Rio de Janeiro sobra em quadra contra o Osasco, vence por 3 sets a 0, e conquista o décimo troféu do torneio, na última partida da levantadora na competição nacional
Com a festa toda preparada para Fofão, que se despedia oficialmente das quadras em solo brasileiro, as convidadas de honra da levantadora não podiam faltar. E todas marcaram presença. A primeira a aparecer foi Natália. Com a mão cheia, a ponteira presenteou a homenageada colocando no chão uma infinidade de bolas distribuídas pela anfitriã e fez a diferença no começo da bagunça. Fabi entrou em cena logo depois, com defesas incríveis e a precisão de sempre nos passes. Juntas, as centrais Juciely e Carol se esbaldaram o tempo todo com bloqueios que mais pareciam um paredão e ataques cirúrgicos. Mais antiga do grupo, Régis preferiu chegar um pouco depois, quietinha, como de costume, mas se divertiu para valer no segundo set. Caçula das amigas, Gabi, para variar, era a mais ousada e trouxe os presentes mais inesperados. Não tão bem-vinda assim, a banda paulista das amigas sempre resolve provocar e até tenta estragar a festa da campeã olímpica em Pequim 2008, mas o anfitrião do evento falou mais alto e mostrou quem manda.
Fabi e Fofão levantam o troféu de campeão da
Superliga 2014/2015 (Foto: Dhavid Normando
/ Futura Press)
Com a experiência e a qualidade de sempre, o técnico Bernardinho escolheu o melhor repertório e foi o último a brindar uma carreira única e incomparável. Sem deixar o DJ desafinar, o Rio de Janeiro convidou as visitantes de Osasco a se retirarem cedo da Arena da Barra, neste domingo, fechou o salão com um 3 a 0, parciais de 25/21, 25/23 e 25/19, e festejou pela décima vez o título da Superliga feminina.
- Cada segundo, cada minuto. Isso aqui é muita emoção, melhor do que eu planejei, melhor do que eu imaginava. As lágrimas são de felicidade - disse Fofão, logo após o fim da partida.
Fofão prepara ataque para o Rio de Janeiro na final (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
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Natalia desmonta o bloqueio do Osasco
(Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)
O JOGO
Quando Carcaces aproveitou um contra-ataque pela entrada de rede para abrir o placar para o Osasco, a torcida do Rio de Janeiro sentiu um frio na barriga. Mas o mau presságio nem chegou a se concretizar. Muito por causa de Natália. A ponteira levantou da cama neste domingo inspirada e foi a dona do primeiro set. Quase perfeita, a camisa 12 do time carioca fez de tudo. Sacou, defendeu, bloqueou e, principalmente, atacou.
Dos nove pontos anotados por Natália na vitória parcial por 25 a 21, em 34 minutos, oito foram de ataque. O mais decisivo foi o 24º, pela saída de rede, quebrando uma sequência de quatro pontos consecutivos da equipe paulista, que diminuiu uma diferença que chegou a ser de nove para apenas dois. No ponto que fechou o set, a bola nem voltou para o outro lado da quadra, uma vez que Mari facilitou a vida das cariocas e pisou na linha.
Meninas do Rio de Janeiro festejam ponto na
decisão (Foto: DHAVID
NORMANDO - Agência Estado)
Luizomar fez e inversão do 5 em 1 e trocou Dani Lins e Mari por Diana e Ivna. As trocas surtiram efeito, e o Osasco diminuiu o prejuízo para 12 a 9. A diferença ainda caiu para dois com um ace de Thaísa, mas a reação parou por aí. O saque carioca voltou a entrar, a recepção paulista deu pane e num piscar de olhos a gordura do Rio de Janeiro voltou a ser de cinco pontos. O time paulista ainda esboçou uma reação, mas não impediu a vitória das donas da casa por 25 a 23.
Osasco chega a ensaiar uma reação, mas não consegue ir além (Foto: João Pires/Fotojump)
FONTE:
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