quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Após Odebrecht incriminar PSDB e PMDB, Lava Jato não está satisfeita


FONTE:
http://jornalggn.com.br/autor/patricia-faermann









Jornal GGN - Uma semana após Marcelo Odebrecht delatar o repasse de R$ 23 milhões de caixa dois à campanha de José Serra (PSDB-SP), à Presidência em 2010, e de R$ 10 milhões em dinheiro vivo para o PMDB, a pedido de Michel Temer, um dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato disse que o acordo com o executivo "ainda não está fechado": "Ainda temos um longo caminho à frente".
 
A revelação dos repasses provenientes de esquema de corrupção, em sistema de caixa dois para campanhas eleitorais, tanto para o PMDB, quanto para o PSDB - partidos articuladores do impeachment de Dilma Rousseff - não provocou a mesma reação à equipe de Sérgio Moro que o impacto manifestado pelos jornais e opinião pública neste final de semana.
 
Foi a Veja que revelou um jantar, em maio de 2014, na residência oficial de Temer, o Palácio do Jaburu, na presença de outro cacique do PMDB, Ediseu Padilha, braço direito e atual ministro-chefe da Casa Civil do governo interino. Na ocasião, Michel Temer pediu "apoio financeiro" a Marcelo Odebrecht, na forma de caixa dois.
 
Como Marcelo sabe que um dos requisitos exigidos pela equipe de Sérgio Moro para aceitar um acordo de delação é, além de trazer informações "novas" que outros delatores ainda não forneceram, mostrar provas materiais que confirmem os depoimentos, o executivo prometeu à força-tarefa apresentar registro de contabilidade da Odebrecht dos R$ 10 milhões de caixa dois repassados em dinheiro vivo.

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