


Desde que tenha eleição já!

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Um dos maiores defensores de eleições presidenciais em outubro, antes mesmo que a presidente Dilma Rousseff fosse afastada temporariamente pelo Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) afirmou, em conversa com o Jornal do Brasil, que o processo de impeachment é possivelmente reversível.
Para que o processo de impedimento de mandato seja aprovado em definitivo são necessários 54 votos (dois terços dos 81 senadores). Pelas contas de Randolfe, 30 senadores podem votar contra o impeachment, o que inviabilizaria a aprovação do processo, já que restariam 51 senadores.
"Somos 22 os que votaram contra o impeachment (na primeira etapa). Pelo menos 21 desses estão mantidos e votarão contra o impedimento de mandato. Estamos dialogando com um grupo de outros senadores do PDT, do PMDB, do PSD e do PSB. Nossa conversa é com nove senadores, incluindo aí Romário e Cristovam Buarque, e seis já estão inclinados a votar contra o processo", afirma Randolfe.
Segundo o parlamentar do Psol, a estratégia de convencimento dos nove senadores passa, porém, pela abdicação da Presidência da República por Dilma, com a proposta de eleições diretas. "Essa perspectiva poderia atrair os senadores desde que se pressionasse a opinião pública. Dilma precisa divulgar sua proposta publicamente e ela só faria sentido se fosse antes da votação do processo. Eu acho, sinceramente, que a chance é grande".
Em tempo: Randolfe Rodrigues deixou o PSOL e se filiou à Rede no final de 2015.

FOLHA COBRA DE TEMER REFORMA ESCRAVAGISTA DA CLT


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/folha-cobra-de-temer-reforma-escravagista-da-clt


Brito prefere a sinceridade de "sinhô" Robson da CNI...

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Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, no Tijolaço:
A Folha bem que podia trocar seu slogan de “não dá pra não ler” para o refrão (“lerê, lerê…”) da música “Vida de Negro” do Dorival Caymmi, que ficou na memória de todos pela novela “Escrava Isaura”…
Seu editorial de hoje, cobrando a “modernização” a ferro e fogo das leis trabalhistas é um hino à escravatura.
Não chegou a defender as 80 horas de trabalho semanais, como fez Robson Andrade, presidente da Confederação da Indústria dias atrás.
Mas abre caminho para isso.
Diz que “as esperanças de prosperidade futura do país dependem de uma agenda de modernização institucional que estimule a produtividade e reduza o custo de fazer negócios”.
Custo de fazer negócios não são os juros altos, a falta de mercado e escala, de infraestrutura de ferrovias, rodovias, baixo grau de formação educacional e profissional da mão de obra…
O custo é o trabalhador e por isso, “entre os obstáculos a serem equacionados, destaca-se a obsoleta legislação trabalhista, gestada nos longínquos anos 1940 e causadora de um anômalo e crescente contencioso entre empregados e empregadores” que, alerta, irá aumentar com a onda de demissões que vivemos.
Anômalo, por que? Por que tem que pagar hora-extra e não paga, adicional noturno que não é adicionado? Ou serão as férias, o décimo-terceiro, a hora do almoço, a gratificação paga por anos que se quer tirar do desgraçado?
E não diz que vai aumentar porque, já demitido, o infeliz vai buscar os direitos que aceitou ter negados com medo de perder o emprego. Como já perdeu, mesmo, vai buscá-los, ao menos em parte, na Justiça do Trabalho.
Desde quando não se pode fazer terceirização razoável – em serviços auxiliares e ou especializados, quase tudo já é terceirizado – e precisa-se estender tudo à intermediação dos “gatos” modernos? Como pode ser mais barato pagar a um intermediário de mão de obra se este intermediário não puder remunerar pior, demitir “melhor’, explorar mais?
Os baronatos da imprensa, que não dão conta de sustentar seus herdeiros perdulários – como gastavam depois que vinham de Coimbra os filhos dos barões do café e da cana há 130 anos! – querem algo como a escravatura e acham que o que jamais impediu o Brasil de se desenvolver nos 70 anos de direitos trabalhistas é que são o problema?
O editorial saúda a intenção de Michel Temer de reduzir estes direitos, logo após fazer o mesmo com a Previdência.
É nessa ordem, tirar do aposentado primeiro; do trabalhador ativo, a seguir. E da saúde, e da educação…
É isso que não têm coragem de dizer, e ficam na rotulação imbecil de dizer que “deve-se fugir do populismo que considera qualquer alteração uma afronta aos direitos dos trabalhadores”.
Não é afronta?
Então digam o que querem alterar!
Ao menos o “sinhô” Robson, da CNI, foi sincero ao dizer o que queria…

BRIZOLA: GOVERNO ESTÁVEL SÓ COM O VOTO DO POVO



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/brizola-governo-estavel-so-com-o-voto-do-povo


No comício das Diretas, em 1984! Es-pe-ta-cular!


Podem construir em Brasilia os artifícios que quiserem! (Crédito: Tijolaço, do Fernando 
Brito)

VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA

UNE QUER ELEIÇÃO E FORA TEMER!


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/une-quer-eleicao-e-fora-temer



Todos à rua!


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Segundamente, fora Mendonça!
Da UNE:

UNE aprova plebiscito sobre novas eleições e convoca jornada “Fora Temer”

Ao longo de três dias, de 15 a 17 de julho de 2016, a UNE reuniu mais de 500 estudantes em seu 64º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG). Foram 324 entidades credenciadas no encontro, que contou com cerca de 20 debates sobre temas ligados à educação, saúde, juventude, democratização da comunicação, o golpe à democracia, além de discussões acerca do combate ao racismo, à lgbtfobia e sobre a cultura do estupro.
Uma pauta que permeou todos os debates foi a defesa da democracia e contra qualquer tipo retrocesso. Destaque para o debate “Diálogo que nos UNE”, com o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, o ex-Advogado geral da União, José Eduardo Cardozo; o deputado federal Ivan Valente (PSol-SP) e o representante do Partido Pátria Livre (PPL) Márcio Cabreira. Eles trouxeram para o CONEG suas opiniões sobre a crise política e apontaram perspectivas para o futuro do país.
PLEBISCITO E JORNADA “FORA TEMER”
Durante a plenária final realizada no domingo, 17 de julho, no auditório da Unip, em São Paulo, a UNE apresentou após dois dias de debates e discussões caminhos e saídas para a crise, tendo o plebiscito sobre novas eleições como um horizonte. A opinião sobre o plebiscito está no documento de conjuntura que foi aprovado pelos estudantes delegados eleitos para representar as suas entidades no CONEG. A UNE reconhece que a saída para a crise política é a consulta ao povo.
As lideranças estudantis reunidas na capital paulista convocaram ainda uma grande jornada nacional de lutas durante a semana do dia do estudantes, 11 de agosto. De forma unificada e com muita unidade, o movimento estudantil vai ocupar as ruas do Brasil com três bandeiras prioritárias: “Fora Temer!”, “Fora Mendonça!” e contra a “Lei da Mordaça”.
CAÇA AOS TUBARÕES E PLATAFORMA ELEITORAL
O CONEG aprovou ainda uma resolução de Educação que deixa claro as ações de desmonte no setor com o atual modelo retrógrado e privatista desempenhado pela sanha dos “tubarões de ensino”, que são as grandes empresas que atuam na educação.
Foi aprovada também uma plataforma eleitoral a ser entregue aos candidatos municipais com as reivindicações dos estudantes brasileiros. No texto, os estudantes pedem cidades que contemplem melhor a juventude com mais mobilidade e cultura, por exemplo.
Também foi apresentado o novo regimento de carteiras de identificação estudantis, com adequações importantes para que cada vez mais entidades possam aderir ao sistema nacional de carteiras.
O plenário do CONEG aprovou ainda duas moções, contra o fascismo nas universidades e em apoio à ocupação do campus UFRJ Praia Vermelha.

PARENTE MANDOU CERRA ÀS FAVAS?


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/parente-mandou-cerra-as-favas


Vai ver que defensores do "interesse nacional" já se fizeram ouvir...

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Saiu na Fel-lha entrevista de Pedro Parente, interinamente presidente da Petrobras.
Parente, é bom frisar, é um dos pouquíssimos tucanos com quem é recomendável dialogar - e, sobretudo, que se deve respeitar.
No Governo e fora dele, Parente se portou sempre de forma eticamente exemplar.
Nao aparece em nenhuma prativataria, onde estao incursos os Cerras, FHCs nem em nenhum "choque de jestão" em Furnas...
Trechos a observar na entrevista:
... o fundamental é preservar os interesses estratégicos da Petrobras.
... eu não acho que a sociedade brasileira esteja madura para sequer discutir, isto sim é dogma, a privatização da Petrobras.
A Petrobras deveria ser fatiada para ser mais eficiente?
Eu estou lá para provar o contrário. Eu seria absolutamente contra que ela fosse fatiada. Quero deixar claro que eu sou contra falar em privatização da Petrobras.
E o conteúdo nacional?
Eu sou a favor de uma política de conteúdo nacional. O que não acho aceitável nem possível é que seja uma política de reserva de mercado. Talvez o prejuízo mais grave foi o atraso na construção. Temos que ver aquilo que o país tem mais condições de produzir com competitividade.
O sr. é a favor da volta do modelo de concessão no pré-sal?
O modelo de partilha é o menos favorável para as empresas. Mas isso é questão de política de governo.
Na questão da "partilha", é significativo ele dizer que isso é uma questão de "política de Governo".
Mais do que isso, isso é uma questão de "soberania nacional" e, portanto, ultrapassa a autoridade de um Governo interino e, claramente, como diz o Requião, provisório.
Padim Pade Cerra, comprometido até as gengivas com o interesse comercial da Chevron, faz andar no Congresso um projeto de Lei que, na prática, expulsa a Petrobras da exploração do pré-sal.
Na hora adequada, intransigentes defensores do interesse nacional brasileiro - e não são os militares turcos... - chegarão no ouvido do "interino" e o farão vetar a Lei...
Antes, é claro, a FUP fechará algumas refinarias...
Saudável que Parente rompa com a tradição tucana na Petrobras.
A política do FHC, do Cerra, do Francisco Gros e do Reichstuhl, aquele que fundou a Petrobrax e quase afunda a Globo, era exatamente essa: fatiar a Petrobras para vendê-la em pedaços.
Ou os tucanos não são mais os mesmos, ou Parente não é mais tão tucano quanto parecia.
Sobre a "reserva de mercado" advinda da política de conteúdo nacional, teria sido útil se Parente esclarecesse, também, que, ao contrário de seus antecessores tucanos, ele também é contra a "reserva de mercado" para empresas estrangeiras...
Que ele é a favor de empregar brasileiros e não coreanos...
Não se poderia esperar que Parente entendesse o "espírito da coisa", ou seja, o que estava na cabeça do Dr Getúlio, quando criou a Petrobras.
Que a Petrobras nao é a RBS nem a Bunge, onde ele trabalhou.
A Petrobras é uma empresa assentada nos interesses estratégicos, de longo prazo do Brasil.
Portanto, não é uma empresa qualquer, do "Novo Mercado" ou do índice Dow Jones.
O Cerra sabe: vender a Petrobras é entregar o interesse nacional brasileiro ao interesse nacional americano.
Ele precisa retribuir aquela viagem obscura, que o tirou do Estadio Nacional do Chile de Pinochet e o entregou, inteirinho, na Universidade de Cornell.
O FHC também: ele nunca acreditou no Brasil, um "dependente" irremediável.
O Dr Getúlio sabia.
Parente já entendeu?
Se não entendeu, nesse mesmo Governo interino há três ministros que entendem muito bem.
E não são militares turcos.
PHA