Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, centroavante fala sobre críticas, desejos, façanhas e a possibilidade de transferência para a Europa
Leandro Damião não é movido só por gols. Muito embora poderia viver
"apenas" disso, já que anotou 84 vezes em 144 jogos pelo Inter, além da
artilharia da última edição das Olimpíadas. Leandro Damião é também seus
próprios sonhos. Agora renovados, turbinados, enriquecidos com o
retorno à Seleção Brasileira. Na tarde desta terça-feira, foi convocado
pela primeira vez por Luiz Felipe Scolari, para amistoso de sábado,
contra a Bolívia. Era a senha que faltava para começar a sonhar ainda
mais com uma vaga na Copa de 2014.
- Poder ir para a Seleção... estar na Copa do Mundo é meu sonho - admite, orgulhoso, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM num condomínio de Porto Alegre.
Na conversa de mais de uma hora, Damião deixou o discurso engessado das coletivas e, ao lado da esposa Nádia, com quem é casado desde dezembro de 2011, falou de tudo. Do Harlem Shake ao futuro na Europa. Em cada frase, no entanto, o camisa 9 coloca o Inter como prioridade. Mas sabe que vem mais uma janela de transferências, e há clubes como Tottenham, da Inglaterra, Napoli, da Itália, e Borussia Dortmund, da Alemanha, batendo à porta dos dirigentes gaúchos. Recentemente, um fundo de investidores também fez proposta pela compra do passe do camisa 9. Negócio rechaçado pelo atacante, vinculado ao Colorado até 2016.
Aos 23 anos, Damião se vê em evolução. Também tem a ver com o dedo de
Dunga. O treinador não mais deseja ver o centroavante cravado entre
zagueiros adversários, disputando bola no corpo a corpo. Mas, sim,
flutuando e abrindo espaço para passagem de outros atletas, como
D'Alessandro e Forlán.
Atualmente, persegue a quebra de um recorde: almeja ser o goleador do Gauchão pela terceira vez consecutiva, o que ninguém conseguiu em 94 anos de estadual. Divide a artilharia hoje justamente com Forlán, com sete gols cada. Uma dupla de ataque cada vez mais entrosada e, quem sabe, estará ainda mais afinada em dezembro, quando o novo Beira-Rio, hoje em obras, estiver finalizado, outra grande expectativa do centroavante:
- Ficará muito bonito, será espetacular.
Confira trechos da entrevista:
GLOBOESPORTE.COM: Para um jogador formado no futebol da várzea, esperava chegar tão longe?
Leandro Damião: Eu não imaginava, meu pai também não, mas sempre temos sonhos. Acho que não devemos projetar chegar somente em um clube grande. Espero voltar a Seleção e ajudar bastante, dar alegria ao povo brasileiro e a minha família também.
Todo atleta vive de motivação. O que estipulou como meta?
Poder ir para a Seleção, estar na Copa do Mundo é meu sonho. Até quem sabe disputar a Copa das Confederações. O cara sonha em jogar a Copa, sonha em ganhar título brasileiro pelo Inter. Mas, claro, não adianta eu ficar projetando só os objetivos. É necessário focar dia a dia. Quero conquistar o Gauchão e o que vier pela frente. Não adianta eu ficar pensando que tenho que estar na Copa. Tem muita coisa até lá. Mas, se Deus quiser, vou disputar o Mundial. O Brasil é servido de centroavante. Não vão faltar opções. O Fred, por exemplo, tem marcado muitos gols. Quando tiver a oportunidade, tem que saber aproveitar.
Como viu a troca de treinador na Seleção?
Foi tranquilo. O Mano Menezes estava fazendo um bom trabalho, mas isso a CBF sabe avaliar melhor. Não há o que falar do Felipão, um cara que foi campeão do mundo, tem muitos títulos e é respeitado por onde passa. Com certeza, vai encaixar essa seleção para ganhar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.
A empresa Nine, do Ronaldo, gerencia a tua carreira. Tem mantido contato com o Fenômeno?
O Ronaldo falou de mim, me elogiou mesmo antes de eu fazer parte da Nine. Fico feliz por essa lembrança. Mas tenho que continuar. O Ronaldo foi um grande craque em todos os clubes por que passou. Foi o melhor do mundo. Será meu ídolo e com certeza meu filho também, quando nascer.
Mesmo sendo diversas vezes artilheiro, já foi questionado. Essas críticas o abalam?
É tranquilo, vão questionar sempre. Já questionaram o Ronaldo Fenômeno e o Romário. Não me comparo a eles e espero quem sabe um dia repetir o que eles fizeram pelo Brasil e pelos clubes do país e Europa. Espero poder um dia ser lembrado como eles. Ser questionado é normal, o jogador precisa mostrar todo dia. Se vai bem em uma partida e tem atuação ruim na outra, já começa a ser questionado. Se há crítica, tenho que ver se há algo errado. Muitas pessoas me criticaram desde o início da carreira. Tento escutar para saber se estou errado.
Quais os seus objetivos no Inter?
Conquistar títulos. Tivemos um início interessante, com boa preparação de Dunga e Paulo Paixão. O Dunga tem ajudado bastante, é um treinador inteligente que sabe conversar com o jogador. Esperamos conquistar a Copa do Brasil. Temos força e grupo para o Brasileirão também.
O que mudou com o Dunga?
Ele mudou a filosofia do time, que antes jogava para eu receber a bola na frente. Hoje, tenho que me movimentar, sair mais da área. Isso ajudou bastante, consegui me adaptar ao Forlán, que é um jogador diferenciado. Ele também soube se adaptar às minhas características e agregá-las ao time.
Nesta temporada, você tem se destacado mais com assistências. Tem a ver com essa mudança estratégica?
Acho que o time inteiro tem chegado mais. No ano passado, não tinha muito jogador na área comigo. Se ficar lá atrás lançando para mim, fica complicado de resolver. O Forlán não entrava na área. Isso é importante, o time atacar e dar opção. Se não, fico sozinho entre zagueiros. Hoje, todos tentam ajudar. E não é só D’Alessandro, Fred ou Dátolo. Vem Josimar, Gabriel... eu gosto de fazer a parede, também. Ajudar quem chega de trás em direção ao gol. Nosso time está tendo bastante ultrapassagem.
Não foi tão simples essa adaptação com o Forlán como dupla de ataque, certo?
Ele não tinha feito a pré-temporada, havia atuado pouco pelo Inter de Milão na temporada. Está diferente esse ano, se movimentando mais e fazendo muitos gols, também. Só tem a melhorar. O Forlán é diferente. Ele joga em todas as funções na frente. Também tenho que correr para dar o passe para ele fazer o gol.
Como é a disputa interna pela artilharia com o uruguaio?
Disputa, não. Tanto faz se for eu ou ele o artilheiro. O mais importante é o título. Ninguém vai ser lembrado se o time não for campeão. Atacante vive de gols, e eu sei disso. Desde que cheguei, meu pensamento foi ajudar e as coisas aconteceram naturalmente.
O que pode significar para você essa artilharia no Gauchão?
Significa muito. Acho que ninguém tem esse feito (ser artilheiro em três Gauchões consecutivos). Se eu tiver essa oportunidade, tenho que agarrar. Mas é como eu disse, tenho que pensar no grupo. Se tiver que ser artilheiro, que seja naturalmente. Eu trabalho, me dedico. Tudo o que aconteceu na minha vida foi sem pressão. Quero ajudar. Se aconteceu, espero que aconteça novamente. Todo jogo dá frio na barriga de entrar e vestir a camiseta. Acredito em mim, tenho apoio da minha família, para entrar e dar o melhor em campo.
Contra o Santa Cruz, você fez tudo, mas o árbitro assinalou gol contra. Fui frustrante perder esse gol extra?
Foi um contra-ataque, tive a felicidade de fazer um gol, mas acabou sendo o adversário quem fez. Bateu no zagueiro e foi dentro do gol. Poxa, tinha arrancado do meio de campo, trombando e apanhando (risos). Mas faz parte, o importante é que o Inter vença. Pode ser gol meu, contra ou de qualquer pessoa. Sempre me entreguei nos treinamentos e sabia que uma hora os gols voltariam. As coisas vão acontecer sempre naturalmente. De nada adianta eu ter confiança e o grupo não estar na mesma sintonia. Por vezes, se não faço gol, passo para o companheiro marcar. Isso também é importante.
E o vídeo do Harlem Shake? De quem foi a ideia?
Nem lembro quem criou. A maioria ali é brincadeira no vestiário. Na hora séria, todo mundo se dedica. Na momento de felicidade, todos comemoram. O Josimar foi o melhor, o destaque (risos). Ele merece muitas coisas boas na vida. Todo mundo duvidou dele, como já duvidaram de mim. Não quero comparar com ano passado, mas o grupo está muito unido, todos estão focados nas vitórias. Todos aceitam as brincadeiras. Se chegar a derrota, estaremos preparados.
Porque você se fantasiou de pirata para fazer o Harlem Shake? Alguma brincadeira com o Barcos, do Grêmio?
Que isso, fui de Jack Sparrow (personagem do ator Johnny Depp). O filme "Piratas do Caribe" é muito fera. Tenho maior respeito pelo Barcos, é um dos melhores do Brasil. Sou fã do futebol dele, mas não teve nada ver. Não tem só o Barcos de pirata do mundo. É diferente do bigode... (em referência à comemoração em que homenageia o pai)
Como está lidando com mais um assédio do futebol europeu?
Tranquilo, estou vivendo o dia a dia. Com certeza, um dia vou sair do Inter. Meu foco hoje é ajudar clube. Espero um dia jogar lá na Europa, é um sonho. Também não tenha essa angústia para sair. Não há motivo para ficar pensando em fazer loucura e se transferir logo. Foram muitas oportunidades de transferência e permaneci. Se tiver chance, quero que seja bom para o Inter também.
Incomodam notícias de saída do Inter?
Não incomoda. É assim desde que comecei a marcar gols. Desde o interesse do Tottenham, já falaram na imprensa que eu jogaria no mundo inteiro. É natural. Quando um jogador aparece mais, surgirão essas histórias. Não tenho esse pensamento de ficar procurando para onde vou.
Como está sendo uma temporada inteira atuando fora de casa, longe do Beira-Rio?
Às vezes é triste ver um estádio grande como aquele sem partidas. Mas sabemos que será um dos melhores estádios do Brasil e não terá comparação com outro no estado. Novo Hamburgo e Caxias têm estádios bons e temos conseguidos resultados importantes. Isso que é importante. Já aprendemos a atuar fora de casa, mas como se fosse em casa.
Será que vai atuar no novo Beira-Rio depois da reinauguração?
Espero que sim, seja pelo Inter ou pela Seleção. Ficará muito bonito, será espetacular. Para o estado também será muito bom. Será um gigante, como costumam chamar o estádio.
- Poder ir para a Seleção... estar na Copa do Mundo é meu sonho - admite, orgulhoso, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM num condomínio de Porto Alegre.
Na conversa de mais de uma hora, Damião deixou o discurso engessado das coletivas e, ao lado da esposa Nádia, com quem é casado desde dezembro de 2011, falou de tudo. Do Harlem Shake ao futuro na Europa. Em cada frase, no entanto, o camisa 9 coloca o Inter como prioridade. Mas sabe que vem mais uma janela de transferências, e há clubes como Tottenham, da Inglaterra, Napoli, da Itália, e Borussia Dortmund, da Alemanha, batendo à porta dos dirigentes gaúchos. Recentemente, um fundo de investidores também fez proposta pela compra do passe do camisa 9. Negócio rechaçado pelo atacante, vinculado ao Colorado até 2016.
Leandro Damião é só sorrisos com a convocação (Foto: Diego Guichard / GLOBOESPORTE.COM)
Atualmente, persegue a quebra de um recorde: almeja ser o goleador do Gauchão pela terceira vez consecutiva, o que ninguém conseguiu em 94 anos de estadual. Divide a artilharia hoje justamente com Forlán, com sete gols cada. Uma dupla de ataque cada vez mais entrosada e, quem sabe, estará ainda mais afinada em dezembro, quando o novo Beira-Rio, hoje em obras, estiver finalizado, outra grande expectativa do centroavante:
- Ficará muito bonito, será espetacular.
Confira trechos da entrevista:
GLOBOESPORTE.COM: Para um jogador formado no futebol da várzea, esperava chegar tão longe?
Leandro Damião: Eu não imaginava, meu pai também não, mas sempre temos sonhos. Acho que não devemos projetar chegar somente em um clube grande. Espero voltar a Seleção e ajudar bastante, dar alegria ao povo brasileiro e a minha família também.
Todo atleta vive de motivação. O que estipulou como meta?
Poder ir para a Seleção, estar na Copa do Mundo é meu sonho. Até quem sabe disputar a Copa das Confederações. O cara sonha em jogar a Copa, sonha em ganhar título brasileiro pelo Inter. Mas, claro, não adianta eu ficar projetando só os objetivos. É necessário focar dia a dia. Quero conquistar o Gauchão e o que vier pela frente. Não adianta eu ficar pensando que tenho que estar na Copa. Tem muita coisa até lá. Mas, se Deus quiser, vou disputar o Mundial. O Brasil é servido de centroavante. Não vão faltar opções. O Fred, por exemplo, tem marcado muitos gols. Quando tiver a oportunidade, tem que saber aproveitar.
Como viu a troca de treinador na Seleção?
Foi tranquilo. O Mano Menezes estava fazendo um bom trabalho, mas isso a CBF sabe avaliar melhor. Não há o que falar do Felipão, um cara que foi campeão do mundo, tem muitos títulos e é respeitado por onde passa. Com certeza, vai encaixar essa seleção para ganhar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.
A empresa Nine, do Ronaldo, gerencia a tua carreira. Tem mantido contato com o Fenômeno?
O Ronaldo falou de mim, me elogiou mesmo antes de eu fazer parte da Nine. Fico feliz por essa lembrança. Mas tenho que continuar. O Ronaldo foi um grande craque em todos os clubes por que passou. Foi o melhor do mundo. Será meu ídolo e com certeza meu filho também, quando nascer.
Mesmo sendo diversas vezes artilheiro, já foi questionado. Essas críticas o abalam?
É tranquilo, vão questionar sempre. Já questionaram o Ronaldo Fenômeno e o Romário. Não me comparo a eles e espero quem sabe um dia repetir o que eles fizeram pelo Brasil e pelos clubes do país e Europa. Espero poder um dia ser lembrado como eles. Ser questionado é normal, o jogador precisa mostrar todo dia. Se vai bem em uma partida e tem atuação ruim na outra, já começa a ser questionado. Se há crítica, tenho que ver se há algo errado. Muitas pessoas me criticaram desde o início da carreira. Tento escutar para saber se estou errado.
Quais os seus objetivos no Inter?
Conquistar títulos. Tivemos um início interessante, com boa preparação de Dunga e Paulo Paixão. O Dunga tem ajudado bastante, é um treinador inteligente que sabe conversar com o jogador. Esperamos conquistar a Copa do Brasil. Temos força e grupo para o Brasileirão também.
O que mudou com o Dunga?
Ele mudou a filosofia do time, que antes jogava para eu receber a bola na frente. Hoje, tenho que me movimentar, sair mais da área. Isso ajudou bastante, consegui me adaptar ao Forlán, que é um jogador diferenciado. Ele também soube se adaptar às minhas características e agregá-las ao time.
Damião e a esposa Nádia (Foto: Diego Guichard / GLOBOESPORTE.COM)
Acho que o time inteiro tem chegado mais. No ano passado, não tinha muito jogador na área comigo. Se ficar lá atrás lançando para mim, fica complicado de resolver. O Forlán não entrava na área. Isso é importante, o time atacar e dar opção. Se não, fico sozinho entre zagueiros. Hoje, todos tentam ajudar. E não é só D’Alessandro, Fred ou Dátolo. Vem Josimar, Gabriel... eu gosto de fazer a parede, também. Ajudar quem chega de trás em direção ao gol. Nosso time está tendo bastante ultrapassagem.
Não foi tão simples essa adaptação com o Forlán como dupla de ataque, certo?
Ele não tinha feito a pré-temporada, havia atuado pouco pelo Inter de Milão na temporada. Está diferente esse ano, se movimentando mais e fazendo muitos gols, também. Só tem a melhorar. O Forlán é diferente. Ele joga em todas as funções na frente. Também tenho que correr para dar o passe para ele fazer o gol.
Como é a disputa interna pela artilharia com o uruguaio?
Disputa, não. Tanto faz se for eu ou ele o artilheiro. O mais importante é o título. Ninguém vai ser lembrado se o time não for campeão. Atacante vive de gols, e eu sei disso. Desde que cheguei, meu pensamento foi ajudar e as coisas aconteceram naturalmente.
O que pode significar para você essa artilharia no Gauchão?
Significa muito. Acho que ninguém tem esse feito (ser artilheiro em três Gauchões consecutivos). Se eu tiver essa oportunidade, tenho que agarrar. Mas é como eu disse, tenho que pensar no grupo. Se tiver que ser artilheiro, que seja naturalmente. Eu trabalho, me dedico. Tudo o que aconteceu na minha vida foi sem pressão. Quero ajudar. Se aconteceu, espero que aconteça novamente. Todo jogo dá frio na barriga de entrar e vestir a camiseta. Acredito em mim, tenho apoio da minha família, para entrar e dar o melhor em campo.
Contra o Santa Cruz, você fez tudo, mas o árbitro assinalou gol contra. Fui frustrante perder esse gol extra?
Foi um contra-ataque, tive a felicidade de fazer um gol, mas acabou sendo o adversário quem fez. Bateu no zagueiro e foi dentro do gol. Poxa, tinha arrancado do meio de campo, trombando e apanhando (risos). Mas faz parte, o importante é que o Inter vença. Pode ser gol meu, contra ou de qualquer pessoa. Sempre me entreguei nos treinamentos e sabia que uma hora os gols voltariam. As coisas vão acontecer sempre naturalmente. De nada adianta eu ter confiança e o grupo não estar na mesma sintonia. Por vezes, se não faço gol, passo para o companheiro marcar. Isso também é importante.
E o vídeo do Harlem Shake? De quem foi a ideia?
Nem lembro quem criou. A maioria ali é brincadeira no vestiário. Na hora séria, todo mundo se dedica. Na momento de felicidade, todos comemoram. O Josimar foi o melhor, o destaque (risos). Ele merece muitas coisas boas na vida. Todo mundo duvidou dele, como já duvidaram de mim. Não quero comparar com ano passado, mas o grupo está muito unido, todos estão focados nas vitórias. Todos aceitam as brincadeiras. Se chegar a derrota, estaremos preparados.
Porque você se fantasiou de pirata para fazer o Harlem Shake? Alguma brincadeira com o Barcos, do Grêmio?
Que isso, fui de Jack Sparrow (personagem do ator Johnny Depp). O filme "Piratas do Caribe" é muito fera. Tenho maior respeito pelo Barcos, é um dos melhores do Brasil. Sou fã do futebol dele, mas não teve nada ver. Não tem só o Barcos de pirata do mundo. É diferente do bigode... (em referência à comemoração em que homenageia o pai)
Como está lidando com mais um assédio do futebol europeu?
Tranquilo, estou vivendo o dia a dia. Com certeza, um dia vou sair do Inter. Meu foco hoje é ajudar clube. Espero um dia jogar lá na Europa, é um sonho. Também não tenha essa angústia para sair. Não há motivo para ficar pensando em fazer loucura e se transferir logo. Foram muitas oportunidades de transferência e permaneci. Se tiver chance, quero que seja bom para o Inter também.
Incomodam notícias de saída do Inter?
Não incomoda. É assim desde que comecei a marcar gols. Desde o interesse do Tottenham, já falaram na imprensa que eu jogaria no mundo inteiro. É natural. Quando um jogador aparece mais, surgirão essas histórias. Não tenho esse pensamento de ficar procurando para onde vou.
Como está sendo uma temporada inteira atuando fora de casa, longe do Beira-Rio?
Às vezes é triste ver um estádio grande como aquele sem partidas. Mas sabemos que será um dos melhores estádios do Brasil e não terá comparação com outro no estado. Novo Hamburgo e Caxias têm estádios bons e temos conseguidos resultados importantes. Isso que é importante. Já aprendemos a atuar fora de casa, mas como se fosse em casa.
Será que vai atuar no novo Beira-Rio depois da reinauguração?
Espero que sim, seja pelo Inter ou pela Seleção. Ficará muito bonito, será espetacular. Para o estado também será muito bom. Será um gigante, como costumam chamar o estádio.
Centroavante colorado está de olho na Copa de 2014 (Foto: Diego Guichard / GLOBOESPORTE.COM)
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