domingo, 26 de fevereiro de 2017

Bernardinho leva a melhor contra pupilo Anderson, e Rio vence o Brasília no D



SUPERLIGA FEMININA DE VÔLEI 2016/17


Time candango dá trabalho, mas líderes do campeonato são impecáveis na reta final dos sets e fecham em 3 a 0, conquistando a 11ª vitória seguida na Superliga feminina



Por Fabrício Marques,
 Taguatinga, DF




uxiliar técnico do Brasil na conquista do ouro na Rio 2016, Anderson Rodrigues é mais um aprendiz da "Escola Bernardinho" de treinadores. Aluno aplicado, o ex-ponteiro, que faz trabalho de estreia como treinador na Superliga feminina à frente do Brasília Vôlei, teve o desfio de enfrentar o Rio de Janeiro de seu mestre na noite desta sexta-feira. Jogando em casa, o time candango até endureceu o jogo no Ginásio do Sesi de Taguatinga, mas na reta final dos sets, a equipe de Bernardinho foi letal. Com Anne e Monique inspiradas, as atuais tetracampeãs fecharam em 3 sets a 0, com parciais de 20/25, 25/27 e 29/31, conquistando a 11ª vitória seguida no campeonato.

Frieza decide
O Rio de Janeiro foi superior, mas não tanto. A equipe de Bernardinho não esteve impecável em quadra, cometeu alguns erros. Mas também apresentou grande virtude: a frieza. O Brasília Vôlei de Anderson Rodrigues soube encarar as cariocas e deu trabalho. Por dois sets, as donas da casa chegaram a liderar na reta final. Mas o Rio, em momento algum, se perdeu. As atuais tetracampeãs souberam manter a tranquilidade para virar nos momentos decisivos e garantir a vitória por 3 a 0.

O grande destaque carioca foi a holandesa Anne, completamente adaptada. Eleita melhor em quadra, a ponteira foi a principal pontuadora da partida, com 15. Gabi, Juciely e Monique também foram consistentes. No lado do Brasília, destaque para Amanda, ex-Rio, que anotou 14 pontos, e Paula Pequeno, que virou bolas importantes para que o time reagisse nos momentos em que ficou mais atrás no placar.


Abre aspas
- Foi uma partida decidida nos detalhes. Tivemos dois sets dificílimos. Mas a gente sabia que ia ser assim. A equipe do Brasília é muito equilibrada, Paula e Amandinha estão jogando bem, a Macrís acelerando o jogo. Mas nos momentos difíceis, de responsabilidade, conseguimos virar. E temos que continuar assim. Foi uma vitória importante para seguir na lidernça e queremos buscar a melhor classificação - disse Gabi ao fim da partida.

- (Conhecer bem o Bernardinho) ajuda, sim. Eu acho que eu sei como ele vai distribuir o jogo. Mas ele também me conhece, conhece meu estilo de trabalho. Ainda assim, acho que conseguimos complicar um pouco a vida do bloqueio dele. Pecamos no final. A gente está pecando na bola decisiva, está tirando o braço. Isso tem sido o mais grave. Mas estamos correndo atrás. Precisamos melhorar muito, mas vamos corrigir - avaliou o técnico do Brasília, Anderson Rodrigues.

Na tabela
O Rio de Janeiro segue soberano na liderança da Superliga, com 53 pontos - oito a mais que o segundo colocado, Osasco. O triunfo sobre o Brasília foi o 18º do time carioca em 19 partidas.
O time candango, que não vence há três jogos, segue na sexta colocação, com 32 pontos. Porém, cada vez mais distante do quinto colocado Bauru, que já soma 37.

Próximos jogos
O Rio volta a jogar na próxima sexta-feira, quando faz clássico contra o vice-líder Osasco, em casa. A partida está marcada para as 21h30 (de Brasília), com transmissão do SporTV.
O Brasília também volta a entrar em quadra no mesmo dia, quando vai até Valinhos, enfrentar as donas da casa, às 20h30 (de Brasília).

Bernardinho Pop Star
A torcida cadanga fez o que pode para apoiar o Brasília. Mas também não deixou de exaltar Bernardinho. O lendário treinador recém-aposentado da seleção brasileira foi bastante ovacionado pelas arquibancadas quando entrou em quadra e um dos mais assediado ao fim do jogo, apesar de ter deixado rapidamente a quadra.

Set a set
O Brasília até conseguiu manter o jogo equilibrado com o Rio no começo. As inversões feitas pelo técnico Anderson entre Roberta e Andréia pelo meio e no lado oposto do ataque deram resultado. No entanto, uma sequência de erros do time candango permitiu que as visitantes abrissem quatro (6/10). Era o que o Rio precisava. Daí para a frente, as líderes do campeonato controlaram o jogo, Anne virou todas , e o Rio fechou em 20/25, após 21m38s, justamente com um ataque da holandesa.

O bloqueio do Rio começou a funcinoar no início do segundo set e as visitantes largaram melhor. Mas o Brasília voltou para o jogo na técnica de Paula Pequeno. A capitã usou toda sua experiência para virar três importantes bolas e equilibrar para as donas da casa. Foi então que Amanda, ex-Rio, começou a aparecer na ponta, o time candango assumiu a frente e abriu três (13/10). Em boa passagem de Juciely pelo saque, o Rio cortou a desvantagem e os dois times chegaram ao fim da parcial empatados (20/20). Com Amanda voando no lado do Brasília e o bloqueio do Rio funcionando, o placar chegou a 25/25. Mas um erro da ponteira em saque e outro de Paula Pequeno na rede permitiram que o Rio fizesse 25/27, em 28m43s.

A história do terceiro set foi bem parecida com a do anterior. O bloqueio do Rio começou funcionando bem e o Brasília se manteve no jogo com bons ataques de Paula Pequeno. Novamente, a partida chegou empatada na reta final em 20/20. Com Vivian aparecendo pelo meio, as donas da casa abriram 24/22, mas o Rio se recuperou com Anne e Gabi e a parcial pegou fogo. Os dois times trocaram pontos até o placar ficar 29/29. Foi então que a holandesa anotou dois pontos seguidos para fazer 29/31 para o Rio de Janeiro (32m09s) e garantir a vitória por 3 sets a 0.



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