Num ano raro no saibro europeu, com apenas um título, Miúra entra pressionado na terra onde praticamente domina desde 2005. No feminino, Serena adota tranquilidade
Aquém das exibições do ano passado, Rafael Nadal
teve resultados no saibro europeu nesta temporada que o deixaram
pressionado para um dos torneios que mais dominou na carreira. Em Roland
Garros, que começa neste domingo, o octocampeão do Grand Slam francês
(desde 2005, só não ganhou em 2009) vai precisar defender o topo do
ranking mundial contra o vice-líder Novak Djokovic.
O Touro Miúra (apelido do espanhol) inclusive corre o risco de ser
ultrapassado pelo sérvio - que busca seu primeiro troféu de campeão do
torneio -, caso não consiga defender o título em Paris.
Atualmente,
Nadal e Djokovic possuem, respectivamente, 12.500 e 11.850 pontos no
ranking. O espanhol defende o título do ano passado em Roland Garros, e
Nole (apelido do sérvio), a semifinal que perdeu para o próprio Nadal em
2013. Para ter uma chance de defender a liderança, o Miúra precisa ao
menos alcançar as semifinais do Grand Slam francês. Qualquer derrota até
as quartas de final garante a Djokovic o posto de número 1 do mundo,
independentemente da campanha do sérvio.
Nadal e Djokovic são os dois primeiros cabeças de chave em Paris e estão em lados opostos no chaveamento. Caso cheguem à decisão, quem levar a melhor será o número 1 do mundo. Em 2013, o espanhol e o sérvio se encontraram nas semifinais, com triunfo para o Miúra por 3 sets a 2: 6/4, 3/6, 6/1, 6/7(3) e 9/7.
- Já joguei algumas partidas épicas contra ele, especialmente a do ano passado nas semifinais. Sabendo que eu tenho chegado cada vez mais perto do título a cada ano, isso me dá o suficiente para estar confiante. Ganhar do Nadal no saibro é algo que não acontece todo dia, então (o Masters 1.000 de Roma) definitivamente ajudou na minha autoconfiança. E estou saudável e obviamente muito motivado e inspirado para jogar o meu melhor tênis - garantiu Djokovic, em coletiva de imprensa antes do Grand Slam francês.
Nadal estreia em Roland Garros contra o americano Robby Ginepri (277º do ranking), e Djokovic pega o português João Sousa (42º) no primeiro compromisso. Os jogos serão disputados na segunda-feira ou na terça-feira - a organização do torneio ainda não definiu a programação dos dois dias.
Campanha joga contra
Diferentemente do ano passado, quando havia sido derrotado apenas duas vezes e obteve seis títulos antes de Roland Garros, Nadal não repetiu o desempenho este ano. E mesmo sendo o tenista com maior número de títulos (três, junto com Djokovic e o suíço Stanislas Wawrinka), maior número de vitórias (34) e de segundo melhor aproveitamento (85%, atrás dos 88,9% de Djokovic) em 2014, os resultados do espanhol no saibro europeu nesta temporada pesam contra ele.
É a primeira vez desde 2004 que Nadal chega em Roland Garros sem ao menos dois títulos conquistados na gira europeia de saibro. Em 2014, o Miúra foi campeão apenas do Masters 1.000 de Madri, depois da desistência do japonês Kei Nishikori por lesão. No restante dos torneios disputados, foi vice-campeão do Masters 1.000 de Roma (derrota para Djokovic) e, na série que mais gerou contestação, foi eliminado nas quartas de final no Masters 1.000 de Monte Carlo (derrota para David Ferrer) e no ATP 500 de Barcelona (derrota para Nicolás Almagro).
- Durante a gira de saibro, eu melhorei semanas após semana. Em Roma, foi difícil fisicamente. Joguei durante muito tempo, mas no fim das contas você precisa disso às vezes. Não estava feliz com o que joguei em Monte Carlo e em Barcelona, mas assim é o esporte. Senti em Roma que estava pronto para jogar sem nervos, sem a ansiedade que tive nos dois primeiros torneios e em alguns momentos em Madri também - avaliou Nadal.
Djokovic, por sua vez, passou longe das mesmas críticas. Apesar de ter disputado apenas dois torneios pré-Roland Garros, esteve entre os quatro melhores em ambos. Além do título em Roma, foi semifinalista em Monte Carlo, onde perdeu para o suíço Roger Federer. Entre o evento em Mônaco e a competição italiana, Nole passou um mês fora do circuito se recuperando de uma contusão no punho direito.
Serena em alta
Se o número 1 do mundo no masculino entra em Roland Garros sofrendo contestações, nada abala a líder do ranking mundial feminino. A americana Serena Williams vem de título do WTA de Roma e disputará um Grand Slam como principal cabeça de chave pela quinta vez consecutiva, um recorde na carreira. A pressão em Paris, na verdade, é para não ser eliminada e continuar a boa fase. E, em vez de pensar a todo tempo nisso, ela tenta relaxar para defender o título.
- É muita pressão para vencer cada partida. É mais notícia perder do que ganhar. Normalmente eu sou "meu Deus, tenho de defender". Dessa vez vou ser mais tranquila quanto a isso. Eu venho me sentindo assim nos últimos tempos. Acho que é uma coisa boa, já que tenho bastantes títulos que ganhei no ano passado - disse a número 1 do mundo, bicampeã de Roland Garros (2002 e 2013), em entrevista ao site americano "USA Today".
Serena terá uma adversária de peso a menos para se preocupar em Roland Garros. Victoria Azarenka, ex-número 1 do mundo e atual 5ª do ranking, não joga desde o WTA de Indian Wells, no início de março, e está fora do Grand Slam francês por conta de uma lesão no pé esquerdo. A russa Maria Sharapova, vice-campeã do ano passado, é a grande rival da americana, principalmente diante dos títulos conquistados no WTA de Stuttgart e no WTA de Madri (em Roma ela parou nas oitavas).
A estreia de Serena será neste domingo, por volta de 11h (de Brasília), contra a francesa Alize Lim. A americana pode enfrentar, na terceira rodada, a irmã Venus Williams, que joga contra a suíça Belinda Bencic também no domingo, por volta de 9h.
Confira os principais jogos da primeira rodada:
Masculino
Domingo, dia 25
Por volta de 8h - Lukas Lacko (EVQ) x Roger Federer (SUI)
Segunda e terça, dias 26 e 27 (horários ainda indefinidos)
Rafael Nadal (ESP) x Robby Ginepri (EUA)
João Sousa (POR) x Novak Djokovic (SER)
Stanislas Wawrinka (SUI) x Guillermo García-López (ESP)
Igor Sijsling (HOL) x David Ferrer (ESP)
Benjamin Becker (ALE) x Thomaz Bellucci (BRA)
Feminino
Domingo, dia 25
6h - Agnieszka Radwanska (POL) x Shuai Zhang (CHN)
Por volta de 9h - Belinda Bencic (SUI) x Venus Williams (EUA)
Por volta de 11h - Serena Williams (EUA) x Alize Lim (FRA)
Segunda e terça, dias 26 e 27 (horários ainda indefinidos)
Kristina Mladenovic (FRA) x Na Li (CHN)
Ksenia Pervak (RUS) x Maria Sharapova (RUS)
Teliana Pereira (BRA) x Luksika Kumkhum (TAI)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/05/com-djokovic-na-cola-nadal-luta-em-roland-garros-para-seguir-como-o-n1.html
Numa eventual final entre Djokovic e
Nadal em Roland Garros, quem vencer
será o líder do ranking
(Foto: Getty Images)
saiba mais
Nadal e Djokovic são os dois primeiros cabeças de chave em Paris e estão em lados opostos no chaveamento. Caso cheguem à decisão, quem levar a melhor será o número 1 do mundo. Em 2013, o espanhol e o sérvio se encontraram nas semifinais, com triunfo para o Miúra por 3 sets a 2: 6/4, 3/6, 6/1, 6/7(3) e 9/7.
- Já joguei algumas partidas épicas contra ele, especialmente a do ano passado nas semifinais. Sabendo que eu tenho chegado cada vez mais perto do título a cada ano, isso me dá o suficiente para estar confiante. Ganhar do Nadal no saibro é algo que não acontece todo dia, então (o Masters 1.000 de Roma) definitivamente ajudou na minha autoconfiança. E estou saudável e obviamente muito motivado e inspirado para jogar o meu melhor tênis - garantiu Djokovic, em coletiva de imprensa antes do Grand Slam francês.
Nadal estreia em Roland Garros contra o americano Robby Ginepri (277º do ranking), e Djokovic pega o português João Sousa (42º) no primeiro compromisso. Os jogos serão disputados na segunda-feira ou na terça-feira - a organização do torneio ainda não definiu a programação dos dois dias.
Diferentemente do ano passado, quando havia sido derrotado apenas duas vezes e obteve seis títulos antes de Roland Garros, Nadal não repetiu o desempenho este ano. E mesmo sendo o tenista com maior número de títulos (três, junto com Djokovic e o suíço Stanislas Wawrinka), maior número de vitórias (34) e de segundo melhor aproveitamento (85%, atrás dos 88,9% de Djokovic) em 2014, os resultados do espanhol no saibro europeu nesta temporada pesam contra ele.
É a primeira vez desde 2004 que Nadal chega em Roland Garros sem ao menos dois títulos conquistados na gira europeia de saibro. Em 2014, o Miúra foi campeão apenas do Masters 1.000 de Madri, depois da desistência do japonês Kei Nishikori por lesão. No restante dos torneios disputados, foi vice-campeão do Masters 1.000 de Roma (derrota para Djokovic) e, na série que mais gerou contestação, foi eliminado nas quartas de final no Masters 1.000 de Monte Carlo (derrota para David Ferrer) e no ATP 500 de Barcelona (derrota para Nicolás Almagro).
- Durante a gira de saibro, eu melhorei semanas após semana. Em Roma, foi difícil fisicamente. Joguei durante muito tempo, mas no fim das contas você precisa disso às vezes. Não estava feliz com o que joguei em Monte Carlo e em Barcelona, mas assim é o esporte. Senti em Roma que estava pronto para jogar sem nervos, sem a ansiedade que tive nos dois primeiros torneios e em alguns momentos em Madri também - avaliou Nadal.
Djokovic, por sua vez, passou longe das mesmas críticas. Apesar de ter disputado apenas dois torneios pré-Roland Garros, esteve entre os quatro melhores em ambos. Além do título em Roma, foi semifinalista em Monte Carlo, onde perdeu para o suíço Roger Federer. Entre o evento em Mônaco e a competição italiana, Nole passou um mês fora do circuito se recuperando de uma contusão no punho direito.
Serena chega a Roland Garros motivada
pelo título em Roma (Foto: Getty Images)
Serena em alta
Se o número 1 do mundo no masculino entra em Roland Garros sofrendo contestações, nada abala a líder do ranking mundial feminino. A americana Serena Williams vem de título do WTA de Roma e disputará um Grand Slam como principal cabeça de chave pela quinta vez consecutiva, um recorde na carreira. A pressão em Paris, na verdade, é para não ser eliminada e continuar a boa fase. E, em vez de pensar a todo tempo nisso, ela tenta relaxar para defender o título.
saiba mais
- É muita pressão para vencer cada partida. É mais notícia perder do que ganhar. Normalmente eu sou "meu Deus, tenho de defender". Dessa vez vou ser mais tranquila quanto a isso. Eu venho me sentindo assim nos últimos tempos. Acho que é uma coisa boa, já que tenho bastantes títulos que ganhei no ano passado - disse a número 1 do mundo, bicampeã de Roland Garros (2002 e 2013), em entrevista ao site americano "USA Today".
Serena terá uma adversária de peso a menos para se preocupar em Roland Garros. Victoria Azarenka, ex-número 1 do mundo e atual 5ª do ranking, não joga desde o WTA de Indian Wells, no início de março, e está fora do Grand Slam francês por conta de uma lesão no pé esquerdo. A russa Maria Sharapova, vice-campeã do ano passado, é a grande rival da americana, principalmente diante dos títulos conquistados no WTA de Stuttgart e no WTA de Madri (em Roma ela parou nas oitavas).
A estreia de Serena será neste domingo, por volta de 11h (de Brasília), contra a francesa Alize Lim. A americana pode enfrentar, na terceira rodada, a irmã Venus Williams, que joga contra a suíça Belinda Bencic também no domingo, por volta de 9h.
Confira os principais jogos da primeira rodada:
Masculino
Domingo, dia 25
Por volta de 8h - Lukas Lacko (EVQ) x Roger Federer (SUI)
Segunda e terça, dias 26 e 27 (horários ainda indefinidos)
Rafael Nadal (ESP) x Robby Ginepri (EUA)
João Sousa (POR) x Novak Djokovic (SER)
Stanislas Wawrinka (SUI) x Guillermo García-López (ESP)
Igor Sijsling (HOL) x David Ferrer (ESP)
Benjamin Becker (ALE) x Thomaz Bellucci (BRA)
Feminino
Domingo, dia 25
6h - Agnieszka Radwanska (POL) x Shuai Zhang (CHN)
Por volta de 9h - Belinda Bencic (SUI) x Venus Williams (EUA)
Por volta de 11h - Serena Williams (EUA) x Alize Lim (FRA)
Segunda e terça, dias 26 e 27 (horários ainda indefinidos)
Kristina Mladenovic (FRA) x Na Li (CHN)
Ksenia Pervak (RUS) x Maria Sharapova (RUS)
Teliana Pereira (BRA) x Luksika Kumkhum (TAI)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/05/com-djokovic-na-cola-nadal-luta-em-roland-garros-para-seguir-como-o-n1.html