Técnico evita falar sobre empolgação da torcida e revela estratégia de poupar o cansado Everton no triunfo por 2 a 1 sobre o Vitória, no Barradão
O triunfo de virada sobre o Vitória por 2 a 1 no Barradão (veja os melhores momentos no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo),
neste sábado, colou o Flamengo de vez no líder Palmeiras, agora com a
mesma pontuação - o time paulista leva grande vantagem no saldo de gols:
19 a 8. Mas o discurso, e dificilmente seria diferente, segue o de
manter a tranquilidade para poder alcançar o título no fim do Campeonato
Brasileiro. Depois da partida, o técnico Zé Ricardo foi perguntado
sobre o já famoso "cheirinho de hepta", mas preferiu elogiar sua equipe
pelo resultado na 24ª rodada da competição.
Zé Ricardo em coletiva após vitória
(Foto: Raphael Zarko)
-
Não ouvi (músicas sobre o "cheirinho de hepta"). Estamos com os pés no
chão, faltam muitos jogos, sempre difíceis. Hoje tivemos a dificuldade
de começar atrás no placar, mas mantivemos a cabeça no lugar, tivemos
oportunidade no primeiro tempo e merecemos a virada. O goleiro do
Vitória fez excelente partida. A semana foi difícil, mas conseguimos
esses seis pontos que eram nosso objetivo. Vitória difícil, para tentar
fazer frente contra o Palmeiras.
Sobre a mudança
realizada na equipe em relação ao último jogo, contra a Ponte Preta, Zé
explicou a estratégia de poupar Everton para lançar Fernandinho na
equipe titular.
- Temos um plantel grande, nível
técnico parecido. Optei por deixar o Everton fora, vinha de nove jogos
seguidos começando o jogo, se expõe muito, fazendo quilometragem muito
alta. Saiu muito cansado contra a Ponte e os números indicavam que tinha
ritmo de lesão. O Fernandinho vem entrando bem, fiz a troca simples. No
primeiro tempo teve algumas ações, conseguimos acertar a saída de bola
pelo lado direito e numa dessas conseguimos o gol de empate.
Confira outros trechos da entrevista:
Torcida
-
Onde quer que joguemos a torcida está presente, vai criando empatia
grande, sintonia com os atletas. Nós da direção também, da comissão,
importante ter apoio externo, acaba dando algo mais para os atletas, o
que não foi diferente.
Troca de lado Fernandinho e Gabriel
-
Essa permuta de posições pode ser constante na partida. Eles podem
atuar tanto com pé trocado, quanto do lado de preferência. A gente sabia
que o Vitória ia marcar a gente sob pressão. Depois do primeiro do
jogo, conseguimos achar espaço entre a primeira e a segunda linha deles,
tivemos toque de bola para aproximar os laterais e os homens de trás.
Numa dessas triangulações, que não foram muitas, conseguimos o gol de
empate. Acabou saindo no jogo da forma como nós treinamos.
Pressão inicial do Vitória
-
A gente imaginou depois do jogo contra o Atlético-MG, quando eles
fizeram bom primeiro tempo, que viriam marcando por pressão e causaram
dificuldades demais no início. Mancini me surpreendeu ao sair com time
mais leve, com Cárdenas e Serginho. No primeiro momento funcionou,
faltou apoio ao Diego para jogar, mas com a inversão do Fernandinho e do
Gabriel começamos a consertar. Antes, o Serginho estava fazendo boas
infiltrações, finalizou duas ou três vezes de fora, mas depois com o
Márcio fechando mais em cima dele, ele conversando com Arão e acertaram a
marcação. Dou parabéns aos atletas, pois eles mesmo conseguiram se
acertar.
Maturidade da equipe
-
Cada jogo tem uma história, em comum de todas as partidas é que elas
são todas difíceis. Hoje vi uma equipe bem consciente, que se não se
doasse ao máximo não sairia com os três pontos. O time está maduro,
aprendeu a jogar sob pressão, e no momento certo vai crescendo na
competição e mostrando toda força que tem.
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