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http://jornalggn.com.br/autor/patricia-faermann
SEG, 01/08/2016 - 12:39
ATUALIZADO EM 01/08/2016 - 14:25
Patricia Faermann
Jornal GGN - Decidindo sobre últimos recursos do caso Banestado, entre os anos de 1996 e 1997, de remessa de mais de R$ 2 bilhões ao exterior, com a condenação carimbada pela primeira instância há quase 12 anos, o magistrado do Paraná, Sergio Moro, revela toda a insatisfação e críticas ao sistema penal, que permite recursos e instrumentos de defesa.
O caso de evasão de divisas e um dos maiores crimes financeiros da história atual do Brasil, que pelo caminho natural dos processos saiu das mãos e controle do juiz do Paraná, após as sentenças de 2004, expõe as razões que levaram Sergio Moro a hoje enfrentar garantias de defesa asseguradas pelo Código Penal.
"Há algo de errado em um sistema criminal que leva tanto tempo para produzir uma condenação definitiva", manifestou o magistrado, ao receber autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para executar a pena de prisão de Aldo de Almeida Júnior, ex-funcionário do Banco do Estado do Paraná e um dos principais condenados entre agentes públicos no grande esquema criminoso.
Moro foi o responsável na primeira instância por julgar o processo do Banestado, que apurou fraude de, pelo menos, R$ 2.446.609.179,56, entre 1996 e 1997, via recursos para fora do país, por meio de contas de residentes no exterior. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi recebida no dia 6 de agosto de 2003. Moro levou menos de um ano para condenar 14 ex-funcionários do banco por evasão de divisas e quadrilha.
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