Com 2,10m e 100kg, Evandro leva brincadeiras na esportiva quando vai à manicure. Relembre os sustos que fizeram outros jogadores passarem a frequentar podólogos
São anos de exposição ao sol, várias horas por dia de contato
direto com a areia. Mas, na lista de prioridades, muitas vezes os cuidados com
os pés são deixados de lado pelos atletas em prol de necessidades mais latentes.
A nova geração do vôlei de praia, no entanto, já encara os tratamentos para a
pele e as unhas como uma questão que vai muito além da estética. De olho na
saúde e em um melhor desempenho em quadra, os jogadores ignoram as piadas dos
colegas e produzem cenas curiosas ao frequentarem podólogos e salões de beleza. Tudo pelo
trabalho.
Com 2,10m e cerca de 100kg, Evandro vai à manicure sempre que tem folga nos finais de semana. O hábito foi iniciado há pouco mais de um ano e, em companhia da mãe, o bloqueador faz as unhas dos pés e das mãos. No dia a dia, tem o cuidado de sempre lavar bem os cantinhos, evitando qualquer depósito de sujeira no local, e ainda completa o ritual com hidratante.
- O pessoal acha meio esquisito um negão de 2,10m fazendo unha, e alguns sempre falam gracinha. Mas levo tudo na esportiva. Mal sabem eles o quanto isso é bom pra ter uma vida saudável. É também um pouco de vaidade minha, não gosto de ficar com a unha preta por causa da areia. É importante manter bonitinha, limpinha, porque a gente trabalha com o corpo e a imagem – disse.
Finalista do “Rei da Praia” neste domingo, Alison precisou
de um episódio traumático para passar a frequentar um podólogo. Em setembro de
2012, o Mamute sofreu um corte no pé esquerdo enquanto treinava no Espírito Santo.
Fez um curativo por conta própria e viajou para Cuiabá, onde disputaria a etapa
de abertura da temporada 2012/2013 do Circuito Brasileiro.
O local ficou muito inchado, e o jogador disputou a final com febre. De volta à capital capixaba, saiu do aeroporto direto para procurar auxílio médico. Só então soube que teve uma infecção bacteriana e que precisaria passar por uma cirurgia. O processo todo de recuperação o tirou das quadras por um mês.
- Eu sempre cuidei bem dos meus pés, mas tive esse problema logo depois de Londres. Foi muito sério, uma coisa horrorosa. Normalmente a gente só dá valor às coisas quando perde, mas ainda bem que não perdi meu pé. Foi muito difícil para mim, passei dias internado. Depois disso passei a ir ao podólogo.
Não é vaidade, é necessidade mesmo. Sempre lavei, limpei bem as unhas, mas precisei desse susto para realmente levar mais a sério - disse Alison, que calça 46.
Bruno Schmidt passou por um choque semelhante, porém menos grave, em março deste ano. Durante a disputa dos Jogos Sul-Americanos, em Santiago, no Chile, o defensor se machucou no ferro que prende as faixas demarcadoras da quadra. Apesar da ferida aberta, o pronto atendimento evitou que um mal maior acontecesse.
- A pancada levantou o canto da minha unha. A situação foi chata, sangrou muito, doeu muito. A sorte é que o COB deu suporte com um podólogo, que fez a limpeza necessária e me orientou, me alertou sobre como dependemos da saúde dos pés. Esse episódio me prejudicou nesta matéria, porque normalmente minha unha fica mais bonita (risos). Mas meu pé mesmo assim ainda está melhor do que o do Pedro Solberg. Meu ex-parceiro e amigo é um rapaz boa pinta, mas o pé dele passa longe – brincou Bruno.
Irmão mais novo de uma dermatologista, Emanuel admite que
cuida pouco dos pés em comparação a outros atletas. Além da limpeza bem feita,
ele só passa hidratante em etapas específicas, quando a areia utilizada nas
quadras é muito áspera e resseca demais a pele. Prestes a completar 41 anos, o
campeão olímpico conta que é recorrente as pessoas se surpreenderem quando ele
revela que seus pés e mãos são mais delicados do que se supõe.
- Muitas pessoas me perguntam se tenho o pé grosso pelo contato com a areia quente, mas é o contrário. Nosso pés são mais finos, e as mãos também. Quase não tenho calo, e acredito que seja porque a areia serve como um esfoliante natural. Eu acho gostoso. Não tenho nenhum cuidado extra com os pés, mas cuido bem deles porque são eles que me levam a jogar mundo afora.
Respostas: 1) Pedro Solberg; 2) Bruno Schmidt; 3) Evandro; 4) Vitor Felipe; 5) Alison; 6) Ricardo; 7) Márcio; 8) Emanuel
FONTE
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/04/unhas-e-cabeca-feitas-atletas-ignoram-piadas-para-cuidar-da-saude-dos-pes.html
Evandro e Bruno Schmidt: pés tamanho
48 e 44, respectivamente (Foto: Helena
Rebello)
Com 2,10m e cerca de 100kg, Evandro vai à manicure sempre que tem folga nos finais de semana. O hábito foi iniciado há pouco mais de um ano e, em companhia da mãe, o bloqueador faz as unhas dos pés e das mãos. No dia a dia, tem o cuidado de sempre lavar bem os cantinhos, evitando qualquer depósito de sujeira no local, e ainda completa o ritual com hidratante.
- O pessoal acha meio esquisito um negão de 2,10m fazendo unha, e alguns sempre falam gracinha. Mas levo tudo na esportiva. Mal sabem eles o quanto isso é bom pra ter uma vida saudável. É também um pouco de vaidade minha, não gosto de ficar com a unha preta por causa da areia. É importante manter bonitinha, limpinha, porque a gente trabalha com o corpo e a imagem – disse.
Alison deixa o hospital em 2012: infecção, cirurgia e susto (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
O local ficou muito inchado, e o jogador disputou a final com febre. De volta à capital capixaba, saiu do aeroporto direto para procurar auxílio médico. Só então soube que teve uma infecção bacteriana e que precisaria passar por uma cirurgia. O processo todo de recuperação o tirou das quadras por um mês.
- Eu sempre cuidei bem dos meus pés, mas tive esse problema logo depois de Londres. Foi muito sério, uma coisa horrorosa. Normalmente a gente só dá valor às coisas quando perde, mas ainda bem que não perdi meu pé. Foi muito difícil para mim, passei dias internado. Depois disso passei a ir ao podólogo.
Não é vaidade, é necessidade mesmo. Sempre lavei, limpei bem as unhas, mas precisei desse susto para realmente levar mais a sério - disse Alison, que calça 46.
Bruno Schmidt passou por um choque semelhante, porém menos grave, em março deste ano. Durante a disputa dos Jogos Sul-Americanos, em Santiago, no Chile, o defensor se machucou no ferro que prende as faixas demarcadoras da quadra. Apesar da ferida aberta, o pronto atendimento evitou que um mal maior acontecesse.
Adivinhe quais participantes do Rei da
Praia são os donos dos pés acima. Veja
as respostas no fim
(Foto: Editoria de Arte)
- A pancada levantou o canto da minha unha. A situação foi chata, sangrou muito, doeu muito. A sorte é que o COB deu suporte com um podólogo, que fez a limpeza necessária e me orientou, me alertou sobre como dependemos da saúde dos pés. Esse episódio me prejudicou nesta matéria, porque normalmente minha unha fica mais bonita (risos). Mas meu pé mesmo assim ainda está melhor do que o do Pedro Solberg. Meu ex-parceiro e amigo é um rapaz boa pinta, mas o pé dele passa longe – brincou Bruno.
Emanuel vê a areia como um esfoliante natural para a pele (Foto: Divulgação / FIVB)
- Muitas pessoas me perguntam se tenho o pé grosso pelo contato com a areia quente, mas é o contrário. Nosso pés são mais finos, e as mãos também. Quase não tenho calo, e acredito que seja porque a areia serve como um esfoliante natural. Eu acho gostoso. Não tenho nenhum cuidado extra com os pés, mas cuido bem deles porque são eles que me levam a jogar mundo afora.
Respostas: 1) Pedro Solberg; 2) Bruno Schmidt; 3) Evandro; 4) Vitor Felipe; 5) Alison; 6) Ricardo; 7) Márcio; 8) Emanuel
FONTE
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/04/unhas-e-cabeca-feitas-atletas-ignoram-piadas-para-cuidar-da-saude-dos-pes.html
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